O exoplaneta Barnard b ou ou GJ 699 b está na categoria de superterra, ou seja, tem massa maior do que a Terra, mas menor do que os gigantes gasosos do Sistema Solar. Sua massa deve ter pelo menos 3,2 vezes a da Terra e completa uma volta em torno de sua estrela a cada 233 dias.
A descoberta foi realizada por um grupo internacional de astrônomos, unidos em dois consórcios internacionais de busca por planetas rochosos, o Red Dots Project e o Carmenes, e acaba de ser divulgada pela revista científica Nature.
É o segundo exoplaneta mais próximo da Terra já descoberto. Mas é preciso conter a euforia: é praticamente improvável que Barnard b reúna condições para a existência de vida. Em termos de distância da Terra, o exoplaneta só está mais longe, dentre todos os já descobertos, do que Proxima b, cuja existência foi anunciada em 2016 e está a pouco mais de 4 anos-luz da Terra.
Além das dimensões semelhantes, Barnard b também está a uma distância em relação a sua estrela que é considerada da mesma faixa daquela que separa o Sol da Terra. “O planeta está localizado a uma distância de 0,4 unidades astronômicas – 40% da distância Terra-Sol – ou 60 milhões de quilômetros de sua estrela”, confirma o físico e astrônomo Ignasi Ribas, do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha e principal autor da descoberta.
Entretanto, como a Barnard é uma estrela fria e de baixa massa, provavelmente duas vezes mais velha que o Sol, ele está em uma zona em que a temperatura média seria de 170 graus negativos – a luz da estrela de Barnard fornece ao seu planeta apenas 2% da energia que a Terra recebe do Sol.
“Este planeta é muito frio, está fora da chamada zona habitável. Se pensarmos que a água superficial líquida é importante para a vida, este planeta provavelmente não é um bom candidato. No entanto, eu diria que quanto mais podemos aprender sobre pequenos planetas – onde eles são encontrados, do que são constituídos, se têm atmosferas – mais iremos compreender se a Terra é única ou não”, comentou à BBC News Brasil a astrônoma Johanna Teske, pesquisadora do Instituto Carnegie de Washington e uma das autoras do estudo.
(Imagem criada a partir das fotos tiradas pelo projeto Digitized Sky Survey 2 mostram os arredores da anã-vermelha conhecida como Barnard. Crédito: ESO/Digitized Sky Survey 2 Acknowleadgement, Davide)
Se Barnarb b está a 60 milhões de quilômetros de sua estrela, a zona habitável calculada para seu sistema seria de 7 milhões a 18 milhões de quilômetros. “Por causa disso, é improvável que a superfície do planeta sustente a água líquida. Por esta razão, a vida superficial no planeta pode ser quase certamente descartada. Estimamos uma temperatura de equilíbrio de 170 graus negativos e é bastante improvável que a temperatura real da superfície seja muito mais alta”, completa Ribas – a temperatura real da superfície foi estimada em 150 graus negativos.
Descoberta em 1916 pelo astrônomo americano Edward Emerson Barnard (1857-1923), a estrela de Barnard é uma anã-vermelha que fica na constelação de Ophiuchus. Localizada a pouco menos de 6 anos-luz da Terra, pelo que se sabe atualmente, é a quarta estrela mais próxima de nosso planeta, perdendo apenas para as três da constelação de Alfa Centauri.
Fonte: BBC
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