Uma visão estranha
Na noite de 29 de outubro, estava em companhia de alguns ufólogos do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ) que faziam vigília na Fazenda Volta do Rio, próxima ao distrito de Baixa Grande, em Riachão do Jacuípe (BA), onde inúmeras vezes diversas pessoas observaram luminosidades e UFOs. Eu mesmo já tinha visto luzes mortiças que piscam ao longe – talvez a 600 ou 800 metros. Foram feitas diversas filmagens em vídeo, entre elas a do objeto que “desfilou” sobre o Estado na noite de 08 de agosto [Editor: veja UFO 55].
Dessa vez esperava ver alguma coisa como nas outras oportunidades em que lá estive, acompanhando João Jorge, também membro G-PAZ. Além de J. J. estavam presentes o ufólogo Alberto Romero, Ritângela e Salvador. Por volta das 21:40 h, vimos aparecer uma luz forte, por trás de uma casa distante 500 m, no alto da fazenda. A luz vinha de um ponto oculto naquela residência, onde o pessoal já tinha se recolhido. Parecia um farol de carro que “converteu” a luz de baixa para alta, mas que a seguir apagou-se.
Entre nós surgiram dúvidas com relação ao fenômeno, já que tinha sido tudo muito rápido, sem que pudéssemos fixar detalhes da cena. A noite estava deveras escura, pois não tinha lua e as luzes das fazendas vizinhas aos poucos foram apagando-se. Então vimos o que parecia um vaga-lume, parado no ar, ao lado de um mandacaru [Editor: espécie de cactos da caatinga]. J. J. chamou nossa atenção e na hora em que levei o binóculo ao rosto, a luminosidade aumentou repentinamente e correu em direção à porteira, distante uns 80 metros.
A luz perdurou 12 segundos, mal dando-nos tempo para gritar e atrair os amigos, quando se apagou. Nem J. J., com vídeo, nem Romero, com máquina fotográfica, tiveram condições de registrar a evolução. Fiquei estarrecido com o que vi. Já tinham me falado que essas pequenas luzes “eram eles”, mas no início não acreditei. Só quando peguei o binóculo tive a estranha visão: a luz, ou bola de cor alaranjada, muito brilhante e com um pequeno halo luminoso em volta, ia à frente de uma silhueta, a qual visualizei apenas da cintura para cima, como se fosse uma pessoa. Entretanto, não vislumbrei braços nem pernas, e muito menos detalhes como o rosto.
O que observei parecia estar coberto com uma roupa prateada, inclusive a cabeça. Parecia ser metálico porque uma luz alaranjada refletia em seu peito. Os movimentos eram como o de um ginete em galope suave, mas no meio de um silêncio total. Até hoje, ao escrever este relato, sinto arrepios, mas garanto que na hora não senti medo, apenas uma emoção muito forte e a vontade de poder apreciar melhor em uma próxima vez.
Ao clarear o dia, outros integrantes do G-PAZ foram até o local do avistamento. Mas, não foi possível observar marcas de pneus de nenhum tipo de veículo, nem pegadas. Descartou-se a hipótese de ser uma pessoa correndo com um lampião, porque ele apagar-se-ia durante o deslocamento. Além disso, levando a luz junto ao peito, uma pessoa ficaria completamente iluminada e não enxergaria nada à sua volta. Ademais, a luz emitia somente um pequeno halo em volta e não clareava todo o terreno.
A descrição de “uma pessoa galopando” se deve ao movimento suave e ondulatório da luz, que se pode observar nitidamente, a olho nu, mas poderia ser atribuída, por exemplo, a uma entidade que “flutuasse no ar”, como no Caso Alexânia, brilhantemente descrito pelo saudoso general Uchôa [Editor: a testemunha prefere manter-se no anonimato].
O. C.
Salvador (BA)
Bola luminosa em São Paulo
Na noite de 07 de outubro passado, a cidade de São Paulo estava toda nublada. Por volta das 21:15 h, estávamos eu e minha noiva no apartamento onde moro, na área central da cidade. Olhamos em direção à porta de vidro que dá acesso ao terraço, vimos um forte relâmpago (luminosidade) adentrar o quarto. Pensamos que era somente uma chuva. Qual não foi nosso espanto quando vimos aquele monte de luzes coloridas vindas do alto, vibrando fortemente.
Eu gritei para minha noiva: “Você está vendo? O que será que é?” Ela me respondeu: “Sim, estou vendo. Que lindo!” Ficamos observando aquela cena durante um minuto. Ao abrir a porta do terraço, estava tudo claro. As luzes haviam sumido, mas os prédios vizinhos estavam todos iluminados. Não necessariamente por luz, mas por uma esfera cor-de-rosa suave. A impressão que se tinha era de que havia clareado o dia.
Visualizamos o céu cinzento e percebemos a presença de um círculo amarelo, à baixa altitude, entre as nuvens. Porém, não distinguimos sua estrutura, nem formato. Tentei avisar o zelador do prédio e alguns amigos por telefone, mas com medo de que a bola sumisse, desisti. Olhávamos para o solo na esperança de que alguém também a estivesse vendo, mas nada… A observação perdurou mais três minutos. Com certeza não era avião, helicóptero ou canhão de luz ou laser. E aquela luz amarela clara e circular saía de dentro da nuvens. De repente, sem movimento algum, ela se apagou. Pergunto-me: será que pelo menos um dos milhares de paulistanos olhou para o céu nesses fantásticos três minutos em que a estranha “bola luminosa” ficou planando sobre o terraço.
Anderson Forastieri
forastie@uol.com.br
Caso da Ilha dos Caranguejos
Na casuística ufológica nacional existe um caso famoso, ocorrido na Ilha dos Caranguejos (MA), do qual foram vítimas quatro pescadores: Firmino, José Souza, Aureliano e Apolinário. O fato se deu há vinte anos, foi relatado nos livros dos ufólogos Ernesto Bono e Maurice Chatelain, mas até hoje instiga curiosidade e espanto. Pensando em esclarecer os leitores sobre alguns aspectos dessa experiência, entrevistei um dos envolvidos. Firmino contou-me que viajavam para extrair caibros de mangue na região numa embarcação denominada Maria Rosa, no porão da qual dormiam todas as noites.
Numa dessas ocasiões, Apolinário acordou com o som de gemidos e encontrou Aureliano preso num canto do barco, com queimaduras profundas nas espáduas e nádegas. Firmino ficou desacordado e apresentava queimaduras no lado esquerdo do corpo, além de marcas produzidas pela rede de náilon em que dormia, e José Souza estava morto, sem nenhum sinal pelo corpo.
Apolinário, então, içou as velas do barco sozinho e rumou para São Luís levando Firmino totalmente fora de si, além do cadáver de seu irmão Aureliano: “Acordei somente seis dias depois, sem me lembrar de nada, e meu irmão já tinha sido enterrado”. Conforme sua narrativa, não demorou muito para que pesquisadores norte-americanos chegassem ao local para fazer entrevistas com os sobreviventes, querendo, inclusive, levá-los para os Estados Unidos.
Só não o fizeram por falta de documentos pessoais das vítimas. Firmino disse que chegou a se esconder várias vezes no mato para fugir das perguntas. Também informou que enquanto esteve internado no hospital chegaram outros moradores da região, também queimados pela bola de fogo ou Chupa-chupa, como o fenômeno ficou conhecido no Pará e Maranhão entre os anos de 1977 e 1979.
Apolinário, posteriormente, apresentou sinais de debilidade física e emocional, que Firmino afirma derivar do esforço que ele fez para levar o barco até a capital. O entrevistado mostrou-me as cicatrizes profundas no braço esquerdo, mas não se deixou fotografar.
Álvaro Maia Lello Jr.
Rua José Rubens 170,
0515-000 São Luís (MA)
Círculos no Rio de Janeiro
Faço parte do Grupo de Estudos Ufológicos de Valença (GEUVA), no Estado do Rio de Janeiro, e em 26 de agosto último, eu, José Danilo, Jean e Maria José estávamos em vigília quando um ponto luminoso (parecendo avião) veio do oeste e parou diante de nós. Ficamos voltados para o sul e o UFO permaneceu completamente imóvel no ar durante cerca de sete minutos. Parecia aguardar algum sinal, mas nós não o demos. Somente ficamos a observá-lo. Então o objeto continuou seu vôo silencioso para o leste, desaparecendo atrás de uma montanha. Naquela noite, quando fomos dormir, tivemos o mesmo sonho sobre manobras militares com muitos soldados caçando UFOs.
Desde aquele dia até 07 de outubro não consegui mais dormir direito. Todas as noites, entre 02:00 e 03:00 h, acordava aos sobressaltos, perdendo completamente o sono, só voltando a dormir depois das 04:00 h. Somente depois dessa data, quando encontrei e fotografei uma marca circular de uns 25 m de diâmetro no meio de um capinzal, foi que voltei a dormir tranqüilamente.
Após fotografar a marca, fiz um relatório e levei o material ao GEUVA. Sueli Trindade, nossa presidente, enviou as fotos e o relatório para o Rio de Janeiro a fim de mostrá-los ao pesquisador Marco Antonio Petit, da Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU). Quando encontrei a marca circular no capinzal, já havia se passado vários dias desde sua formação. Pelas fotos, percebe-se o capim começando a se levantar e com novo brotamento no meio da palha seca e amassada. Mas a marca ainda continuou por diversos dias até desaparecer.
Em 03 de novembro, caiu em Valença um temporal durante horas e, no dia 05, voltei ao local da formação circular para verificar se o vendaval e a tempestade deixaram nova marca nas folhagens. Fotografei o terreno outra vez e, como pude perceber, o capim está normal, apesar da chuva. Aquela grande marca circular havia desaparecido. Para nos certificarmos, fizemos algumas perguntas a respeito do local aos boiadeiros da região, os quais nos informaram que não deixam o gado naquela área porque o capim é impróprio para consumo bovino.
João Carlos Ferreira
Caixa Postal 87511,
27600-000 Valença (RJ)