O telescópio espacial Kepler, lançado em 2009 pela NASA, protagonizou a mais bem sucedida procura por mundos alienígenas até agora realizada. Mais de 3.800 exoplanetas candidatos foram descobertos, e isso somente monitorando uma minúscula região da Via Láctea, cerca de 150.000 estrelas nas constelações Cygnus, Draco e Lyra. O telescópio atualmente está em sua missão K2, e a NASA mantém o site Planet Hunters com dados atualizados obtidos pelo telescópio, onde usuários podem estudar as informações, a fim de localizar novos mundos e ajudar a fazer a ciência dos exoplanetas.
E graças a esse site uma equipe liderada pela pesquisadora Tabetha Boyajian, da Universidade Yale, analisaram a estrela KIC 8462852, do tipo F e um pouco maior que o Sol, e publicaram os resultados no periódico Monthly Notices da Sociedade Astronômica Real. Situada a 1.500 anos-luz de nós, o Kepler flagrou vários fenômenos de diminuição de seu brilho por um objeto passando diante de seu disco, o chamado trânsito. Contudo, um desses trânsitos fez cair a luminosidade da estrela em 15%, e um outro em 22%. O Kepler procura exoplanetas dessa forma, medindo a quantidade de luz estelar que é oculta pela passagem de um desses astros diante de um sol distante, porém mesmo um planeta gigante gasoso como Júpiter bloqueia no máximo 1 por cento da luz de sua estrela.
Além disso, o Kepler observou inúmeros outros trânsitos, e nenhum deles parece ser periódico, indicando um planeta em sua órbita. Além disso trânsitos exoplanetários são regulares, ao passo que os observados em KIC 8462852 diminuem lentamente, depois aumentam muito rápido. E em meio a um dos trânsitos observados acontecem mais fenômenos de diminuição da luz da estrela, e também foi detectado em cerca ocasião vários trânsitos a cada 20 dias por semanas, antes de desaparecer completamente. Variação de luz estelar, uma estrela companheira próxima, um disco de protoplanetas e um cinturão de asteroides foram explicações examinadas e descartadas. Existe a possibilidade muito remota de o fenômeno se dever a um cataclismo, como um planeta ser atingido por um corpo pouco menor, como o que aconteceu com a Terra há 4,5 bilhões de anos. Nessa época um corpo do tamanho de Marte colidiu com a proto-Terra, gerando uma nuvem de fragmentos que se uniu para formar a Lua.
POSSIBILIDADE DE GRANDE OBRA DE UMA CIVILIZAÇÃO ALIENÍGENA
A hipótese natural mais aceita para explicar o comportamento de KIC 8462852 seria a presença de cometas, enviados para a estrela por outro corpo passando nas proximidades do sistema. Lá poderia existir um cinturão exterior de corpos, similar a nosso Cinturão Kuiper, e a presença de uma anã vermelha, efetivamente detectada nas proximidades, poderia ter perturbado incontáveis cometas. Se um grande número destes houvesse se fragmentado nas proximidades da estrela, fenômeno corriqueiro no Sistema Solar, a nuvem de material resultante pode explicar os estranhos trânsitos observados pelo Kepler. Boyajian comentou: “Nunca vimos nada como essa estrela. É muito estranho. Pensamos que podessem ser informações erradas ou movimento no telescópio, mas tudo estava em ordem”. A astrônoma disse que seu artigo cobre as possíveis explicações naturais somente, mas comentou que está considerando outros cenários.
Jason Wright, astrônomo da Penn State University, deve em breve publicar um artigo com uma explicação alternativa. Ele afirmou, depois de analisar os dados de Boyajian, que os padrões de ocultação de luz são consistentes com um enxame de megaestruturas em órbita, imensos painéis coletores projetados para coletar energia da estrela. Wright comenta: Quando Boyajian me mostrou os dados, fiquei fascinado em como pareciam malucos. Alienígenas devem ser sempre a última das hipóteses a considerar, mas isso se parece com algo que uma civilização alienígena poderia construir”. Wright, Boyajian e Andrew Siemion, diretor do Centro de Pesquisa SETI da Universidade da Califórnia, Berkeley, estão preparando uma proposta para utilizar um grande radiotelescópio para tentar captar alguma transmissão alienígena de uma civilização trabalhando no sistema de KIC 8462852. A busca por respostas continua.
Site oficial do telescópio espacial Kepler
Confira o artigo da equipe de Tabetha Boyajian em PDF
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