No dia 20 de janeiro de 2008, fui chamado com urgência por uma equipe de repórter da TV Tem, da Rede Globo, alertando que um fato muito estranho ocorrera próximo à cidade de Riolândia, região de Votuporanga ao norte do estado de São Paulo, que fica em uma pousada aproximadamente 18 km da cidade. No mesmo instante ao ser informado que se tratava de sinais estranhos marcados numa plantação de cana daquele local, e que testemunhas haviam observados objetos estranhos sobre o mesmo, me dirigi para aquela região a fim de averiguar o fato. Junto conosco estava uma equipe de televisão que fora avisada por testemunhas e hospedes daquela pousada. Era por volta de aproximadamente 14h00 daquele dia, quando chegamos à área onde aconteceu o fato, tudo parecia tranqüilo. Passamos por entre grande canavial que parecia não ter fim. Chegando às instalações daquela pousada procurei o senhor Maurício que foi a primeira testemunha a presenciar o fato.
No momento do nosso encontro ele se sentiu aliviado e me disse, “agora sim eu posso falar o que vi porque não vou me passar por louco! Sei que você entende e pode me explicar o que aconteceu aqui!”. Segundo a equipe de televisão, Maurício não queria dar entrevistas para não se expor ao ridículo e ser taxado de doido. Inclusive me disse que não queria “queimar” a imagem daquele local que é sua fonte de renda e que tinha medo de espantar os freqüentadores da pousada. Com muito custo e bastante conversa fui convencendo o senhor Maurício a se abrir, sem medo e expor todo o ocorrido inclusive para a reportagem. O outro fato difícil também foi de convencê-lo a entrar no círculo do canavial, ele somente olhava do lado de fora. “Não vou entrar ai não! Não sei o que fez isto, é muito estranho… Eu percebi que nem os passarinhos cantaram aqui depois disto! Tenho medo”, disse o Sr. Mauricio. “Então eu vou entrar”, falei pra ele. Parado na estrada de frente para o local, ele ficou ali pensando olhou pro chão olhou pro céu, olhou pra mim, pegou um facão e disse: “eu vou entrar mais vou junto com você!”.
O ocorrido – Conforme palavras do senhor Maurício Pereira da Silva, 39 anos, arrendatário daquela área e empresário na cidade de São José de Rio Preto, disse que era por volta das 3h da madrugada daquele dia 20 de janeiro de 2008. Acordou para ir ao banheiro e ouviu um barulho forte que parecia que a plantação de cana estava se quebrando toda, o barulho era intenso, mas que se fosse um vendaval teria destruído tudo. Então abriu a janela da cozinha para ver lá fora o que acontecia se deparou com uma visão assustadora. Um objeto pairava sobre o canavial. Era muito grande não viu cor, somente luz, mas não forte, estava bem fraca de cor amarelada. “Fechei a janela e corri pra sala. tomado de pavor nunca vi tal coisa!”, completou. Depois ele foi para o quarto e ficou inquieto. Esperou o dia começar a clarear, saiu para o canavial que fica poucos metros da residência, aproximadamente 50 m de comprimento. Foi quando ele avistou uma grande clareira de aproximadamente 60 m de abertura e toda a cana estava deitada no solo de uma forma muito estranha, todas as folhas estavam arrumadinhas num sentido só, parecia uma obra de arte, segundo ele como um “penteado”.
“Conforme o dia ia amanhecendo fui observando um silêncio naquele local que me chamou muito a atenção, nenhum pássaro cantou. Era uma atmosfera triste. Aqui sempre pela manhã tem um bando de pássaros que vem comer frutas. Eles fazem o maior barulho, parece uma festa, naquele dia era diferente, tudo era muito estranho”, explica Maurício. “Ver aquilo tudo era um pavor, era muito estranho, nunca viu coisa igual”, completa Márcia Cristina, esposa de Maurício, que o acompanhou no dia seguinte do ocorrido.
Num trailer mais abaixo, cerca de uns 100m, estavam posando naquele local o senhor Durval Ambrizzi Junior e sua mulher Solange, comerciante na área de produtos de tubos e conexões, ele também presenciou o fato, ambos assustados registraram as primeiras fotos do dia. Ao rodear toda a plantação daquela quadra de canavial em busca de descobrir o que teria feito tudo aquilo, eles encontraram também mais dois círculos menores. As folhas estavam do mesmo modo que do primeiro círculo, mas em direções opostas uma das outras. Eles declaram também que uma sobrinha deles, que havia chegado alguns dias antes para naquele local, disse ter visto algo estranho voando sobre o canavial, que segundo ela o objeto era grande e subia e descia várias vezes. O pai da menina chegou até a se desentender com ela por estar falando aquelas coisas.
A Pesquisa – In Loco verificamos a área que se apresentava um ambiente calmo, de fácil acesso através dos canaviais composto de 9 hectares de terra, não havia nada fora do lugar durante o caminho. A condição climática era de nublado, com poucos chuvisqueiros esporádicos, a temperatura agradável próxima de 24º C graus, vento bem moderado próximo de 8km/h tipo em direção sudoeste. A área esta situada em região bem plana, próxima do Rio Grande, uns 500 metros da região rural de Riolândia, cidade próxima de aproximadamente 18 km. A vegetação é composta de plantio de cana para produção de Álcool combustível e algumas matas nativas. Composição do solo tipo terra vermelha tratada para plantio. A área esta numa altitude de exatamente 386 metros em relação ao nível do mar, com coordenadas geográficas de S 19º 56\’ 05,6 “ de latitude e W 049º 37\’ 08,5” de longitude leitura feita através de GPS Garmim instrumento de Posicionamento Geográfico Terrestre instruído por Transponde de Satélite modelo GPS 72 de Nº de série 89341173. O instrumento é de uso do INAPE, e operado por mim que fiz as medições in loco.
No local foi observada uma grande clareira de aproximadamente 60 m, que forma uma figura geométrica arredondada pouco disforme, a plantação que estava em desnível, ou seja, formando a área dentro do círculo encontrava-se com os caules e toda sua composição de folhagens dobradas e orientadas todas em um sentido somente, ou seja, de oeste para leste conforme instrumento bússola compasso de uso Militar. Todas as plantas daquele local estavam a uma altura relativa do solo de aproximadamente 50 cm mantendo uma superfície de vegetação bem linear e perfilada uma com a outra em toda a extensão do círculo. O caule, próximo da raiz, foi curvado não apresentando marcas de fraturas das plantas, um aspecto que causa estranheza, a base apresentava-se com raízes intactas, sem esforço mecânico como torção ou puxão do solo.
A condição do caule da planta de cana de açúcar apresenta uma propriedade física uniforme em toda sua extensão, e verificada uma espessura de aproximadamente 28 mm á 32 mm medidos com paquímetro de precisão tipo Ganz Gehartet, o que indica uma qualidade de plantio normal e de idade aproxima
da de um ano. A condição química da cana não apresenta alterações, não foram encontradas propriedades de aquecimento do caule e suas folhagens, nem mesmo resíduo de carbono proveniente da queimadura de sua composição exposta à alta temperatura. Não foram encontrados resíduos químicos estranhos atípicos do ambiente e da composição sólida do plantio. O solo apresentava intacto, úmido e sem marca de propriedades que indicassem ter passado por alta temperatura ou alteração química, ou qualquer emanação de radiação molecular nuclear. Todas estas condições foram verificadas em toda extensão do ocorrido.
Nas bordas internas da clareira, observa-se uma perfeita formação da franja ou lateral onde a formação inferior da cana (piso), tem uma relação de 90º com a franja ou parede interna do circulo. Tal fato se fosse feito por vento forte ou tornado, tipo de vento ondulante, as paredes estariam apresentando forma variada em toda sua extensão, e uma ligeira inclinação provocada pela atenuação da carga de pressão do vento contra a resistência mecânica, somada de cada caule da planta. Os caminhos ou ruas de manutenção de todo o canavial não apresentavam possas de retenção de água da chuva, pelo contrário, estava úmido, compacto e também não apresentaram marcas de pneus de rodagem de maquinas pesadas operatrizes de corte tratores ou veículos de transporte da cana!
Outro fato curioso foi que não encontramos em toda a lateral do círculo marcas de entrada de máquinas, objetos, equipamentos, ou ferramentas que pudessem provocar aquilo na plantação, nem mesmo marca pequena de entrada de animais ou homem. Fato este que causa muita estranheza. As demais plantas estavam intactas, ou seja, menos de 8 metros da borda do circulo existe uma seqüência de palmeiras juntamente com a divisa de área da residência e o plantio. Pés de acerola também faziam parte daquele ambiente e foram encontrados somente poucos frutos caídos e a maioria destes bem maduros estavam presos ainda no caule da planta. Em seqüência vários pés de goiaba com muitos frutos bem maduros inclusive com polpas expostas comidas por pássaros nativos estavam no pé e intacto. No chão, abaixo das árvores frutíferas, não foram encontrados frutos derrubados por nenhuma espécie de força mecânica expressa por vento, ou similar, bem como folhas em excesso também não.
As ruas de acesso do canavial estavam limpas com somente algumas palhas de cana seca que desprendia do caule da plantação próxima a ela. A casa do arrendatário senhor Maurício, esta situada a uns 20 metros desta borda, e não foi encontrado nenhum vestígio de destelhamento, danos nos postes e fio elétricos e outros objetos ou qualquer objeto derrubado ou arremessado.
Observação Aérea – Foi necessário fazermos um vôo panorâmico aéreo para verificarmos detalhes que somente é observado a distância. O vôo somente pode ser feito após quatro dias do ocorrido, pois o piloto não quis voar por normas de segurança. No momento em que as situações do vôo se tornaram favoráveis, imediatamente decolamos o avião, e para nossa surpresa foram observados outras marcas menores, mas semelhantes ao que ocorrera próximo da pousada.Infelizmente como constam nas fotos e imagens gravadas os desenhos, ou seja, as marcas estavam bem disformes por motivo da folhagem da cana ter se recuperado, em algumas áreas já se observava uma recuperação de ate 80%, isto prejudicou muito as imagens aérea, pois as marcas já se apresentavam sem precisão de detalhes.Estas foram nossas observações naquele local. Durante uma semana pesquisamos toda a área do canavial e ouvimos várias testemunhas que relatou terem presenciado todo o fenômeno ocorrido.