Por Claudeir Covo, co-editor
É público e notório o acobertamento militar em relação aos UFOs. A Aeronáutica, o Exército e a Marinha de todos os países negam veementemente o assunto. Nos dias atuais, os militares não confirmam a existência dos discos voadores, mas também não negam o fenômeno. A tão sonhada democracia e o diálogo não existem por parte das Forças Armadas. Qualquer pessoa que acompanha a Ufologia percebe facilmente o acobertamento.
Essa situação começou em 8 de julho de 1947, quando um jornal publicou uma nota oficial da Base Aérea de Roswell relatando a captura de uma nave extraterrestre. A partir desse instante, até os dias de hoje, os Estados Unidos rotulam o assunto como top secret e ditam as regras para os demais países, convencendo-os através de acordos de cooperação espacial – como aconteceu recentemente no Brasil, em 2 de março de 1996, no documento assinado por Daniel S. Goldin, administrador da NASA, e Luiz Gylvan Meira Filho, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Podemos dar muitos exemplos desse acobertamento, mas vamos apenas citar o recente episódio de 20 de janeiro de 1996, em Varginha, no sul de Minas Gerais, onde o Exército, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar capturaram estranhas criaturas de origem desconhecida – cujo fato ainda está em plena pesquisa. Tais autoridades negaram tudo. Em todos os países temos exemplos claros em que os militares fazem de tudo para desmentir os acontecimentos ufológicos. No passado, infelizmente, houve até assassinato de pessoas para o acobertamento de assuntos dessa natureza. Esperamos poder riscar em definitivo esse passado negro da Ufologia.
Por outro lado, vemos claramente que o povo tem memória curta, e uma boa parte dos jornalistas tem um poder de investigação e uma capacidade de analisar os fatos que não vão além dos muros que delimitam seus quintais. É apenas uma questão de juntar fatos que já foram notícia em todo o mundo, envolvendo as mais altas autoridades militares, em famosas exceções históricas, muito bem guardadas nos arquivos dos ufólogos.
No Brasil, a primeira grande exceção aconteceu em 2 de novembro de 1954, no auditório da Escola Técnica do Exército, no Rio, onde o coronel aviador João Adil Oliveira, chefe do Serviço de Informações do Estado Maior da Aeronáutica, fez uma conferência sobre os UFOs. Nesse auditório estavam presentes as maiores autoridades da Aeronáutica, Exército e Marinha do Brasil. Tal conferência deveria ser lida por todos os jornalistas antes de entrevistar algum ufólogo.
Uma segunda exceção ocorreu em 70, onde o 4° COMAR, em São Paulo, juntamente com civis, pesquisavam o assunto abertamente, fazendo reuniões e discutindo sobre a presença dos discos voadores em território brasileiro. Uma terceira grande exceção ocorreu em 19 de maio de 1986, quando o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Otávio Moreira Lima, reuniu, em Brasília, toda a imprensa brasileira e falou abertamente sobre a presença de 21 UFOs nos céus do Brasil. Nessa coletiva, o ministro autorizou os pilotos de caças que perseguiram os UFOs e os operadores de radares do Cindacta I a falarem publicamente sobre os fatos.
Se já tivemos fatos públicos desse porte, muitos perguntam por que as Forças Armadas acobertam o assunto. A razão é simples: tecnologia e religião. Qualquer país que tiver em mãos a tecnologia dos discos voadores, no ato passa a ser um país do Primeiro Mundo. No entanto, se ficar provado cientificamente que existem inteligências extraterrestres que não fizeram parte do “pecado original” de Adão e Eva, ou se ficar provado que os ETs têm DNA igual ao nosso, que somos descendentes desses seres, será o caos religioso. Todas as religiões irão ruir.
Por outro lado, a Aeronáutica fica preocupada com que fique provado que, com tudo que se gasta através dos impostos pagos pelo povo, ainda não temos controle absoluto do nosso espaço aéreo, porque tem um tal de disco voador que invade o espaço aéreo, faz o que bem quer, causa interferências, mutila animais, seqüestra seres humanos etc, e a tecnologia terrestre não consegue impedir tais manifestações…
De qualquer forma, parece que as coisas estão se afunilando. Autoridades militares e civis mundiais não conseguem mais esconder os fatos do público. Por outro lado, os UFOs prometem estar mais presentes e prometem, também, acabar com esse acobertamento militar já em fase de falência, nos próximos quatro anos. Neste final de milênio, a Humanidade vai ter muitas surpresas extraterrestres. O Caso Varginha é apenas o começo. Quem viver verá.