A história dos UFOs no Brasil, envolvendo avistamentos, aterrissagens e contatos, antecede em muito a Era Moderna da Ufologia, iniciada a partir do avistamento do piloto norte-americano Kenneth Arnold, em 24 de junho de 1947. Arnold viu os famosos nove objetos voadores em forma de pratos ou pires, popularizados em nosso país como discos voadores. Essa anterioridade ainda supera, em certos limites, os levantamentos realizados pelo próprio Charles Fort – o pesquisador e divulgador do fascinante e misterioso mundo do Realismo Fantástico, também tido como “pai da Ufologia”. Nossas selvas e sertões sempre foram visitados por naves e seres vindos do espaço, acendendo a imaginação dos assustados índios e caboclos, incapazes de compreender o real significado do fenômeno e transformando seus fatores em deuses e entidades religiosas. Cronologicamente, a presença dos UFOs sobre o Brasil pode partir da visão que o historiador Fausto da Costa Guimarães relata em seu diário, uma testemunha viva de um fato curioso, aqui transcrito na grafia da época:
“Em novembro de 1890, reapareceu. Morando eu em Catolé da Rocha, negociando e mascateando pelos vales do Rio do Peixe, numa bela noite sem luar no lugar Pau de Ferro, já no termo de Catolé da Rocha, em cima de um grande alto, eu com dois companheiros de mascatiação, pelas nove horas da noite mais ou menos, quando de momento vimos de cima do grande alto uma tocha ao nascente, como fogo. Hora se assimilava estrela vermelha, ora como língua de fogo, como que se movia, isto rente com as metas; alí paramos e pusemo-nos em dúvida. Dizia eu: é casa no alto, olha que é fogo. Protestavam os companheiros: é uma estrela, quando vimos erguer-se um pouco acima e tomar giro do noroeste em marcha visível como um balão de São João, de formato que nunca vimos. Uma tocha de formato de um charuto, porém curto e luminoso. Maravilhados por um fenômeno raro visto por espaço de uma hora, aquilo foi desaparecendo por trás de uma serra”.
O guerreiro do epaço Bep-Kororoti foi o disciplinador social da nação Kaiapó, no Alto Xingu. Segundo a lenda, tinha borduna trovejante que destruía árvores e pedras. Trajava o Bu, uma roupa de palha branca semelhante ao uniforme dos astronautas modernos. Tinha pele branca, era bonito, suave e simpático
Tal descrição épica mostra muitas características dos UFOs atuais em suas excursões na Terra. Entre nossos índios, há lendas da descida de seres vindos do céu e que conviveram nas aldeias, ensinando noções de Agricultura, Medicina, Astronomia etc. O melhor desses contatos foi o de Bep-Kororoti, o guerreiro do espaço que foi o disciplinador social da nação Kaiapó, no Alto Xingu (Pará). O guerreiro, diz a lenda, tinha borduna trovejante que destruía tudo, árvores e pedras. Esse herói mítico apareceu aos silvícolas trajando o Bu, uma espécie de roupa de palha branca, semelhante ao uniforme dos astronautas modernos, e quando surgiu sem tal traje, os índios viram que ele tinha pele branca, era bonito, suave e simpático. Todos ficaram gostando dele, que ensinava “magicas” aos seus admiradores. Depois, Bep-Kororoti casou-se com uma índia e teve filhos. Porém, ainda segundo a lenda, um dia ficou triste, com saudades de sua terra e foi ao monte de onde viera. Bep-Kororoti desapareceu entre trovões e maça, em direção às estrelas. Depois disso, sua mulher lhe seguiu os passos, mas retornou, porém, tempo depois…
MITOLOGIA UFOLÓGICA – É de se notar que a Mitologia Brasileira esteja repleta de misteriosos seres que têm a capacidade de voar, desaparecer instantaneamente e fazer magicas. Entre esses vemos o Caiporá, o Saci-Pererê, o Batatão, o M’bai-Tatá, o Carbúnculo, a Alamoa, o João Galaluz, a Curacanga, o Carro Fantasma, o Jurupari, o Cantagalo, o Assoviador etc. [Editor: o leitor pode ter uma idéia minuciosa e detalhada de cada uma dessas personagens do folclore consultando a obra Discos Voadores e Extraterrestres no Folclore Brasileiro, de Antonio Faleiro e publicado pela Coleção Biblioteca UFO. Código CB-04]. Consubstanciando essas lendas e mitos restam as mensagens pétreas, de desenhos rupestres, estatuetas e outros itens encontrados nas cavernas, mostrando relatos ufológicos e atividades dos deuses astronautas entre nossos aborígenes.
O escritor inglês A. H. Savage Landor, na sua magistral obra Across Unknown South America, relata um avistamento de UFO na localidade de Campo Areal, próxima do maciço montanhoso de Paredão Grande, no Estado de Mato Grosso, nas noites de maio de 1912. Diz o autor: “À noite, de regresso ao acampamento, vimos o objeto muito baixo no horizonte. As estrelas e os planetas sempre aparecem maravilhosamente brilhantes e extraordinariamente grandes nas noites límpidas. Não sei se era ilusão de ótica ou não, mas o fenômeno, que durou várias horas, foi visto por todos meus homens e também foi visto através de uma luneta. Parecia emitir clarões intermitentes, vermelhos e verdes, em direção à Terra.
Esses clarões eram semelhantes a uma cauda de um pequeno cometa, porém mais luminoso e menos curto. Seria difícil ou impossível, com os meios que tínhamos, assegurar se este fenômeno era devido a perturbações de astros ou sinais luminosos. Por momentos, aquilo parecia perfeitamente esférico, com uma borda nitidamente definida, e logo soltava clarões, especialmente à direita, conforme o víamos, e ligeiramente até abaixo, formando um ângulo não perpendicular”.
No livro As Chaves do Mistério, seu autor, João Martins, cita outro interessante evento ufológico acontecido no dia 21 de setembro de 1935, em Juiz de Fora, Minas Gerais, conforme relato da Gazeta Comercial dessa cidade: “Ontem, ao cair da noite, pelas 18 horas e 25 minutos, centenas de pessoas foram presas de grande pavor no centro da cidade. Um corpo estranho, de aspecto esquisito, atravessou o espaço com alguma rapidez. Segundo as pessoas que presenciaram o fato e que merecem inteira confiança, o fenômeno se apresentou da seguinte maneira: surgiu a leste e desapareceu a oeste, parecendo que ía chocar-se com o morro do Redentor. Sente o desconhecido. E também muita falta de medo ao ridículo”
ETs NO PARANÁ – Afora esses casos, de um passado nã
;o distante, há milhares de avistamentos de UFOs e de outros curiosos e enigmáticos fatos que não chegam ao conhecimento público, por uma série de fatores, entre eles a falta de comunicação entre os observadores e os pesquisadores, o desconhecimento do fenômeno, a atribuição do mesmo como tendo origem divina ou diabólica, ou medo do ridículo, ou ainda preconceitos religiosos etc.
Um dos primeiros casos clássicos brasileiros aconteceu no dia 23 de julho de 1947 – apenas 29 dias depois do avistamento de Kenneth Arnold. Nessa data, o topógrafo José C. Higgins fazia trabalhos de campo na Colonia Goio-Bang, no interior do Paraná, quando ouviu um som bastante agudo e observou, ao longe, um gigantesco objeto de 30 metros, cinzento-esbranquiçado e com 6 tubos que deixavam ouvir o forte síbilo. Sem expelir qualquer tipo de fumaça, o UFO apoiava-se sobre pés metálicos recurvados. Nisso, os apavorados operários que trabalhavam naquele dia com o Sr. Higgins fugiram, deixando-o só. O topógrafo, mesmo com medo, controlou-se e notou no objeto pousado uma espécie de janela – e por trás dela 2 pessoas. Em seguida, abriu-se uma porta e apareceram 2 seres com cerca de 2 metros de altura e vestindo “roupas transparentes que os cobriam corpo e cabeça, infladas como câmara-de-ar de automóvel”, segundo o relato de Higgins. Nas suas costas havia uma espécie de mochila de metal. Os seres vestiam camisetas, calções e sandálias por baixo da roupa inflada – tudo muito reluzente. Seus olhos eram muito redondos e grandes, sem sobrancelhas. Eram calvos, sem barba e tinham cabeças grandes e redondas e mãos compridas. Pareciam gêmeos e falavam uma língua desconhecida, porém sonora e bonita.
Higgins descreveu que os seres eram ágeis, mesmo sendo muito fortes. Um desses homens lhe pediu, por gestos, que entrasse no objeto e, através de um desenho feito no chão, foi mostrado ao topógrafo onde seria conduzido. Os seres desenharam vários círculos concêntricos e um ponto central. Após isso, Higgins ouviu duas palavras pronunciadas por um dos seres, Álamo e Orque – a primeira como o significado da palavra Sol (o ponto central no desenho) e a última referindo-se ao 7º círculo, que, se aplicado à estrutura do Sistema Solar, corresponderia à órbita do planeta Urano. O topógrafo fingiu concordar com o convite e, também com gestos, pediu para ir buscar sua mulher. Aproveitando-se desse truque, foi em direção à uma moita e lá escondeu-se, de onde via os seres brincando jovialmente. “Davam saltos e atiravam ao longe pedras de tamanho descomunal”, descreveu Higgins pasmo. Passando uns 10 minutos, vendo que ele não retornava, os seres entraram na nave e decolaram em direção ao norte, tendo a testemunha ouvido o mesmo ruído da aterrissagem. Em pouco tempo a nave desapareceu entre as núvens… O ano de 1952 traz para a casuística ufológica nacional um dos seus melhores e mais documentados casos.
Os alienígenas que abordaram Higgins no Paraná desenharam no chão 7 círculos concêntricos e um ponto central, representando um sistema estelar. Após isso, pronunciaram a palavra Alamo, apontando para o ponto central e depois para o Sol. Em seguida, pronunciaram a palavra Orque, apontando para o sétimo círculo e para eles próprios. Será que queriam dizer a Higgins que vinham de Urano?
CONTATOS COM UFOs – No dia 7 de maio desse ano, o jornalista João Martins e o fotógrafo Ed Keffel, da revista O Cruzeiro, agora desativada, estavam na Barra da Tijuca fazendo uma reportagem sobre a Ilha dos Amores e seus freqüentadores. De repente, viram um UFO surgir vindo do mar, fazer um semicírculo sobre o litoral, voar sobre a Pedra da Gávea e partir em direção ao horizonte.
Fascinado com o evento, mas lembrando-se de sua profissão, Keffel não perdeu tempo e fotografou o objeto por 5 vezes. Eles notaram que o disco era muito grande, com 50 a 70 metros de diâmetro, tinha uma cúpula pequena cercada por um anel e, na parte inferior, mostrava uma abertura redonda. Após a revelação das fotos, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou exames nas mesmas e as reconheceu como legítimas. Posteriormente a Força Aérea Norte-Americana (USAF) submeteu os negativos das fotos a diversas análises e declarou que não havia trucagem nelas (inclusive pagaram 20 mil dólares pelos negativos de Keffel). O caso teve projeção internacional e trouxe ao Brasil muitos ufólogos de renome, em busca de subsídios para suas pesquisas [Editor: no entanto, a legitimidade das fotos ainda é assunto polêmico, que gera desentendimentos entre ufólogos brasileiros. Em 1986, o especialista em análises fotográficas Claudeir Covo, junto ao ufólogo Carlos Reis, fizeram estudos que comprovariam a trucagem das fotos de Ed Keffel].
Nesse mesmo ano, em novembro, Dino Kraspedon escreveu o livro Meus contatos com os Discos Voadores, no qual relata ter visto 5 naves extraterrestres sobre a Cordilheira de Angatuba, em São Paulo. Kraspedon garante que entrou numa dessas naves e falou com seus tripulantes – que, segundo eles, procediam de Ganímedes, um dos satélites de Júpiter. Em 12 de janeiro de 1953, Maurício Ramos Bressa, que morava em Santana dos Montes, Minas Gerais, regressava ao lar, à noite, quando viu um aparelho menor que um veículo Volkswagen brilhando com cor metálica. Aquilo voava a 130 metros do solo e era achatado em baixo e ovalado em cima. Quando o objeto estava a cerca de 2 metros do carro do Sr. Maurício, surgiu uma abertura em sua fuselagem e dois seres saíram por ela, saltando do objeto. “Tinham roupas bronzeadas, mas brilhantes, e levavam uma bola que brilhava na ponta dos sapatos, que eram quadrangulares”, descreveu a testemunha. Como estava a 2 metros dos seres, o Sr. Maurício começou a sentir uma dor de cabeça que aumentava cada vez mais, quando viu um dos seres enterrando um cilindro com cerca de 14 cm de comprimento por uns 4 centímetros de diâmetro. Logo em seguida, o ser retirou o cilindro da terra, fazendo-o mudar de cor e, com outro, voltou lentamente ao objeto, sem se virar e sempre olhando para a testemunha. Entraram na nave como se flutuassem, sendo que o Sr. Maurício não viu mais qualquer movimento, nem mesmo o objeto desaparecer ou decolar, já que sentia uma terrível dor de cabeça.
Os seres tinham cerca de 1,40 metro, vestiam uma roupa inteiriça e sem bolsos ou costuras. A testemunha não viu os olhos dos seres e esses não conversaram durante o acontecido. Mais tarde, o Sr. Maurício foi ao local e viu um buraco no
solo com a profundidade de 3 a 5 cm de diâmetro, mas não encontrou marcas de passos no terreno. Ainda em 1953, no povoado de Pedras Negras, no rio Guaporé, ex-território do mesmo nome, dois agricultores foram caçar na Baia dos Patos e tiveram uma surpresa. Pedro Serrate e Francisco de Assis Teixeira, depois de certo tempo à espreita da caça, viram um UFO. Francisco observou-o primeiro, ao passar no céu.
O objeto pousou a cerca de 50 metros de onde estavam. Tinha perto de 4 metros de diâmetro e não fez qualquer barulho. Havia no objeto um casco parecido com uma bacia, sendo seu bojo de vidro e com tubos atrás dos quais saía água. Existia, também, um tipo de leme com cerca de 1 metro. O UFO era azul-escuro em toda sua estrutura e, dentro dele, Francisco viu seis pessoas sentadas, 3 de cada lado – 4 homens e 2 mulheres, todos com idade aparentemente inferior a 20 anos, estatura média, ruivos e corados. As mulheres tinham os cabelos quase nos ombros, com traços europeus.
TRIPULANTES DE UFOs – Todos os seres vestiam roupas grossas, com a mesma cor do UFO, e quando a testemunha já estava a menos de 3 metros do objeto, foi vista pelos tripulantes, que imediatamente fizeram o aparelho levantar vôo sem qualquer tipo de comunicação. Em sua decolagem, o UFO não fez qualquer barulho ou produziu escape de fumaça. Um caso realmente extraordinário. Em 1954, em meio à uma “onda ufológica”, o Brasil também foi palco de centenas de avistamentos – e o Estado do Rio Grande do Sul foi o escolhido pelos ufonautas para suas aterrissagens e contatos mais freqüentes. Em março, perto de Santa Maria, Rubem Hellwig viu uma nave extraterrestre e chegou a conversar com seus tripulantes, que tinham cerca de 1,60 metro de altura. O UFO tinha a estranha forma de um melão, com o tamanho igual ao de um fusca. Estava perto da estrada por onde Rubem passava em seu carro, às 17h00 da tarde, e pôde ver um dos seres dentro do objeto e outro recolhendo amostras da vegetação. Os seres falaram com Rubem numa língua estranha, mas ele entendeu que as criaturas queriam amoníaco! Assim, curiosamente, Rubem indicou o local onde poderiam encontrar o produto desejado. Por fim soltando chamas azuis e amarelas, e fazendo uma grande luminosidade, o aparelho desapareceu silenciosa e instantaneamente.
No dia seguinte, Rubem encontrou outro aparelho, semelhante ao primeiro, mas desta vez tripulantes diferentes: eram um homem alto e louro e duas mulheres morenas, de cabelos negros e olhos escuros e oblíqüos. Vestiam roupas de uma só peça de cor marron e disseram a Rubem que eram cientistas e ficaram surpresos por ele não ter fugido no dia anterior. O caso é um dos mais interessantes já registrados, e ocorreu em 1953! Ainda em outubro desse ano aconteceu um dos mais importantes casos ufológicos brasileiros, desta vez envolvendo a Força Aérea Brasileira. A grande significância do evento deve-se ao fato da FAB ter reconhecido, pela primeira vez, a existência dos UFOs. Eis as palavras textuais contidas no comunicado do comando da Base Aérea de Porto Alegre, sobre os avistamentos de UFOs na Base Aérea de Gravataí e em vários outros locais do Rio Grande do Sul:
“No dia 24 de outubro corrente, entre 13h00 e 16h00, foi observada a presença de corpos estranhos sobre a Base. Não foi possível calcular a altura dos mesmos nem a velocidade com que se deslocavam, embora seja razoável dizer que seu valor é muito acima do que qualquer outro que a Base tenha conhecimento. Seu formato era de modo geral circular e a sua cor prateada-fosca. Tendo em vista sua altura, seus movimentos intermitentes e volta aos locais de partida, não é possível confundí-los com corpos celestes conhecidos. No momento da observação não havia balões de sondagem meteorológicos sobre Porto Alegre. O fato foi comprovado por vários oficiais – aviadores, sargentos, praças e civís. A Base já comunicou o fato ao Estado-Maior da Aeronáutica e solicitou uma investigação a respeito. Solicita-se ao povo em geral que, caso seja observada ocorrência similar, seja trazida ao conhecimento deste Comando por escrito, com descrição detalhada e citando-se testemunhas, hora, local, tipo de observação (a olho nu ou por meio de instrumentos), nome por extenso do observador, residência e profissão. Seria de se desejar que a firma fosse reconhecida. Quando houver possibilidade, a presença da pessoa que fez a observação seria interessante”.
ETs AMISTOSOS – Já no dia 13 de outubro, de madrugada, o objeto foi visto em Pelotas pelo comandante do Corpo de Bombeiros, tenente Adil Quites, seus familiares e soldados que estavam de guarda em sua residência. Naquela mesma noite, os oficiais da FAB, tenentes-aviadores Alexandre Moreira Pena, Saliba e Dipp, relataram ter visto um corpo luminoso durante seus vôos de treinamento. Os objetos avistados tinham a aparência de um prato com uma cúpula redonda na parte superior, que terminava numa espécie de bola. Já a parte inferior apresentava uma saliência curva – havendo três esferas que giravam. No dia 25, outro UFO foi visto, desta vez sobre a cidade de Osório, e nos dias seguintes choveram notícias de avistamentos por todo o Estado – porém a maior parte deles era falsa ou motivada por sugestões. No dia 12 de novembro, surgiu sobre Porto Alegre uma esfera cinzenta. Era um globo-sonda soltado pela FAB. Fora o caso da Base do Gravataí, devidamente reconhecido pelas autoridades, aconteceu no dia 30 de outubro mais um encontro entre terrestres e UFOs.
Entre as localidades de Guaíba e Tapes, o Sr. Flávio Rabelo, esposa e filhos presenciaram um enorme UFO passar por cima de seu veículo e experimentaram momentos de pânico. Em 4 de novembro, em Rio Pardo, o agricultor José Alves Pontual estava pescando quando, repentinamente, surgiu um estranho aparelho com cerca de 3 a 4 metros de diâmetro. Dele saíram 3 homenzinhos de pele escura e vestidos de branco, com elmos bem justos. Recolhiam amostras de ervas do matagal e folhas de árvores. Um deles encheu um tubo metálico com água do rio e depois ambos retornaram ao aparelho, que deslocou-se verticalmente de maneira silenciosa e rápida.
Já no dia 21 de novembro, ainda no mesmo e ativo ano, um avião comercial voando em direção ao Rio de Janeiro, quase chegando aos seu destino, encontrou-se com nada menos do que 19 objetos brilhantes e lenticulares. Os UFOs passaram a cerca de 100 metros do avião e foi grande o pânico entre os passageiros. Mais alguns dias depois, na noite de 9 de dezembro de 1954, Olmiro da Costa, um modesto agricultor analfabeto que morava perto de Venâncio Flores, no Rio Grande do Sul, estava no campo cuidando de suas plantações de feijão e milho quando ouviu um ruído igual à uma máquina de costurar. Olmiro olhou em direção ao campo e notou que os animais ali perto se assustaram. Depois disso, viu um objeto de cor creme quase tocando o chão e emitindo, à sua volta, uma fumaça ou neblina. Do UFO saíram 2 homenzinhos, ficando um ainda dentro do objeto. Eram de estatura média, ombros largos, louros, de pele pálida e olhos oblíqüos; estavam todos vestidos de macacão marrom claro, colado a sapatos que não tinha
m cordões.
O comando da Base Aérea de Gravataí, no Rio Grande do Sul, solicitou ao povo gaúcho que informasse as ocorrências ufológicas. Pedia que encaminhassem os relatos por escrito, com descrição dos detalhes da ocorrência e citando-se testemunhas da observação, endereço e profissão. Queria ainda que os relatos tivessem firma reconhecida e que as testemunhas fossem pessoalmente à Base para uma entrevista. Se isso não é pesquisa ufológica oficial, o que será então?
UFOs DERRETIDOS – Um dos seres veio para perto de Olmiro, que com muito medo deixou cair a enxada. Então o desconhecido, sorrindo, aproximou-se dele, recolheu o instrumento e o devolveu ao agricultor. Depois disso, arrancou algumas plantas e regressou ao aparelho – que se elevou lentamente no ar, até uns 10 metros de altura, e partiu para oeste. No dia 13 de dezembro, ainda em 1953, foram vistos vários UFOs sobre Campinas. Um desses aparelhos desceu perto da casa de uma senhora e roçou o teto da moradia, emitindo uma luz bem clara que iluminou a casa como se fosse dia. O UFO deixou cair uma substância líquida que “parecia uma chuva prateada que manchava o chão. Era como metal derretido”, declarou a mulher. Espantada, a senhora foi ao local onde caíra a substância e viu uma mancha brilhante de uns 10 cm de diâmetro; tentou tocá-la mas notou que estava muito quente. Assim, foi chamar seu vizinho, o professor Benedito Gonçalves do Nascimento, que recolheu o material e foi às estações de rádio e o jornal local. O diário Correio Popular mandou tal substância, já solidificada, ao Laboratório Young, de Campinas, para análises químicas. Conforme o Dr. Vivaldo Maffei, chefe do Laboratório, “a amostra analisada era uma combinação de estanho quimicamente puro (88,91%) e oxigênio (11,09%), na forma de óxido. Não foi encontrado nenhum outro elemento ou impurezas na amostra”. Posteriormente, a FAB mandou recolher esse material, mas nunca deu explicações sobre os exames procedidos no mesmo…
Dando um salto de alguns anos, vamos analisar um dos mais importantes eventos ufológicos de 1956, que aconteceu em Santos e tornou-se um clássico. Seu protagonista foi o advogado Dr. João de Freitas Guimarães, pessoa bastante conceituada nessa cidade. No dia 16 de junho, o Dr. Guimarães estava na praia de Caraguatatuba quando, pelas 19h00, viu um objeto luminoso em forma de guarda-chuva vindo do mar e aterrissar bem perto dele. O UFO abriu-se e por uma escada desceram dois seres altos, louros, de aspecto juvenil e vestindo trajes verdes numa peça inteiriça e colada ao pescoço, punhos e tornozelos. O Dr. Guimarães interpelou amigavelmente os seres inicialmente em português, sem obter resposta. Continuou, então, perguntando de onde vinham em diversas línguas que falava, mas ainda assim não recebeu qualquer resposta. Depois, houve um contato telepático inesperado, com os seres respondendo mentalmente às suas perguntas. Nisso o Dr. Guimarães foi convidado a entrar na nave e, uma vez lá dentro, sentou-se num assento circular junto a outros seres. Em seguida, o objeto decolou e o Dr. Guimarães foi levado a dar uma volta por cerca de 30 minutos. Quando retornou à Terra e saiu do aparelho, os seres foram taxativos em dizer-lhe que estavam “advertindo a Humanidade sobre os perigos que a aguarda”. Os ufonautas marcaram novo encontro com o Dr. Guimarães, mas ele não compareceu ao mesmo devido a pressão que lhe fez a FAB.
SEXO A BORDO DE UFOs – Outro caso clássico com prova física foi o verificado em Ubatuba, São Paulo, pouco tempo depois. Vários amigos estavam numa pescaria quando viram um disco voador vir em sua direção, dando a impressão que ía atingí-los. De repente, o objeto deu uma grande virada, subiu em alta velocidade e explodiu, transformando-se em milhares de fragmentos brilhantes que caíram no mar. Alguns desses pedaços foram recolhidos: eram leves com papel e, depois de analisados, comprovou-se que eram constituídos de magnésio de pureza absoluta, com densidade de 1,866, enquanto a densidade de nosso magnésio terrestre é de 1,741.
O caso é ponto de referência para ufólogos de todo o mundo. Já 1957 foi o verdadeiro ano de ouro da Ufologia Brasileira, com o famoso Caso Villas-Boas, o clássico dos clássicos. A visão de um UFO, o seqüestro por humanóides e a experiência sexual passados por Antonio Villas-Boas dentro de nave o colocaram em destaque perante o Brasil e a comunidade ufológica mundial. Tudo começou no dia 15 de outubro daquele ano, quando Antonio e seu irmão João repousavam num cômodo de sua casa, após uma festa num povoado vizinho. Devido ao calor, Antonio abriu os postígos da janela de seu quarto, quando viu, no pátio à sua frente, o reflexo de uma luz branquíssima vinda do céu.
Mostrou o fenômeno ao irmão, mas esse não deu importância ao fato e foi dormir. Porém, acordou-o novamente e o fez ver a forte luz atravessar os postígos, movendo-se entre as telhas e depois desaparecendo. No dia seguinte, entre 21h00 e 22h00, Antonio trabalhava no arado no campo, perto das margens de um rio, quando notou e mostrou ao seu irmão a luz no céu, mudando de posição. De repente, a luz aproximou-se dos irmãos, que ficaram com medo, pararam o trabalho e foram para casa. Na noite seguinte, perto de meia-noite, Antonio trabalhava só em seu trator, quando uma luz semelhante à uma estrela desceu em grande velocidade e parou a 100 metros de altura. Muito assustado, Antonio tentou soltar o arado do trator, mas não conseguiu. Repentinamente, a luz aterrissou a uns 25 metros do trator e, de dentro dela, saíram correndo duas pessoas em direção a Antonio. Eles o dominaram por trás, sendo que Antonio, lutando desesperadamente quase conseguiu libertar-se. Porém, surgiram mais 4 homenzinhos que o fizeram desistir de debater-se, quando foi conduzido ao aparelho, subindo por uma pequena escada e adentrando numa sala circular com aproximadamente 2 metros, onde, sobre uma mesa, havia um instrumento que serviu para tirar sangue de seu queixo. O que aconteceria a seguir seria inédito na Ufologia mundial até aquela época, fazendo com que o pioneiro inglês Gordon Creighton denominasse esse caso como the most amazing case of all, ou o mais assombroso de todos os casos…
Despiram Antonio e o conduziram a outro quarto, quando foi colocado
sobre uma mesa. Passaram sobre seu corpo inteiro uma espécie de líquido com um forte odor nauseabundo, o que provocou mal estar em Antonio. Depois, para sua surpresa, apareceu uma mulher nua, com cerca de 1,40 metro, loura, com orelhas pequenas, olhos oblíqüos e uns 40 kg. Com sinais inequívocos do que queria, Antonio foi forçado a manter relações sexuais com ela. Durante o ato, a mulher emitia uma espécie de grunhido, sem falar qualquer coisa. Quando terminou o intercurso, a estranha mulher fez um gesto muito significativo: pôs a mão no ventre e apontou para o alto.
Um UFO sobrevoou a Fortaleza de Itaipú, no litoral paulista, parou no ar e começou a descer lentamente com uma forte luz alaranjada. Parou a 40 metros de altura e os soldados de guarda, atônitos viram que era enorme e redondo, com forma de disco. Em seguida, emitiu um forte zumbido e uma sensação de calor intenso, que queimou as roupas e pele dos soldados
UFOs EM BASES MILITARES – Após isto, Antonio recebeu suas roupas de volta e foi conduzido ao exterior da nave e depois para o mesmo lugar onde fora seqüestrado. Durante muito tempo ficou com marca no queixo, proveniente da transfusão sofrida e prova de sua fantástica experiência. Depois da divulgação desse caso, muitas pessoas tentaram fraudar os meios ufológicos com relatos semelhantes, porém sem sucesso.
Em novembro desse mesmo ano acontecia outro importante caso para a casuística ufológica brasileira – e dessa vez numa corporação militar, a Fortaleza de Itaipu, em São Vicente, São Paulo. Nessa ocasião, dois soldados faziam guarda ao quartel quando viram, por volta de 02h00 da madrugada, uma estrela movendo-se sobre o mar, próxima do horizonte. Repentinamente, notaram que a estrela era um objeto e que estava se aproximando. Chegaram a pensar que fosse um avião, mas acharam isso impossível devido à alta velocidade desenvolvida pelo objeto. Em pouco tempo, o UFO sobrevoou a Fortaleza e parou no ar, quando começou a descer lentamente, com uma forte luz alaranjada que iluminou tudo ao redor. Parou a 40 metros de altura, aproximadamente, e imobilizou-se. Os atônitos soldados viram que o UFO tinha o tamanho de um avião Douglas, mas era redondo, com forma de disco. Quando o objeto baixou mais um pouco, os sentinelas ouviram um forte zumbido e sentiram uma sensação de calor intenso, como se suas roupas estivessem se queimando. Apavorados, gritaram de dor e de medo.
Com o grande barulho feito pelos guardas, todo o quartel acordou, supondo que algo grave estivesse acontecendo. Nessa imensa confusão, todas as luzes apagaram-se sem motivo aparente e os relógios automáticos, ajustados para dispararem às 05h00, começaram a tocar às 02h08. Na escuridão reinante, alguns soldados e oficiais viram uma luz alaranjada subindo verticalmente, para, em poucos segundos, desaparecer no céu a toda velocidade. Serenados os vexames e os momentos aflitivos, os sentinelas foram examinados pelo médico do quartel, que constatou que ambos tinham graves queimaduras – um deles sofrera uma síncope. No dia seguinte, o comandante do Forte ordenou a todos que guardassem segredo sobre o fato e mandou um relatório secreto ao Estado Maior do Exército. Posteriormente, compareceu à Fortaleza de Itaipu uma missão norte-americana que entrevistou as testemunhas. Depois disso, as sentinelas foram enviadas, por um avião da FAB, ao Hospital Central do Exército, onde submeteram-se a vários exames e ficaram dois meses internados.
O Governo brasileiro, através do então presidente Juscelino Kubitschek, reconheceu oficialmente que o incidente foi causado por um UFO. Kubitschek e seus assessores chegaram à essa conclusão ao comparar o fato com a autenticidade das fotos de UFO tiradas pelo fotógrafo Almiro Baraúna a bordo do navio oceanográfico Almirante Saldanha, quando em missão na ilha de Trindade. Este espetacular acontecimento deu-se no dia 16 de janeiro de 1958 e foi presenciado por todos os tripulantes do navio, que confirmaram a visão do enorme disco que fazia manobras sobre a ilha. As fotos de Baraúna simplesmente rodaram o mundo todo e hoje são evidências inegáveis das capacidades fantásticas de manobras que os UFOs têm em nosso espaço aéreo. O Brasil ainda registrou outra onda ufológica, desta vez em 1960, e o Nordeste brasileiro foi o alvo preferido dos UFOs. Não é para menos que Fortaleza, capital do Ceará, é o vértice do Corredor Bavic. Quase todas as cidades interioranas e diversas do litoral do Ceará e de outros Estados da região foram visitadas por misteriosas naves aéreas e seus tripulantes durante essa onda.
Na cidade de Paracuru, na zona marítima do Estado do Ceará, no dia 14 de maio desse ano, pelas 04h00, o pescador Raimundo Sulino saiu cedo para pescar, como fazia usualmente, quando teve uma surpresa. Sulino se aproximava da praia de Campimaçu, num local chamado Morro do Cascudo, quando viu 2 discos voadores pousados no pé do morro.
ALIENS NA PRAIA – Junto aos objetos, que eram brancos, haviam 3 seres de pele bem alva e baixa estatura que, ao vê-lo se aproximar, acenaram para Sulino, convidando-o para ir ao seu encontro. Espantado, Sulino parou indeciso e depois voltou correndo para chamar seus amigos que íam também à pescaria. Quando retornou com os outros pescadores, não viu mais os UFOs ou seus ocupantes, mas notaram profundas marcas na areia onde os objetos estiveram. Iguapé, em Santos, São Paulo, também foi palco de um estranho fato presenciado por uma menina de 8 anos. No dia 31 de outubro de 1963, Rute de Sousa ouviu um grande ruído crescente e, quando saiu para ver a procedência de tal barulho, viu um objeto prateado que descia em direção ao rio Peropave. De repente, o UFO chocou-se com as folhas de uma palmeira e começou a oscilar e debater-se sobre o rio. Depois disso, caiu nas águas do Peropave, na margem oposta, onde estava a casa de Rute.
A menina correu para casa e foi contar o sucedido a sua mãe, que também tinha ouvido o barulho, assim como seu irmão, Raul de Sousa. Indo ao local, todos viram as águas do rio ferverem e borbulharem. Outras testemunhas da ocorrência, no outro lado do rio, também se assustaram com o fato. Entre elas, o japonês Tetsuo Ioshigawa calculou o tamanho do UFO em 7,5 metros de diâmetro por aproximadamente 6 metros de altura. Depois do fato – e durante várias semanas – foram feitas explorações no fundo do rio com mergulhadores e escafandristas, mas nada foi encontrado. Há vários casos como esse em todo o Brasil, alguns bem registrados, outros ainda carecendo de uma pesquisa apropriada. Mas, continuando nossa narrativa, vamos dar um salto na cas
uística ufológica e abordarmos o ano de 1978. Na noite de 4 de março desse ano, o gaúcho José Inácio Álvaro passou por uma experiência semelhante a de Antonio Villas-Boas. Naquele dia, Inácio e um amigo, Orlando Costa Silva, foram chamados por uma professora sua vizinha para que essa lhes mostrasse, no céu, um estranho objeto de formato circular e luz acinzentada.
Depois de pouco tempo de observação o objeto desapareceu e os jovens foram para a casa de seu pai, num bairro próximo. Quando deixavam o local, caminharam um pouco e despediram-se na parada de ônibus. Inácio, com muito sono, viu que não conseguiria seguir até sua própria casa para dormir e retornou à casa de seu pai, que estava ausente. Lá, abriu as portas e ascendeu as luzes, quando, repentinamente, viu no céu, no lado sul, o mesmo objeto que havia observado antes. Desta vez, o UFO emitiu um feixe luminoso igual “a um raio fino de luz azulada, que me atingiu em cheio”, segundo a vítima. Inácio ficou atordoado e viu passar em sua mente, tal qual um filme, cenas de guerra e até de brigas de família. Quando acordou, estava no meio de um campo, sobre um capinzal e a um quilômetro da casa de seu pai. Levantou-se e começou a caminhar em direção à ela, mas ao chegar na casa, notou que tinham se passado mais 4 horas desde que a luz lhe atingiu.
O UFO emitiu um raio de luz azulada que atingiu a vítima e a deixou atordoada. Viu passar em sua mente cenas de guerra e brigas de família. Acordou no meio de um capinzal, levantou-se e começou a caminhar, quando notou que tinham se passado mais de 4 horas. Não conseguiu mais dormir naquela noite e não se lembrava do que tinha acontecido. Submetido à hipnose regressiva, narrou ter sido raptado por extraterrestres e colocado dentro de um objeto luminoso, onde teve relações sexuais com uma mulher igual às terráqueas
CASOS FATAIS – Tentou mas não conseguiu mais dormir naquela noite, pois estava cansado e insone. Não lembrava o que tinha acontecido e, mais tarde, submetido à hipnose regressiva, contou que fora raptado por extraterrestres e colocado dentro de um objeto luminoso, onde teve relações sexuais com uma mulher igual às terráqueas, numa espécie de rede! Depois, ainda segundo a hipnose regressiva, Inácio desceu lentamente ao solo. O caso foi bem divulgado, mas não tanto quanto o de Villas-Boas. Mesmo assim, é um dos mais expressivos da Ufologia Brasileira, investigado pelo falecido ufólogo Luiz do Rosário Real.
Dentre os clássicos da casuística nacional, dois casos assumem feições escabrosas e fatais. O primeiro aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1946 – um ano antes do avistamento de Kenneth Arnold. Naquele noite, em Araçariguana, no interior de São Paulo, o céu encheu-se de misteriosas bolsas de fogo que não foram identifica-das pelas autoridades locais. Depois de certo tempo, as bolas desapareceram e muitas coisas começaram a acontecer. João Prestes, 32 anos, funcionário da prefeitura, tinha acompanhado o fenômeno com vivo interesse. Com a situação já normalizada, Prestes resolveu ir pescar com um amigo mas, quando retornava, já perto de sua casa, ambos viram no céu um grande ponto luminoso, de onde saiu um raio que atingiu o braço de João. Completamente tonto, correu aos gritos para a casa de uma irmã, perto dali. Quando seus familiares abriram a porta, encontraram João caído, com o rosto e braços arroxeados. Seu corpo estava cheio de bolhas que estouravam formando grandes feridas. João não demonstrava sentir dores e seguia pronunciando apenas sussurros guturais, mesmo com essas terríveis transformações pelas quais passava seu corpo, agora já com a aparência de uma massa disforme.
Depois disso, continuando sua decomposição física, o João teve seu nariz expelido. Seus lábios arquearam e os dentes apareceram. E num final trágico, seus globos oculares saíram do lugar, gerando uma visão apavorante. Seu corpo espedaçado foi levado a um hospital, mas João faleceu antes de chegar lá. Posteriormente, as autoridades paulistas mandaram exumar os restos mortais da vítima, visando realizar novos exames. Porém, os resultados deles nunca foram divulgados. Compreensivelmente… Já o segundo relato desse gênero, que reservamos para esta matéria, teve como palco a Fazenda de Santa Maria, no interior de Goiás. Seu proprietário morava em Goiânia e sempre ía visitá-la de avião.
Numa dessas visitas, depois de aterrissar na pista do pequeno campo de pouso, procurou seu capataz, o jovem e forte Inácio. Mas foi encontrá-lo acamado e contando uma fantástica história de ter tido que matar “um homem estranho”, segundo suas últimas palavras. Segundo Inácio, era dia 13 de agosto de 1946, por volta das 16h00, quando ele e sua mulher retornavam de uma povoação vizinha onde foram fazer compras. Quando chegaram perto da Fazenda, viram um aparelho estranho pousado na pista de aterrissagem, perto da casa.
O objeto tinha forma de uma bacia invertida e junto dela estavam 3 seres, totalmente calvos, vestidos de uma malha justa e esbranquiçada – mas Inácio pensou que estivessem nus e quisessem afrontar sua esposa. Os seres brincavam e saltitavam, sem pronunciar qualquer palavra ou grito. Quando os estranhos viram Inácio e sua esposa, um deles mostrou aos outros o casal e todos começaram a correr em sua direção. Nisso, Inácio sentiu medo, pensando que ía ser atacado, e atirou com sua espingarda em direção ao mais próximo. O ET caiu duro no chão, com um tiro certeiro disparado pelo exímio atirador, cujas qualidades de caçador eram bem conhecidas na região. Nesse exato momento, saiu um raio de luz verde de dentro do aparelho e atingiu Inácio no peito, derrubando-o.
UFOs CAUSAM DORES FÍSICAS – A mulher de Inácio, Da. Maria, pegou sua espingarda para reagir, mas notou que os seres tinham entrado no aparelho – que decolou verticalmente, em grande velocidade, fazendo um zumbido igual o de abelhas. Desde desse episódio, Inácio começou a sentir náuseas, formigamentos e adormecimento em todo o corpo, e suas mãos estavam sempre tremendo. Além dessas dores físicas, ficou muito nervoso por ter matado uma pessoa que não conhecia – pelo menos era essa sua impressão. Como Inácio não apresentasse melhora em seu quadro clínico, seu patrão resolveu levá-lo à Goiânia para consultar um médico, mas antes pediu para que não revelasse a história ao mesmo. Em Goiânia, o médico constatou a existência de uma queimadura circular de 15 cm de diâmetro entre o peito e o ombro esquerdo de Inácio e receitou-lhe uma pomada. Com referência aos outros sintomas, o médico disse que eram de origem vegetal, talvez pela ingestão de ervas. Aí, vendo que o médico não acertava em seu diagnóstico, Inácio resolveu contar a verdadeira história. Incrédulo, o médico inquiriu Inácio para saber se tinha lido alguma história sobre discos voadores. Mas, para sua surpresa, Inácio era
analfabeto e jamais tomara conhecimento de “tais conversas”, como ele mesmo enfatizou. Como Inácio continuava a piorar, foi levado à uma clínica maior, para fazer um exame completo. Quatro dias depois, Inácio saía da clínica com um triste diagnóstico: portava leucemia e só viveria no máximo 60 dias. O médico recomendou ao patrão de Inácio não comentar a história com mais ninguém, para não semear pânico.
Nos dias seguintes, já em casa, Inácio tinha dores contínuas e manchas esbranquiçadas apareciam em sua pele a cada dia. Emagrecia bastante e, já moribundo, pediu a sua mulher para que, depois de sua morte, queimasse a cama, o colchão e todas as suas coisas. Inácio morreu no dia 11 de outubro. Sua mulher cumpriu seu pedido. Um caso triste, é claro, mas comparável a vários outros já registrados na casuística nacional.
Este artigo terá sua continuidade na próxima edição de UFO, n° 30.