Sabemos que o Fenômeno UFO ocorre há milhares e milhares de anos em todas as partes do planeta, mas existem certamente algumas áreas onde, por motivos diferenciados, os chamados discos voadores se manifestam de maneira mais corriqueira, permitindo um número considerável de observações, listas regiões são chamadas de “áreas de incidência” ou “janelas”. Em algumas destas regiões o fenômeno permaneceu ativo apenas por poucos anos, mas em outras, já dura várias décadas.
Nos EUA temos, por exemplo, a reserva dos índios Yakima, uma região com 400 mil hectares situada no sul do Estado de Washington, a 8 km do Monte Rainier, onde Kenneth Arnold teve seu famoso avistamento. Durante vários anos, pesquisadores acompanharam a evolução dos acontecimentos na área, com resultados positivos. De 1964 a 1984, ocorreram nada menos que 186 contatos visuais com UFOs. Em sua grande maioria, os relatos foram fornecidos pelos próprios guardas da reserva.
ÁREAS DE INCIDÊNCIA UFOLÓGICA
As descrições relatavam geralmente avistamentos de luzes misteriosas de coloração branca, vermelha, ou alaranjada, observadas à noite. Estes objetos eram vistos pairando no céu ou apresentando movimentos erráticos, muitas vexes em velocidades impossíveis de serem igualadas por nossos aviões mais avançados. Os principais estudos a respeito foram empreendidos pelo pesquisador David Akers, com o apoio financeiro do Dr. J. Allen Hynek. Entre os equipamentos utilizados estavam diversas câmeras fotográficas, um magnetômetro para medir alterações no campo magnético e instrumentos de detecção de radiações nucleares, infravermelhas etc. As vigílias feitas no local permitiram a obtenção de várias fotos, mas a maioria delas de luzes indistintas.
Muito interessante é uma lenda presente na cultura dos índios da reserva. Segundo os Yakima, há muitas eras, apareceu entre eles um homem de olhos vermelhos, com grandes poderes curativos. O forasteiro viveu muito tempo com os índios até que certo dia morreu. Segundo narra ainda a lenda, após sua morte um objeto voador desceu das nuvens e carregou seu corpo para o céu. Se esta mitologia tem uma base real, a presença dos UFOs na região é uma coisa muita mais antiga do que poderíamos imaginar.
Uma outra área rica cm aparições, ainda nos EUA, tem como centro a cidade de Piedmont, no Estado do Missouri. Para estudar a região, o professor de física Harley Rutledge, da Southeast Missouri State University instituiu o Projeto Identificação. Instigado pelo grande número de avistamentos que estavam ocorrendo na área, no início de 1973, Rutledge resolveu visitar a região, observando pessoalmente, na oportunidade, 12 luzes misteriosas pairando no céu da cidade. Seus primeiros avistamentos acabaram por gerar um estudo que durou 7 anos e envolveu 40 cientistas, engenheiros e estudantes, que utilizaram os mais diversos equipamentos. O projeto registrou aparições de 178 UFOs. Rutledge afirmou ter observado pessoalmente 160 destes.
PROJETO HESSDALEN
O mais conhecido projeto de pesquisa realizado no exterior, em uma área de grande incidência, foi, entretanto, o empreendido no Vale de Hessdalen, na Noruega, a 8 km do Círculo Polar Ártico. Sua história começa em dezembro de 1981, quando os habitantes da região começaram a observar estranhas luzes no céu. Estas luzes, por vezes, chegavam a pairar sobre os telhados das casas, em baixas altitudes. Durante um período de pesquisas de cinco semanas, em 1984, foram relatados pelos pesquisadores, chefiados por Leif Havik, 188 avistamentos de luzes amorfas, ovais e também com a forma de fusos, foram conseguidas também inúmeras fotografias documentando os fenômenos.
Com a divulgação das pesquisas realizadas nessas “janelas”, o psicofisiologista canadense Michael Persinger apresentou uma teoria que tentava explicar os avistamentos ocorridos como tendo origem cm processos geofísicos associados às falhas geológicas, ou fraturas na crosta terrestre. Persinger defendia a idéia de que a atividade tectônica — movimentos subterrâneos na estrutura geológica do planeta, verificados ao longo das linhas de falha comprimia cristais de quartzo, formando rochas. Este processo liberaria energia na forma das luzes que estavam sendo observadas. Vários cientistas entretanto duvidavam, apesar das três regiões estarem sobre falhas geológicas e da capacidade do quartzo ao ser comprimido. de produzir as luzes sendo observadas.
Os próprios pesquisadores das três regiões mencionadas não aceitavam também as alegações de Persinger. Para Rutledge, menos de cinco por cento das luzes observadas em Piedmont poderiam ser explicadas por tal teoria, Em Hessdalen, apesar dos pesquisadores contarem com sismógrafos, durante os avistamentos não foi registrada qualquer forma de atividade sísmica ou geológica na região. O dado mais significativo, presente nos três projetos de pesquisa, foi a constatação de uma interação entre os próprios pesquisadores e os fenômenos que estavam sendo observados.
As luzes geralmente pareciam reagir ao serem observadas através de binóculos e telescópios. Algumas simplesmente desapareciam, como que envergonhadas. enquanto outras começavam a piscar em resposta. Como bem disse Rutledge, “havia claramente uma inteligência por trás daqueles fenômenos”, o que tornava a explicação sugerida por Persinger inaceitável, pelo menos para a grande maioria dos avistamentos.
JANELAS TAMBÉM NO BRASIL
Também em nosso país existem muitas regiões onde UFOs têm se manifestado de maneira acentuada. Uma destas áreas é, sem dúvidas, o município de Passa Tempo, no interior do Estado de Minas Gerais. Esta área é pesquisada há quase 30 anos pelo ufólogo Antônio P. S. Faleiro, responsável pela catalogação de centenas de casos de contato de vários graus e avistamentos mantidos pela população de Passa Tempo e municípios vizinhos. O próprio Faleiro foi protagonista, a partir de centenas de vigílias realizadas desde 1978, de numerosos contatos e avistamentos — alguns destes documentados fotograficamente.
Faleiro chegou a construir um observatório num dos pontos mais altos de sua região para melhor poder acompanhar as evoluções dos chamados discos voadores. Seu trabalho hoje é um dos mais reputados que se conhece, permitindo que seja divulgada de maneira séria e honesta a rica casuística da região. No município limítrofe de Oliveira, mais exatamente no distrito de Morro do Ferro, foi construído um outro observatório, que tivemos a oportunidade de conhecer quando da inauguração. Este observatório, a partir de uma homenagem de seus construtores, leva o nome do próprio Faleiro.
No Estado de São Paulo temos a região de Iporanga, pesquisada pelo Grupo Ufológica do Guarujá (GUG)¹. No Estado de Tocantins, temos a Chapada
dos Veadeiros. já visitada também por este autor, que apresenta uma grande incidência ufológica. Na Bahia, o município de Mucugê, e outros limítrofes, há vários anos têm recebido de maneira constante a presença dos discos voadores. Mais recentemente, a partir do segundo semestre de 1994, as aparições passaram a ser constatadas quase que diariamente, motivando uma verdadeira romaria de pessoas, principalmente nos finais de semana, para a região na busca de estarem frente a frente com o fenômeno [Editor: veja UFO Especial 05].
Mucugê e municípios vizinhos estão sendo pesquisados atualmente pelos ufólogos Alberto Romero, do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zenith (G-PAZ), José Vicente, do Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), e Emanoel Paranhos, da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF)². Todos estes estudiosos, além de outros, trabalhando independentes, têm levantado um fantástico número de casos ufológicos em toda a região da Chapada Diamantina, onde está encravada a cidade de Mucugê.
Além dessas regiões citadas, outras merecem destaque por oferecerem à casuística ufológica uma incomum quantidade de casos. Entre elas está o litoral do Estado do Pará, onde UFOs ficaram conhecidos como Fenômeno Chupa-Chupa durante as décadas de 70 e 80. Toda a região Nordeste também é palco de constantes avistamentos ufológicos, registrados principalmente pelo ufólogo Reginaldo de Athayde, do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU)³. Por fim, o Pantanal de Mato Grosso do Sul é outra área de grande concentração de casos, segundo registros do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV).
UFOs NA SERRA DA BELEZA
No entanto, a área de maior incidência ufológica em nosso país, nos últimos 30 anos, parece mesmo ser o distrito de Santa Isabel do Rio Preto, situado no município de Valença, no interior do Estado do Rio de Janeiro, onde está localizada também a famosa Serra da Beleza, que tem como principal atividade econômica o gado leiteiro. Começamos a tomar conhecimento da referida região através de um depoimento prestado por um dos presentes a uma conferência que proferimos no início de 1980, no Clube Naval, na cidade do Rio de Janeiro. Posteriormente a ufóloga Irene Granchi confirmou que certa vez havia passado parte de uma noite na área, tendo tido a oportunidade de observar alguns fenômenos interessantes.
Em maio de 1982, finalmente partimos com outros membros da Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU), para Conservatória, outro distrito do município de Valença, com o objetivo de encontrar um influente político da região, que na época era vice-prefeito da cidade, que nos levaria até uma fazenda situada no alto da Serra da Beleza. Montamos nosso primeiro acampamento a cerca de 1.000 metros de altitude, num dos pontos mais elevados da Serra, de onde podíamos observar montanhas situadas já dentro dos limites do Estado de Minas Gerais.
PRIMEIRAS NOITES DE VIGÍLIA
Em nossa primeira noite de vigília, no dia 8 de maio de 1982, já tivemos oportunidade de observar um objeto de forma discoidal, que apresentava um brilho avermelhado. O UFO era proveniente de Minas Gerais e tinha uma trajetória em direção a cidade de Volta Redonda. O aparelho sobrevoou a região a cerca de 200 metros de altitude, apresentando movimentos pendulares. Conforme aumentava ou diminuía sua velocidade, sua luminosidade variava, chegando quase a desaparecer quando a velocidade diminuía demais. Brilhava intensamente nos momentos de maior velocidade. Cinco minutos depois do início do avistamento, o UFO desapareceu nas proximidades de uma montanha rochosa. No dia seguinte, antes de retornarmos para o Rio de Janeiro, visitamos nosso contato na região e soubemos que sua esposa, naquela mesma noite, havia observado um objeto com as mesmas características, por volta das 23h00, a partir de Conservatória.
Duas semanas após nosso primeiro avistamento, retornamos ao mesmo ponto de observação, com o objetivo de fazermos mais uma vigília. Desta vez observamos a materialização de duas esferas luminosas de cor vermelha a cerca de 800 metros de nossa posição. Ambas apresentavam um diâmetro aparente correspondente a 1/3 do da Lua. Cerca de 30 segundos após o início do avistamento, os objetos desapareceram, aparentemente se desmaterializando, no mesmo ponto em que haviam surgido, cerca de 200 metros acima de um morro existente na área. Após estes avistamentos, ficou claro que algo de muito importante estava realmente acontecendo na Serra da Beleza. A partir desta constatação, resolvemos conceber um projeto de pesquisa em larga escala, que tinha como principais objetivos os seguintes:
1. A determinação da natureza daqueles fenômenos luminosos que atingiam toda a Serra da Beleza há tantos anos.
2. A obtenção de documentação fotográfica e cinematográfica dos mesmos, para comprovação inequívoca do fenômeno.
3. A descoberta da motivação por trás da presença daqueles objetosna região.
4. A busca de um contato mais direto com as inteligências supostamente responsáveis por aquela intrigante fenomenologia.
Logo no início de nossa pesquisa, começamos a ter nossas primeiras dificuldades. Conforme começamos a levar para nossos acampamentos equipamento fotográfico e cinematográfico, com o objetivo de tentar documentar os fenômenos, nossas observações sofreram uma interrupção inexplicada. Este tipo de situação repetiu-se todas as vezes que tinha em mãos tal equipamento, durante quase 2 anos. Durante o período de carnaval de 1984, mais uma vez estávamos acampados no alto da Serra da Beleza e já há v&aac
ute;rias noites fazíamos vigílias sem qualquer tipo de ocorrência. Em mãos, tínhamos ainda uma máquina fotográfica. Na noite de domingo de carnaval, o céu estava totalmente fechado e a visibilidade, evidentemente, não era das melhores.
Parte de nosso grupo já estava dormindo nas barracas quando tive a idéia de tentar colocar, mentalmente, uma proposta para os responsáveis por aqueles interessantes fenômenos. Um pouco antes das 22h00, comuniquei ao único membro do grupo que ainda permanecia acordado, minha intenção de transmitir mentalmente a idéia de que eslava guardando a máquina fotográfica. Imaginava que, se fosse devido às minhas tentativas de documentação que os UFOs não estavam aparecendo, eles poderiam agora mostrar-se normalmente e continuarem a cumprir seus objetivos, pois não mais tentaria fotografá-los…
INTERAÇÃO ENTRE UFOs E UFÓLOGOS
Levei adiante tal experiência e, surpreendentemente, menos de 5 minutos depois, observamos o surgimento de duas esferas luminosas de cor vermelha, a cerca de 2,5 km a sudoeste de nossa posição. Estes objetos se aproximaram lentamente até cerca de 800 metros de nosso acampamento. Vistos a partir desta posição, pareciam ter um diâmetro aparente equivalente a 1/2 da Lua cheia. Quando o primeiro deles “estacionou”, a cerca de 100 metros do solo, o segundo começou a orbitar em volta do primeiro, lentamente, a uma distância de cerca de 6 metros. Com o passar do tempo este desapareceu e o objeto que estava pairando permaneceu visível ainda durante um longo tempo, sem apresentar qualquer forma de variação em seu brilho.
Já estávamos avistando o mesmo fenômeno por mais de 10 minutos quando resolvi dar uma piscada com a lanterna em direção ao mesmo, que imediatamente apresentou uma queda brusca de luminosidade, voltando logo em seguida a apresentar um brilho constante. Continuamos a avistar o UFO ainda durante vários minutos, até que, de maneira repentina, ele desapareceu, aparentemente se desmaterializando ou eliminando seu campo luminoso. Estávamos diante de evidências de uma interação direta entre parte de nosso grupo e a inteligência por trás daquelas manifestações. Observamos aquilo tudo como que hipnotizados. Após o fim do avistamento, entramos em nossas barracas e fomos dormir.
Estranhamente não acordamos os outros dois membros da AFEU que dormiam, apesar do grande tempo de duração do fenômeno. Não sentimos qualquer forma de receio frente ao que observávamos e não notei nada diferente em meu companheiro de observação. Não houve também qualquer forma de excitação. Não chegamos nem a levantar das cadeiras nas quais estávamos sentados, cm baixo da varanda da barraca principal. No dia seguinte, entretanto, ele me procurou e disse que não tinha mais condições de permanecer no local. Abandonou a pesquisa e com o passar do tempo perdeu o contato com o grupo. A partir desta observação, abandonei as tentativas de documentação, pois algo de extraordinário havia evidentemente acontecido.
Nos anos seguintes, tivemos numerosos avistamentos. Em novembro de 1985, decidimos residir em Santa Isabel do Rio Preto, com o objetivo de aprofundar nossas pesquisas. A partir desta nova situação é que tivemos uma idéia mais realista da grandeza do fenômeno na região. Cerca de 60 % dos moradores, tanto da parte urbana do distrito como da área rural, já tiveram experiências com o fenômeno. Pessoalmente, cheguei a coletar centenas de casos de avistamentos e contatos mais próximos. Alguns dos moradores chegaram a ter várias experiências — que vão desde simples avistamentos de luzes estranhas no céu até casos em que os carros dos protagonistas foram perseguidos pelos UFOs durante a noite nas estradas da região, todas de terra. Outros chegaram mesmo a avistar as naves pousadas e os tripulantes dos aparelhos. Entre estas testemunhas estão fazendeiros, militares, policiais, estudantes etc.
CONTATOS COM A POPULAÇÃO LOCAL
Pelos levantamentos que fizemos, os fenômenos na região começaram a se acentuar por volta de 25 anos atrás. Conseguimos, entretanto, colher depoimentos reportando avistamentos em épocas mais recuadas. No final da década de 60, por exemplo, Moacyr Lopes de Carvalho, um tenente do Exército que mantém propriedade na região, dirigia um caminhão de sua corporação pela estrada que liga Conservatória à Santa Isabel, acompanhado por um soldado, quando teve uma surpresa. Por volta das 23h15 da noite, que estava limpa, quando passava por um ponto conhecido como Curva da Onça, observou um objeto em fornia de ovo intensamente iluminado pousando sobre a crista de uma das montanhas da região.
A testemunha nos revelou que acordou seu acompanhante e parou o caminhão, observando o aparelho por cerca de 10 minutos, a uma distância de 300 metros. O objeto, apesar de muito luminoso, misteriosamente não clareava a região em volta. Em meio a tal ocorrência, lágrimas corriam dos olhos da testemunha, que nos relatou também ter ficado com o cabelo arrepiado. Após observar o objeto pelos já mencionados 10 minutos, seguiu viagem. Ao chegar em sua propriedade, Moacyr contou para o caseiro o que tinha acabado de observar. Em meio ao relato dos fatos, suas lágrimas voltaram a se manifestar de maneira incompreensível,
Um outro caso bastante antigo ocorreu com o Sr. Alípio Lauriano. A partir da porta de sua casa, a testemunha observou, num determinado dia do mês de maio. também do final da década de 60, por volta das 11h00 da manhã, um aparelho em forma de disco com tamanho um pouco menor que um fusca. Aquilo evoluía a cerca de 400 metros de sua posição, bem acima de uma plantação de milho. Alípio pôde observar por cerca de uns 5 minutos o aparelho, que emitia um ruído semelhante ao produzido por uma moto, só que mais acelerado e baixo.
Segundo a testemunha, em vários momentos o UFO deu a impressão de que iria pousar, justamente na área onde o milho já havia sido cortado. Mas, em seg
uida, ganhava altura e continuava a sobrevoar a região. Alípio teve oportunidade de observar o que pareciam ser janelas, mediante as quais pôde divisar a presença de uma ou mais criaturas no interior do objeto. O UFO acabou desaparecendo na direção da localidade conhecida como São José do Turvo, deixando o que parecia ser um pouco de fumaça, que logo se dissipou no ar.
Outra testemunha de fenômenos no passado foi o Sr. João Bittencourt de Azevedo, hoje já falecido. Há 29 anos, quando passava durante uma noite pela Fazenda Jardim, montado em um burro, deparou-se com “… dois faróis descendo morro abaixo, emitindo luz branca”, segundo nos declarou. O objeto passou a cerca de 250 metros, iluminando toda a região. Quando a luz atingiu o animal, este perdeu as forças, deitando-se no chão, O mesmo efeito foi causado na testemunha, que não conseguiu sequer sair de cima do burro, observando as evoluções do estranho aparelho. Segundo nos foi revelado por Bittencourt, o UFO era do tamanho aproximado de um carro, tendo como única parte luminosa os faróis.
Foi observado evoluindo próximo ao solo, de cercas e de uma pedreira, deixando perceber um estranho som. O UFO desapareceu depois de poucos minutos atrás de um morro, em direção oposta à que tinha surgido. Segundo a testemunha, em nenhum momento foi possível fixar os olhos nos faróis, pois eram extremamente luminosos. Após a partida do objeto, as forças foram voltando progressivamente, tanto ao animal como também a seu dono, o que permitiu seu retomo à Santa Isabel, onde residia. Esse é, sem dúvidas, um dos casos mais importantes já registrados na região da Serra da Beleza, que mostra a incidência com que UFOs interagem com seus habitantes.
Em maio de 1976, o Sr. Bittencourt teve uma segunda experiência com o fenômeno. Desta vez estava acompanhado de sua esposa. Era uma noite de céu limpo, por volta das 20h00, quando retomavam a cavalo da Fazenda São José da Serra. Neste ponto, observaram um aparelho em forma de disco e brilho avermelhado que girava aparentemente em torno de si mesmo, não emitindo qualquer ruído ou som. Enquanto o UFO permaneceu evoluindo na área, em altitudes inferiores às das montanhas que ladeavam a vargem da fazenda, os animais ficaram totalmente imobilizados. Segundo Bittencourt, o objeto chegou a distar apenas 200 metros dele e de sua esposa. O disco ficou visível por cerca de vários minutos, antes de desaparecer em direção a São José do Turvo. Apesar de o UFO ter chegado bem próximo das testemunhas, não provocou qualquer efeito nas mesmas, desta vez.
RICA CASUÍSTICA UFOLÓGICA
Dois anos antes, numa noite de dezembro, tinha sido a vez da Sra. Terezinha Marlene de Oliveira, na época responsável pelo Hotel Nossa Senhora da Glória, situado bem no centro de Santa Isabel, observar o fenômeno. Juntamente com mais duas pessoas, aproximadamente às 20h00, quando estava em frente ao hotel, observou 3 objetos luminosos esféricos voando em formação. Segundo nos contou Terezinha, “… eles emitiam uma luz branca bastante intensa, que variava de intensidade”. Estes aparelhos foram observados orbitando uma montanha que dista aproximadamente 400 metros do hotel, sempre com velocidade constante, até que desapareceram por trás da própria montanha, para não serem mais observados. Nos momentos em que estiveram mais próximos, chegaram a apresentar um diâmetro aparente semelhante ao da Lua.
Durante uma noite do inverno de 1976, por volta das 23h00, a mesma testemunha, juntamente com seu esposo, o Sr. Manoel Moraes Barros, e seus 2 filhos, notaram a presença de 2 objetos em forma de disco a uma altura de 30 graus em relação ao horizonte. O fato aconteceu quando estavam saindo do sítio São João, a 6 km da parte urbana de Santa Isabel. Os objetos estavam a cerca de 1 km de distância. Eram sextavados na parte superior e convexos na inferior. Mantinham uma distância de poucos metros entre si. Foram observados tanto em movimento, em baixa velocidade, como imobilizados no céu. Terezinha pôde notar ainda, nos dois objetos, várias janelas com forma quadrada, através das quais emanava uma luz amarela.
Não foi reportado qualquer forma de som ou ruído que pudesse ser associado aos aparelhos. Depois de observados por cerca de 15 ou 20 minutos, os objetos partiram em direção à Fazenda Boa União. Depois deste fato. Terezinha teve ainda outras oportunidades de observar o fenômeno. Em uma destas vezes, mais recentemente, descia de carro a Serra da Beleza em direção à Santa Isabel, juntamente com sua filha Rogéria e seu genro, quando foram perseguidos por um UFO esférico durante vários quilômetros. A família chegou cm Santa Isabel sob forte impacto emocional.
Muitos moradores do distrito de Santa Isabel demoraram a aceitar a realidade dos contatos que estavam ocorrendo na região, só mudando de idéia depois de se tornarem também testemunhas dos fenômenos. Uma destas pessoas é o Sr. Luiz Ozório Gomes, durante muito tempo cético em relação ao assunto. Sua primeira experiência ocorreu no meio da década de 70, em uma noite do mês de junho, por volta das 20h00, quando saía de Santa Isabel a cavalo pela estrada que liga esta à localidade de Nossa Senhora do Amparo. Logo após ter deixado a parte urbana do distrito, passou a observar uma nave em forma de disco, emitindo uma luz fosca amarela e deixando perceber o que pareciam ser janelas.
Segundo a testemunha, que durante vários anos foi diretor comercial da Cooperativa de Leite do distrito, o objeto teria o tamanho aproximado de um carro e, aparentemente, seguia a uma altura de 15 a 20 metros o ribeirão São Fernando, em baixa velocidade. O UFO desapareceu atrás de um dos morros da região [Editor: segundo o folclore brasileiro, quando um objeto luminoso é visto acompanhando a sinuosidade de um rio ou riacho, recebe o nome de “Mãe d\’Água”. Se o mesmo fenômeno surge nas encostas de um morro ou paredão de rochas, o título passa a ser “Mãe d\’Ouro”].
PERSEGUIÇÕES A AUTOMÓVEIS
São também numerosos os casos em que UFOs seguiram carros nas estradas da região. Em uma noite limpa de 1975, por volta das 22h00, o pecuarista Oscar de Azevedo Costa, juntamente com mais 3 amigos, estacionaram o carro, uma Rural Willis, no ponto mais alto da estrada que corta a Serra da Beleza. A testemunha nos relatou que, ao deixar o veículo, notou prontamente uma “… luz pequena bem longe à direita da estrada”. Logo em seguida entraram no veículo e iniciaram a descida da serra, em direção à Santa Isabel. Em questão de segundos aquela pequena luz se aproximou. Era um objeto discoidal que emitia um brilho intenso. O disco segu
iu a Rural numa altura de 20 metros, por cerca de 1 km. Apesar de estarem descendo a serra, o veículo não conseguia ganhar velocidade, por mais que o motorista tentasse.
A nave, aparentemente, estava interferindo no funcionamento do veículo. Após a perseguição, o UFO desapareceu em direção à Minas Gerais. Segundo nos revelou Oscar, seus olhos ficaram bem irritados pela luz do aparelho, mas no dia seguinte já haviam voltado ao normal. Já o Sr. Sebastião Lopes, fazendeiro, juntamente com mais uma pessoa, em uma noite do ano de 1976, passando pela rua José Fagundes, bem no centro de Santa Isabel, notou um aparelho em forma de disco de grandes dimensões, apresentando alternância de brilho nas cores amarela, verde e azul. O UFO apresentava movimentos para cima e para baixo, sem deslocamentos horizontais. A observação durou de 20 a 30 minutos, até que repentinamente rumou em direção sul e desapareceu.
Em uma noite do ano de 1977, por volta das 20h30, Afonso A. M. Neves e seu pai desciam a Serra da Beleza em um Opala, rumo à Santa Isabel, quando perceberam acima da própria Serra, à esquerda da estrada, uma luz esférica alaranjada. Logo depois notaram a presença de um segundo objeto, do mesmo tipo, do lado oposto da estrada. Os 2 aparelhos começaram a seguir o carro. Curiosos com o fenômeno, sem sentirem ainda qualquer receio, chegaram a parar o carro 3 ou 4 vezes para melhor observarem os objetos. Os UFOs, até então, guardavam uma razoável distância do carro. Mas quando resolveram parar o veículo mais uma vez, pouco à frente, após terem terminado a descida da Serra, um dos aparelhos se aproximou, ficando a uma altura inferior a 40 metros acima do carro.
Logo em seguida o objeto lançou sobre o veículo um cone de luz branca de alta intensidade que, segundo Afonso, não apresentava nenhum efeito térmico. Neste momento, por mais que tentassem ligar o motor do carro, este não pegava. Só quando conseguiram empurrar o Opala para fora da emissão luminosa é que o veículo pegou e puderam partir em direção à parte urbana de Santa Isabel. Em seguida, tanto o aparelho que estava mais próximo, como o que se mantinha mais distante, sumiram de vista. O ex-vice-prefeito de Santa Isabel, combatente da Força Expedicionária Brasileira na Itália e hoje vereador do município, Sr. Joaquim Fernandes de farias, teve também uma experiência interessante na região.
Durante uma noite de 1978, numa de suas viagens de Valença para Santa Isabel, nas proximidades da localidade de Pedro Carlos, observou no céu, à direita da estrada, um objeto discoidal com uma luz verde pulsante ao redor, movimentando-se em sentido horizontal. Como a noite estava clara, limpa, possibilitando uma boa visibilidade, a testemunha pôde acompanhar por cerca de 2 minutos a trajetória do disco, que desapareceu atrás de uma montanha. Em um dia do mês de dezembro de 1980, bem nas proximidades de onde acampamos em nossas primeiras incursões na Serra da Beleza, aconteceu um dos casos mais impressionantes que tivemos conhecimento. O fato ocorreu com as jovens Irinéia Lopes de Almeida Mendonça e Maria Isabel Cosia Vargas.
Ambas estavam passando uma temporada na Fazenda Arizona quando puderam observar, por volta das 18h30, um aparelho em forma de disco que emitia intensa luz avermelhada. A nave foi descrita como tendo a forma de “… duas bacias acopladas”, segundo Irinéia. A testemunha nos contou também que ambas não perceberam a aproximação do disco. Quando notaram sua presença, o UFO já estava sobre elas, a uma altura inferior a 10 metros e totalmente imobilizado. As moças ficaram totalmente paralisadas e tentaram gritar pedindo socorro, “mas o disco roubou nossas vozes”, declararam. Após 5 minutos, o objeto ganhou altura e velocidade repentinamente, e rumou na direção de Conservatória, deixando as duas sob forte impacto emocional.
CONTATOS COM TRIPULANTES
Dois dos primeiros casos de avistamentos de tripulantes que tomamos conhecimento na região da Serra da Beleza ocorreram com o filho do político que nos introduziu na região. O primeiro deles aconteceu dentro da parte urbana de Conservatória, em pleno dia. O rapaz observou um aparelho de pequenas dimensões passando lentamente, à baixa altitude, sobre a localidade, sem emitir qualquer forma de ruído ou som. Segundo a testemunha, o aparelho era transparente. Sua forma era de uma esfera com um pneu ao redor. Em seu interior pôde divisar uma criatura humanóide de pequena estatura.
O segundo caso aconteceu quando a mesma testemunha, na companhia de sua mulher, viajava de Barra do Pirai para Conservatória Nesta oportunidade, teve a chance de observar, além de um objeto luminoso de forma esférica por cima da estrada, um segundo, aparentemente pousado cm uma das montanhas, bem próximo de onde estava. A testemunha pôde distinguir uma série de vultos de baixa estatura próximos ao UFO, eclipsando parte da luminosidade do mesmo, conforme se movimentavam. O Sr. Luiz Carlos César Gonzaga e sua irmã Marisa César Gonzaga também passaram por uma experiência mareante na região.
Em uma noite de tempo bom, no ano de 1980, aproximadamente às 21h00, quando estavam passando de carro nas proximidades da Fazenda Cachoeira, observaram um aparelho arredondado emitindo uma luz vermelha por trás do carro. Marisa pediu para que seu irmão parasse o veículo e, em seguida, desceu para melhor observar aquele estranho objeto. Com muito medo, pouco depois, entrou no veículo e ambos partiram em direção à parte urbana de Santa Isabel. O UFO seguiu o carro durante uns 2 minutos, a apenas 10 metros de distância e uns 2 de altura, para desespero dos irmãos. Em meio à perseguição, Luiz Carlos ficou todo arrepiado, inclusive seu couro cabeludo. Sua irmã chegou a Santa Isabel chorando muito, totalmente descontrolada.
O prático em veterinária Luiz Martins Farias também esteve bem próximo de um destes objetos. Ao sair de Santa Isabel em seu carro, rumo à cidade de Valença, em uma madrugada de 1982, observou, logo após ter deixado a parte urbana do distrito, a uns 3 km, uma esfera luminosa com uma luz semelhante à que é produzida por uma solda elétrica. Depois de alguns minutos de observação, o aparelho foi perdido de vista, possivelmente devido ao trajeto da própria estrada. Mas quando já passava nas proximidades da Fazenda Jaraguá, o aparelho voltou a aparecer e iniciou uma perseguição ao carro, um fusca, chegando nos momentos de maior aproximação a menos de 10 metros de distância. A testemunha foi obrigada a dirigir o carro apenas com uma de suas mãos, pois a outra estava sendo utilizada para proteger os olhos da luminosidade emitida pe
lo UFO, que continuou acompanhando Luiz e seu automóvel até o alto da Sena da Beleza, quando desapareceu ganhando altura.
Muitos são também os casos de avistamentos de sondas na área — pequenos objetos que parecem não ter mais que 30 centímetros de diâmetro. Um dos casos mais interessantes aconteceu com Marcelo Antonio S. R. da Silva e 3 amigos, durante uma caçada noturna na Fazenda lturéia, localizada a 6 km da parte urbana de Santa Isabel. As testemunhas tiveram a oportunidade de observar durante vários minutos as evoluções de uma pequena esfera luminosa que apresentava uma luz branca constante, se movimentando sobre as montanhas da região. Mas bastava tentarem uma aproximação maior para que o objeto aumentasse sua distância.
O Sr. João Batista de Oliveira era um dos que não acreditavam na presença dos discos voadores na região, apesar de várias pessoas de sua família já terem tido experiências com os mesmos. Mas teve uma surpresa numa madrugada do ano de 1985, quando chegava em sua fazenda, localizada na estrada que liga Santa Isabel a Santa Rita de Jacutinga (MG). Oliveira avistou no céu, a uma distância de 250 metros, uma “chaleira” — como a definiu — que emitia luz amarelada, esverdeada e avermelhada, iluminando toda a região. A testemunha desceu de seu carro e observou o aparelho durante cerca de 5 minutos. João estava todo arrepiado. O objeto, em seu movimento, acompanhava o córrego São Fernando, até que sumiu atrás de uma das montanhas da região.
ETs RECOLHEM AMOSTRAS DA REGIÃO
O contato mais importante do ano de 1985 aconteceu com um funcionário da Prefeitura de Valença, morador de Santa Isabel, o Sr. Sebastião Tomé Pereira Barbosa, conhecido na região como Natalino. Em uma noite do início de janeiro, aproximadamente às 02h00, Natalino vinha a pé de Conservatória para Santa Isabel quando, quase chegando no ponto mais alto da estrada que corta a Serra da Beleza, viu algo inusitado. O homem notou uma forte claridade mais à frente, como se algum carro estivesse parado com os faróis ligados. Pensando em conseguir urna carona. Natalino resolveu dar uma corrida, mas logo ao atingir o ponto mais alto da estrada, percebeu que não era um carro o responsável por aquela luminosidade.
Quinze metros à frente, bem no meio da rua, estava pousado um aparelho em forma de disco com vários metros de diâmetro, emitindo uma luz amarela muito forte. Do lado de fora do mesmo encontravam-se 2 humanóides de baixa estatura que, ao perceberem a presença de Natalino, depois de alguns segundos, foram em sua direção. A testemunha imediatamente começou a correr rumo a Conservatória, descendo a serra. Os 2 seres o perseguiram por cerca de 250 metros, até que Natalino se jogou num barranco à direita da estrada, nas proximidades da Fazenda Beleza. Após alguns momentos, as criaturas resolveram deixar de lado a testemunha e voltaram para a posição onde o disco estava pousado.
Após se refazer do susto, o funcionário da prefeitura lentamente subiu num morro à esquerda da estrada, que permitia uma boa visão do aparelho. Pôde observar, então, seus 2 perseguidores recolhendo da própria estrada, com as mãos, areia e terra. Os seres colocavam o material numa espécie de saco ou sacola. As criaturas foram descritas por Natalino como tendo formas humanas, com um metro e meio de altura. Tinham a parte torácica mais forte que a média dos humanos desta altura. Usavam roupas semelhantes às nossas, mas feitas aparentemente de material diferente. Respiravam normalmente o nosso ar e não usavam capacetes. Suas faces eram semelhantes às nossas e tinham cabelos lisos. Segundo Natalino, as criaturas aparentemente “… não conversavam entre si”.
Apesar de não ter visto outros seres, teve a impressão de que estavam no interior da nave. Por volta das 03h00 da madrugada a testemunha observou os 2 seres entrarem no disco através de uma porta, que sempre esteve aberta, fogo em seguida, o objeto ergueu-se um pouco acima do solo, inclinou-se e alçou vôo em direção à parte urbana de Santa Isabel, sem fazer o menor ruído. Ao chegar em suas proximidades, alterou seu rumo e desapareceu na direção da localidade de Leite e Souza. Natalino desceu de seu posto de observação e continuou sua caminhada em direção à Santa Isabel. Tinha terminado sua fantástica e inesquecível experiência.
A 25 de março de 1986, por volta das 19h30, os policiais militares Luiz Alberto de Araújo e José Carlos do Rego Neto, ao trafegarem na estrada que liga Santa Isabel a Conservatória, em uma viatura, observaram a uma distância de 150 metros um aparelho em forma de disco, cuja parte central emitia luz branca. O UFO tinha à sua volta, na parte inferior, várias luzes coloridas. O contato aconteceu quando os policiais começavam a subir a Serra da Beleza.
POLÍCIA CONSTATA OS UFOs
O aparelho estava exatamente sobre a estrada, a poucos metros de altura, o que obrigou os policiais a pararem o carro. Em questão de segundos, a nave partia em alta velocidade. Com o desaparecimento do disco, os PMs ligaram o carro e seguiram viagem para Conservatória.
Poucos dias antes desse caso, na noite do dia 18 de março, um grupo de mais de dez estudantes, entre eles Luiz Carlos Lopes da Silva e Waldeir Oliveira Nogueira, foram para o Morro do Cruzeiro, um dos pontos mais altos de Santa Isabel, para observarem o Cometa Halley. Quando já estavam observando o cometa, por volta das 04h00 da madrugada, perceberam uma esfera de cor vermelha se aproximando lentamente. Depois de alguns instantes, o objeto ficou estacionário, retomando em seguida seu movimento até ficar quase por cima do grupo de jovens, quando, de maneira inesperada, desapareceu.
No dia 23 de maio de 1986, às 18h10, poucos dias após os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) terem perseguido vários UFOs sobre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, o Sr. Antônio A. C. Moreira viu, juntamente com outras testemunhas que estavam nas proximidades da rodoviária, bem no centro da parte urbana de Santa Isabel, várias “… estrelas de brilho amarelado, que se deslocavam em direções diferentes no céu”, conforme nos declarou. Todas foram avistadas simultaneamente, desaparecendo em posições distintas do horizonte. O avistamento durou cerca de 2 minutos e surpreendeu as pessoas, devido ao número de objetos.
Na noite do dia 8 de novembro de 1986, o fazendeiro Antonio Alves Duque e seu empregado, Marciano de Oliveira Filho, tiveram a oportunidade de observar, a partir da fazenda São Pedro, situada a 15 km do centro de Santa Isabel, um objeto com a forma de ovo que apresentava intensa luminosidade vermelha. Inicialmente, o aparelho estava pairando a cerca de 15 metros do solo e a aproximadamente 2 km de distância. Em seguida, começou a se movimentar lentamente, até desaparecer por completo, aparentemente entrando em uma mata existente no sopé de uma pequena serra daquela fazenda. Segundo as testemunhas, o brilho do objeto era tão forte que qualquer animal presente na região poderia ser facilmente observado.
Um dos primeiros casos ufológicos que conhecemos em 1987 foi vivenciado pelo comerciante e motorista de taxi Alberto Carlos da Silva, juntamente com o vereador João Batista Filho. O caso aconteceu numa sexta-feira, dia 20 de fevereiro, aproximadamente às 21h30. Os 2 tinham acabado de sair da parte urbana do distrito, em viagem para Conservatória, quando notaram a presença de um aparelho em forma de disco pairando por cima do Morro do Cruzeiro, já citado como um dos pontos mais altos da região. Pararam o carro e ficaram observando a nave, que parecia estar a 1 km de distância. O UFO apresentava luzes pulsantes das mais variadas cores. Estava totalmente imobilizado no céu e, após uns 5 minutos de observação, desapareceu de maneira inexplicável, exatamente no mesmo ponto em que estava sendo observado.
Em seguida, as duas testemunhas deram seguimento à viagem, mas logo após passarem pelo ponto da estrada que é conhecido como Pedreira, de onde já pode ser vista a Serra da Beleza, voltaram a observar o aparelho. A nave estava agora a cerca de 3 km, em direção da Fazenda São José da Serra. Mais uma vez pararam o carro para melhor poderem observar o UFO. Durante cerca de 15 minutos o aparelho ficou imóvel no céu, desaparecendo em seguida da mesma maneira misteriosa, possivelmente se desmaterializando.
ONDAS UFOLÓGICAS SE REPETEM
O ano de 1987 foi realmente muito rico em aparições. Na noite do dia 27 de abril era a vez de o comerciante Divino Lima ficar frente a frente com um UFO. A testemunha encontrava-se bem defronte à sua residência, localizada na rua Benedito Leite Pinto, quando observou um aparelho voador emitindo uma luz branca que emanava aparentemente da totalidade da superfície externa do UFO. A nave tinha também a forma de disco e estava inicialmente imobilizada no céu, a cerca de 400 metros de distância. Logo que Divino começou a observar o aparelho, este passou a se movimentar em direção às montanhas que estão localizadas ao sul da parte urbana de Santa Isabel. O comerciante entrou em sua residência rapidamente, tendo como objetivo buscar um binóculo. Quando retornou, segundos depois, o UFO já havia desaparecido.
Ainda no mesmo ano, o Sr. Sebastião Gomes Carneiro, durante uma tarde de tempo limpo do mês de junho, teve a chance de observar um objeto que brilhava e refletia, aparentemente, a luz do sol. O UFO foi descrito pela testemunha como tendo a forma de um ferro de passar roupa. Segundo Sebastião, apresentava na parte superior uma espécie de cúpula, que parecia refletir cm menor escala os raios solares. A testemunha pôde notar ainda o que pareciam ser duas antenas, do mesmo tipo das utilizadas nos carros, que partiam da própria cúpula do objeto. Sua observação durou cerca de 10 minutos, permitindo que a testemunha pudesse observar em detalhes o aparelho.
No início do ano de 1987, começamos as vigílias em um outro ponto, mais perto de Santa Isabel, conhecido como Pedreira, do qual boa parte da Serra da Beleza é avistada. Na noite do dia 9 de junho tive meu primeiro avistamento a partir deste local, juntamente com o Sr. João Batista de Araújo Lopes, responsável pela agência de Correios do distrito. Nossa atenção foi despertada, inicialmente, pela aproximação de um avião que vinha da direção do Rio de Janeiro. O Boeing ultrapassou a Serra da Beleza, rumando em direção à nossa posição para. cm seguida, iniciar uma curva de 180 graus que o levaria novamente em direção à cidade do Rio de Janeiro. Em meio à observação deste avião é que notamos, surgindo por trás da Serra da Beleza, um UFO esférico emitindo luz alaranjada.
Conforme o objeto ganhava altura, o avião completava a curva para poder se dirigir em direção ao objeto. Quando a distância entre os dois começou a diminuir, o UFO simplesmente desapareceu, aparentemente se desmaterializando ou eliminando seu campo luminoso. O avião deu ainda uma volta sobre a região e rumou de maneira definitiva em direção à cidade do Rio de Janeiro. Ainda neste mesmo ano tivemos, a partir do mesmo ponto de observação, mais 12 avistamentos de luzes misteriosas de cor alaranjada, amarela, ou vermelha.
SONDAS UFOLÓGICAS
Estas luzes, mesmo quando vistas a partir de distâncias maiores, não cintilavam – ao contrário das luzes dos aviões, por exemplo. Pareciam estar sendo produzidas por pequenas esferas que teriam no máximo 30 centímetros de diâmetro – as chamadas sondas ufológicas. Estes objetos foram observados a olho nu, através de binóculos e telescópios. Todos estes avistamentos foram realizados entre os meses de junho e agosto. Já haviam se passado vários meses quando voltei a ter um novo contato direto com o fenômeno, na noite do dia 5 de junho de 1988. Naquela noite cheguei ao nosso ponto de observação, a Pedreira, acompanhado do pesquisador Denilson de Andrade Lima, residente em Santa Isabel, que desde o ano anterior tinha se integrado às pesquisas [Editor: veja matéria de Denilson em UFO 39].
As condições meteorológicas nesta noite eram as melhores possíveis. Por volta das 19h55, tivemos nossa primeira experiência do ano. Notamos a presença de uma sonda ufológica imóvel sobre a região conhecida como Baixadão, à esquerda da Serra da Beleza. O aparelho tinha a forma esférica, apresentando um brilho intenso de cor vermelha. Após uns poucos segundos, o objeto começou a se movimentar lentamente em direção à Serra, onde terminou por desaparecer alguns instantes depois. Poucos minutos após, um outro objeto com as mesmas características foi observado vindo do lad
o de Minas Gerais, rumando também em direção à Serra da Beleza. Sobrevoou em baixa altitude o Baixadão e desapareceu da mesma maneira que o anterior.
Nesta mesma noite, ainda tivemos mais um avistamento. Eram 21h10 quando observamos um aparelho esférico, bem mais luminoso que os dois avistados antes. Este UFO foi notado inicialmente ganhando altura a partir da Serra da Beleza, num ponto bem próximo do local onde acampamos em nossas primeiras incursões na região. Após ter elevado sua altitude, o objeto começou a apresentar um movimento em direção sul, mas no momento em que sobrevoava o ponto mais alto da estrada que liga Santa Isabel a Conservatória, reduziu drasticamente sua velocidade, ficando praticamente imobilizado por cerca de 5 segundos. Em seguida acelerou novamente até que desapareceu por trás de uma montanha conhecida como Cavalo Russo, onde alguns moradores da região tiveram misteriosas visões.
Na noite do dia 7 de junho, Denilson, nosso principal colaborador nas pesquisas, teve mais 3 avistamentos na Pedreira. Na noite do dia 18 de junho, mais uma vez estava de volta ao nosso ponto de observação, desta vez com Denilson e Renato Eduardo Carvalho Travassos, membro também da AFEU. As condições de visibilidade eram excelentes, permitindo visibilidade total. As 21h30 tivemos uma rápido avistamento: observamos uma sonda com brilho intenso e de coloração amarelada, a uma distância calculada em cerca de 3 km. O objeto foi avistado por cerca de 10 segundos, antes de se ocultar atrás de uma montanha. Era indiscutível que mais uma onda de aparições tinha começado naqueles dias e noites.
ÍNDICES ALARMANTES DE ATIVIDADE UFOLÓGICA
Mas foi na noite do dia seguinte, 19 de junho de 1988, que os fenômenos atingiram um nível inacreditável. Por volta das 20h00 foram notadas, simultaneamente, 3 sondas sobre o tal Baixadão. Uma delas no seu limite esquerdo, outra no centro e uma terceira no seu limite direito. Todas apresentavam um brilho avermelhado e movimentação bem lenta, rumo ao limite sul da Serra da Beleza, onde desapareceram. Com o passar dos minutos uma outra, com as mesmas características, foi observada também rumando em direção à Serra. Ainda nesta mesma noite tivemos outros contatos visuais com o Fenômeno UFO. Constatamos um aparelho esférico emitindo luz amarelada, de brilho comparável (em nível de intensidade) ao do planeta Vênus. O aparelho foi observado vindo aparentemente de Minas Gerais, com trajetória em direção ao Estado do Rio, passando por cima do horizonte sul.
Aparentemente as 5 sondas que haviam sido observadas desaparecendo por trás da Serra da Beleza, com o passar dos minutos, começaram a retornar. Sobrevoando o Baixadão, apareceram em trajetórias que as levavam a desaparecer em direção à Minas Gerais. Um outro detalhe interessante, ocorrido nesta noite, foi o sumiço de 2 destes objetos ao sinalizarmos com nossas lanternas: ambos foram encontrados segundos depois através da utilização de nossos binóculos, mantendo ainda as mesmas trajetórias.
Já na noite do dia 22 de junho voltamos a observar outra sonda de cor vermelha, por cerca de 4 segundos. No dia seguinte, mais uma vez, a partir do mesmo ponto de observação, foi notado um UFO emitindo luz de coloração avermelhada à direita do Baixadão. Seu brilho era comparável ao do planeta Júpiter. O objeto permaneceu visível por aproximadamente 10 segundos na mesma posição, desaparecendo logo em seguida. Com o passar de poucos segundos voltou a brilhar mais ao sul e em altitude inferior, iniciando em seguida uma trajetória rumo à Serra da Beleza, desaparecendo por trás desta para voltar a ser avistado por cima do ponto mais alto da estrada de Conservatória. Finalmente acabou por desaparecer próximo ao Cavalo Russo.
No dia 24 de junho do mesmo, deixei Santa Isabel e voltei ao Rio de Janeiro. Denilson, entretanto, continuou a acompanhar aquela onda de aparições. Este pesquisador teve a oportunidade de voltar a avistar UFOs nas noites dos dias 28 de junho, 1 e 3 de julho. No total, mais 7 sondas foram reportadas. No dia 5 de julho estava de volta a Santa Isabel para continuar a acompanhar os fenômenos. Juntamente com Denilson e Cláudio de Mello Paoliello, outro pesquisador da AFEU. Aos 20 minutos do dia 6 de julho, detectamos uma sonda de cor vermelha proveniente mais uma vez do Estado de Minas Gerais, com trajetória em direção à Serra da Beleza. Naquela noite o céu estava nublado e o UFO chegou a desaparecer por alguns instantes atrás de algumas das nuvens. O avistamento durou aproximadamente 5 minutos. Na noite seguinte, às 23h50, observamos um outro aparelho com as mesmas características, durante 3 minutos.
FENÔMENOS SE INTENSIFICAM
Vários dias se passariam antes que ficássemos novamente frente a frente com UFOs. Nossa próxima vigília positiva só iria ocorrer na noite do dia 14 de julho. Nesta oportunidade, chegamos ao nosso ponto de observação na Pedreira às 19h00. Não tivemos que esperar muito: por volta das 20h50 mais uma sonda era avistada. O UFO evoluía bem lentamente sobre o Baixadão, para em seguida desaparecer por trás de uma das montanhas da Serra da Beleza. Esta observação durou cerca de 5 minutos. Este objeto, ao percorrer sua trajetória, em determinados momentos chegou a ficar imóvel. Um observador não qualificado poderia pensar que se tratasse de apenas mais uma estrela brilhante.
Na noite de 18 de julho observamos mais duas sondas. A primeira, às 19h35, foi detectada sobre o Baixadão, movimentando-se em direção a Minas Gerais. Depois de poucos segundos, ficou estacionária para em seguida apresentar movimentação em direção à Serra, onde acabou por desaparecer, cerca de 3 minutos depois. Já o segundo objeto foi observado às 22h55, quase estacionário sobre o limite esquerdo do Baixadão. Em seguida, deslocou-se para a direita, desaparecendo cerca de 2 minutos depois. A noite do dia seguinte permitiria mais avistamentos. As 19h55, mais uma vez presentes no ponto de observação, notamos a presença de um UFO sobre o Baixadão.
Inicialmente o parelho estava pairando imobilizado no céu. Mas logo em seguida iniciou uma trajetória para a direita, que o levou a desapare