Após um avanço de cientistas escoceses que têm se dedicado a encontrar vida alienígena, foi desenvolvida uma ferramenta que mede o nível de excitação gerado por qualquer sinal potencial de alienígena. Comparada à Escala Richter, usada para calcular a intensidade dos terremotos, essa nova escala seria apropriada para descobrir se extraterrestres enviaram ou enviam ondas de choque para nosso planeta. A ferramenta, criada pela equipe do doutor Duncan Forgan no Centro de Ciências de Exoplanetas da Universidade de St. Andrews, foi inspirada no Facebook, no Twitter, e no fenômeno das fake news, as famosas notícias falsas. É uma versão atualizada da Escala do Rio, usada pelos astrônomos desde 2001 para comunicar observações ao público.
“Como o mundo moderno das notícias e mídias sociais está 24 horas em nossas mentes, esta escala também está, mas para a detecção de alienígenas“, diz a equipe. A ferramenta leva em consideração as consequencias para os seres humanos se o sinal forrealmente alienígena, bem como a probabilidade de eles não serem um fenômeno natural ou feito pelo homem. Descrita no International Journal of Astrobiology, [Jornal Internacional de Astrobiologia], a escala chamada Rio 2.0, dá uma pontuação entre zero e 10 para que o público possa ver rapidamente a importância de um sinal. Forgan disse: “Quais são as consequências para a raça humana se encontrarmos inteligência extraterrestre? Se você vir uma história sobre alienígenas na TV ou na internet, você ficaria animado? ”
Jill Tarter, co-fundador do Instituto SETI (Busca de Inteligência Extra Terrestre), em Mountain View, Califórnia, explicou que “O mundo inteiro conhece a Escala Richter para quantificar a gravidade de um terremoto. Esse número é relatado imediatamente após um terremoto e posteriormente refinado à medida que mais dados são consolidados. A comunidade SETI está tentando criar uma escala que possa acompanhar os relatórios de qualquer reivindicação de detecção de inteligência extraterrestre e ser refinada ao longo do tempo à medida que mais dados estiverem disponíveis. Essa escala deve transmitir tanto o significado quanto a credibilidade da detecção reivindicada. O Rio 2.0 é uma tentativa de atualizar a escala para torná-la mais útil e compatível com os modos atuais de divulgação de informações, além de fornecer meios para que o público se familiarize com a escala“.
Houve muitos sinais duvidosos relatados como vindos de alienígenas nos últimos anos, e saber a verdade sobre essas histórias é cada vez mais difícil, por isso é necessária uma atualização da Escala Rio. Forgan disse que com o aumento nos esforços para detectar inteligência extraterrestre por equipes em todo o mundo, uma atualização da Escala Rio é mais do que nunca necessária . Ele deve permanecer relevante ao comunicar ao público sobre sinais estranhos. A revisão de sua equipe da Escala do Rio visa trazer consenso entre as disciplinas acadêmicas ao classificar sinais que indicam potencialmente a existência de vida extraterrestre avançada. O Rio 2.0 pode calibrar rapidamente as expectativas sobre um sinal relatado e ensinar ao público sobre como os cientistas do SETI realmente avaliam um sinal.
Isso ocorre desde a detecção inicial, por meio dos vários estágios de verificação necessários para se determinar se um sinal pode ser extraterrestres. A chave da pesquisa também é o desenvolvimento de um único conjunto de terminologias consistentes para discutir sinais, tanto entre pesquisadores quanto na mídia. A equipe publicou uma calculadora de Escala Rio online, uma ferramenta interativa para cientistas e comunicadores científicos avaliarem sinais e darem conselhos sobre como usá-la para obter melhores relatórios sobre o SETI na mídia.
Segundo Forgan, “É absolutamente crucial quando falamos de algo tão significativo como a descoberta de vida inteligente além da Terra, que o façamos de maneira clara e cuidadosa. Ter a Rio 2.0 nos permite classificar um sinal rapidamente, de um modo que o público em geral possa entender facilmente, e nos ajuda a manter sua confiança em um mundo cheio de notícias falsas“. A nova Escala do Rio foi submetida ao Comitê Permanente da Academia Internacional de Astronáutica, no SETI, para ratificação oficial.
Fonte: IBTimes