O mundo foi surpreendido há poucos meses pela revelação bombástica (e inesperada) de que existem filmes de uma autópsia de seres extraterrestres resgatados em acidentes de UFOs nos Estados Unidos, provavelmente em Roswell. Tais revelações agitaram o cenário mundial das discussões ufológicas e dividiram pesquisadores dos mais diversos países, que se perguntam: afinal, os filmes são verdadeiros ou falsos? A Revista UFO publica a seguir, com exclusividade, matérias completas e detalhadas, produzidas pelos mais destacados ufólogos da atualidade, debatendo os principais pontos positivos e negativos dos filmes de Ray Santilli
Os filmes da autópsia são verdadeiros até que se prove o contrário
A primeira notícia que tivemos do chamado filme de Roswell foi em fevereiro de 1995, lendo uma revista inglesa sobre UFOs que citava Reg Presley, hoje famoso no programa de entrevistas da TV BBC. Imediatamente telefonamos para o ufólogo Colin Andrews e para Presley com o intuito de obtermos mais informações sobre o assunto. Em pouco tempo estávamos ligando para Ray Santilli, a quem nos apresentamos e oferecemos cooperação em todos os aspectos de sua pesquisa. Finalmente, conseguimos um convite para assistir ao filme de Roswell, apresentado no dia 5 de maio passado, em Londres. Nossa primeira impressão do filme de Santilli foi de ceticismo. Embora não encontrássemos nenhuma indicação de embuste, também não estávamos convencidos de sua autenticidade – simplesmente não havia qualquer indicação dela.
Há muitos pontos obscuros na revelação dos filmes de Ray Santilli com a autópsia dos ETs de Roswell, mas ainda há muito mais pontos a favor de sua veracidade que, se verificada, abalará o mundo
Por outro lado, compreendemos que, caso o filme realmente fosse para valer, seria a revelação mais significante dos últimos 48 anos – desde que o oficial de relações públicas da Base Aérea de Roswell, tenente Walter Haut, informou à imprensa que “…o Exército dos EUA tinha capturado um disco voador em um rancho nas cercanias de Roswell”. Assim, começamos a pesquisar o assunto. Após infindáveis conversações com Santilli, a quem agradecemos por toda sua paciência, acrescido de uma investigação in situ no local e na região de Roswell, em junho de 1995, pudemos finalmente apresentar algumas indicações de que o filme pode muito bem ser autêntico.
Por outro lado, ainda não encontramos qualquer indicação de um embuste. Para aqueles que não estão familiarizados com os acontecimentos passados relativos a este filme, vamos dar um rápido resumo. Tudo começou em Cleveland, Ohio, no final do verão de 1993. Na busca de uma filmagem original sobre Elvis Presley, o produtor de filmes inglês Ray Santilli conheceu o Sr. JB, um cameraman freelancer que desde 1955 trabalhava na agência Universal News. JB tinha filmado o rei do Rock em seus anos de início de carreira. Hoje estaria com 80 anos, mas com boa saúde e vivendo com sua esposa numa bela casa de classe média em área suburbana.
Naquela época, Ray Santilli já trabalhava no ramo da música. Sua produtora, Merlin Group, era especializada na compra e venda de direitos autorais. Portanto, estava constantemente em busca de material ainda não publicado. Em 1993, Santilli não possuía qualquer interesse em UFOs. Mas teve, durante um curto período de tempo, a idéia de produzir um documentário sobre o assunto, após seu amigo de longa data, Reg Presley, cantor do grupo The Trogg, lhe contar sobre suas observações de UFOs sobre a região dos círculos ingleses. Reg filmou pessoalmente alguns UFOs na região de Alton Priors, em Wiltshire – o centro de todas as atividades destes círculos. Reg contou a Santilli sobre Colin Andrews, co-autor dos livros Cropcicle Bible e The Circular Evidence [Editor: lançado no Brasil pela Mercuryo. À disposição no encarte das páginas centrais], e sobre Philip Mantle, da British UFO Research Association (BUFORA).
Era um assunto fascinante, porém Santilli nunca lhe deu muita atenção. JB, o cameraman, no entanto, gostou do calmo e jovem inglês e de seu modo de tratar de negócios – pagando em dinheiro por uma filmagem de três minutos de Elvis. JB gostou tanto de Santilli que lhe disse: “Se você acha este filme de Elvis interessante, posso ter algo que é mais interessante ainda. Algo que filmei quando estava no Exército. Alguma vez você ouviu falar do incidente de Roswell?”. Santilli negou conhecer o fato. “Foi quando ocorreu a queda de um UFO e nós o resgatamos, com 4 corpos extraterrestres dentro. Eu estava lá e filmei tudo. Ainda tenho alguns dos rolos desse filme. O Pentágono simplesmente os esqueceu…”, concluiu o cameraman. Então começou a contar sua história – tão estranha quanto uma história de outro mundo.
Entre 1942 e 1952 ele era um cameraman da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Seu pai já trabalhava no ramo cinematográfico e, em razão de seus conhecimentos de fotografia e cinema, foi aceito na Força Aérea, mesmo que não passasse nos exames médicos devido a ter contraído pólio quando era criança. Durante a Segunda Guerra, foi enviado a muitas regiões e assim aprendeu a filmar nas situações mais adversas.
ALTA SEGURANÇA — Em 1944, foi designado para a área de Inteligência dos EUA, ligado ao chefe de pessoal da Força Aérea. Por possuir credenciais de alta segurança, filmou o que, em suas próprias palavras, “…era coisa muito secreta, inclusive testes do que seria parte do Projeto Manhattan”. No dia 2 de junho de 1947, JB recebeu ordens do general McMulle
n, comandante-em-chefe do Comando Aéreo Estratégico dos EUA para levar seu material de filmagem e embarcar em um avião especialmente preparado, que o conduziria a uma missão super secreta. Suas ordens mencionavam “… a queda de um avião espião russo num acidente que teria ocorrido próximo à Área de Testes de White Sands” – um ponto bem a sudoeste de Socorro, Novo México. Ele voou da Base da Força Aérea em Andrews, próxima a Washington, na companhia de 16 oficiais, sendo a maioria do quadro médico. Pousaram na Base de Wright Patterson, no Ohio, onde carregaram equipamentos e embarcaram mais militares.
Após algumas horas de vôo, o avião C-54 em que estavam pousou na Base Aérea de Roswell, uma base do Comando Aéreo Estratégico no Novo México. Vários carros estavam à espera de JB e do pessoal que embarcou em Washington. Durante horas eles viajaram na direção oeste através do deserto. Passaram por uma reserva indígena apache e pelo campo de testes de White Sands. Passando a localidade de Socorro, saíram da rodovia e seguiram por uma estrada de terra na direção de Magdalena, passando em seguida por um posto militar de verificação que os orientou para uma outra estrada de terra. Passaram então por uma ribanceira e por um outro posto militar, quando chegaram ao leito de um lago seco. Toda a área já se encontrava cercada. Desde o primeiro momento de sua chegada, JB compreendeu não se tratar da queda de um avião espião russo, como lhe tinha sido informado.
Era um grande disco que estava virado de dorso, com calor ainda irradiando do terreno à sua volta. Em seu bojo estava um disco ainda menor e fragmentos cobertos de estranhos hieróglifos. Os militares haviam cercado toda a área e JB e o grupo de Washington foram encaminhados a um coronel que, obviamente, era o oficial comandante da operação. Todos aguardavam a presença de um tal general K, que chegaria de Washington para dar ordens. Neste momento, JB percebeu que a aeronave era pilotada por seres estranhos, obviamente de outro mundo. Os militares temiam que os seres poderiam disparar alguma arma. Eles eram realmente estranhos, de aproximadamente 1,5 m de altura, possuindo uma cabeça grande sem cabelos, olhos grandes escuros (que posteriormente verificou-se terem membranas de proteção solar) e pés e mãos com 6 dedos.
Era um grande disco que estava virado de dorso, com calor ainda irradiando do terreno à sua volta. Em seu bojo estava um disco ainda menor e fragmentos cobertos de estranhos hieróglifos. Os militares haviam cercado toda a área e JB e o grupo de Washington foram encaminhados a um coronel, que obviamente era o oficial comandante da operação
JB disse a Santilli, durante seu fantástico relato, que as estranhas criaturas que estavam ao lado do veículo davam horríveis gemidos. “O que eram estas criaturas ninguém poderia afirmar, porém uma coisa era certa: eram aberrações de circo, criaturas que não deveriam estar lá”, disse. Cada um deles possuía uma caixa que mantinham presas ao peito e as abraçavam. Eles ficaram ali apenas chorando, segurando suas caixas. “Assim que minha barraca ficou pronta, comecei a filmar imediatamente aquilo, iniciando pelo veículo e seguindo para o local, onde passei a filmar os fragmentos que estavam espalhados pela área”, disse ainda o cameraman. Por volta das 18h00, a área foi considerada segura para se movimentar. “Mais uma vez aquelas aberrações continuavam a chorar e, quando alguém se aproximava, elas choravam mais alto ainda”, concluiu JB.
Os seres protegiam suas caixas, mas os militares conseguiram uma com um golpe de coronha de fuzil na cabeça de uma das criaturas. As três criaturas foram então arrastadas e presas com cordas e fitas – o quarto ser já estava morto. “A equipe médica inicialmente estava relutante em se aproximar dos alienígenas”, relatou JB a Santilli, “mas como alguns deles estavam machucados, não tiveram escolha”. Logo que as criaturas estavam prontas para serem transportadas, já havia gelo seco para acomodá-las. Por estarem vestidos com uma espécie de macacão feito de um material muito flexível, porém forte, que os protegia da variação de temperatura, tiveram que ser despidos pelos médicos, de forma a permitir colocá-los em gelo seco. Esta tarefa se tornou muito difícil, uma vez que nem facas ou tesouras os cortavam. Somente uma tesoura de metal possibilitou isso. Isso tudo foi filmado por JB em uma das barracas.
RISCO DE FOGO — A próxima prioridade dos militares seria coletar todos os fragmentos do UFO. O próprio disco ainda estava muito quente e ainda existia risco de fogo. Os fragmentos aparentavam fazer parte do suporte que sustentava o disco menor por baixo da espaçonave, e que talvez tivesse se soltado quando o disco maior virou. Os fragmentos foram levados para as barracas para serem catalogados e em seguida carregados em caminhões. Após 3 dias, um outro grupo de militares chegou de Washington e tomou a decisão de transferir a nave de local. Em seu interior, a atmosfera era muito pesada e ninguém conseguia permanecer lá dentro por mais do que alguns segundos sem passar mal. Assim, foi decidido que a análise do objeto continuaria na Base Aérea. O disco foi então transportado de caminhão para a Base de Wright Patterson, onde JB ficou durante três semanas para filmar a investigação dos fragmentos. Em seguida, foi avisado para se apresentar em Fort Worth para filmar uma autópsia realizada pelo Dr. Detlev Bronk e seu assistente, Dr. Willies. Obviamente, as tais aberrações teriam morrido neste tempo. Foi solicitado a JB que vestisse a mesma roupa protetora que os médicos, com a qual era quase impossível manusear a câmera. Carregá-la e focá-la corretamente era muito difícil. De fato JB tomou uma atitude contra estas ordens, retirando a roupa protetora durante a filmagem. As duas primeiras autópsias foram realizadas em julho de 1947.
De volta ao laboratório da base, JB revelou pessoalmente os filmes, pois nenhum assistente possuía a autorização necessária para tal. Foram revelados um total de 120 a 130 rolos de filme, mais as cópias de segurança. Quando estava com aproximadamente 100 rolos revelados, um avião especial veio de Washington para buscá-los. JB informou ao general McMullen que necessitaria de um outro avião dentro de alguns dias para buscar o restante do material, uma vez que os que restavam ainda necessitavam de tratamento especial. Mas esse avião nunca voltou. O Pentágono acreditava que havia recebido o material por completo. Naquele período, a Força Aérea dos EUA n
ão existia: era Força Aérea do Exército dos EUA. Justamente no período em que as quedas de UFOs ocorreram, estas entidades estavam sendo separadas em corporações distintas, tanto a nível de pessoal quanto de material e instalações.
Os oficiais superiores de JB apenas tinham o conhecimento de que ele se encontrava em missão especial, porém não possuíam a devida autorização para tratar deste assunto. JB acreditava que algum dia alguém iria perguntar sobre os rolos restantes. Então, quando deu baixa do Exército, em 1952, os levou consigo. E esperou até ter chance fazer algo com eles. Durante 40 anos JB nunca falou de sua experiência em Roswell. Ele manteve estes rolos como se fossem um tesouro: nem ao menos os olhava, pois sabia que não deveria tê-los em sua posse. Porém, ao chegar aos 80 anos, se deu conta de que não teria mais muito tempo de vida e, com certeza, os oficiais de 1947 já teriam falecido. Ao mesmo tempo, sua neta favorita iria casar-se e ele precisava de dinheiro para o casamento. Foi então que apareceu Santilli e JB confiou nele por ser inglês e certamente sem nenhuma conexão com militares ou com a comunidade de Inteligência dos EUA.
150 MIL DÓLARES — “Você pode ter todos estes filmes por 150 mil dólares”, disse JB a Santilli. “Desde que seja em dinheiro em espécie, como já fizemos antes, em razão dos impostos. Sem registros. Você recebe o material e eu recebo o dinheiro. E não conte a ninguém sobre onde você os conseguiu”, concluiu o cameraman. Para provar sua estória, mostrou a Santilli fotos suas tiradas em 1952, quando ainda estava alistado, bem como seu diário de militar – tudo aparentemente autêntico. Santilli mostrou interesse, porém não possuía a quantia necessária para comprar os filmes, e com certeza não a possuía em dinheiro. De volta à Inglaterra, tentou atrair o interesse de uma grande produtora, porém não lhes agradava a idéia de dar a ele 150 mil dólares em dinheiro, sem qualquer tipo de documentação… Assim, passado mais um ano, teve que convencer JB de que continuava interessado. Nisso, um amigo alemão, o produtor musical de Hamburgo, Volker Spielberg, se prontificou a levantar o dinheiro. Após o Natal de 1994, Santilli voou até a cidade de JB para buscar os filmes – 22 rolos de filme, 22 cópias de segurança e um negativo. O material estava parcialmente em péssima condição, o que forçou Santilli a levá-los separadamente a um laboratório especializado, de forma a conservá-los. Os primeiros 7 minutos saíram do laboratório no começo de janeiro, sendo então mostrados a Reg Presley, Colin Andrews e Philip Mantle.
Foi um acontecimento extraordinário. No mês seguinte, o filme de Roswell era o assunto número um de discussão em todos os lugares do planeta onde houvesse interesse em UFOs. A questão autêntico ou embuste era com certeza o ponto médio da discussão, e bem interessante – pelo menos do ponto de vista psicológico. Aqueles que levantaram suas vozes para gritar fraude, não tinham ainda visto o filme e nunca conversaram com Santilli. Outros ufólogos esperaram até a pré-estréia do filme, no dia 5 de março passado, para provar a sua grande capacidade de desmascarar um embuste. Um deles alegou que o cabo em espiral do telefone que aparece na cena da autópsia não existia em 1947.
Durante 40 anos o cameraman JB nunca falou de sua experiência em ter filmado a autópsia. Ele manteve os filmes como se fossem um tesouro. Nem ao menos os olhava, pois sabia que não deveria tê-los sob sua guarda, já que o pentágono os havia esquecido por acidente. Ao chegar aos 80 anos, se deu conta de que não teria mais muito tempo de vida e decidiu mostrá-los
Facilmente provou-se que a companhia Bell já oferecia estes cabos em aparelhos telefônicos em 1937. Outro ufólogo criticou o relógio de parede da sala da autópsia como tendo sido fabricado bem depois de 1947. Acontece que este modelo de relógio já estava no mercado desde 1936. Um dos muitos críticos do filme alegou também que o mesmo deve ser um embuste, pois o cameraman teria feito alguns closes do cérebro e de alguns órgãos internos removidos do corpo, e em 1947 a câmera não possuía o recurso de zoom. Realmente, este era um problema que não existia, pois os órgãos ficam fora de foco quando o cameraman tenta se aproximar. JB explicou que manejar as lentes era bem problemático, pois o cameraman teria que usar a mesma roupa protetora desengonçada que os médicos estavam vestindo, e justamente por não possuir foco automático é que os órgãos saem de foco. É claro que existem outros céticos que utilizaram este argumento contra a autenticidade do filme.
FATOS CONTRA FATOS — O mesmo ocorre com os próprios médicos. Na primeira cena – a da barraca – a equipe médica não veste roupa protetora para preparar os corpos para o transporte. A reação dos céticos é de que deve ser uma fraude, porque em uma autópsia – embora não estivesse ocorrendo uma – os médicos com certeza a estariam vestindo. Quando viram a filmagem da autópsia, estas mesmas pessoas gritaram que agora podia-se ver que se tratava mesmo de uma farsa, já que os atores estavam vestindo uma roupa protetora de forma a ninguém poder reconhecê-los. Talvez seja verdade, mas não pensamos assim. Acreditamos que isto nos ensina que realmente alguns de nós gostam de criar a sua própria realidade! O argumento mais absurdo contra os filmes de Roswell foi publicado por Kent Jeffrey no Mufon UFO Journal [Editor: publicação oficial da entidade Mutual UFO Network (MUFON), representada no Brasil por A. J. Gevaerd].
Jeffrey alega que o filme deve ser um embuste pois “…o corpo do ET possui uma aparência essencialmente humana, e devido ao organismo humano ser o produto de um processo de trilhões de combinações de genes, de acordo com a teoria da evolução, as leis da probabilidade acabam com a possibilidade de que um outro ser aparentemente humano pudesse se desenvolver em outro mundo”. Caso encerrado para Jeffrey, que insiste: “Pode-se assim afirmar definitivamente que o corpo que aparece no filme não é de origem extraterrestre. O filme é uma fraude e mostra um corpo humano adulterado”. Neste momento, pedimos que se registre aqui também a incrível alegação de Jeffrey de que “…aqueles que montaram esta atrocidade, deformaram um ser humano que um dia teve vida (no caso uma m
ulher) simplesmente por ganância”, dando o nome de Santilli como o de um dos suspeitos pela execução de um crime tão repugnante, simplesmente baseado na sua própria crença de uma evolução baseada na sorte.
Nem ao menos Jeffrey deseja discutir teorias alternativas de evolução, como por exemplo a visão do mundo holístico, apoiada pelo físico de Princeton David Bohm e pelo bioquímico de Cambridge Rubert Sheldrake. Ambos postulam que o universo é como um holograma, onde cada célula armazena toda a informação como um todo. Não existe sorte neste universo holográfico, mas uma estratégia de criação, uma cópia da evolução transferida através de ressonância mórfica para todas as suas partes. Isto não só significa que o universo está cheio de vida como também implica que em cada planeta inabitado a vida se desenvolve seguindo os mesmos padrões de evolução. É aí que entramos na teoria de intervenção alienígena na evolução do homem.
De acordo com todas as lendas da criação dos homens em todo o mundo, os deuses criaram “o homem à sua imagem e semelhança” (Gênesis 1, 26), e até “geraram híbridos produzindo os legendários filhos dos deuses, poderosos homens antigos, homens conhecidos” (Gênesis 6, 4). O elo perdido da Antropologia pode realmente ser a semente da vida de outro mundo. Não pretendemos postular aqui nenhum Criacionismo, mas vamos lembrar que existem modelos alternativos de evolução e que evolução por chance e risco é apenas um deles. Vamos também lembrar que as teorias científicas estão sujeitas a mudanças e revisões em função de novos achados e de observações. Rejeitar uma observação porque ela contradiz uma teoria, ou não se encaixa nela, é simplesmente anti-científico, não sendo melhor do que acreditar cegamente em dogmas religiosos.
Jeffrey nos faz recordar Thomas Jefferson, que ao ver alguns fragmentos do famoso meteorito Weston, de 1807, disse que “… é mais fácil acreditar que dois professores Yankees [Editor: do norte dos Estados Unidos] mentiriam do que acreditar que pedras possam cair do céu”. Porém Jeffrey não diz pensar que acha que alguém está mentindo. Ele acusa homens honestos de executar o mais repugnante e inescrupuloso crime da Ufologia até hoje. Acusa homens honestos de desfigurar o corpo de um humano, um ente que um dia teve uma vida, puramente por ganância. E faz sua inimaginável asserção sem qualquer evidência em mãos além de seu credo religioso e sua pseudociência de uma hipótese científica. Outro ufólogo americano, em uma carta aberta, recomenda a Santilli trabalhar com ele ou simplesmente calar-se. Ufologia quo vadis? As boas maneiras nunca foram uma tradição no debate emocional sobre a questão do século, se estamos sozinhos ou não, mas aí já é apelação.
Infelizmente, Jeffrey esqueceu-se, embora se intitule um pesquisador do Caso Roswell, que de fato todas as testemunhas do caso, que viram os corpos dos ETs, os descrevem como pequenos humanos. Uma destas testemunhas, Thomas Gonzales, por exemplo, os descreveu como “pequenos marcianos, parecidos com pequenos homens”. “De aparência humanóide, pequenos e pálidos, com olhos azeitonados e cabeça grande”, teria dito Pappy Henderson, que também os testemunhou. “Eram próximos ao tamanho de uma criança de dez anos e não possuíam cabelos; tinham pequenas orelhas e olhos escuros muito grandes”, declarou Frankie Rowe. “Eram pessoas iguais a nós, apenas melhores, com olhos proporcionalmente maiores, e sem cabelos”, disse Frank Kaufmann. “Eles eram como humanos, mas não eram humanos. Suas cabeças eram redondas e não possuíam cabelos; as cabeças eram proporcionalmente maiores”, foi o que declarou Barney Barnett. E por aí vai…
Mas não podemos também ocultar uma discrepância significativa. De acordo com as testemunhas de Roswell, os seres possuíam 4 ou 5 dedos, enquanto o ser do filme possuía 6. Por outro lado, alguém poderia argumentar que estes seres eram de outro acidente de UFO, não de Roswell, mas de um episódio mais ao norte. De fato, o maior problema que temos para a aceitação do filme está nestes 6 dedos. Mas isto prova que o filme é uma fraude? De forma nenhuma! Todo embusteiro que segue uma descrição generalizada na literatura menciona 4 ou 5 dedos e com certeza não inventaria uma entidade biológica extraterrestre (EBE) de 6 dígitos. Então, se é assim, o que realmente está no filme?
CADÁVER OU BONECO? — De acordo com o médico legista Christopher Milroy, da Universidade de Sheffield, que viu o filme no dia 5 de março, a convite pessoal de Ray Santilli, “quase definitivamente trata-se de um cadáver e não de um boneco”. Em seu relatório à empresa de Santilli, a Merlin Group, Milroy descreve que o ser tem a aparência de um corpo humano e aparenta ser do sexo feminino, porém sem as características sexuais secundárias. “A cabeça era desproporcionalmente grande, sem cabelos. Era um corpo humanóide de aspecto dismórfico”. Por outro lado, Milroy admite que “…embora apareça uma aproximação do cérebro fora de foco, sua aparência não seria a de um cérebro humano”. O jornal Observer, de 23 de julho passado, mencionou dois outros especialistas a respeito: o paleontólogo Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres, e o anatomista Paul O’Higgins, da College University.
Para Stringer, “as figuras certamente possuem similaridades com o ser humano, porém também não são humanas”. Já O’Higgins afirma que “uma enorme cabeça e 6 dedos são características possíveis em seres humanos com aberrações cromossômicas”. E acrescenta: “Eu não saberia dizer como os elaboradores do filme conseguiram dois seres idênticos”. De fato, muitos céticos têm tentado explicar que o ser na mesa de autópsia é um corpo feminino, com uma combinação de defeitos genéticos. James Diss, do Encounters Forum, um veículo de mensagens da BBS Compuserve, resumidamente os classificou como portadores de hidrocefalia.
“Ausência de lóbulos das orelhas, nariz deformado, orelhas posicionadas abaixo do norm
al, polidactilia (6 dígitos), ausência de estrutura muscular, ausência de umbigo, ausência de mamilos, ausência de órgãos sexuais externos, ausência notada da ponta do ilíaco na estrutura pélvica… defeitos na glândula adrenal etc, tudo assim indica”. Mas esqueceu-se de que a probabilidade de se encontrar todos estes defeitos em apenas uma criatura deve ser de um bilhão para um. Agora, qual deve ser a probabilidade de se encontrar duas quase idênticas “gêmeas do horror” com as mesmas anormalidades? Talvez menor que a probabilidade de que este possa ser o corpo de uma entidade biológica não originária da Terra. Se este for o caso, estaremos com certeza olhando para uma raça de clones ou que põem ovos! Para responder a todas estas questões, iniciamos uma investigação para encontrar a verdade. O que aprendemos neste ínterim e que podemos estabelecer como fatos é o seguinte:
1. A IDADE DO FILME — Os rolos e o material dos filmes foram filmados, sem sombra de dúvida em 1947 ou 67, conforme declarado pela Kodak em carta oficial à Merlin Group e através de uma declaração à imprensa em 15 de julho de 1995. Como o material de 16 mm deve ser utilizado em um prazo máximo de três anos após sua fabricação, podemos garantir que a data mais avançada possível seria 1970. Por outro lado, de acordo com a declaração da Kodak, existe uma alta probabilidade do filme ter sido rodado em 1947, conforme alega JB.
2. UMA OUTRA QUEDA — O suposto novo local de queda de um UFO recebeu uma confirmação independente após pesquisarmos a literatura existente. Em entrevista ao jornalista Bob Pratt, em 8 de dezembro de 1979, Jesse Marcel, ex-oficial da Inteligência da USAF que cercou o campo onde se encontravam os fragmentos próximo a Corona, disse: “Uma coisa eu notei, que deveria ser algo que teria explodido acima da superfície e caiu. Descobri posteriormente que mais a oeste, em direção a Carizozo, eles encontraram algo similar também. Foi no mesmo período, 68 milhas a oeste deste local”. Isto nos leva exatamente à área mencionada por JB. Igualmente, o falecido pesquisador da queda de Roswell, Leonard Stringfield, que publicou um relatório de acidente aéreo de um disco voador encontrado no campo de testes de White Sands, no New México, menciona que o general comandante Nathan Twinning, em 16 de julho de 1947, realizou uma investigação preliminar de um resgate de um disco voador e restos de um possível segundo disco.
No vídeo Discos Voadores: Presença Secreta na Terra [Editor: lançado no Brasil pela Revista UFO, à disposição no encarte das páginas centrais], entrevistamos o capitão da Inteligência do Exército norte-americano, Virgil Armstrong, que alega ter visto um telex secreto de 1948, mencionando uma queda de um UFO próximo ao campo de testes de White Sands. De acordo com este relatório, “o objeto possuía uma tripulação de cinco pessoas com pele metálica tão fina quanto as folhas de um jornal, porém forte a ponto de impedir sua penetração por ferramentas convencionais”.
3. EVIDÊNCIAS INEGÁVEIS — Seguindo as instruções de JB, de fato encontramos evidências de um pequeno lago seco entre Socorro e Magdalena. O lado norte do lago, que de acordo com JB era o local da queda, era estranho. O solo era diferente, obviamente escavado.
4. CONFIRMAÇÃO DA DATA — A data desse acidente pode ter sua confirmação nas declarações do fazendeiro de Corona, Bill Brazel ao Roswell Daily Record de 9 de julho de 1947. Brazel afirma ter descoberto o campo com fragmentos em seu rancho, em 14 de julho de 1947, uma data normalmente recusada pelos pesquisadores do Caso Roswell.
5. HIERÓGLIFOS ALIENÍGENAS — Adicionalmente a isso, mostramos fotografias e desenhos hieróglifos que aparecem na filmagem de Roswell em poder de Santilli a algumas das testemunhas do caso em si, incluindo Robert Shirkey e Frank Kaufmann, e estas confirmaram que são similares ao que presenciaram em 1947. Analisamos os hieróglifos do ponto de vista cultural da Antropologia. Eles se assemelham aos do Egito e os antigos fenícios. Com certeza, representam a escrita de um alfabeto. Em comparação com muitas escritas encontradas por todo o mundo anterior à cultura fenícia (2000-200 a.C.), poderíamos defini-los como protofenícios. Lembre-se que de acordo com todas as lendas antigas, a arte da escrita foi ensinada aos primeiros homens pelos chamados deuses.
Com estas informações em mente, achamos extraordinária a similaridade do estranho formato do crânio dos seres de Roswell com as deformações naturais ou artificiais do crânio da dinastia real do Egito antigo, Peru e China. A controvertida crônica de Akakor dos Ugha Mongulalas do norte do Brasil descreve os deuses antigos, ou ‘lordes divinos’ do sistema estelar de Schwerta, como tendo 6 dedos nas mãos e nos pés.
6. IDENTIDADES — O nome do médico que fez a autópsia também foi checado. É claro que nos dias atuais, com grandes conhecimentos sobre UFOs, o Dr. Detlev Bronk talvez seja mais conhecido como um dos membros da operação designada como Majestic 12, supostamente fundada pelo presidente Harry S. Truman em setembro de 1947, com a missão de continuar e manipular investigações posteriores da situação alienígena, conforme documentos controversos. De fato, o Dr. Bronk seria a pessoa ideal para este tipo de projeto. De acordo com a obra Engenheiros e Cientistas da Atualidade, da McGraw-Hill, Bronk nasceu em 1897, tornando-se presidente do Instituto Rockfeller para a Pesquisa Médica em 1953, após uma carreira de destaque como um dos maiores biofísicos dos EUA. Após estudar no Swarthmore College e na Universidade de Michigan, onde recebeu o seu Ph.D. em física e fisiologia em 1926, tornou-se professor de Zoologia em Swarthmore, em 1927.
Dois anos depois ele se tornou o primeiro diretor da Fundação Johnson de Pesquisa em Física Médica, na Universidade da Pensilvânia, e presidente da Universidade John Hopkins, antes da Segunda Guerra mundial. Durante a guerra ele serviu como coordenador de pesquisa do corpo de cirurgiões do Exército, onde se interessou pelos aspectos fisiológicos dos vôos de altitude. Como pesquisador, Bronk trabalhou nas áreas de biofísica e fisiologia. Estudou a natureza das sensações, o controle de movimentos do corpo, a excitação química dos nervos e impulsos nervosos e os métodos eletroquímicos de medir o consumo de oxigênio nas fibras nervosas. Além disso, Bronk foi presidente do Conselho Nacional de Pesquisa de 1946 a 1950, uma posição que com certeza o colocou em condições de tomar conhecimento do acidente de 1947.
De fato, temos algumas indicações de que o filme possa ser real. Ao mesmo tempo, não existem evidências concretas, por enquanto, de que seja um embuste. Somente o tempo dirá a verdade. E se o filme for real, como a Humanidade reagirá a ele? Irá causar uma quebra da bolsa de valores, o fim das religiõe
s ou um colapso da autoridade planetária? Esta questão era a preocupação principal daqueles que eram os responsáveis pela manutenção de segredo aos assuntos ufológicos das últimas cinco décadas. No mês de maio participamos com especialistas estrangeiros, psicólogos, antropólogos e sociólogos das discussões da questão sobre as conseqüências de um contato aberto com outras culturas planetárias. O conferência foi intitulada Quando as Culturas Cósmicas se Encontrarem, e nela se chegou à conclusão de que existe, sim, o risco de pânico e um risco ainda maior de ficarmos impressionados pela superioridade tecnológica dos extraterrestres – situações essas que poderiam resultar em paralisação cultural e até crise de nossa identidade.
PÂNICO E MEDO — Seja como for, com certeza ninguém ficará em pânico com a visão de um pobre extraterrestre deitado em uma mesa de autópsia. Este é o lado bom da verdade se revelando desta forma, em um contexto que prova a humanidade e a vulnerabilidade destes seres. Eles são humanos como nós, só que nascidos em outro mundo. Não são deuses e com certeza não nos roubarão a preciosa oportunidade de aprendermos como devemos nos ajudar mutuamente. Compreender que não estamos sozinhos, que somos uma Humanidade entre – talvez – milhares ou milhões de outras Humanidades no vasto universo, é algo que nos dará uma nova perspectiva, uma nova visão de quem realmente somos: não ingleses, não alemães, não americanos, nem brasileiros, mas terráqueos, filhos da Terra.
Isto é o que teremos de compreender no limiar do terceiro milênio, se desejarmos sobreviver aos grandes problemas globais: excesso populacional, efeito estufa, poluição, buraco na camada de ozônio. Não podem ver resolvidos estes problemas por apenas uma nação, mas apenas com todos nós juntos, agindo como uma Humanidade. Para nos auxiliar a descobrir nossa unidade interna, nossa união, nossa natureza verdadeira, talvez a maior chance e o maior desafio de nossa geração seja o diálogo com o universo. E é isto que o filme de Roswell poderá nos ensinar – que de fato não estamos sós! Por outro lado, ficamos estarrecidos em verificar o tratamento brutal a que foram submetidos estes visitantes de outro mundo, obviamente pacíficos. Será que isso se deu em resposta à questão da inexistência de um contato aberto e porque eles nunca pousaram na rua onde se encontra a Casa Branca?
Este primeiro contato com certeza os ensinou que a Humanidade terrena ainda não aprendeu a viver em paz com outras raças. De fato, estes seres vieram aqui durante a mais escura das décadas da história humana, após uma guerra terrível, a mais terrível da Humanidade. A brutalidade e os atos desumanos dos invasores da Europa e Ásia motivaram as democracias deste planeta a desenvolver uma arma mais brutal e desumana, que tinha o poder de destruir dezenas de milhares de vidas em apenas alguns minutos. A ideologia doente e demoníaca do regime da Alemanha nazista inventou, em sua loucura racista, as fábricas da morte para aqueles que eram diferentes, que pertenciam a uma raça diferente. De fato, Auschwitz e Hiroshima são símbolos dos capítulos mais negros da história da Humanidade, mesmo que o segundo fato tenha sido inventado para acabar o primeiro. Foi uma década negra de fato.
E justamente após a América se recuperar dos anos de guerra, orgulhosa da vitória e de seu renascimento como uma superpotência, cometeu um crime contra estes pacíficos e inocentes visitantes que caíram próximo a Roswell e foram tratados como inimigos, com uma brutalidade injustificável. Portanto, foi um terceiro capítulo desta década demoníaca. Foi um dia em que os homens dessa Humanidade, matando-se mutuamente em uma guerra tribal, perderam sua inocência. Nós realmente não estamos prontos para contatos com raças mais avançadas até que tenhamos aprendido a viver em paz e a desenvolver a verdadeira compreensão.
O que pensam os ufólogos brasileiros sobre o filme
A Revista UFO consultou, durante o 13° Congresso Brasileiro de Ufologia Cientí