A NASA anunciou várias descobertas feitas pelo rover Curiosity, reunidas em artigos publicados na revista Science. Após a histórica descoberta de compostos orgânicos que comprovaram que Marte foi habitável há bilhões de anos, o robô partiu da área batizada como Yellowknife Bay, próxima a seu local de pouso em agosto de 2012, rumando para o Monte Sharp, cujas encostas repletas de camadas geológicas, com o registro da evolução de Marte, são o principal objetivo da missão.
Laurie Leshin, principal pesquisadora da equipe e responsável pelo novo estudo, descobriu, graças às análises do Curiosity, que o solo marciano contém aproximadamente dois por cento de água por unidade de peso. Os cientistas afirmam que futuras missões tripuladas poderiam extrair de um pé cúbico de solo cerca de um litro de água. Leshin afirma: “Para mim foi um momento incrível. Ficamos felizes quando vimos que a água é muito acessível no solo, debaixo de seus pés. E isso deve valer para todo o planeta”.
De fato, há indicações das missões em órbita de Marte que o mesmo tipo de solo cobre todo o planeta. As análises foram feitas com os instrumentos a bordo do rover, como o Analisador de Amostras de Marte (SAM), no qual amostras de solo foram aquecidas a 853º C. A análise espectrográfica comprovou a presença de dióxido de carbono, oxigênio e compostos de enxofre, além de água. O SAM ainda determinou que a água marciana é rica em deutério, isótopo do hidrogênio, cujo núcleo tem um nêutron ao lado do próton. O hidrogênio normal não possui nêutrons. Leshin afirma que os dados permitem supor que o solo está absorvendo água da fina atmosfera marciana como uma esponja.
Um aspecto que chamou a atenção de cientistas foi o perclorato, também encontrado nas amostras. A sonda Phoenix, em 2008, descobriu perclorato no polo norte do planeta, e o Curiosity agora o localizou na região equatorial, sugerindo que esse composto é comum. Apesar de estar ligado à polêmica quanto a atual habitabilidade de Marte, o perclorato é tóxico para seres humanos, e portanto futuros exploradores terão que redobrar os cuidados quando lidarem com amostras de solo.
Outro achado foi a rocha batizada como Jake Matijevic, em honra a um membro da equipe que faleceu duas semanas após o pouso do Curiosity em Marte. Essa é uma rocha vulcânica nunca vista anteriormente em Marte, mas de um tipo muito comum na Terra em ilhas oceânicas e em fendas onde a crosta do planeta é mais fina. John Grotzinger, cientista chefe da missão, afirmou: “Essa é a rocha marciana mais parecida com as da Terra, é incrível. Isso indica que o planeta é mais evoluído e diferenciado do que pensávamos”.
Depois de deixar Yellowknife Bay em julho passado, o Curiosity se dirige para o Monte Sharp, de 5,5 km de altitude. Em suas encostas existem várias camadas geológicas expostas, um autêntico arquivo sobre o passado de Marte que será analisado pelo rover. Já foram percorridos cerca de 20% da distância até a montanha, que era de 8,5 km, e a expectativa é que o Curiosity chegue lá na metade de 2014, realizando algumas paradas para estudos eventualmente.
Marte teve condições de abrigar vida
Saiba mais:
Livro: UFOs na Rússia
A casuística ufológica russa, antes e depois da mudança do regime, apresenta situações únicas no mundo. Nesta obra, os renomados estudiosos Philip Mantle, da Inglaterra, e Paul Stonehill, dos Estados Unidos, penetram nos segredos mais bem guardados da Ufologia Russa, expondo-os em detalhes inéditos. UFOs na Rússia contém informações sobre naves alienígenas observadas e registradas sobre bases áreas e instalações militares secretas, e mostra como uma revoada de UFOs colocou o sistema de defesa aéreo russo sob alerta várias vezes. Um dos destaques da obra está na descrição de encontros com UFOs e ETs no espaço, ainda desconhecidos no Ocidente.