Plutão, pobre Plutão
Vejam só. Há 70 anos um astrônomo famoso, Clyde Tom-baugh, alarmou o mundo quando declarou haver descoberto mais um planeta em nosso Sistema Solar. Plutão foi o nome escolhido. Pluto em inglês, como o personagem de Walt Disney. O planeta passou a ser respeitado como o mais novo astro, mas não do cinema e sim como um componente de nosso sistema, que é doado por uma estrela de quinta grandeza, sua excelência o Sol. E olhe que o Sol não é lá essas coisas em relação a outras que brilham na escuridão cósmica…
Plutão, conforme estudamos na escola é um planeta, assim como Mercúrio, Urano e esta nossa residência. Mas é um planeta catalogado entre aqueles reconhecidos pela intocável Associação Astronômica Mundial, a mesma que acreditava conhecer todos os fenômenos além da Terra, até aparecerem os telescópios em órbita e computadores sofisticados que retratavam o fato por outro ângulo. Este órgão às vezes divulgava algumas loucuras de arrepiar os pêlos daqueles que, não sendo considerados mestres, não foram convidados a ela se associarem.
Graças ao nosso Criador existe nesta sofrida Terra outro grupo, o Centro de Estudos de Planetas Menores. Este não é tão destacável quanto o primeiro, mas luta para que nós, terrestres, não sejamos considerados míseros habitantes de um asteróide qualquer e sim de um planeta de verdade. Plutão é e sempre será um planeta, pois jamais poderemos mudar suas características só porque meia dúzia de “sábios” resolveram achar que o referido astro já não mais poderia manter o título.
Mas por que esta loucura? Quando Tombaugh informou que Plutão era realmente um planeta, todos aceitaram e passaram a catalogá-lo entre àqueles que circundam o Sol. Teceram-se elogios ao descobridor, citaram-no em prosas e versos, chegaram até a lhe outorgarem títulos, diplomas, medalhas, etc. E eis que algo aconteceu. Ao viajar com sua família por uma estrada isolada dos EUA, às 22h15 do dia 16 de julho de 1947, Tombaugh observou algo no céu, um objeto discoidal que fugia a tudo o que ele poderia imaginar. Aquilo subia e descia como uma folha seca no espaço. Era inacreditável…
Descobridor do planeta Plutão, Clyde Tombaugh foi vítima de muita descriminação ao anunciar ter observado um UFO nos anos 40, no Novo México
– Reginaldo de Athayde
O fato deixou-o impressionado e o astrônomo comunicou-se com seu governo. “Pesquisei o céu durante anos e jamais vi um espetáculo tão estranho. O objeto tinha uma fraca luminosidade e estou certo de que não seria visto em plenilúnio. Não podia ser nosso, terrestre”. Tal posicionamento chocou os colegas da comunidade astronômica, que não tiveram coragem de desmenti-lo.
Em 20 de agosto de 1949, Tombaugh esteve às voltas com UFOs. Desta vez ele os classificou como engenhos fusiformes de intensa luosidade esverdeada e silenciosa. E fez uma nova comunicação por escrito ao governo. Mas não precisamos comentar a repercussão junto aos intocáveis, que passaram a considerar o astrônomo personna non grata. Tudo porque havia se declarado a favor de algo que tais agremiações não conseguiam explicar: objetos voadores não identificados.
Sem poderem expulsar Tombaugh de seus círculos, fizeram vistas grossas até o momento de sua morte, há dois anos. Sabendo que a família não partiria para uma defesa, os membros desse órgão resolveram desmoralizar a descoberta, transformando o pobre Plutão num mísero asteróide. E aí vai a pergunta: por que somente após sua morte?
Que pobreza de espírito tem essas “sumidades”, que aguardaram anos para derrubar uma celebridade mundial, exclusivamente para manterem seus pontos de vista. Mas durma tranqüilo Tombaugh, pois o mundo ainda há de conhecer a verdade sobre Plutão e sobre os discos voadores!
A posição da Revista UFO quanto a Urandir Fernandes de Oliveira
Em virtude do imenso crescimento da imagem do controverso paranormal e suposto contatado Urandir Fernandes de Oliveira na mídia, resultado de sua repetida participação em programas de televisão popularescos e sensacionalistas, a Revista UFO foi inundada nas últimas semanas com perguntas de seus leitores e solicitações para que assumisse um posicionamento quanto ao assunto. Assim, considerando sua conhecida posição de denúncia e sua consagrada atitude de combate a inverdades, usurpações e moléstias que permeiam o universo ufológico brasileiro, esta publicação expressa aqui sua posição.
Em primeiro lugar, Urandir Fernandes de Oliveira já foi tema de extensas matérias nesta revista, que mostraram de forma minuciosa e inequívoca suas manobras fraudulentas para utilizar-se do Fenômeno UFO para benefício pessoal e financeiro. Em UFO 52, por exemplo, suas atividades foram exaustivamente apresentadas, detalhadamente analisadas e finalmente desmascaradas perante nossos leitores. Nessa edição publicamos uma reportagem resultante de uma visita que a Equipe UFO fez ao Projeto Portal, mantido pelo suposto paranormal em Corguinho (MS), onde se verificou o uso de equipamentos eletrônicos diversos – principalmente canetas laser – para iludir seguidores e interessados.
Em edições consecutivas, como em UFO 54, ufólogos de renome de todo o Brasil, ligados à Revista UFO, expuseram mais algumas das falcatruas já comprovadamente atribuídas ao autointitulado contatado, em situações em que usava a boa-fé alheia para auferir lucros e vantagens pessoais. Em UFO 56, alguns meses depois, membros do Conselho Editorial desta revista, em especial seu co-editor Claudeir Covo fez novas denúncias sobre as inusitadas atividades do aludido paranormal. Covo apresentou, ainda, uma detida análise de fotos de supostos UFOs que teriam sido flagrados por Urandir Fernandes de Oliveira, explicando-as como meros truques fotográficos. Por fim, a referida edição finalizava o assunto lançando um desafio público àquele senhor, para que provasse de uma vez suas aludidas habilidades.
Desde esta época, janeiro de 1998, como era de se esperar, o duvidoso paranormal se esquivou de todo e qualquer contato com a Equipe UFO e simplesmente ignorou o desafio oferecido para que tivesse chance de provar suas desacreditadas capacidades. Além disso, conforme detido acompanhamento que temos feito sem interrupção de suas atividades por todo o Brasil, Urandir Fernandes de Oliveira não somente manteve seu repertório de absurdos como também incorporou a ele inúmeros fatos novos – todos identicamente fantasiosos, suspeitos e sem a menor comprovação. Por fim, desde que iniciou seu combate às falcatruas do citado personagem, esta publicação recebeu significativa quantidade de denúncias originadas de pessoas que foram iludidas, enganadas e até mesmo lesadas pelo mesmo.
Assim sendo, não há a menor razão para que a Revista UFO reconheça hoje qualquer nível de credibilidade nas atividades de Urandir Fernandes de Oliveira, já que teve inúmeras confirmações de sua reincidente má-fé no lido com o tema ufológico. Esta publicação mantém o desafio ao polêmico contatado e espera que um dia o mesmo venha a aceitá-lo, quando se poderá então encerrar o assunto. Enquanto isso não ocorre, UFO se alinha com praticamente a totalidade da Comunidade Ufológica Brasileira, que não somente não reconhece qualquer eventual poder especial do referido senhor como lança um alerta à população, para que não seja enganada com truques banais de mágica e canetas laser.
– A. J. Gevaerd, editor
Conheça os termos do desafio feito por UFO ao autointitulado contatado Urandir
Em janeiro de 1998, UFO 56 lançou um desafio ao suposto contatado, na forma de um convite público. Esperava-se que o controverso personagem apresentasse provas concretas de suas tão propagadas habilidades. Entre elas, Urandir afirmava ser capaz de viajar a outros planetas a hora que bem entendesse, assim como garantia ser fluente em idiomas extraterrestres. E alardeava poder atrair seus “amigos” alienígenas quando lhe desse vontade, possibilitando-o formalizar contatos com tais seres.
Baseada nessas afirmações, largamente propagadas através da mídia, UFO convidou o autointitulado paranormal a realizar suas operações de contatismo de ETs em bases francamente favoráveis a ele, numa tentativa de dar-lhe a necessária liberdade de expressão para atuar. Eis as condições oferecidas a Urandir: poderia escolher três datas que lhe conviessem, em horários que viesse a determinar e em locais de sua livre escolha. Nestas ocasiões, teria todas as chances de atrair uma ou mais naves extraterrestres, fazê-las pousar e travar um diálogo com seus ocupantes.
Para tais operações, o autointitulado contatado disporia de todo o tempo que fosse necessário e estabeleceria condições apropriadas, segundo ele, para que seus “fenômenos” se realizassem.
Os ufólogos da Revista UFO somente exigiam poder acompanhar os procedimentos junto a especialistas em eletrônica, ótica e física a laser, para poderem certificar-se da legitimidade de qualquer operação que o suposto contatado realizasse. Além disso, estariam acompanhados de membros selecionados da Imprensa nacional e autoridades policiais. Urandir não aceitou o desafio.