UFOs filmados no Nordeste
Estado do Ceará já é conhecido pela Comunidade Ufológica Brasileira devido à sua rica casuística. Agora, a pequena Massapé, distante 270 km de Fortaleza, também faz parte do cenário de ocorrências. Desde o dia 30 de setembro, quase diariamente, surge nos céus da cidade um objeto voador não identificado. Do prefeito ao padre, do comerciante à beata, ninguém fala em outra coisa. Além disso, uma professora conseguiu fazer uma filmagem de quase doze minutos de UFO, com imagens bastante nítidas.
No entanto, o agricultor Antero Ricardo da Silva, 47, um dos mais ativos membros da comunidade local, reclamou da agressão que sofreu pelo objeto. Praticamente sem força nas pernas, com dificuldade para respirar, Silva agora anda somente apoiado numa bengala. Se está sentado, só se equilibra com a ajuda de outra pessoa. “O que aconteceu com o senhor Antero não tem explicação”, garante o vigário de Massapé, padre João Baptista Mesquita, ao informar que “ele não é um homem de mentir ou de criar fantasias.
“Ele, antes de ser afetado pela luz desta coisa, era um dos melhores e mais animados membros na comunidade de São Damião”. O padre acrescenta ainda que o agricultor está apático, sem ânimo para nada e muito abatido. Ele está sendo tratado na cidade cearense de Sobral pelo neurocirurgião Geraldo Cristino, da Santa Casa de Misericórdia. A população de Massapé está perplexa com o que aconteceu. E comenta o padre Mesquita: “De uma hora para outra, nossa tranqüilidade deixou de existir”. Em Sobral, o neurocirurgião confirma ter recebido o agricultor Antero Ricardo da Silva, o qual apresentava uma deficiência medular aguda, com grave comprometimento nas suas pernas.
“Ele, quando aqui chegou”, afirma o médico, “contou ter recebido uma forte carga de luz, de um objeto não identificado, em Massapé”. Depois de um exame clínico, quando foi feita uma avaliação dos seus reflexos osteotendinosos, verificou-se que seus reflexos motores estavam comprometidos – o que não lhe permitia andar direito. Segundo o médico, “…é possível que este comprometimento tenha sido provocado realmente por uma descarga térmica, por um calor muito forte na direção da sua medula”. Como exemplo, o médico explicou que, quando uma pessoa leva um tiro e a bala passa perto da medula, ela sofre conseqüências em função da temperatura.
O mais fantástico nesses UFOs de Massapé é que eles costumam aparecer entre 19:00 e 21:00 h, quase sempre na direção da Serra da Meruoca, quando, depois de algumas incursões rápidas para os lados e para cima, desaparecem sem deixar sinais. “Eles já sobrevoaram várias vezes nossa cidade”, conta o advogado Geraldo Soares, que presta serviços na Prefeitura Municipal. O advogado os descreve: “São de forma oval, emitem fachos de luzes coloridas e muito intensas, que se deslocam de um lado para outro com muita velocidade.
“Recebemos, naquela semana, a visita de alguns ufólogos de Fortaleza, que foram despertados por umas poucas informações publicadas na capital. A maior prova existente, por enquanto, são os doze minutos de gravação em vídeo feitos pela professora Maria do Socorro Rocha, que diz ter recebido até ofertas de compra da fita por diversas emissoras de televisão”, contou Soares.
Benítez e o Caso Varginha
Conforme o ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues, em nota distribuída pela Agência Estado, o excelente jornalista Eduardo Castor Borgonovi divulgou suma de entrevista concedida pelo escritor e ufólogo espanhol J. J. Benítez ao não menos conceituado Pablo Villarrubia, consultor de UFO. De acordo com Pablo, Benítez afirma que possui laudos das universidades de Madri e Granada com os primeiros resultados de análises das amostras colhidas em Varginha, no local em que, segundo ele, há marcas do pouso de um disco voador. Os testes teriam concluído que “uma árvore desidratada foi submetida à incrível temperatura de mais de mil graus centígrados. Suas flores foram parcialmente queimadas, mas as folhas nada sofreram. Dezenas de insetos morreram no local, por causa completamente desconhecida: não foram mortos por agrotóxicos, nem inseticidas, e quase dez meses depois de suas mortes não apresentavam sinais de putrefação”, conforme a nota de Borgonovi.
Ubirajara ligou imediatamente para Villarrubia, na Espanha, que informou-lhe que o senhor Benítez não lhe exibiu qualquer laudo. E, diante da solicitação de Pablo, Benítez afirmou que poderá mostrá-lo quando obtiver os resultados das análises nas amostras de solo, que também levou. Ora, é muito conhecida aquela estória da “foto autêntica”. Alguns ufólogos argumentam que “solicitaram um laudo da Kodak” – por exemplo – para verem se uma foto ufológica é autêntica.
Suponhamos então que uma pessoa tire uma foto de um prato jogado para o ar e a submeta, com negativo, cópia de primeira geração etc, ao “laboratório da Kodak”. Evidentemente, o laudo atestará, sem dúvida, a autenticidade da fotografia. Ou seja, que não há montagem, superposição de imagem ou outros truques, inclusive de laboratório. Mas a foto, sem dúvida, só poderá ser autêntica.
Quer dizer, o que a Kodak tem a ver com discos voadores? Nada. Solicitaram a análise de uma foto e esta, portanto, é “autêntica”. Só não perguntaram se foi mesmo um disco voador fotografado ou um prato jogado no ar. À primeira vista, parece ser este o caso de tais análises afirmadas pelo senhor Benítez. Então Ubirajara apresentou ao professor Ricardo Varela, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de São José dos Campos, algumas questões prévias, com a finalidade de estabelecer uma salutar discussão.
Imprescindível contraprova – Onde estão os laudos? O senhor Benítez deixou a chamada e imprescindível contraprova das amostras de terra, insetos, flores e folhas, com quem e onde? Com que base afirma que “não há possibilidade de as flores terem sofrido ação de incêndio” (sic) pelos sinais que apresentaram? Tal afirmação está na nota divulgada. Isto está nos laudos? A casca de uma árvore que se encontre em meio a uma queimada no pasto – que lá comprovadamente ocorre sempre – não sofreria a ação direta do fogo? E portanto, à que temperatura? A ação da propalada “incrível temperatura” incidiu nas folhas e flores daquela árvore? De baixo para cima, ou de cima para baixo? O laudo tratou deste importante aspecto?
À que temperatura podem chegar as chamas de uma queimada? Insetos carbonizados e desidratados por ação de queimada, e deixados expostos por dias ao Sol, devem essencialmente apresentar sinais de decomposição orgânica gradativa e natural? Uma árvore em completo estado de desidratação poderia, no momento da constatação desse estado efetivo, ser encontrada florando e com folhas absolutamente viçosas, vivas e perfeitamente “hidratadas”? Esclareceu o renomado pesquisador aos peritos que empreenderam às análises que, ao lado da árvore (que jamais esteve e não está desidratada), havia e há o tronco de uma outra, totalmente carbonizada pela ação do fogo oriundo de queimada?
O estado dos insetos, das folhas, flores e da árvore poderia ter sido provocado por que tipos de agentes? Esta pergunta será que consta nos laudos? Portanto, essas são as primeiras considerações que podem ser feitas – ao menos enquanto o senhor Benítez não apresentar efetivamente os laudos a que se refere, principalmente com a finalidade de solicitarem-se competentes pareceres de respeitadas universidades brasileiras, tão bem conceituadas quanto as que foram mencionadas – pareceres estes sobre as condições do local e das amostras.
Votos de congratulações
O Nordeste brasileiro, além de arrasar em número de casos, destaca-se também em termos de reconhecimento público da pesquisa ufológica. Em junho passado, o Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), presidido por nosso co-editor Reginaldo de Athayde, recebeu votos de congratulações da Câmara Municipal de Fortaleza pela passagem do Dia Mundial da Ufologia.
O documento oficial, assinado pelo vereador Chico Lopes e aprovado por Idalmir Feitosa, primeiro secretário, prevê a inserção nos anais daquela casa do regozijo para com o CPU. Sem dúvida, uma recompensa inestimável para um grupo idealizador de um trabalho sério e responsável, a favor da Ufologia Brasileira.
Novo grupo chileno
Acaba de ser criado um novo grupo ufológico no Chile, a Sociedad de Estudos Ufológicos (SEUS), com objetivo de financiar a investigação ufológica de alguns membros, reunidos em grupos ou comissões de trabalho lideradas por chefes de projeto. A SEUS possui uma pequena diretoria, chefiada pelo geógrafo Pedro Muñoz Aguayo.
Até o momento, o grupo já conta com 60 membros inscritos, dentre os quais 90% são alunos da Universidad Católica de Chile, além de professores e doutorandos. A SEUS pretende ainda editar boletins informativos e se apresentar em conferências e congressos. A primeira publicação será a respeito das medições magnéticas e sua correlação com as áreas mais freqüentes em manifestações ufológicas. Contato: Pedro Muñoz Aguayo, Instituto de Geografía, Pontifícia Universidad Católica de Chile. Endereço: Rua Carmen Covarrubias 294, Depto. 101, Nunoa, Santiago, Chile. Fone: (0056) 686-5797, fax: (0056) 552-6028.