Crânios de Cristal
David Hatcher Childress
Madras, 2009
Os cristais de quartzo são amplamente usados pela indústria ótica, de relógios, equipamentos elétricos, química de base e também para propiciar a frequência correta para rádios e computadores. Isso porque, devido à sua estrutura única, o quartzo ou dióxido de silício praticamente não perde energia quando é manipulado. Porém, tudo depende da forma como ele é cortado. Entre outras coisas, há que se respeitar as proporções corretas para que ele mantenha suas propriedades.
Com as informações acima, podemos pensar nos famosos crânios de cristal que, segundo consta, foram primeiro descobertos no México, como mais do que um aparato decorativo ou de culto. Seriam eles algum tipo de produto tecnológico utilizado por sacerdotes, que os utilizavam para contatar os deuses? Em Crânios de Cristal: Incríveis Portais Para o Passado, o autor e pesquisador David Childress explora esta e muitas outras possibilidades em relação a esses misteriosos artefatos.
Além de nos apresentar toda a gama de usos e de tecnologias modernas ligadas aos cristais, o explorador mergulha em uma busca completa pela origem dos crânios. A história da Mesoamérica, onde se afirma que os artefatos surgiram, é abordada na magia dos olmecas, zapotecas, maias e astecas. Os tempos turbulentos da Revolução Mexicana servem de cenário para as aventuras de Ambrose Bierce, jornalista renomado que desapareceu nas selvas em 1913, e F. A. Mitchell-Hedges, o notório aventureiro que teria emergido da floresta com o mais famoso dos crânios.
Childress, cujo trabalho dispensa apresentações, reaviva esses assuntos, enquanto Stephen Mehler, o eminente arqueólogo e historiador da pré-história, demonstra seu vasto conhecimento e experiência com os crânios de cristal. Envolvido nesse campo de pesquisa desde os anos 80, Mehler teve a oportunidade de examinar vários crânios e trabalhar ao lado dos líderes na pesquisa desses misteriosos objetos. Entre eles, o inigualável Nick Nocerino, que desenvolveu uma metodologia meticulosa para examinar os artefatos. Esta é mais uma obra na qual Childress nos leva para uma viagem espetacular — e nos convida a questionar os mistérios de nossa civilização.
O Mistério de Marte
Graham Hancock e outros
Aleph, 2004
Marte, talvez o mais famoso e comentado planeta desde a Antiguidade, carrega consigo uma série de lendas e mitologias que vão desde ser o lar da civilização terrestre até todo o simbolismo ligado às guerras e revoluções. Muito se tem proposto e discorrido sobre o passado do hoje devastado e deserto Planeta Vermelho, mas ninguém sabe exatamente o que destruiu a vida em Marte ou mesmo se este mundo já abrigou, em seu passado remoto, alguma civilização.
O Mistério de Marte, além de explorar os aspectos tecnológicos de nossos conhecimentos sobre o planeta, também entra no espinhoso e urgente assunto dos cataclismos planetários. Na obra são levantadas pertinentes questões sobre a possibilidade de ter existido em Marte uma civilização muito parecida com a do Antigo Egito, que teria sido destruída por um impacto devastador. Esse mesmo impacto que teria varrido a possibilidade de vida no planeta.
Hoje, quando os cientistas já firmam com base em provas que nosso vizinho possui água líquida e corrente, nos resta saber o que mais será encontrado durante sua exploração. Hancock é um mestre na arte da escrita.