Cometa ISON passa pelo Sol na quinta-feira

Astro chegará ao periélio, máxima aproximação solar, no dia 28, e é incerto que sobreviva ao encontro

Equipe UFO

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Cometa ISON em foto do telescópio TRAPPIST do ESO, em La Silla
Créditos: ESO

Na quinta-feira, 28 de novembro, o cometa ISON chegará ao periélio, o ponto de máxima aproximação com o Sol, às 18h38 GMT, aproximadamente 16h38 pelo horário de São Paulo, Brasil. O astro então estará a somente 1,2 milhões de quilômetros da superfície da estrela. O cometa tem sido rastreado por mais de um ano, mas ainda é incerto se irá ou não sobreviver às tremendas forças gravitacionais e altíssimas temperaturas do Sol.

O cometa foi descoberto em setembro de 2012 pelos astrônomos amadores russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok, utilizando o telescópio de 40 cm da Rede Óptica Científica Internacional (ISON), instalado em Kislovodsk, Rússia. A partir de então, com cálculos cada vez mais refinados sobre sua órbita, os astrônomos passaram a rastrear o cometa, também conhecido pela sigla C/2012 S1. O apelido “cometa do século” foi conferido pela semelhança de sua trajetória com o Grande Cometa de 1680, que pinturas e registros do século XVII deixam claro ter sido um grande espetáculo nos céus.

Da mesma forma que o astro de mais de trezentos anos atrás, o ISON é um cometa rasante solar, classe que se caracteriza por suas imensas velocidades e passagens muito próximas do Sol. O cometa iniciou sua viagem para o Sistema Solar interior há milhões de anos na Nuvem de Oort, colossal concha de asterpides, cometas e outros corpos gelados situada a cerca de um ano-luz do Sol. Os cientistas afirmam que, se o ISON sobreviver à aproximação com o Sol, se afastará novamente até a Nuvem de Oort, e caso torne a se aproximar de nossa estrela tal fato se dará somente em milhões de anos.

Possível espetáculo nos céus da Terra

Os astrônomos estimam que o cometa ISON tenha um núcleo de cerca de 1,6 km de extensão, composto por rocha e gelo que são restos da nuvem de gás e poeira que formou o Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos, e sua massa é calculada como 1,5 bilhões de toneladas. No dia 28 o cometa estará invisível para os observadores terrestres, mas a NASA pretende observar a passagem pelo periélio com o Observatório de Dinâmica Solar, as sondas STEREO e o observatório SOHO, além da nave Messenger que está em órbita de Mercúrio.

No momento do periélio, o ISON ficará submetido a temperaturas de cerca de 2.700ºC, e estará viajando a 1.332.000 km/h. Se não for desintegrado na passagem, poderá ser observado ao longo de todo o mês de dezembro, atingindo a máxima aproximação com a Terra em 26 de dezembro, a 64 milhões de quilômetros de distância. Evidentemente, ao contrário do que sites e fóruns de duvidosa reputação afirmam, nosso planeta não corre o menor perigo, e se o cometa ISON sobreviver ao encontro com o Sol desta quinta-feira, poderá proporcionar um belo espetáculo nos céus nos dias posteriores.

Galeria de fotos do Cometa ISON

Infográfico a respeito da passagem do Cometa ISON

Cometa ISON aparece intacto em foto do Hubble

Possível origem do meteoro de Chelyabinsk encontrada

Saiba mais:

Livro: Dossiê Cometa

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crédito: Revista UFO

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