Elon Musk pode não acreditar em elevadores espaciais, mas o Japão acredita e está dando um passo à frente para realizar o sonho de viajar para o espaço por elevadores em vez do tradicional foguete. Pesquisadores da Universidade Shizuoka do Japão vão testar um projeto de elevador espacial hoje, de acordo com o Jornal The Mainichi. A ideia é tornar realidade uma conexão entre a Terra e a estação espacial por meio de cabos. Basicamente, a invenção seria capaz de conduzir cargas e pessoas para o espaço dentro de um carro espacial conectado aos cabos.
O teste a ser conduzido pelos pesquisadores da Faculdade de Engenharia da Universidade é o primeiro do tipo a ser feito no espaço. Nele, um cabo de aço de 10 metros de comprimento será usado para conectar dois satélites cúbicos ultrapequenos, que serão lançados a partir da Estação Espacial Internacional (ISS). Um contêiner fará o papel do elevador ligando com cabos os dois satélites por meio de um motor. Os movimentos serão gravados a partir de câmeras encaixadas nos satélites.
O ineditismo do experimento se dá porque nunca houve a tentativa de mover um recipiente através de um cabo no espaço. Se ele funcionar de forma satisfatória, significa mais um passo na direção do desenvolvimento de um elevador espacial. Uma das maiores vantagens seria a diminuição de custos e riscos de viagens espaciais, já que o preço de transportar cargas poderia ficar praticamente 100 vezes mais barato.
A expectativa dos pesquisadores é de que o elevador espacial alcance uma velocidade de 200 km/h, chegando à estação espacial 8 dias depois da saída da Terra. “Na teoria, um elevador espacial é altamente plausível. Viagens espaciais devem se tornar populares no futuro”, afirma o líder do estudo, Yoji Ishikawa.
Apesar do otimismo, os pesquisadores precisarão superar obstáculos para concretizar o elevador espacial. Primeiro, os cabos utilizados devem ser especialmente resistentes, já que têm de suportar raios cósmicos. Conforme explica o professor e consultor da UFO Fernando Moreira, “um elevador espacial jamais funcionaria com cabos de aço, uma vez que seu material quebraria com o próprio peso”.
A ideia original e a qual o professor ensina em sala de aula – disciplina de “Engenharia de Dispositivos e Materiais Avançados” – há mais de dez anos, é usar nanocarbonos na forma de nanotubos, que são inúmeras vezes mais resistentes que o melhor aço e muito mais leve que ele. Essa, sim, seria a combinação perfeita para esse tipo de estrutura”, alerta o cientista. Além disso, seria necessário descobrir como transmitir eletricidade da Terra para o espaço, bem como desenvolver formas de evitar colisões com lixo espacial ou meteoritos.
Fonte: The Mainichi, original em japonês por Ryo Yanagisawa
Veja o vídeo do projeto:
Fernando Araújo Moreira Professor titular do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é engenheiro de materiais com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Física. É o criador na UFSCar da carreira de Engenharia Física, pioneira no Brasil e hoje presente em inúmeras universidades do país. Trabalhou como pesquisador em projetos da Força Aérea Norte-Americana (USAF), na Universidade de Maryland e em diversas instituições científicas de vários países. É consultor da Revista UFO. |
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