Encontrado novo tipo de planeta alienígena

Mundo designado Kepler-10c é rochoso e 17 vezes mais pesado que a Terra. Achado indica que planetas rochosos, propícios à vida, podem existir desde o princípio do Universo

Equipe UFO

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Kepler-10c, primeiro mundo alienígena da classe das megaterras
Créditos: David A. Aguilar (CfA)

Enquanto o telescópio Kepler da NASA está sendo preparado para uma nova missão buscadora de planetas, a enorme quantidade de dados que coletou até a lamentável pane dos giroscópios em 2013 continua rendendo frutos. A mais nova descoberta, que está sendo chamada de megaterra, tem profundas implicações para a busca por vida extraterrestre.

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Dois planetas já haviam sido identificados ao redor da estrela Kepler-10, a 560 anos-luz da Terra na constelação de Drako, em 2010. Contudo, o Kepler não possui a capacidade de apontar a massa dos mundos que localiza. Isso só foi possível, no caso do exoplaneta Kepler-10c, quando a equipe liderada pelo astrônomo Xavier Damusque, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, utilizou o instrumento HARPS-North, do Telescópio Nazionale Galileo, nas Ilhas Canárias.

Com isso, os astrônomos puderam medir a velocidade radial do mundo alienígena e assim medir sua massa. Os dados iniciais do telescópio espacial permitiram estimar que o Kepler-10c era um mundo gasoso da classe dos mini-Netunos com seu diâmetro 2,3 vezes maior que o da Terra. Contudo, os dados do HARPS apontaram que a massa desse planeta é 17 vezes maior que a do nosso. Isso permitiu calcular sua densidade, comprovando-se que Kepler-10c é um enorme mundo rochoso.

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A estrela Kepler-10 tem outro planeta, situado em uma órbita mais interna e que a gira a cada 20 horas. Kepler-10c, o primeiro mundo da classe das megaterras, tem uma órbita que se completa a cada 45 dias terrestres, e por estar tão próximo de sua estrela deve ser quente demais para abrigar vida. Esse achado indica, entretanto, que outros mundos dessa classe de tamanho podem situar-se a distâncias mais adequadas para que seres vivos existam em suas superfícies, multiplicando as possibilidades de encontrar vida extraterrestre.

Outro aspecto importante é que a estrela Kepler-10, classificada como tipo G ou seja, semelhante ao Sol, é muito velha, com idade estimada em 11 bilhões de anos. Isso significa que esse sistema surgiu menos de 3 bilhões de anos após o início do Universo, com o Big Bang, significando que desde muito cedo na história do Cosmos devem existir planetas rochosos com condições de abrigar vida. Outros fantásticos achados são aguardados para breve, pois o HARPS-North está sendo usado para estimar a densidade de muitos dos mundos descobertos pelo Kepler.

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