Abertura no Vaticano e na Inglaterra: Grandes revelações causam agitação no meio ufológico
Duas notícias agitaram a Comunidade Ufológica no mês de maio, com sérias repercussões para o futuro da pesquisa e aceitação da presença alienígena na Terra. Primeiro, em 12 de maio, foi a vez de um destacado integrante do Vaticano fazer uma bombástica afirmação. O jesuíta argentino José Gabriel Funes, diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, instalado em Castelgandolfi e com posto avançado no Arizona, para espanto de todos, afirmou “que Deus pode ter criado seres inteligentes em outros planetas do mesmo jeito que criou o universo e os homens”. Para os ufólogos, isso não é exatamente uma novidade, pois eles lidam com a materialidade do fenômeno ufológico em caráter rotineiro. Mas para um religioso em posição de destaque em sua comunidade, certamente este foi um feito, que vem sendo interpretado pelos especialistas como uma espécie de sinal de que a Santa Sé se prepara – voluntariamente ou sendo levada a isso – para aceitar de maneira ampla a realidade dos discos voadores.
A segunda notícia também não chega a ser algo novo, mas é a concretização de um sonho muito acalentado pela Comunidade Ufológica, que não via a hora disto ocorrer. No dia 14 de maio, O Ministério da Defesa britânico, o todo-poderoso MoD, anunciou que começaria a liberar seus arquivos secretos sobre UFOs. O anúncio de que isso ocorreria tem quase um ano, mas apenas agora sua realização foi consumada. A exemplo da França, que no ano passado disponibilizou na internet cerca de 100 mil páginas de documentos ufológicos, agora o governo britânico começou a liberar para o público o conteúdo de suas caixas pretas sobre objetos voadores não identificados. Não se sabe como os súditos de Sua Majestade vão encarar a pressão que vão receber dos militares norte-americanos, mantenedores da política internacional de acobertamento ufológico, para quem a liberação inglesa deve ter soado como afronta. Os primeiros oito arquivos já podem ser baixados do site dos Arquivos Nacionais da Grã-Bretanha e cobrem os anos de 1978 a 1987, oferecendo inúmeros desenhos de UFOs feitos por pessoas que relataram ter visto naves ou tido contato com seus tripulantes.
Abertura gradativa e decisiva
As duas notícias são verdadeiramente auspiciosas e promoveram uma sensação de esperança nos ufólogos de todo o mundo, especialmente aqueles que vivem em países onde há severas restrições à pesquisa ufológica ou onde as investigações das forças armadas são mantidas a sete chaves. É incrível que isso ainda ocorra em pleno século XXI, mas 90% dos países do globo ainda tratam o assunto como altamente secreto, impedindo o acesso de seus cidadãos às informações. Em nosso continente, as únicas nações que têm um procedimento diferente são o Uruguai e o Chile, que há 29 e há 9 anos, respectivamente, pesquisam o Fenômeno UFO de maneira sistemática e aberta, através de comissões formadas por militares e civis. Além deles, o Peru, desde o começo da década, e mais recentemente o Equador estabeleceram grupos semelhantes para tratamento adequado do assunto. No Brasil, caminha a passos largos, e já há um bom tempo, a campanha que pede a abertura ufológica – UFOs: Liberdade de Informação Já –, mas ainda sem o desfecho desejado pelos ufólogos brasileiros.
A abertura no Vaticano, principalmente, não é algo que deve ser visto de forma isolada, mas analisada de maneira histórica. A Santa Sé tem um dos maiores acervos de informações ufológicas do mundo, talvez muitas vezes superior a tudo o que as agências de informação e espionagem dos Estados Unidos e Rússia, além dos centros de pesquisas governamentais franceses, ingleses e chineses possuem. E a explicação é simples. Séculos antes da CIA ou da Força Aérea Norte-Americana (USAF) começarem a fazer suas investigações sobre discos voadores, na década de 40, ou da Rússia e China iniciarem suas discretas diligências na área, nos anos 50, e até mesmo antes da França admitir que os UFOs existem e passar a investigá-los abertamente, em 1976, o Vaticano já tinha milhares de representações instaladas em todo o mundo. Desde enormes arquidioceses metropolitanas em Praga, Chicago ou Estocolmo até pequenas missões de padres solitários em Nova Guiné, Moçambique e no Amapá, passando por paróquias de todos os tamanhos em milhares de cidades de dezenas de países, o Vaticano sempre teve seus integrantes junto do povo.
Olhos e ouvidos bem abertos
E tanto num país avançado quanto em um de características rurais, secularmente, os integrantes da Igreja Católica eram o ouvido e os olhos da população. Se um morador do Alto Xingu tivesse um familiar doente, era ao pároco local a quem ele recorria. Da mesma forma, se viesse um objeto luminoso passando sobre sua vila, emitindo raios de luz e aterrorizando sua família, mesmo que isso se desse em 1867, por exemplo, era a um pároco que o nativo revelaria sua observação – que certamente seria tratada como uma visão, ora divina, ora diabólica, dependendo a abertura do religioso. E, naturalmente, aquela observação, somada a tantas outras, seria anotada e encaminhada para seu superior, e este para quem está acima, e assim por diante. Este procedimento vem sendo adotado pelos integrantes da Igreja há séculos, em literalmente todo o mundo. Ora, o volume de informações acumuladas pelo Vaticano sobre o assunto deve ser fabuloso, e não deve ter demorado muito para que a cúpula da Santa Sé visse que os registros vindo de suas missões pelos mundo afora representavam visitas de civilizações extraterrestres.
“Como existem diversas criaturas na Terra, poderiam existir também outros seres inteligentes, criados por Deus”, disse Funes, reforçando o que já dizia, há quase 20 anos, o monsenhor Corrado Balducci, também um ardente defensor da vida extraterrestre, que chegava a freqüentar congressos de Ufologia na Itália e em outros países, tendo inclusive sido entrevistado por este editor para uma edição da UFO. Funes se sente à vontade para afirmar o que deseja, aparentemente com a autorização ou talvez até mesmo a instrução da cúpula papal. “Por que não poderemos falar de nossos irmãos extraterrestres? Eles devem existir e fazer parte da criação divina”, declarou o jesuíta de 45 anos, para quem a vida inteligente no universo é uma realidade. “Pode haver seres semelhantes a nós ou até mais evoluídos em outros planetas, ainda que não haja provas da existência deles”.
De uns poucos anos para cá, as instituições vêm revelando não somente o cuidado que têm com a questão ufológica, deixando claro que não a negligenciam, mas também que tratam do assunto com seriedade. Inicialmente, eram uns poucos países, que foram gradativamente recebendo adesões até de nações mais pobres e inexpressivas. Seguindo estas iniciativas, algumas poucas instituições científicas esboçaram uma pálida manifestação de reconhecimento da materialidade do Fenômeno UFO, como universidades de Santiago do Chile, da Cidade do México e da Grã-Bretanha. Somando-se aos governos daqui e dali, alguns grupos militares saíram de seus quartéis e assumiram, embora em caráter não oficial, que os discos voadores são reais. Exemplos neste sentido vêm do Peru, do Chile, do Uruguai, da Espanha, do México etc.
Brasil ainda por fazer sua parte
Agora, em março passado, como retratado nas seções Diálogo Aberto das edições UFO 141 e 142, de abril e maio, respectivamente, tivemos um integrante da elite militar brasileira, homem que é lenda viva entre os oficiais da Aeronáutica de nosso país, vindo a público para admitir que “é hora de encerrar o segredo sobre os UFOs”. O brigadeiro José Carlos Pereira foi este oficial, um homem que teve a coragem de poucos e afirmou para quem quis ouvir que “os UFOs são assunto sério e assim devem ser tratados”. Poucos militares em posição semelhante a dele, em qualquer parte do mundo, tiveram a mesma “ousadia”, o que estimulou este editor a ter a entrevista traduzida em vários idiomas e enviá-la para veículos de comunicação e sites do mundo afora, a exemplo do que ocorreu com a famosa entrevista com o coronel Uyrangê Hollanda, igualmente pela Revista UFO.
TOME NOTA
Onde encontrar os documentos ingleses
Os leitores interessados em obter os documentos recentemente liberados pelo governo inglês, cobrindo ocorrências investigadas pelo Ministério da Defesa (MoD) de 1978 a 2002, podem acessar a página dos Arquivos Nacionais daquele país. O endereço é: http://ufos.nationalarchives.gov.uk.
Vem aí nova série sobre UFOs para TV
Estão sendo finalizados os primeiros episódios da nova série de documentários ufológicos Hot Zone, produzidos por Mark Trainor, na Austrália, que serão apresentados em todo o mundo. A série é totalmente baseada em fatos verídicos e tem recursos técnicos e efeitos de elevada qualidade. Ufólogos de vários países estão assessorando a produção [No Brasil, a Revista UFO é a representante do programa] para assegurar sua qualidade.
O presidente do Equador faz declaração
O presidente equatoriano Rafael Correa, aliado político de Hugo Chávez e inimigo declarado dos EUA, deu uma bombástica declaração em 09 de abril. Ele afirmou que a cúpula militar de seu país, que herdou de administrações anteriores, pró-EUA, estaria “vendida para a CIA”. Correa disse que alguns de seus generais há décadas escondiam os fatos mais importantes da população e repassava segredos do Equador para a agência de inteligência norte-americana. O interessante foi ele ter dito que até mesmo segredos sobre discos voadores eram passados à CIA. Que a influência crescente de Chávez sobre ele aumente seu anti-americanismo e o faça revelar que segredos são estes.