IV Fórum Mundial de Ufologia, um evento para entrar para a história
Poucas vezes na história da Ufologia Mundial, e provavelmente nenhuma na história da Ufologia Brasileira, um evento foi tão aguardado e acabou sendo tão bem sucedido quanto o IV Fórum Mundial de Ufologia, o I UFOZ 2012, amplamente divulgado no segundo semestre de 2012 e finalmente realizado em Foz do Iguaçu de 06 a 09 de dezembro. O local escolhido foi o Hotel Golden Tulip Internacional Foz. Foram quatro dias de intensas atividades em várias frentes, desde uma cerimônia de abertura emocionante a palestras eloquentes entremeadas por seções de debates com a plateia e até mesmo vigílias ufológicas. Para completar o quadro, o evento teve em sua finalização a leitura e emissão, pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), da Carta de Foz do Iguaçu, que mais uma vez — e agora de maneira ainda mais contundente — pede ao Governo Federal abertura ufológica completa e irrestrita.
“Foi um encontro para entrar para os anais da Ufologia Mundial, uma reunião memorável entre estudiosos que buscam a absoluta e cristalina verdade sobre a presença alienígena na Terra”. Foi assim que o jornalista mexicano Jaime Maussán resumiu o evento do qual foi uma das principais presenças. Ele sintetizou a expressão que estava visível no rosto de quase todos os conferencistas e cerca de 500 participantes do IV Fórum Mundial de Ufologia. “Não apenas cumprimento a Revista UFO como também agradeço sua equipe por realizar um evento como esse, com tanto entrosamento e sintonia”, declarou Liliana Antunes, inscrita no UFOZ desde agosto. Como essas, declarações de satisfação foram a tônica no encerramento do evento.
Mas realizar um evento ufológico do porte do IV Fórum Mundial de Ufologia não é algo fácil. Ao contrário, foi uma tarefa que exigiu enorme concentração e esforço de um grupo substancial de pessoas e entidades atuando nos mais variados segmentos para que tudo desse certo. Também foram essenciais à sua realização os apoios e patrocínios recebidos de instituições diversas, como a Itaipu Binacional, o Iguassu Convention & Visitors Bureau, o Instituto Wilson Picler, a Estância Nova Era e a Martin Travel, entre outros. O UFOZ teve como agência oficial a Frontur Eventos e como transportadora oficial a TAM. Pelo menos duas semanas antes de sua realização, a comissão organizadora já tinha por certo que este seria o maior congresso de Ufologia já realizado na América do Sul em todos os tempos — maior até mesmo do que sua primeira edição, em 1997. O evento foi meticulosamente planejado desde maio do ano passado.
Enorme e imediata repercussão
O programa original do I Fórum Mundial de Ufologia previa cerca de 23 conferências de ufólogos de 11 países, além do Brasil, assim como uma atividade de Vigília Ufoastronômica, que ocorreria na planta da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Mas, desde que foi lançado na internet, em junho de 2012, o evento foi crescendo gradualmente e assumindo um formato e tamanho muito acima do programado. Menos de dois meses após o lançamento de seu site [Endereço www.ufoz.com.br], com a enorme repercussão imediatamente alcançada, dezenas de estudiosos de vários países escreveram pedindo ou se oferecendo para também constarem de sua programação — foram mais de 30 pedidos. Assim, compreendendo que esta seria uma oportunidade ímpar para reunir tamanho contingente de ufólogos de primeira linha, gradualmente a agenda original absorveu pelo menos 14 novos expositores, alguns dos quais vieram por conta própria de seus países.
Com conferências de alto nível tratando dos mais variados aspectos da presença alienígena na Terra, além de atividades práticas de pesquisa ufológica, o evento marcou a Ufologia Brasileira de uma forma muito positiva.
Infelizmente, no entanto, não houve condições de incluir mais participantes, o que ficou para uma próxima ocasião. Mas a decisão de aproveitar as ofertas feitas pelos que acabaram sendo recebidos mostrou-se muito importante para o evento. Com as novas adesões foram criadas várias das chamadas “seções extra” no programa, em que os novos membros do UFOZ expuseram seus temas em segmentos de 10 minutos. Foi assim que o Fórum pôde acomodar a numerosa delegação ufológica argentina, por exemplo, que compareceu a Foz do Iguaçu, ou o húngaro Gabor Tárcali e muitos brasileiros. “Quero estar presente neste grande evento e mostrar à plateia pelo menos alguma coisa do muito que se passa na Ufologia de meu país”, disse um dos novos conferencistas das seções extra, o correspondente internacional da Revista UFO em Budapeste, Gabor Tárcali.
Assim, algumas semanas antes de iniciado, o IV Fórum Mundial de Ufologia já contemplava a participação de nada menos do que 34 expositores de 12 nações — número poucas vezes visto em eventos de Ufologia em qualquer parte do globo. Acabaram sendo realizadas mais de 50 horas de atividades concentradas nos quatro dias do evento, que ocorreu nos auditórios do luxuoso Hotel Golden Tulip Internacional Foz, com recursos de excelente qualidade. Todas as demais atividades do UFOZ também tiveram de sofrer ajustes, como a adição de mais uma noite de Vigília Ufoastronômica — ao todo, em duas ocasiões, mais de 200 pessoas participaram desse trabalho, realizado ineditamente no Polo Tecnológico (PTI) de Itaipu. As vigílias foram coordenadas por experientes ufólogos da Equipe UFO, entre eles Marco Antonio Petit, Toni Inajar Kurowski e Wallacy Albino, na primeira noite, e Rafael Amorim, Ataíde Ferreira Neto e José Carlos Nussbaum Júnior, na segunda.
Entre os conferencistas originalmente anunciados e as novas adesões confirmadas, apenas cinco acabaram não comparecendo, o canadense Stanton Friedman, os portugueses João Matos e Júlio Guerra, e os brasileiros Antonio Celente Videira e Eloir Fuchs — eles foram substituídos por vários novos expositores, fazendo com que a agenda não ficasse desfalcada. As conferências internacionais foram traduzidas em caráter simultâneo, com equipamentos próprios, pelos voluntários Carlos Casalicchio e Regina Prata, ambos da Equipe UFO, que se alternaram para verter para o português as palestras realizadas em inglês e espanhol. Como eles, mais de 20 pessoas colaboraram com a realização do Fórum, entre recepcionistas, atendentes, técnicos de som e imagem etc.
O evento foi todo gravado em vídeo em alta definição por Luciano Daluz e pelos membros da equipe mexicana do programa Tercer Milénio, comandado por Jaime Maussán. Seu registro fotográfico ficou sob responsabilidade do profissional gaúcho Jovanir de Medeiros [Endereço: http://jovafotos.blogspot.com.br], e sua apresentação nas páginas da UFO foi feita pela redatora Vivian Matsui, todos voluntários da Equipe UFO. À frente de toda a complexa e exaustiva parte administrativa do IV Fórum Mundial de Ufologia esteve a gerente da Revista UFO Daniela Elisa Fontoura Gevaerd, que não poupou esforços para a concretização de seus resultados — e ainda vislumbra a possibilidade de fazer mais. “Foi uma experiência nova para a revista, que agora vê nos eventos ufológicos um reforço para realizar sua missão de esclarecer à sociedade a ação na Terra destes seres que nos visitam”, disse Daniela.
Cerimônia de abertura
Um dos momentos de grande emoção do evento foi sua cerimônia de abertura, ocorrida na noite de 06 de dezembro. Conduzida por este editor, que também atuou como organizador do evento, a mesa de solenidade contou com os coeditores Marco Antonio Petit, Fernando de Aragão Ramalho e Francisco Pires de Campos, representando, respectivamente, a diretoria da Revista UFO, a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e o Departamento Comercial da publicação. A seu lado estavam os consultores Mônica de Medeiros, Jaime Maussán, Roberto Pinotti e Andrea Simondini, representando, respectivamente, os conferencistas brasileiros, os norte-americanos, os europeus e os latinos. Também tomaram parte das solenidades os conselheiros especiais da UFO Gener Silva e Toni Inajar Kurowski, além dos empresários e apoiadores do evento Wilson Picler e Ernani Pimentel, homenageados durante o evento.
Todos deram as boas vindas à numerosa plateia, ressaltando a importância do evento e a necessidade de se orientar a população quanto à realidade ufológica. “Fazemos um evento deste porte porque assim exige a magnitude do Fenômeno UFO”, declarou Petit, abrindo as exposições e sendo seguido pelos demais. O professor Picler foi igualmente enfático em sua fala ao declarar que a ciência deve sair de sua posição dogmática de rejeição ao tema e reconhecer que estamos diante de evidências inegáveis da ação na Terra de outras inteligências. “Não é mais aceitável que tamanha quantidade de fatos permaneça sem análise pelos círculos acadêmicos, fazendo com que se desperdice enorme conhecimento a respeito do cosmos”, disse. Ele está entre os poucos empresários a oferecer seu apoio à Ufologia.
O mesmo se pode dizer de Ernani Pimentel, empresário e professor de Brasília, que também foi de extrema precisão ao alertar a plateia para o fato de que a realidade ufológica tem sido maciçamente bloqueada para o cidadão comum pelos meios estabelecidos, mas que ela, como toda a verdade, não pode permanecer escondida indefinidamente. “Esse evento, que reúne mentes brilhantes e iluminadas de vários países, assume agora, entre outras, a função de gritar aberta e energicamente para os dirigentes do mundo inteiro: ‘Parem de prejudicar as suas sociedades. Parem de mentir e ocultar. Abram seus corações e alimentem suas vozes com a verdade’”, disse eloquente.
As linhas mestras que nortearam os trabalhos do IV Fórum Mundial de Ufologia, apresentadas à numerosa audiência desde o início e anteriormente antecipadas em todos os anúncios do evento ao longo do segundo semestre de 2012, são fatos considerados fundamentais para o entendimento da questão ufológica: a constatação de que estamos em verdadeira contagem regressiva para um futuro contato com nossos visitantes extraterrestres, em data ainda inestimável, e o de que governos precisam reconhecer esta realidade e dar conhecimento à sociedade de tudo o que ainda escondem sobre o Fenômeno UFO. “Sem que se tenha em mente estas duas premissas, é impossível fazer uma Ufologia plena”, declarou o coeditor Fernando de Aragão Ramalho.
Carta de Foz do Iguaçu
Como sabem nossos leitores, essas bandeiras têm sido insistentemente empunhadas pela Revista UFO, no Brasil, assim como por muitas outras entidades e publicações congêneres, no exterior. Elas são os fundamentos da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, lançada em 2004 pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), através desta publicação, que deu novo formato à Ufologia no país quando acabou bem sucedida, em 2007. Para buscar apoio a tais premissas básicas que norteiam o IV Fórum Mundial de Ufologia, a UFO vem entrevistando oficiais brasileiros e estrangeiros que estão ou estiveram, ao longo de suas carreiras militares, à frente de programas oficiais de pesquisa ufológica, alguns dos quais presentes ao evento. Seus relatos são impactantes e não podem ser ignorados.
Outro momento de grande energia do IV Fórum Mundial de Ufologia foi a leitura e emissão da Carta de Foz do Iguaçu, na noite de 08 de dezembro, contando com as presenças dos integrantes da CBU. O documento — mais uma etapa decisiva do movimento UFOs: Liberdade de Informação Já — foi assinado por cerca de 400 pessoas presentes e protocolado no começo de 2013 em órgãos em Brasília, para que seja recepcionado pelo ministro da Defesa Celso Amorim, a quem é especificamente dirigido, e demais autoridades em posição de decidir por uma postura de maior transparência quanto à questão ufológica em nosso país [Veja box no texto de Vivian Matsui]. Entre outras coisas, a carta pede a liberação integral dos arquivos sobre observações de UFOs ainda resguardados por quaisquer dispositivos de sigilo e o estabelecimento de uma comissão mista, civil e militar, para pesquisa ufológica.
O documento, elaborado conjuntamente por este editor e os coeditores Marco Antonio Petit e Fernando de Aragão Ramalho, levou em consideração inúmeros e importantes aspectos da presença alienígena na Terra. Por exemplo, que manifestações de UFOs vêm sendo acompanhadas e estudadas por autoridades militares brasileiras em inúmeras circunstâncias, inclusive por meio de projetos oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB), como o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (SIOANI), em 1969, e a Operação Prato, em 1977. Isso, como se sabe, ocorreu de forma já amplamente conhecida da sociedade por meio da desclassificação parcial de documentos relativos ao seu funcionamento e resultados alcançados. Ou seja, a Carta de Foz do Iguaçu insiste em que não há mais razão para sigilo.
Entre seus principais requerimentos às autoridades brasileiras está a criação de uma comissão multidisciplinar e mista, com a participação de militares das três Forças Armadas e integrantes da Comunidade Ufológica Brasileira, para que, com a logística militar e a colaboração de ufólogos e cientistas civis, proceda de forma conjunta ao estudo de registros da manifestação do Fenômeno UFO. Porém, não é só isso. A carta pede que os resultados das diligências de tal comissão sejam imediatamente informados à sociedade. “Este é um ponto de que os ufólogos brasileiros não abrem mão”, disse o conferencista Inajar Antonio Kurowski.
O lugar certo para o evento
Em Foz do Iguaçu, cidade eleita para sediar o evento por suas riquezas naturais e por estar no centro do continente, também era grande a expectativa em torno da realização do IV Fórum Mundial de Ufologia. Com o apoio recebido do Iguassu Convention & Visitors Bureau e da Itaipu Binacional, principalmente, foi possível mostrar à sua população fatos contundentes sobre a ação na Terra de outras inteligências cósmicas. Muitos moradores do município, tomados de surpresa por ter sido ele escolhido para sediar o UFOZ, abraçaram a proposta de imediato e compareceram em peso ao evento. Foz, que tinha como slogan a expressão “O Destino do Mundo”, hoje considera trocá-lo para “Agora Também um Destino de Outros Mundos”.
Mas a realização do UFOZ na cidade — que agora será sede de todas as edições da série — também foi estratégica por outras razões. Além de deter elevada incidência ufológica, possivelmente pela existência da Itaipu Binacional na região, permite fácil acesso a congressistas e conferencistas de todos os países da América do Sul. Também levou-se em consideração que a cidade é reconhecidamente vocacionada como destino turístico nacional e internacional, com o Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as exuberantes Cataratas do Iguaçu, além da citada usina hidrelétrica. Sem falar que Foz conta com infraestrutura aeroportuária e hoteleira de alta qualidade e é a cidade acertada para a realização de um evento com a magnitude proposta.
Novos planos à frente
Mas, muito além do grande interesse da Comunidade Ufológica Brasileira e Internacional pelo IV Fórum Mundial de Ufologia, também houve intensa expectativa por parte da imprensa, que foi representada no evento por inúmeros veículos do país e do exterior. Correspondentes de revistas especializadas do Brasil e de vários outros países compareceram para cobrir o evento, como a italiana UFO Notiziario, a portuguesa O Diário e a equatoriana La Segunda. Do Brasil, entre muitos outros, noticiaram o evento equipes da Folha de S. Paulo, do jornal mineiro O Tempo e da Rede Paranaense de Comunicação (RPC). Porém, o grande destaque entre os veículos presentes coube a uma numerosa equipe do History Channel latino, com sede em Buenos Aires, que aproveitou o UFOZ para entrevistar praticamente todos os seus conferencistas a fim de produzir uma série de documentários sobre a Ufologia Brasileira. “Finalmente vamos poder mostrar ao mundo como fazemos nossas pesquisas no Brasil”, declarou o coeditor Thiago L. Ticchetti.
Enfim, a perspectiva dos ufólogos, de que o UFOZ desse início a um novo momento no tratamento da questão ufológica em nosso país, foi plenamente alcançado — e com folga! “Fizemos história neste Fórum, que, desde sua primeira edição, em Brasília, em 1997, não teve paralelo em nosso país”, declarou o conselheiro especial da Revista UFO Gener Silva, também um dos destaques do evento. O UFOZ deixou bem claro que se pode fazer Ufologia coesa e de alto nível no Brasil e que ela deve caminhar de mãos dadas com movimentos congêneres de outras nações. Veja todos os detalhes do evento no texto de Vivian Yuri Matsui nesta edição.
O sucesso do UFOZ é tão contagiante que a Revista UFO já tem programados dois novos eventos para aproveitar a repercussão deste. O primeiro será inédito em todo o mundo e ocorrerá em Porto Alegre, em maio. Será o I Fórum Mundial de Contatados, que reunirá pessoas que estiveram frente a frente com UFOs e ETs em todo o planeta. Além de contatados, serão também abduzidos e testemunhas dos principais casos ufológicos de todos os tempos, bem como os pesquisadores que trataram de tais ocorrências, consagrados especialistas em contatismo e abduções — eles serão trazidos ao Brasil para eliminar a barreira que ainda persiste entre a sociedade e as pessoas que protagonizaram encontros diretos com ETs. Entre os conferencistas também estarão vários brasileiros — uma lista completa dos participantes logo será publicada.
E o segundo será, naturalmente, o V Fórum Mundial de Ufologia, também a ser realizado em Foz do Iguaçu — cidade já declarada oficialmente a sede do evento — de 24 a 27 de outubro. Esta nova edição terá um formato semelhante à anterior e, como tal, novamente insistirá na questão da completa revelação da realidade ufológica à sociedade pelos governos, com o devido reconhecimento de que, em futuro não muito distante, iniciaremos um convívio com outras espécies cósmicas que vêm até a Terra por tantos e variados motivos.
O histórico do Fórum Mundial de Ufologia
A série de eventos Fórum Mundial de Ufologia foi idealizada por este editor e sua primeira edição ocorreu em Brasília, em 1997, com o apoio científico da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), constituída no ano anterior para este fim, e logístico da Legião da Boa Vontade (LBV). Seus resultados foram surpreendentes e alcançaram, mediante ampla cobertura da mídia nacional e internacional, toda a sociedade brasileira e de muitos outros países. O evento teve uma semana de duração, de 7 a 14 de dezembro.
Na ocasião, apresentaram-se em Brasília nada menos do que 70 conferencistas de 35 países e de todo o Brasil, constituindo-se no maior evento de Ufologia já realizado até então em todo o planeta e justificando, assim, o rótulo “mundial”.Até hoje o feito não foi igualado e é isso que se pretendeu agora com o IV Fórum Mundial de Ufologia, em Foz do Iguaçu.De 1997 para cá, apenas duas edições menores do mesmo evento, mas com formatos diferentes, ocorreram em Curitiba e foram promovidas por uma entidade local, que teve o título a ela cedido. Em 2012, a série retornou em definitivo à Revista UFO e sua quarta edição recebeu o apelido I UFOZ 2012.
A abertura ufológica no Brasil
Desde 2004, a Comunidade Ufológica Brasileira lançou uma iniciativa inédita para pedir ao Governo Federal que abra seus arquivos secretos sobre discos voadores. Foi a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, criada pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e implementada pela Revista UFO, com repercussão mundial. Ela está em atividade até hoje. Ao longo de seu desenvolvimento, com conhecimento público e grande cobertura jornalística, o movimento conseguiu fazer com que a Força Aérea Brasileira (FAB), em um ato sem precedentes no país, liberasse milhares de páginas de documentos e centenas de fotos mostrando a presença alienígena na Terra, acervo antes mantido secreto.
Hoje o Brasil é uma das poucas nações do mundo a ter assumido a corajosa postura, tomada por nossas autoridades militares, de revelar aquilo que já se apurou oficialmente sobre a manifestação ufológica em nosso território. Assim como sua Comunidade Ufológica é uma das mais respeitadas do planeta por ter tido a capacidade de se organizar e promover a referida campanha, que alcançou o êxito de promover a abertura ufológica no país. Tal processo teve fortes reflexos na Ufologia Mundial — em especial em países do continente, como Uruguai, Chile, Peru, Argentina e Equador, que enviaram representantes ao UFOZ.
O IV Fórum Mundial de Ufologia pretendeu fazer eco e dar continuidade a esse processo por meio do estabelecimento, durante o evento, de um novo momento da referida campanha, com a ampla participação de todos os conferencistas e congressistas presentes. Isso se obteve com a leitura e emissão da Carta de Foz do Iguaçu, assinada por cerca de 400 membros do UFOZ, fazendo uma nova reivindicação ao Governo Federal para que libere o restante de seus arquivos secretos e crie uma comissão mista militar e civil de pesquisa ufológica.
Um momento especial do Fórum Mundial
Durante o I UFOZ 2012 foram realizadas duas noites de Vigília Ufoastronômica Internacional, que acabaram sendo considerados momentos dos mais envolventes de todo o evento. Inicialmente planejada para uma só noite, o número de interessados pela atividade foi tão grande que se abriu uma segunda oportunidade para atender a todos. E não apenas porque se tratava de uma observação de caráter astronômico e ufológico do exuberante céu de Foz do Iguaçu, mas porque tais práticas ocorreriam no majestoso Polo Tecnológico de Itaipu (PTI) — a usina foi uma das patrocinadoras do evento —, ao lado da barragem da monumental hidrelétrica e em ambiente de grande magnetismo e significado.
O PTI se destaca por ser um local de constantes avanços científicos e tecnológicos, aproveitados no processo de modernização da usina e na melhoria das condições de vida dos habitantes do oeste do Paraná. É lá que está localizado o bem equipado Observatório Astronômico Casimiro Montenegro Filho, um centro de ensino que tem a missão de disseminar a astronomia. Inaugurado em 2009, o local reúne planetário, observatório e plataforma de observações onde são oferecidas diversas atrações científicas coordenadas pelo astrônomo Janer Villaça e sua equipe.
Foi Villaça quem recebeu os mais de 200 participantes das duas vigílias, apresentando o observatório e ensinando conceitos básicos de astronomia e observação celeste. Já a parte ufológica destas atividades foi conduzida pelos ufólogos da Revista UFO, entre eles o coeditor Marco Antonio Petit, os conselheiros especiais Toni Inajar Kurowski e Wallacy Albino e os consultores Rafael Amorim, Ataíde Ferreira Neto e José Carlos Nussbaum Júnior, todos experientes investigadores de campo. “Foi sensacional participar das vigílias, tanto pela exuberância do local escolhido como pela capacidade do astrônomo e dos ufólogos da UFO”, declarou César Mello, um dos inscritos no UFOZ.