Uma empresa dos EUA, aproveitando a euforia provocada pelas viagens espaciais chinesas, começou a vender na China terrenos lunares, informou nesta quinta-feira a imprensa oficial. A empresa Lunar Embassy, fundada nos EUA em 1980 pelo empresário Dennis Hope, apresentou publicamente ontem sua oferta, que é bastante econômica: um acre na Lua por US$ 37. “O potencial de crescimento de seu valor é ilimitado”, assegurou Li Jie, chefe executivo da empresa chinesa subsidiária da Lunar Embassy, que apresentou o projeto e foi citado pelo jornal estatal “China Daily”.
Segundo os promotores do projeto, a compra outorga ao proprietário o direito de usar os minerais que houver da superfície até três quilômetros abaixo dela, o que significa 12,15 quilômetros cúbicos de Lua. Para a venda a cidadãos chineses, a firma reservou um setor do satélite terrestre no hemisfério norte. A empresa assegura que a venda tem uma base legal inquestionável e que os compradores receberão um certificado que os transformará em proprietários de um pedaço de terra lunar.
Segundo Hope, o Tratado das Nações Unidas sobre o Espaço Exterior, assinado em 1967 (dois anos antes de o homem chegar à Lua) estabelece que os governos da Terra não podem reivindicar propriedade alguma sobre terrenos da Lua. O texto, no entanto, não tem informações sobre a possível posse de empresas ou cidadãos.