
Estamos vivendo hoje certamente os melhores momentos da Ufologia mundial. O número de avistamentos e contatos se multiplica rapidamente, levando a Humanidade a encarar de frente a realidade da presença extraterrena. É evidente que a Ufologia vem ganhando cada vez mais credibilidade, apesar de todas as tentativas de acobertamento e desinformação realizadas principalmente pelas grandes potências, cujos reflexos são sentidos claramente também em países como o Brasil.
Podemos verificar este acobertamento nos incidentes ocorridos recentemente em Varginha, Sul de Minas, quando uma operação militar conseguiu capturar pelo menos duas criaturas em meio à maior onda ufológica já verificada em nosso país. Como era de se esperar, nossas autoridades militares negaram tudo… Mas nem sempre foi assim. Ao longo da história da Ufologia mundial existiram exceções: um destes casos ocorreu em nosso próprio país e envolveu uma quantidade muito grande de UFOs.
A história – hoje um clássico da Ufologia nacional – começou no Vale do Paraíba, em torno da cidade de São José dos Campos, a 83 km de São Paulo. Os avistamentos começaram na noite de 19 de maio de 1986, por volta das 18h30, quando da torre de controle do aeroporto local foram notados dois objetos luminosos de cor laranja, a 15 km de distância. Os objetos estavam aproximadamente a dois mil metros de altitude, alinhados com o eixo da pista do aeroporto.
Mais de 20 objetos de enormes proporções foram detectados por radares e perseguidos por caças da FAB. Na ocasião, o ministro Octávio Moreira Lima pronunciou-se a respeito, prometeu mais dados à nação e depois se calou. Agora, finalmente, volta a falar sobre o fato
Às 19h00 o Centro de Controle de Aproximação de São Paulo (órgão que controla e orienta as aeronaves dentro de uma área terminal, num raio de 54 milhas, até a efetivação dos pousos), como também o Centro de Controle de Área (que controla as aeronaves dentro das aerovias, rotas aéreas etc), confirmaram ao Centro de Controle de Aproximação de São José dos Campos a detecção de três objetos não identificados na região.
Às 19h40, a partir da torre de controle de São José dos Campos, foram avistados mais dois objetos, com movimentação no sentido de norte a oeste, que se posicionaram acima dos dois primeiros UFOs, permanecendo em conjunto, imobilizados durante um longo tempo. Às 20h00, o Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), sediado em Brasília, já captava em suas telas oito alvos não identificados.
OBJETO ESFÉRICO — Um outro objeto esférico de grande luminosidade foi observado às 20h30, daquele mesmo dia, partindo em direção à Serra do Mar. O UFO estava a cerca de 60 km de distância da torre de São José dos Campos. Neste momento, o aparelho aproximou-se ainda mais da torre de controle, chegando a permanecer a uma distância de 20 km da mesma. Tal objeto também foi detectado pelo radar e afastou-se algum tempo depois.
Às 21h00 um avião bimotor Xingu da Embraer, pilotado pelo comandante Alcir Pereira da Silva, aproximou-se da pista do Aeroporto de São José dos Campos para pousar, quando percebeu a presença dos UFOs. A bordo do avião estava o coronel Ozires Silva, que deixava a presidência daquela empresa para assumir a Petrobrás. Os objetos voadores ainda estavam sendo detectados através dos radares quando o comandante Alcir decidiu perseguir um dos UFOs. Ozires Silva assumiu o comando do bimotor, entretanto, não conseguiu chegar muito próximo da estranha nave.
Num determinado momento, o UFO simplesmente desapareceu. Minutos depois, o avião Xingu saiu em perseguição de um outro objeto não identificado, que emitia uma luz muito forte avermelhada e se movimentava em direção à cidade de Mogi das Cruzes, à baixa altitude. Um pouco antes de pousar, o bimotor sobrevoou uma refinaria da Petrobrás e seus ocupantes ainda puderam avistar três objetos também à baixa altitude, em direção à Serra do Mar.
Também às 21h40, na cidade de São José dos Campos, foi vista uma esfera luminosa amarela de grandes dimensões ladeada por várias outras menores, também esféricas, que emitiam luzes brancas. Passados alguns minutos, surgiu outro UFO com as mesmas características e juntou-se aos demais, ficando em formação. A nave maior ocupava a posição central, como que em destaque.
Em meio a tal situação, começaram a ser acionados progressivamente três caças F-5E da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e três aviões Mirage da Base de Anápolis, em Goiás. Todos os caças foram ao local com o propósito de se aproximarem e manterem contato com os UFOs. O tenente Kleber Caldas Marinho, piloto de um dos F-5E, perseguiu durante vários minutos um objeto que emitia luz vermelha intensa. Como não obteve êxito, o tenente abandonou a perseguição.
Já o capitão Armindo Souza Viriato de Freitas, que pilotava um dos Mirage, constatou através do radar de bordo as evoluções de vários objetos. E um dos UFOs chamou-lhe a atenção por apresentar repentinamente uma aceleração espantosa. Segundo o aviador, o UFO atingiu em questão de segundos uma velocidade de Mach 15, ou seja, mais de dez vezes a velocidade desenvolvida pelo caça de fabricação francesa. Era evidente que nossos mais modernos aviões não poderiam competir com aqueles aparelhos. Porém, o capitão Márcio Brizolla Jordão, que pilotava outro F-5E, teve mais sorte: em determinado instante, em meio às perseguições, o capitão foi acompanhado por 13 objetos, sendo seis de um lado e sete do outro.
Toda a movimentação foi acompanhada por radares. Os primeiros UFOs que sobrevoaram São José dos Campos – e que haviam desaparecido quando os caças surgiram – voltaram a fazer evoluções sobre aquela região logo após o retorno dos aviões às suas bases.
ENTREVISTA COLETIVA — O então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Moreira Lima, numa atitude sem paralelo, veio pessoalmente a público divulgar os acontecimentos daquela noite de maio de 1986. Em uma coletiva para a Imprensa, foram apresentados, inclusive, os pilotos
que participaram da operação. Os militares informaram que, além das altas velocidades desenvolvidas pelos objetos, suas trajetórias muitas vezes eram erráticas, com deslocamentos verticais, horizontais e em ziguezague. De acordo com o Ministério da Aeronáutica, ao todo foram detectados 21 objetos não identificados através dos radares dos centros controladores de tráfego aéreo.
Conforme as declarações do capitão Basílio Baranoff, membro do Instituto de Atividades Espaciais do Centro Técnico Aeroespacial, que compilou todos os detalhes ligados a estes acontecimentos, os UFOs voltaram a evoluir sobre a cidade de São José dos Campos na noite de 29 de maio do mesmo ano, sendo novamente detectados pelas instalações de radar – fato que não havia sido divulgado por nossas autoridades na época.
Na verdade, no final de maio e início de junho de 1986, várias outras manifestações ufológicas ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e região. Inclusive, muitas destas aparições foram documentadas em vídeo. O Brasil estava sendo alvo de uma das maiores ondas ufológicas de todos os tempos.
Talvez mais surpreendente do que os avistamentos do dia 19 de maio de 1986, ou do que a atitude do Ministério da Aeronáutica e seus maiores representantes, foi a reação de alguns cientistas brasileiros – se é que merecem tal título… Estes cientistas apresentaram explicações absurdas, defendendo hipóteses que se diferenciavam e contradiziam às demais. Tais atitudes demonstravam claramente que nenhum destes “homens de ciência” estava de fato preocupado com a busca da verdade. No entanto, havia apenas um fator em comum em suas hipóteses: todas ignoravam os diversos e fundamentais detalhes daqueles acontecimentos.
Os objetos que haviam sobrevoado o espaço aéreo brasileiro durante horas foram perseguidos por nossos aviões e, em determinados momentos, acompanharam nossos caças – sempre monitorados por nossos radares –, para os cientistas, não passaram de meteoritos, planetas, estrelas etc. Possivelmente, a reação arrogante destes homens prejudicou uma maior abertura e esclarecimento em relação ao caso. O relatório oficial que havia sido prometido pela Força Aérea Brasileira (FAB) nunca foi divulgado, e o caso caiu no esquecimento. Como tudo no Brasil: acabou em pizza!
No ano de 1991, ou seja, cinco anos após o fato, Rafael Cury, presidente da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB), encaminhou ao Ministério da Aeronáutica uma correspondência cobrando a divulgação das conclusões finais das investigações. A resposta, datada de 18 de setembro de 1991 e assinada pelo brigadeiro Fernando Mendes Nogueira, chefe do Centro de Comunicação Social do Ministério da Aeronáutica, declarava textualmente:
“O compromisso inarrável com a transparência administrativa significa pronta e imediata resposta à opinião pública dos assuntos de seu interesse, resguardados aqueles cujo teor recomende classificação de alguma ordem. No episódio a que o senhor se refere, todo o tratamento técnico disponível pelos órgãos do Ministério da Aeronáutica, responsáveis pelo controle do espaço aéreo brasileiro, foi utilizado e as conclusões nos remetem a anomalias magnéticas que se transformaram em plots (pontos nas telas dos radares de controle).
“No caso em questão, todo o aparato militar de defesa do espaço aéreo foi mobilizado sem que, efetivamente, fosse feito qualquer contato visual que justificasse a presença daquele (s) plot (s). O Ministério da Aeronáutica, na qualidade de Instituição Nacional, não pode se afastar da sua destinação e produzir inferências a respeito de assuntos que não trazem em seu bojo um respaldo técnico-científico suficiente para definir uma opinião”.
ANOMALIAS MAGNÉTICAS — É curioso que o brigadeiro Mendes Nogueira, ao mesmo tempo em que apresenta como conclusão para o caso as tais anomalias magnéticas, faz menção que não é do desígnio do Ministério da Aeronáutica “produzir inferências a respeito de assuntos que não trazem em seu bojo um respaldo técnico-científico suficiente para definir uma opinião”. Isto acrescido da referência feita pelo brigadeiro sobre a existência de assuntos classificados, deixam claro que a história das anomalias magnéticas não pode ser levada a sério. O ponto mais absurdo, entretanto, é a negação dos contatos visuais que justificam a presença dos plots nos radares.
Se até mesmo o Ministério da Aeronáutica apresentou à Imprensa os pilotos que participaram das missões de interceptação, e vários deles não só detectaram os objetos através do radar de bordo, como tiveram a oportunidade de observá-los a olho nu. E o que dizer dos depoimentos do comandante Alcir Pereira da Silva e do coronel Ozires Silva que chegaram a circundar um dos objetos? Estas testemunhas, além de todo o povo brasileiro, merecem mais respeito. Que transparência administrativa é essa?
Há pouco mais de um mês, na qualidade de consultor ufológico, tive a oportunidade de acompanhar a jornalista Rejane Schumann no programa Mistério, da Rede Manchete de Televisão, onde a jornalista entrevistou o brigadeiro Octávio Júlio Moreira Lima. O programa foi filmado no Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica, no Rio de Janeiro (RJ), que é dirigido por Moreira Lima. Fomos muito bem recebidos pelo brigadeiro, que desde o início mostrou-se interessado no conteúdo do programa. Na ocasião, Rejane esclareceu ao brigadeiro o motivo de minha participação: justamente selecionar o que deveria ir ao ar, separando a realidade da fantasia. Fiz um breve resumo dos fatos e documentos ufológicos mais importantes ocorridos recentemente. Ressaltei, entre outras coisas, as filmagens de formações de UFOs feitas pelos astronautas norte-americanos na órbita terrestre nos últimos anos. Apresentei ao brigadeiro uma das fitas da coleção AFEU Vídeo – justamente a que contém estas imagens –, além de um exemplar da Revista UFO.
Antes de iniciarmos a entrevista, o brigadeiro nos forneceu alguns detalhes sobre o sistema de controle de tr&
aacute;fego aéreo e defesa aeroespacial com o auxílio de radares, ressaltando que esta é uma das mais eficientes formas de controle em operação no mundo. Durante aproximadamente 30 minutos, Moreira Lima respondeu a todas as perguntas formuladas, até mesmo aquelas previamente passadas à Rejane por mim.
Questionado pela jornalista a respeito da possibilidade daqueles fatos estarem relacionados a algum fenômeno eletromagnético – conforme a alegação do brigadeiro Mendes Nogueira na resposta à carta de Rafael Cury –, o ex-ministro foi categórico: negou tal possibilidade e afirmou ainda que aqueles fenômenos também não poderiam ser explicados pelo envolvimento de qualquer tipo de aeronave conhecida, por causa das altas velocidades e das trajetórias dos objetos.
Moreira Lima ressaltou ainda que o coronel Ozires Silva tinha sido extremamente positivo ao relatar-lhe seu envolvimento com o caso. O ex-ministro disse estar totalmente convencido da existência de outras civilizações, segundo ele, certamente muito mais avançadas do que a nossa. Moreira Lima confirmou ter informado pessoalmente ao então presidente da República, José Sarney, sobre aqueles fatos. A partir dessas declarações, podemos notar claramente a importância que as autoridades deram ao fato. Ainda mais porque o espaço aéreo brasileiro havia sido invadido por objetos voadores desconhecidos.
Em determinado momento da entrevista, Rejane perguntou ao ex-ministro como seria a reação do Governo brasileiro frente aos Estados Unidos, caso tivesse provas definitivas da existência dos discos voadores: nós teríamos que pedir a permissão dos norte-americanos para divulgarmos tais evidências? Em resposta, o ex-ministro afirmou que o Governo brasileiro tem autonomia suficiente para tomar qualquer atitude sem precisar da permissão de nenhum governo, seja o americano ou qualquer outro. “Possivelmente, nosso governo faria apenas uma notificação, informando os governos de outros países”, declarou o ex-ministro Moreira Lima, categórico.
HUMANIDADE DESPREPARADA — Uma outra pergunta dizia respeito ao Caso Varginha. Moreira Lima revelou que só tinha tido informações sobre tal episódio através das reportagens veiculadas pela televisão. Perguntei ao ex-ministro se alguns UFOs haviam sido realmente detectados pelos radares no dia 29 de maio de 1986. Sua resposta foi negativa. Quanto a um possível contato alienígena, Moreira Lima desabafou: “Uma parte da Humanidade já está preparada para manter um contato direto com uma civilização extraterrestre. Entretanto, existem ainda pessoas despreparadas para um acontecimento deste tipo”.
Sutilmente, o ex-ministro disse que vê um certo sentido no controle de informações ligadas ao Fenômeno UFO e sua abertura à população. Já no final da entrevista, Moreira Lima fez sua declaração mais surpreendente, ao afirmar: “Estou convencido de que dentro das próximas décadas haverá um contato entre nossa Humanidade e alguma civilização extraterrestre”. A Ufologia Brasileira certamente teve muita sorte em ter como ministro da Aeronáutica, em 1986, o tenente brigadeiro do ar Octávio Júlio Moreira Lima. Quantos em seu lugar teriam comunicado ao povo brasileiro a presença daqueles objetos no espaço aéreo do país?
É evidente que nem tudo sobre o caso foi divulgado. Temos que ter em mente que um dos pilares de nossa sociedade mais abalado pela presença extraterrena é justamente o setor militar, pois os UFOs demonstram claramente que nossas forças armadas são totalmente inoperantes frente a eles. Que autoridade militar estaria disposta a assumir abertamente que naves espaciais, oriundas do espaço exterior, penetram em nossa atmosfera, seqüestram pessoas para uma série de experimentos, sem que possamos oferecer a menor resistência?