Por Rafael Cury, co-editor
Em nome da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB), gostaria de cumprimentar toda a equipe editorial e funcional das revistas UFO e UFO Especial, liderada por A. J. Gevaerd, que vem desempenhando um papel fundamental na pesquisa e divulgação do Fenômeno UFO. Trabalho esse inigualável em todo o continente sul-americano. Acho oportuno, neste instante, lembrar um provérbio do pensador Lao Tsé:
“Quando o sábio superior ouve falar do Caminho, ele O percorre com muita sinceridade. Quando o sábio mediano ouve falar do Caminho, às vezes O segue, às vezes O esquece. Quando o sábio inferior ouve falar do Caminho, ele dá sonoras gargalhadas. E se ele não desse sonoras gargalhadas, esse não seria o Caminho. Logo, se buscas o Caminho, segue o som das gargalhadas”.
Este pensamento nos oferece momentos de profunda reflexão e ensinamentos, fala-nos da humildade, da ironia, da dúvida, do descaso e, mais precisamente, do caminho. Eis aqui o X da questão! Que caminho devemos percorrer, que atitudes devemos tomar?…
No eterno confronto Ufologia versus Ciência, ou Ufologia versus Religião, ela caminha com muita sinceridade e serenidade, já que os cientistas e religiosos do mundo inteiro já ouvem as sonoras gargalhadas da pesquisa civil dos UFOs e começam a seguir o caminho. Ciência e religião já não incomodam nem atrapalham tanto a pesquisa atual. Existe uma grande adesão de cientistas e religiosos no campo de pesquisa. Não é mais tabu nem coisa de lunáticos falar sobre UFOs.
Por outro lado, temos a imprensa e os governos que, quando ouvem falar dos UFOs, às vezes percorrem e outras vezes se esquecem do caminho. Quanto ao processo que envolve Ufologia, ciência, religião, imprensa e governos, devemos nos direcionar ao mais importante, ou seja: Ufologia versus Humanidade. Seriam os seres que nos visitam amistosos, agressivos ou indiferentes? Que objetivos teriam estes seres quando mutilam animais? Já existem acordos entre ETs e governos de nosso planeta? O fenômeno dos desaparecimentos de pessoas está ligado aos UFOs? Qual seria o impacto sócio-cultural e religioso para a Humanidade se os UFOs aterrissassem em massa?
UFOs, SIM OU NÃO — Em recente programa de TV que participei no Paraná, os telespectadores e participantes do programa (ao todo 1.200 pessoas) opinaram sobre a pergunta você acredita na existência de discos voadores, sim ou não? O resultado da pesquisa foi: 91,4% sim e 8,6% não. O programa demonstrou que maioria das pessoas aceita a existência dos UFOs, mas quantas delas compreendem realmente o fenômeno?
Até quando iremos perder nosso tempo em brigas e discussões sobre se a foto da Barra da Tijuca é autêntica ou não, se Meier mantém contatos ou não, se Adamsky era charlatão ou não? Fotos existem aos milhares, contatados também… Estamos, na verdade, perdendo nosso tempo em uma Ufologia versus Ufologia.
O Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU) já está trabalhando na campanha Discos Voadores, Reconhecimento Oficial Já, que tem, entre outros objetivos, o de reativar as discussões em torno do tema UFO junto à Organização das Nações Unidas (ONU), que já discutiu o assunto em duas oportunidades e continua com suas portas abertas. A campanha também mantém em seu quadro de atividades a realização do 1° Fórum Mundial de Ufologia em 1997, comemorando sua maioridade: os 50 anos da pesquisa ufológica.
As propostas da campanha serão apresentadas na 1ª Conferência Internacional de Ufologia, em junho próximo, na cidade de Curitiba. Todos seus aspectos, quer científicos, governamentais ou ligados à imprensa, serão direcionados à questão Ufologia versus Humanidade.
Proponho a todos que se dedicam ao Fenômeno UFO, grupos ufológicos e publicações sobre o tema, que direcionem parte de seus esforços para um melhor debate no campo sociológico e cultural sobre a questão. Vamos trabalhar no campo organizacional da Ufologia, desenvolvendo uma melhor padronização na pesquisa. Só assim ela será reconhecida perante a opinião pública, a imprensa, a ciência e os governos. Cabe a nós mostrarmos o caminho. Lao Tsé que o diga.