Por Renato A. Azevedo
Astrônomo afirma que alienígenas serão encontrados em 20 anos
Em uma conferência em 27 de junho, o astrônomo russo Andrei Finkelstein afirmou que a vida extraterrestre definitivamente existe e que iremos encontrá-la dentro de no máximo 20 anos. Finkelstein é diretor do Instituto de Astronomia Aplicada da Academia de Ciências russa, em São Petersburgo. “A gênese da vida é tão inevitável quanto a formação dos átomos”, reforçou Finkelstein. Sua fala ocorreu na abertura de um simpósio internacional sobre busca por inteligências extraterrestres e o astrônomo ainda garantiu que as mesmas leis naturais que permitiram o surgimento de vida e inteligência na Terra são válidas para todo o universo. Ele lembrou as recentes descobertas de exoplanetas — incluindo os 1.235 candidatos localizados pelo telescópio orbital Kepler, da NASA — afirmando que acredita que o Projeto SETI deverá captar transmissões alienígenas nas próximas duas décadas.
Seth Shostak, astrônomo sênior do Projeto, que há cinco anos escreveu um artigo afirmando que vida extraterrestre inteligente seria localizada em 25 anos —, quase a mesma previsão de Finkelstein —, declarou que o avanço em nossa tecnologia permitirá que nos próximos anos o SETI examine um milhão de sistemas estelares. A estimativa de uma civilização inteligente a cada milhão de estrelas na galáxia, de acordo com a Equação de Drake, é a mais popular na comunidade astronômica. Andrei Finkelstein também garante que os alienígenas devem ser parecidos conosco, com duas pernas, dois braços e uma cabeça, defendendo que eles devem ter evoluído como nós mesmos, na Terra. Shostak discorda, apontando a imensa diversidade de criaturas existentes no planeta. “Mas os alienígenas provavelmente devem ter cabeça e membros para manipular seu ambiente e criar tecnologia”, afirmou.
Começa a exploração de Vesta
A nave Dawn entrou em órbita do asteróide Vesta em 16 de julho, tornando-se o primeiro engenho humano a alcançar esse feito no Cinturão de Asteróides, localizado entre Marte e Júpiter. Lançada em setembro de 2007, ela havia percorrido até então 2,7 bilhões de quilômetros até seu primeiro objetivo, impulsionada por um propulsor iônico. Vesta é um corpo imenso, com 530 km de extensão, e considerado pelos astrônomos um protoplaneta. Foi somente devido à imensa gravidade de Júpiter que o orbe não pôde agregar mais massa, no princípio do Sistema Solar, e tornar-se mais um planeta rochoso como Mercúrio, Vênus, Terra ou Marte. A Dawn ainda está manobrando para a órbita definitiva ao redor do asteróide, mas já obteve as imagens mais nítidas que temos de Vesta. A nave irá permanecer um ano estudando o corpo celeste, deixando sua órbita em julho de 2012. O segundo objetivo é o asteróide anão Ceres, com 950 km de diâmetro, a ser atingido em fevereiro de 2015. Com isso, a Dawn se tornará o primeiro veículo espacial a orbitar dois corpos celestes em uma só missão. Os astrônomos consideram que Vesta é um mundo rochoso e seco, e o estudo de sua antiga superfície pode dar pistas sobre a formação do Sistema Solar. Mais informações serão conseguidas em Ceres, que pode ter água na forma de gelo.
As provas da queda em Roswell
Frank Kimbler leciona no Instituto Militar do Novo México, em Roswell, e vem há anos estudando um dos casos ufológicos mais importantes de todos os tempos. Analisando fotos de satélite da área onde teria ocorrido a queda do disco voador naquela localidade, Kimbler afirma ter conseguido encontrar padrões no solo que não poderiam ser naturais. Eles corresponderiam às descrições que as testemunhas deram sobre o acidente, o que levou o professor a fazer diversas viagens ao local, desde maio de 2010. Kimbler usou um detector de metais bastante sensível para tentar localizar fragmentos diminutos embaixo da terra ou em tocas de animais — e localizou o primeiro objeto em um formigueiro. O cientista encontrou diversos pedaços de metal de peças fabricadas na Terra, assim como fragmentos cuja origem era indefinida. Ele passou então a procurar onde examinar estes últimos, com dificuldade. Tentou fazer uma análise isotópica das peças no Instituto de Meteorítica da Universidade do Novo México, mas a instituição se recusou quando Kimbler revelou o motivo de seu interesse. O milionário Robert Bigelow, dono da Bigelow Aerospace e apaixonado por Ufologia, acabou patrocinando a análise em outro laboratório, e os resultados dão conta de que isótopos de magnésio presentes na amostra não são encontrados na Terra. Frank Kimbler afirma que outros dois órgãos devem fazer mais análises em breve. O material, composto em sua maior parte de alumínio, não é natural, mas manufaturado — resta saber por quem. O professor prometeu logo apresentar um parecer definitivo.
Próxima missão para Marte
Os robôs Spirit e Opportunity revolucionaram nosso entendimento sobre Marte desde sua chegada ao planeta vizinho, em 2004. Para sucedê-los e ampliar a investigação, a NASA deve lançar em novembro o Mars Science Laboratory, batizado de Curiosity. Do tamanho de um carro pequeno e alimentado por geradores nucleares, ele será mais versátil do que seus antecessores e tentará identificar o período do passado em que Marte foi habitável. Em 22 de julho, no Museu Internacional de Aeronáutica e Espaço, em Washington, a agência anunciou que o Curiosity irá pousar na imensa Cratera Gale. Com 154 km de diâmetro e uma montanha de 5 km em seu centro, Gale foi escolhida por permitir ao rover a análise de vários períodos geológicos do planeta, especialmente quando a água ocupava amplas porções de sua superfície. Um dos destaques dessa cratera é a presença, na base de sua montanha central, de muitos tipos de argila e de sais de sulfato formados na presença de água, que podem revelar como era o ambiente em Marte há milhões ou bilhões de anos. As muitas camadas de terreno do local igualmente ajudarão os cientistas a entender como o planeta evoluiu ao longo do tempo. A missão — com o fabuloso orçamento de 2,5 bilhões de dólares — deve pousar lá em agosto de 2012. No site da NASA os internautas podem deixar seus nomes, que serão gravados em um dispositivo de memória e enviados a Marte a bordo do Curiosity [www.nasa.org].