Oficial do Exército Chileno admite: “Os UFOs são assunto de segurança nacional”
Os primeiros meses de 2007 estão sendo particularmente intensos para a Ufologia. Desde o fim de dezembro de 2006, aliás, já havia grande expectativa de que este ano seria promissor para os entusiastas da pesquisa do Fenômeno UFO. E está sendo. Já em 28 de dezembro, o Governo Francês gerou expectativa entre a Comunidade Ufológica Mundial ao anunciar que faria “em breve” uma megaexposição de documentos ufológicos, que seriam divulgados através da internet, entre janeiro e fevereiro. A França, como se sabe, foi o primeiro país do mundo a admitir oficialmente a existência de vida extraterrestre e sua manifestação na Terra, em 1976, e agora surpreendeu ao afirmar que disponibilizaria no site do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) – uma espécie de NASA francesa – milhares de documentos relacionados a ocorrências ufológicas antes mantidas em sigilo. Os técnicos do CNES apenas ressalvaram que o material não conteria os nomes das pessoas envolvidas nos casos ufológicos pesquisados pela entidade, nem dos investigadores, a fim de protegê-los do assédio do público.
A França tem conhecimento profundo e histórico da presença alienígena na Terra. Tanto que, há mais de três décadas, tomou a inédita decisão de comunicar à Nação e ao mundo que não estamos sozinhos no universo. Assim, em 1976, o então presidente Giscard d’Estaing determinou ao seu ministro da Defesa que transmitisse em rede nacional a informação de que o país estava sendo visitado por veículos de procedência desconhecida, possivelmente não terrestre. O ministro não fez apenas isso, mas também mostrou aos estupefactos telespectadores, em horário nobre, dezenas de fotos de UFOs obtidas no país e em outras nações da Europa. Ninguém jamais ousara fazer algo semelhante. A atitude liberal francesa foi vista como provocação e um incômodo aos Estados Unidos, envolvidos há décadas numa obstinada e obscura política de acobertamento do assunto, que perdura até hoje.
Mais de 6 mil ocorrências — Driblando esse bloqueio, em pouco tempo os arquivos do CNES, considerados os mais completos do planeta, poderão ser acessados por qualquer pessoa na internet. A Revista UFO está com suas engrenagens em movimento, aguardando isso ocorrer para divulgar os dados, em primeira mão, aos seus leitores.
Concomitante à revelação francesa de 1976, o presidente d’Estaing tomou decisões rígidas no sentido de implantar um banco de dados sobre o Fenômeno UFO e criar uma comissão de alto nível para investigá-los. Assim, determinou a fundação do Grupo de Estudos de Fenômenos Não Identificados (GEPAN), destinado a coletar ocorrências ufológicas em todo o país e submetê-las a um escrutínio, permitindo à população acompanhar o processo. “Com muita freqüência, relatos de observações de UFOs são feitos pela população à polícia, que costuma registrá-los em formulários próprios e oficiais, que depois são encaminhados aos especialistas. Boa parte dos casos vem de pilotos comerciais”, disse recentemente Jacques Arnould, uma autoridade do CNES, onde o GEPAN está alojado até hoje, embora com outra formatação e novos integrantes, nos arredores de Paris. Arnould disse ainda que a base de dados da entidade possui cerca de 6 mil ocorrências ufológicas, das quais 1,6 mil serão disponibilizadas na internet. “Os relatos e documentos foram coletados nos últimos 30 anos”, disse.
Apesar de alguns ufólogos franceses não serem tão otimistas quanto ao que o Governo liberará, é certo que estamos diante de um avanço gigantesco. Nada comparado, por exemplo, à decisão do Governo Norte-Americano de revelar pela internet documentos da CIA e FBI obtidos por força da chamada Lei de Liberdade de Informações. Esses materiais foram disponibilizados após censura, e contêm apenas dados superficiais sobre o Fenômeno UFO. O correspondente internacional da Revista UFO no país, o professor e autor Gildas Bourdais, emitiu recentemente um comunicado em que pede cautela aos ufólogos de todo o mundo. “Certamente, reina um clima de ansiedade quanto à quebra de sigilo sobre os casos mais graves em poder do GEPAN. No entanto, muitas ocorrências consideradas mais leves serão efetivamente liberadas”, disse Bourdais, acrescentando que o CNES já adiou para maio ou junho tais revelações, que ocorreriam em janeiro ou fevereiro. Ainda assim, a decisão do Governo Francês mostra mais uma vez o ineditismo, a seriedade e principalmente a transparência com que o país trata da seríssima questão ufológica.
Essa atitude tem surtido efeitos em todo o mundo. Logo após as declarações do ministro da Defesa de Giscard d’Estaing, três décadas atrás, outros países seguiram o exemplo e, com mais ou menos abertura e transparência, assumiram posições semelhantes, uns anunciando que pesquisam o tema publicamente, e outros se limitando a fazer pequenas revelações do que possuem em seus arquivos. Espanha, China e Bélgica são países que têm feito esforços para que a questão seja tratada com abertura. Na America do Sul, o Uruguai, apenas três anos depois, em 1979, fundou uma instituição científica de pesquisas ufológicas semelhantes à francesa, formada por ufólogos civis, cientistas atuantes e militares, todos trabalhando em conjunto e sob forte influência dos ensinamentos do falecido astrofísico norte-americano J. Allen Hynek. O exemplo foi tão produtivo que a Comissão Receptadora e Investigadora de Denúncias de Objetos Voadores Não Identificados (Cridovni), fundada dentro da Força Aérea Uruguaia, num quartel de Montevidéu, existe até hoje e seus métodos foram adotados por grupos semelhantes em fase de implantação ou já em funcionamento no Equador, Peru, México e Colômbia. Estes países têm se mostrado, nos últimos anos, cada vez mais abertos à questão e dispostos a manter entidades que reúnam militares e civis dedicados à investigação do Fenômeno UFO. O editor de UFO A. J. Gevaerd já foi chamado para fazer palestras sobre os casos ufológicos brasileiros para grupos militares no Equador, México e Peru.
Não há mais como ignorar a situação: os UFOs representam uma ameaça real e de grande gravidade
– Rodrigo Bravo
Exemplo que vem do sul — Mas, se há um país na América Latina que vem produzindo grandes surpresas na área ufológica, este país é o Chile. Lá foi criado, em outubro de 1997, o Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos (CEFAA), ligado à Escola Técnica Aeronáutica chilena e alojado dentro da estrutura da Direção de Aviação Civil. A exemplo do Cridovni, também é uma entidade mista civil e militar que se dedica de maneira relativamente aberta à pesquisa ufológica. Entre todas as congêneres do continente, o CEFAA é a entidade mais transparente e que parece mais decidida a lidar com a questão. É composta de qualificados ufólogos, recrutados entre antropólogos, físicos, psicólogos, sociólogos etc, e dispõe de uma sólida base de ação em todo o país, beneficiando-se de uma rica e espantosamente diversificada casuística ufológica – inclusive em grandes centros, como Santiago, onde UFOs têm sido vistos e filmados em abundância, em plena luz do dia. O atual diretor da entidade é o ex-comandante da Força Aérea Chilena (FACH), general Ramón Vega, que atualmente é senador e chefe do Estado-Maior do país. Outros militares graduados, como o general Ricardo Bermudez, fazem ou fizeram parte do CEFAA. Enfim, uma elite de alto nível está por trás do CEFAA, talvez como em nenhum outro país.
É inesgotável a quantidade de casos ufológicos que a entidade chilena tem investigado nos últimos anos, especialmente ocorrências relatadas por militares na ativa. Mas há acompanhamento também de acontecimentos, que não são poucos, partindo da população civil. “Como é de se esperar, o CEFAA dá particular atenção aos casos relatados por pilotos, sejam eles civis ou militares, que não raro têm observado e até filmado objetos voadores não identificados no país”, declarou o correspondente internacional da Revista UFO no Chile, o sociólogo Rodrigo Fuenzalida.
Sistema de radares — Para uma apropriada avaliação das ocorrências, não há economia e todos os recursos da estrutura aeronáutica chilena são colocados à disposição, incluindo o sistema de radares para defesa e controle de tráfego aéreo – boa parte dos casos documentados pelo CEFAA, aliás, envolvem detecções via radar. Seria o equivalente, no Brasil, ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) usar sua estrutura, em Brasília, para que ufólogos civis examinassem os inúmeros casos que ocorrem no país. Isso, aliás, é o que sonham os integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), à frente da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. No Chile, isso é realidade.
Recentemente, um novo fato chamou a atenção da opinião pública mundial para a gravidade da situação no Chile. Em 06 e 07 de fevereiro foi realizada na cidade litorânea de Viña Del Mar, à 80 km da capital, Santiago, a X Jornada Chilena de Ufologia, uma promoção da Associação de Investigações Ovniológicas Nacionais (AION), no imponente e histórico Teatro Municipal local. Para a ocasião foram convidados inúmeros estudiosos do Fenômeno UFO, além de autoridades, apoiadores e testemunhas, todos prestigiados por numeroso público, estimado em mais de 1.200 pessoas – o que atesta o vivo interesse da população no tema.
Militar abduzido — Entre as testemunhas especialmente convidadas estava ninguém menos que o ex-cabo do Exército Chileno Armando Valdés, que fora abduzido por uma nave alienígena em abril de 1977, na frente de seus homens, durante uma operação militar em Putre, nas Cordilheiras dos Andes. Valdés evitou aparições públicas durante quase três décadas e agora venceu a timidez ao participar do evento de Viña, onde recebeu uma justa homenagem dos organizadores. Transformado, após sua experiência, numa pessoa circunspecta, mas certo da necessidade de revelá-la ao mundo, escreveu um livro sobre o incidente e o ofereceu para publicação à Revista UFO, que prontamente aceitou e o incluirá na agenda de lançamentos da sua coleção Biblioteca UFO.
A X Jornada Chilena de Ufologia teve enfoque voltado principalmente para as questões científicas e oficiais da presença alienígena na Terra. Buscando tratar o tema de acordo com essas premissas, o evento contou com a participação do editor e do co-editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd e Rafael Cury, ambos integrantes da CBU, que foram convocados a relatar ao público chileno o que motivou e como se deu a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, conduzida pela publicação entre março de 2004 e maio de 2005, resultando na visita, no dia 20 daquele mês, de um grupo de ufólogos às instalações do Cindacta e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), em Brasília. Gevaerd enfocou a polêmica pesquisa ufológica que a Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu secretamente na Amazônia, a Operação Prato, entre setembro e dezembro de 1977, e Cury, o resultado do referido movimento. Enquanto o editor tratou de apresentar em detalhes as ocorrências que forneceram subsídios ao lançamento e conseqüente resultado da campanha, o co-editor mostrou de que maneira os militares brasileiros se mostraram interessados em estabelecer operações conjuntas com os ufólogos civis para a criação de uma comissão semelhante ao GEPAN ou CEFAA. Por enquanto, as negociações estão em fase preliminar.
Revelações bombásticas — Mas o ponto verdadeiramente alto do evento de Viña Del Mar foi a conferência, na noite de encerramento, 07 de fevereiro, do capitão do Exército Chileno Rodrigo Bravo, do destacamento de aviadores da instituição [No Chile, o Exército possui seu próprio ativo de aviões e pilotos]. Aguardado com ansiedade por todos, que já sabiam que o militar faria importantes revelações, Bravo surpreendeu com a contundência de suas afirmações, mostrando evidências pungentes de que o Fenômeno UFO merece atenção ainda maior por parte não só das autoridades chilenas, mas de todo o mundo. “Não há mais como ignorar ou negar a situação: os UFOs representam uma ameaça real e de grande gravidade”, declarou o capitão, referindo-se ao fato de que a manifestação de discos voadores no país tem colocado em perigo o tráfego aéreo. Sua palestra, ilustrada com imagens espetaculares, se baseou na tese que ele próprio defendeu para obter o título de piloto do Exército, obrigatório na corporação, e foi inteiramente dedicada à análise das conseqüências da manifestação de UFOs sobre aeroportos chilenos, em regiões de treinamento militar e áreas de intenso tráfego aéreo. Bravo mostrou casos em que iminentes colisões entre aviões e objetos voadores não identificados foram evitadas nos últimos minutos graças à perícia dos pilotos. Mas alertou que acidentes podem ocorrer a qualquer instante se nada for feito.
Rodrigo Bravo fez questão, várias vezes, de afirmar que não estava falando em nome do Exército Chileno, mas que tinha autorização do mesmo para se expressar com toda franqueza sobre a manifestação do Fenômeno UFO em seu país. E ainda que não tenha declarado textualmente que os discos voadores avistados, fotografados, filmados e registrados por radares em seu país sejam uma evidência da presença alienígena na Terra, o capitão deixou claro que existem poucas opções a esta hipótese. “Estamos lidando com um fenômeno complexo, cujas características não podem ser explicadas em termos naturais, terrestres”. Mas se em público foi relativamente comedido em suas afirmações quanto à origem das ocorrências que ele e seus companheiros investigaram, numa postura evidentemente compreensível, nos bastidores do evento, aos ufólogos brasileiros Gevaerd e Cury, Bravo descreveu detalhes dos fatos que vêm acontecendo. “Estamos sendo observados por inteligências superiores que, por alguma razão, se interessam muito por nossas atividades. Mas sua manifestação pode colocar em risco a aviação”, disse a Gevaerd, autorizando ter sua afirmação publicada na Revista UFO.
O capitão Bravo certamente produzirá um efeito dominó com suas corajosas afirmações, visto que é grande e visível no Chile o desejo de vastos segmentos militares revelarem por completo aquilo que sabem sobre o Fenômeno UFO. Há uma predisposição muito grande nesse sentido no país, que ecoa nas demais nações da América Latina, conscientes de que há no exemplo chileno muito a ser seguido. O CEFAA, apesar de relativamente aberto, é uma instituição da Aeronáutica daquele país, e segue regras e protocolos bastante definidos. Muito pouco do que divulga tem o impacto que o conjunto do Fenômeno UFO apresenta, pois seus dirigentes decidem criteriosamente o que é ou não publicado, e como. A manifestação de Bravo, portanto, representa um anseio de outra arma, o Exército, que também tem componentes dispostos em revelar fatos de interesse da sociedade civil.
Alta incidência — Além deles, há também a Marinha Chilena, cuja enorme frota, nada desprezível, também tem tido encontros com UFOs em alto-mar. Enfim, o cenário chileno não poderia ser melhor no que se refere à pesquisa e revelação das ações de discos voadores, e um incentivo ao resto do continente.
Em meio à sua conferência, de pouco mais de uma hora, o capitão Rodrigo Bravo descreveu experiências incríveis que viveu frente a frente com UFOs. E apresentou vídeos e fotografias extraídas dos arquivos do Exército, com explícita autorização de seu comandante-em-chefe Óscar Izurieta Ferrer. Hoje se sabe que a abertura ufológica naquela corporação teve rumo semelhante ao da Aeronáutica Chilena, há quase 10 anos. Durante esse tempo, casos impressionantes foram registrados pelo Exército sobre várias regiões do país, alguns inclusive de pouso de naves alienígenas e observação e contato com tripulantes. O Chile, com pouco mais de 16 milhões de habitantes, é considerado um país com uma das mais ricas, profundas e diversificadas casuísticas ufológicas do mundo. Segundo Fuenzalida, o Chile seria o quinto país do globo em número de registros ufológicos, apenas atrás dos Estados Unidos, Peru, Brasil e Rússia. Não é de se admirar, portanto, que seus militares não se descuidem do assunto.
Um dos casos ufológicos descritos pelo capitão Bravo deu-se em 02 de abril de 1997, no Aeroporto de Chacalluta, em Arica, a mais de 2.000 km ao norte de Santiago. O piloto de um caça T-212 observou no ar, por nove minutos, um objeto voador grande e alaranjado realizando manobras a alta velocidade. Inúmeros casos envolvendo perseguições de caças a UFOs se deram de norte a sul do país, e estão bem registrados nos arquivos das forças armadas. Outro episódio interessante e emblemático da decisão chilena de agir com tamanha abertura ocorreu no ano 2000, na Região de Lagos, próximo a Puerto Montt, no sul do país. “Na ocasião, tripulantes de três helicópteros militares que faziam exercícios viram um objeto pousado no solo, que subiu repentinamente até a altura das aeronaves e pôs-se na frente delas, quase em rota de colisão”, declarou o capitão Bravo no evento, pela primeira vez admitindo algo desta natureza em público. O militar falou ainda de um caso acontecido em 18 de março do mesmo ano, na localidade de Graneros, 70 km ao Sul de Santiago. Nessa ocasião, os passageiros de um avião militar disseram ter observado um objeto cor de chumbo, que desapareceu em grande velocidade depois de voar lado a lado com a aeronave por mais de 10 minutos.
“Tecnologias estranhas à Terra” — Esses são apenas alguns dos incontáveis exemplos de como a interação entre UFOs e aeronaves civis e militares ocorre no Chile há muito tempo. E ainda que seja notável a abundância de ocorrências como essa, mais espantoso ainda é o fato de que as autoridades locais se dispõem a investigá-las com transparência, não raramente deixando os fatos chegarem à população. Uma situação como essa, com um piloto militar e capitão do Exército da ativa falando publicamente sobre suas experiências ufológicas e de seus colegas, seria impensável no Brasil, país que, por ter uma extensão territorial imensamente maior que a do Chile, detém muito mais casos e um efetivo militar proporcionalmente maior. O correspondente de UFO no Chile, Rodrigo Fuenzalida, ainda alertou para o fato de que o general Ramón Vega lhe assegurara recentemente que outros novos e espantosos casos iriam ser revelados à nação brevemente. “Em nosso país está demonstrada a necessidade oficial de estudar esses fenômenos extraordinários. Não excluímos a possibilidade de que tais veículos tenham tecnologias estranhas ao nosso planeta, e que sejam fruto de inteligências extraterrestres”, disse o jornalista e também dirigente da AION e um dos diretores da X Jornada Chilena de Ufologia, Enrique Silva.
Também no Brasil — Para difundir os fatos que vêm ocorrendo no Chile, Fuenzalida compareceu, uma semana depois, ao 34º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, tradicional evento anual realizado em Curitiba (PR). A edição deste ano deu-se entre 17 e 20 de fevereiro, no auditório da Antiga e Mística Ordem Rosacruz (Amorc), na capital paranaense, e contou ainda com estudiosos de todo o Brasil, além do Peru, Chile, Espanha e Estados Unidos. Com mais de 300 participantes, o evento teve em seus momentos mais concorridos as conferências dos norte-americanos Roger Leir e Budd Hopkins, falando respectivamente sobre extração de implantes alienígenas e de novas descobertas na área das abduções. Mas o que arrebatou mesmo a platéia foram as informações trazidas pelo chileno, baseadas nas recentes revelações feitas por graduados militares, além do capitão Rodrigo Bravo. Fuenzalida também teve oportunidade de mostrar na capital paranaense as recentes repercussões que as declarações do militar causaram em seu país, tornando o 34º Congresso um marco no início deste ano. 2007 realmente promete.
A verdade revelada, 30 anos depois
Em 25 de abril terá completado 30 anos o caso ufológico chileno mais conhecido de todos os tempos. Naquele dia e mês de 1977, o então cabo do Exército Armando Valdés desaparecia em pleno ar durante exercícios militares conduzidos na região de Putre, nos Andes, diante dos homens que comandava. Já havia caído a noite e as atividades do grupo tinham se iniciado quando todos viram, estupefatos, um objeto voador de grande brilho aproximar-se rapidamente do local onde estavam. O UFO chegou a poucos metros do solo e ficou sobrevoando o local, provocando estranhas sensações. Passado algum tempo, disparou uma espécie de raio de luz sobre Valdés, que simplesmente sumiu, deixando em pânico seus comandados. O disco voador deixou o local e os soldados deram início a uma busca frenética por seu instrutor, sem sucesso. Por vários minutos, em total pânico, não conseguiam localizar Valdés, até que ele ressurgiu atordoado e sem memória. Sentia-se estranho e dizia coisas incoerentes, em meio a espasmos e crises de histeria. “Apenas me recordo que me vi sentado, sem saber como poderia estar naquela posição. Meus homens me perguntaram coisas que não tinha como responder, pois não sabia o que me aconteceu”, declarou na época, antes de ser proibido pelo governo de manifestar-se. O mais estranho de toda sua experiência foi que Valdés voltara diante de seus soldados com a barba crescida, como se tivessem passado cinco dias.
Três décadas depois do fato, tendo mantido sigilo sobre sua vida até então, Armando Valdés está aposentado, tornou-se evangélico e acredita que sua experiência tenha sido um alerta para que mudasse sua forma de ver o mundo. Durante a X Jornada Chilena de Ufologia, o ex-militar quebrou definitivamente o silêncio e comunicou que acabara de escrever um livro sobre sua experiência, que ofereceu para publicação à Revista UFO. Homenageado durante o evento, o abduzido espera que sua mensagem seja conhecida por todos os que estão na área. “O mistério dos UFOs não pode permanecer oculto”, disse. O livro será lançado pela Coleção Biblioteca UFO ainda este ano.