Um novo estudo publicado no Journal of Astrobiology e Space Science indicou a existência de formas de vida alienígenas no Planeta Vermelho. O artigo, que faz referência a imagens tiradas pela sonda Curiosity e Opportunity da NASA, aponta para o que parecem ser fungos e algas em Marte. A NASA ainda não admitiu nem negou as conclusões a que os cientistas chegaram, mas, mesmo assim, vários pesquisadores acreditam que o relatório é a última e indiscutível evidência de vida alienígena em Marte.
No entanto, vale ressaltar que o estudo faz referência à vida muito primitiva, e não a formas de vida evoluídas, por isso não espere pequenos marcianos andando pela superfície do planeta vermelho. O estudo indica a presença de seres vivos simples como fungos, líquens e algas.
Sol 257 fotografado pela Mars Rover Opportunity da NASA. Foto: NASA / Journal of Astrobiology
Quatro pesquisadores relataram o que parecem ser fungos e líquens na superfície marciana, enquanto um quinto investigador relatou o que pode ser uma cianobactéria. Em outro estudo, uma maioria estatisticamente significativa de 70 especialistas, depois de examinar espécimes marcianos fotografados pela NASA, identificou e concordou que os fungos basidiomycota e líquens podem ter colonizado Marte. “Quinze espécimes parecidos e identificados como cogumelos foram fotografados emergindo do solo ao longo de um período de três dias”, escreveram os cientistas no estudo.
Além disso, os cientistas observam que três equipes de pesquisa independentes identificaram sedimentos em Marte que se assemelham a estromatólitos e afloramentos com micro e macro características típicas de microbialitos terrestres construídos por cianobactérias.
Sol 88, fotografado pela Opportunity de supostos líquens. Foto: NASA / Journal of Astrobiology.
Conforme explicado pela Dra. Regina Dass, cientista do Departamento de Microbiologia da Faculdade de Ciências Biológicas da Índia e também principal autora do estudo, as sondas da NASA conseguiram mais de 15 imagens de fungos e algas que crescem na superfície marciana. “Não há forças geológicas ou outras forças abiogênicas na Terra que possam produzir estruturas sedimentares, às centenas, que têm formas de cogumelo, caules e coberturas que parecem ter esporos na superfície circundante. Na verdade, quinze exemplares foram fotografados pela NASA crescendo fora do solo em apenas três dias”, disse Dass em entrevista ao Jornal Express.
Apparently they’ve found mushrooms on Mars. This is it. This is what wipes us out last of us style pic.twitter.com/FKzmDmoVlJ
— Nerdvana (@lifes_a_game0) 26 de março de 2019
Sol 182 fotografado pela NASA Rover Opportunity. Observe o que parece ser esporos espalhados pela superfície.
O relatório citou estudos anteriores que sugerem que uma variedade de espécies, incluindo bactérias, algas, fungos e líquens, pode sobreviver a um ambiente simulado de Marte. Vincenzo Rizzo, biogeólogo do National Research Council, também apontou as flutuações sazonais do metano marciano como evidência adicional de vida.
Ele disse: “Como detalhamos em nosso artigo, 90% do metano terrestre é de origem biológica e as flutuações sazonais no metano atmosférico estão diretamente correlacionadas com o crescimento das plantas e com os ciclos de morte. As flutuações cíclicas do metano marciano refletem a biologia ativa, que também é descrita antes e depois das fotos de espécimes fotografados pela NASA”.
Sol 1145-esquerda v Sol 1148-direita). Crescimento de quinze espécimes durante três dias. Foto: NASA / Journal of Astrobiology.
Estudo controverso
O artigo foi submetido à extensa revisão por seis cientistas independentes e oito editores seniores. E enquanto três destes rejeitaram as evidências, os onze restantes recomendaram a publicação, após certas revisões. Outros acadêmicos propuseram uma explicação alternativa e dizem que é mais viável que os espécimes sejam hematitas, uma forma de óxido de ferro.
A revista declarou: “As evidências não são provas e não há provas de vida em Marte. Explicações abiogênicas para essa evidência não podem ser descartadas.”
Alguns cientistas acreditam que os espécimes fotografados emergindo de baixo do solo marciano não são cogumelos, mas hematita, uma forma de óxido de ferro. O Dr. Rizzo disse: “Não estamos discordando da NASA. A agência tem alguns dos maiores cientistas e engenheiros do mundo. < span>No entanto, a hematita também é um produto da atividade biológica”.
(Sol 1162) A maioria dos biólogos concorda que estes são espécimes que se assemelham a organismos vivos, mais provavelmente fungos.- Foto: NASA / Rover Curiosity.
Embora a descoberta possa ser a maior da história da exploração espacial, precisamos ir devagar e aguardar possíveis confirmações pelas agências espaciais. Em suma, não há prova definitiva. Existe vida em Marte? Não provamos ainda. Há apenas muitas evidências que gritam: precisamos de mais observações!
Em 2020, a ESA colaborará com a agência espacial russa Roscosmos para lançar o rover ExoMars, com o objetivo de procurar alienígenas na superfície de Marte.
Leia o artigo Evidência da vida em Marte? (em inglês) aqui.
Leia o artigo Os líquens poderiam sobreviver em Marte? (em inglês) aqui.
Fontes: Journal of Astrobiology and Space Science, Express.co.uk, DailyMail
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