
É um grande equívoco pensar que nos países da “Cortina de Ferro” não exista preocupação em relação aos UFOs. Não apenas tem se discutido abertamente o assunto nos últimos anos, nos países do bloco comunista, como os próprios governos da região vem tomando iniciativas a esse respeito, demonstrando notável interesse pela pesquisa ufológica. Um exemplo bastante ilustrativo desse interesse dá-se com o regime de Moscou que. durante o período que coincidiu com a Guerra Fria, considerava o Fenômeno UFO como um tabu, visando com isso não somente desacreditar as constantes observações de UFOs em seu território – que julga mera propaganda do regime capitalista -, mas também (e na realidade) fazer crer à população que as notícias envolvendo as tão famosas “naves extraterrestres” não são nada mais do que uma invenção ocidental e, obviamente, dos americanos.
UFOs no Politburo – Na década de 80, a atitude soviética em relação ao assunto UFO mudou radicalmente, demonstrando publicamente (e abertamente, ao resto do mundo) que algo de extraordinário teria provocado uma mudança significativa nas mentes tradicionalmente fechadas do Politburo. Diríamos que tal mudança foi até mesmo surpreendente -além de inesperada – e permanece um enigma para o Ocidente, ao ponto das autoridades soviéticas empreenderem um passo de muita importância no estudo e desenvolvimento das pesquisas sobre o assunto: a criação – dentro da poderosa Academia de Ciências da URSS – de uma comissão oficial inédita para investigação minuciosa daquilo que o russos chamam de “fenômenos atmosféricos anormais” – o que não seria nada mais, nada menos, do que um novo rótulo para o termo UFO, uma palavra riscada dc seu vocabulário por evocar propaganda capitalista… li, aliás, dentro das repúblicas soviéticas, os UFOs são conhecidos como “njeobjasnimi Ijetutsschij objekt” ou “NLO”
A comissão oficial, de nível elevadíssimo, foi composta por pessoas do primeiro escalão do governo soviético; para presidí-la, por exemplo, foi nomeado o cientista Valeri Troitzkij e, para auxiliá-lo, ninguém menos do que o famoso cosmonauta e general Pavel Poppovich, 2 vezes herói da União Soviética. Ainda entre seus membros estavam os acadêmicos Zheltikin e Pisarienko, além de outros “top experts” da URSS. Sua finalidade básica, conforme o artigo no diário soviético ” Izvestija”, em 6 de agosto dc 1984,”…seria o estudo dos fenômenos e efeitos naturais insólitos que ainda não haviam recebido uma explicação científica. E, como não poderia deixar de ser, incluiria um estudo dos objetos voadores não identificados”. O próprio presidente da comissão, o acadêmico Troitzkij, declarou a seu respeito ainda no Izvestija de 29 de julho do mesmo ano: “Os fenômenos aéreos de natureza misteriosa têm se revelado intrigantes como, por exemplo, um caso que teve muita repercussão, ocorrido em 2 de dezembro do ano anterior, em Kiev”.
O acadêmico chegou a narrar ao diário moscovita alguns detalhes da observação ufológica do Kiev: “Naquela ocasião, surgiram no céu da cidade ucraniana, numerosas esferas que, manobrando no céu, deixavam atrás de si rastros luminosos. Uma explicação bastante insólita do fenômeno foi imediatamente encontrada pelos especialistas de plantão: tratava-se da desintegração de um satélite artificial e a sucessiva combustão de seus fragmentos na queda dentro da atmosfera terrestre. Mas tal explicação para o fenômeno”, continuou Troitzkij, “não foi satisfatoriamente esclarecida até hoje, tanto mais que, naquela noite, foram observadas várias outras esferas em diversas regiões da URSS, como na Rússia Central e Bielo-Rússia”, terminou o cientista.
Luzes Insólitas – UFOs e fenômenos semelhantes, embora não tão explícitos, têm sido observados durante décadas nas mais variadas regiões e nações da Cortina, o que levou o governo a se preocupar com o assunto. Não são raras as observações noturnas, mas as diurnas também são numerosas. No mesmo ano das observações ufológicas de Kiev, por exemplo, foram vistos UFOs em diversos pontos da URSS. Alguns até já foram liberados pelo governo. como os seguintes episódios:
• Em Ivanovo, um casal observou duas “estrelas” que pulsavam com luzes vermelhas e verdes imóveis no céu. Depois, se ergueram na vertical, trocando de lugar entre si. Conforme afirmou uma das testemunhas, “a luz vermelha pareceu seguir meu carro por um algum tempo”.
• Nas cidades de Gorkij e Vladimir, duas testemunhas observaram ao mesmo tempo várias esferas nitidamente visíveis deslizarem pelo céu estrelado e sem nuvens.
• Ainda em Vladimir, outra testemunha viu no céu uma série de objetos triangulares que, após efetuarem esplêndidas evoluções, uniram-se até formarem uma espécie de prato com duas luzes brilhavam ao seu redor.
O “Trud”, jornal sindicalista de Moscou que durante vários anos foi o responsável por levar ao conhecimento público notícias sobre avistamentos de UFOs, encarregou-se de transmitir os comentários da recém-formada comissão de pesquisa a todas as nações soviéticas. Numa de suas edições dc 1984, o Trud trouxe uma entrevista com o cosmonauta Pavel Poppovich, que despertou enorme curiosidade pública ao declarar ao entrevistador, o jornalista Valerij Vostruchin, que “…tenho à minha disposição dados concretos sobre os UFOs, os quais tem sido observados e estudados em nosso país. Mas, porém, ainda não é possível explicar tal fenômeno com nossos atuais conhecimentos científicos. Por isso, continuamos a catalogá-los como fenômenos não identificados”. Como exemplo, o general relatou um fato que classificou, em suas próprias palavras, de “real e digno de credibilidade e que foi exaustivamente estudado na seção de Gorkij de nossa comissão”.
UFOs no Radar – O fato citado por Poppovich ocorreu na cidade de Gorkij, às 18:00 h de 27 de março de 1983, quando a estação de radar do aeroporto local registrou um objeto que não conseguiu identificar. O objeto sobrevoava o local mas não atendia aos insistentes pedidos de identificação, feitos pelos militares da torre; seu único sinal visível era constante na tela do radar. O objeto estava a cerca de 70 km a sudeste de Gorkij e vindo na direção do aeroporto, quando virou ligeiramente para leste, passando bem sobre o aeródromo, mantendo uma distância estimada entre 7 e 10 km. O objeto se aproximou tanto da terra que sua altura não era superior a 1.000 metros, enquanto sua velocidade variava entre 180 a 200 km/hora. O controlador do radar Antonov Shushkin pôde observá-lo a olho nu e descreveu suas dimensões como comparáveis às dc um avião supersônico de fabricação soviética \’Iljushi-18\’. Acrescentou, ainda, que a dife
rença entre ambos era que o objeto não identificado não possuía nenhum tipo de asas ou lemes: “Era um \’charuto\’ acinzentado e claro com reflexos metálicos e avançando preguiçosamente no céu”, afirmou o camarada Antonov. O avistamento todo durou cerca de 40 minutos, após o que, a uma distância estimada entre 30 e 40 km a nordeste do aeroporto, o radar o perdeu de seu alcance.
O avistamento de Gorkij, citado por Poppovick, é sem sombra de dúvida muito interessante, por vez que foi acompanhado por radar. Isso estimulou o cosmonauta a conceder uma nova entrevista – desta vez ao Izvestija de 6 de agosto de 1984 – e a narrar outra ocorrência devidamente comprovada de avistamento de UFO. Esta teria acontecido com uma equipe de vôo a bordo de um avião militar \’Yak-40\’. Nesta ocasião, os pilotos observaram um objeto arredondado e muito brilhante em trajetória de aproximação com o aparelho, que, rapidamente, se posicionou em rota de colisão eminente. A cada novo instante, as dimensões do objeto aumentavam, fazendo com que a colisão fosse realmente inevitável mas, repentinamente, objeto fazia nova manobra e uma inversão para o alto. Isso se dava praticamente na frente do nariz do avião, sem causar-lhe dano algum, exceto enorme susto em seus tripulantes. Esse fato aconteceu em janeiro de 1978.
Ao acabar de descrever o caso no Izvestija, questionado se já havia tido oportunidade de observar algo de extraordinário em seus vôos pelo cosmos, Poppovich respondeu ineditamente: “No cosmos nunca encontrei UFOs, mas, por incrível que pareça, eu os vi aqui na Terra, durante um vôo em Cuba, quando fomos alcançados e ultrapassados por um objeto de forma triangular. Do que se tratava, por mais que me questionasse, não consegui descobrir”
Bombeiros perseguem UFO – Fizemos uma pesquisa sobre ocorrências ufológicas publicadas através da imprensa russa e observamos que o Trud insiste em publicar tais fatos sobre o território soviético. Em seu editorial de 5 de janeiro de 1985, por exemplo, o jornal cita um fato ocorrido na República Soviética da Estônia, no ano anterior, e que chama atenção por seus detalhes bizarros. Conta o Trud que, em 2 de março de 84, registrou-se um grande “incêndio-fantasma” numa feitoria da cidade, que ninguém sabia o que era ou o que o tinha ocasionado. Mas, ao serem chamados para extinguir o fogo, os bombeiros locais constataram que, na realidade, o fogo não passava de um incomum efeito luminoso causado por uma imensa e misteriosa esfera voadora.
Outras esferas similares já foram vistas anteriormente – e por várias vezes – cruzando os céus da URSS. Na cidade de Tartu, um vilarejo estoniano, por exemplo, um camponês telefonou para o comando do Corpo de Bombeiros dizendo, agitado, que um incêndio estava devastando os “Khutor”, sítios comunitários da região. Imediatamente, os carros dos bombeiros entraram em ação, dirigindo-se para a zona do incêndio.
Estranhamente, os bombeiros não viram fogo algum mas, em vão, passaram a procurar a origem de todo aquele brilho avermelhado que ainda era visível à uma distância de 60 km. A monumental chama piscava intensamente, extinguindo-se e voltando a brilhar em seguida, contrastando com a noite. Parecia, à primeira vista, que o incêndio estava localizado nos arredores da fazenda de uma camponesa, Lissi Lipstal, e as testemunhas tiveram a impressão de que as imensas “línguas” de fogo se erguiam do teto e da janela da casa da fazenda, fazendo com que todos se dirigirem ao local para salvar a senhora.
Para surpresa dos presentes, a feitoria estava simplesmente intacta, bem como a garagem de tijolos vermelhos que ficava ao lado: não havia qualquer sinais de fogo ou fumaça. Absolutamente nada! A Sra. Lissi nem sequer havia percebido algo de anormal, enquanto, à uma certa distância, sua casa parecia arder cm chamas. Quando constataram que nada havia de errado no local, os bombeiros observaram que, agora, parecia que era a casa vizinha que estava envolta em chamas. Mas, quando se dirigiram para lá, ficaram ainda mais confusos, porque atrás da casa ergueu-se, lentamente, uma esfera. Apresentava os lados ligeiramente achatados, de cor vermelho-alaranjado. Sobre sua superfície e lateral se avistava algo como fagulhas e línguas, parecidas com fogo.
Perplexidade – Como a estranha esfera se moveu muito devagar, o motorista de um dos carros de bombeiro se lançou em sua perseguição. Mas não teve êxito, pois o objeto misterioso se livrou facilmente do encalço subindo ao nível dos arvoredos, à direita da estrada. Sua dimensão aparente era de dois terços da do disco lunar. E, em um dado instante, após avançar cerca de 7 km à frente, a esfera se deteve no ar, agora sobre um pântano da região e escondida atrás das árvores locais. Curiosamente, “a esfera comportou-se como que se deixasse admirar por uns instantes”, relatou o chefe dos bombeiros, abaixando-se lentamente atrás das árvores e deixando apenas um suave brilho que rapidamente se apagou. Finalmente, os bombeiros voltaram incrédulos para a base, sem poder contar o fenômeno da esfera para ninguém.
Como em sucessivos artigos e editoriais nos mais diversos diários soviéticos, os acadêmicos da comissão ufológica governamental eram convidados a dar sua opinião sobre os fatos marcantes e insólitos que eram registrados no país e, às vezes, até em outras partes do mundo. Foi assim que o cientista Troitzkij afirmou, a respeito do caso do falso incêndio, no Trud: “O caso foi longamente estudado pela seção estoniana de nossa comissão e, apoiados por uma série de testemunhas sérias e que não nos permitiram ter qualquer dúvida, consideramos o fenômeno, tomado erroneamente por um incêndio, como um caso tipicamente de UFO”. Mais tarde, informação liberada oficialmente confirmou que é muito freqüente a observação de objetos não identificados desse mesmo tipo nas regiões rurais do país. Infelizmente, porém, a esfera de fogo não se deixou apanhar e nem foi possível aproximar-se o suficiente dela para que se pudesse observá-la mais detidamente.
O Fantástico Vôo 8532 – A interessante e detalhada série de artigos do Trud continuou em 30 de janeiro de 1985, com o que f oi estranhamente definido como “um avistamento pluricontrolado” pelos acadêmicos de Moscou. Durante este avistamento, um UFO de enormes proporções foi registrado pelas tripulações de 2 diferentes vôos comercias soviéticos e ainda interceptado por nada menos do que 4 distintas estações de radar, em terra. As particularidades desta ocorrência são incríveis e merecem citação completa, que apresentamos a seguir.
• O Vôo – Detalhes da rota e tripulação: “Vôo comercial civil e doméstico que atendia as cidades de Tbilisi e Rostov, passando por Tallin, realizado no jato da Aeroflot TU -134/A e conduzido pela equipe civil composta pelos tripulantes Buguruslansl Ghennadij, Jegor Michajlovich e Ivanovich Lazurin. O comandante do jato – considerado um dos mais modernos da URSS Lazurin, é um piloto experiente com mais de 5 mil horas de vôo (à &eacu
te;poca). Cursou o Instituto de Aviação Sasovsk e a Academia de Aviação Lenin. Jegor Michajlovich, engenheiro de bordo, já tinha acumulado mais de 4 mil horas de vôo até aquele incidente, tendo sido formado também pela Academia de Aviação Lenin. E Buguruslansl Ghennadij, mecânico de primeira classe, tinha mais de 12 mil horas de vôo.”
• O acontecimento: “Eram exatamente 4:10 h da madrugada e faltavam cerca de 120 km para o sobrevôo de Minsk, quando o avião pareceu estar suspenso no espaço. Não se ouviu qualquer ruído, comunicação ou mesmo murmúrio entre os pilotos e o resto da tripulação. O avião pareceu estar comportando-se estranhamente, como que sozinho no ar transparente e projetado no quadro negro do céu noturno, pontilhado de estrelas. Nisso, olhando para o céu através de sua janela, o co-piloto Jegor notou à sua direita, no alto, uma grande estrela que não reluzia. “Era como uma mancha luminosa do tamanho de uma moeda e alongada nas bordas”, declarou acrescentando ter ficado em dúvida se aquilo era uma refração de luz na atmosfera ou algum outro fenômeno extraordinário. De repente, daquela mancha surgiu um finíssimo raio de luz dirigido para baixo, alcançando verticalmente a Terra”.
• As reações: “O piloto do jato, então, tocou no ombro do mecânico e chamou sua atenção para o objeto. Este exclamou: “Comandante, é preciso relatar este fato para a torre de Minsk”. Nisso, o raio de luz, se alargou de repente, transformando-se num cone luminoso imenso. Daí em diante, tudo o que aconteceu à direita do avião pôde ser visto por todos, indistintamente. Um segundo cone de luz, mais largo, surgiu do objeto. Era mais fraco que o primeiro e foi seguido por um terceiro cone, desta vez mais largo e muito luminoso. “Espere; o que diremos para o pessoal da torre, lá embaixo? É preciso ver como a \’coisa\’ se manifesta pois, afinal, não sabemos do que se pode tratar aquilo”.”
• O Objeto: “Os pilotos começaram a fazer o cálculo da distância do avião ao objeto, pois era impossível defini-la a olho nu, apesar de estar parado sobre a superfície da Terra, numa distância máxima de 40 a 50 km. Feito o cálculo, o segundo piloto começou a enviar rapidamente, para a torre, um breve relatório do fenômeno que estava sendo observado. Era inacreditável, mas o cone que iluminava a superfície da Terra permitia que se visse tudo no chão, nitidamente: casas, estradas, ruas. Os tripulantes do jato estimaram que \’aquilo\’ teria uma potência medonha. Pouco depois, o raio luminoso se ergueu da superfície da terra e se fixou na mesma rota do jato. Nesse instante, a equipe do avião pôde, então, vê-lo melhor: era um ponto cegante, branco, envolvido por círculos concêntricos coloridos.”
• O Relato: “O comandante, entretanto, estava indeciso quanto à conduta que adotaria: relatar ou não à torre o que eslava acontecendo? Neste exato momento, aconteceu algo que pôs fim às suas dúvidas: o ponto branco transformou-se num clarão cegante que deixou em seu lugar uma luz verde. “Esquentou os motores e se mandou”, falou o co-piloto, baixinho, para o resto da tripulação, já prevendo que o fenômeno observado passaria para sua ficha de aviador. Mas, ao comandante pareceu que o objeto se aproximava numa velocidade intensa, cortando,a rota, do avião num ângulo agudo, como que se o objeto se atirasse no caminho do jato, cortando-lhe a direção. Nisso, o comandante ordenou ao navegador que fizesse imediatamente um relato para as autoridades aeronáuticas da região de Minsk. Mas, por estranha coincidência, logo depois da ordem emitida, o objeto parou cm sua rota. “Deixou de se aproximar”, pensou. “Parou de se afastar”, decidiu o co-pilolo.”
• A Torre de Controle: “O controle de radar de Minsk recebeu a notícia sobre o fato, mas disse à tripulação que não via nada de anormal em sua tela de radar ou a olho nú. Lazurin exclamou ofendido: “Pois está aqui em nossa frente; não nos diga que estamos loucos”. Neste instante, a \’nuvem\’ esverdeada fixou-se praticamente debaixo do jato, erguendo -se depois na vertical e fazendo um zig-zag, primeiro para a direita, depois para a esquerda. Depois, ainda, repetiu tal manobra para baixo e para o alto e, finalmente, estabilizou-se exatamente diante do aparelho. “Temos uma escolta de honra”, resmungou o engenheiro de bordo para a torre incrédula, “Uma honra para nós…”.”
• A Escolta: “O objeto passou a voar colado ao avião, numa altura de 10.000 metros e à uma velocidade de 800 km/hora. Do interior da nuvem esverdeada saiam faíscas, acendendo e apagando como a guirlanda de uma árvore de natal. O engenheiro de bordo, que à esta altura relatava cuidadosamente tudo que se passava para a torre de controle, ouviu então uma resposta afirmativa do pessoal dc terra, ainda que em voz perturbada: “Estamos, agora, captando o objeto que vocês descrevem. Estamos observando uma luminosidade no horizonte, próxima ao avião!” Nisso, a nuvem continuava a se transformar: dela saía algo como uma cauda, semelhante à uma bomba de ar e formando uma espécie de “vírgula” gigantesca. Logo depois, a cauda se ergueu para o horizonte e a nuvem, que era elíptica, fez-se triangular.”
• Observação Cruzada: “Olhem, o UFO está nos imitando; está seguindo nossos movimentos.”, declarou estupefato o comandante do jato. Realmente, o avião estava sendo escoltado por um objeto não identificado desprovido de asas ou cauda e estranhamente iluminado por uma luz dc cor amarelo-esverdeada. Nesse momento, entrou na cabine de comando uma aeromoça, afirmando que os passageiros queriam saber o que se passava e o que era aquilo que voava lado-a-lado com o jato soviético. Numa tentativa frustrada de mistificar o fato, o comandante declarou aos passageiros, pelo interfone de bordo: “O que está visível ao lado de nosso avião é apenas uma nuvem refletindo a luz da cidade abaixo. É algo próximo de uma aurora boreal!” Entretanto, no espaço aéreo controlado pelo radar de Minsk entrou um outro avião de passageiros, desta vez um Tupolev, vindo de Leningrado e indo para Tallin. Entre os dois aparelhos havia pelo menos uma centena de quilômetros mas, quando inquirido por Lazarin, seu comandante disse que também via a nuvem.”
Cegos aos UFOs – O controlador do radar de Minsk, que agora via claramente o objeto, deu as coordenadas de sua direção à tripulação do Tupolev, indicando onde o objeto estava, para poderem descrevê-lo com precisão. Um pouco mais tarde, a equipe do avião anterior levantou a hipótese de que o raio luminoso, que vinha do objeto, era um tipo qualquer de raio polarizado: sua emissão foi difusa e não em todas as direções. Ainda ao lado do UFO, o primeiro jato passou sobre Riga e Vilniu e, naturalmente, as e
stações de radar destas cidades também registraram o estranho objeto. Quando sobrevoavam os lagos Chudsk e Pskov – a equipe do TU-134 fez uma estimativa das dimensões do objeto. O jato voava a cerca de 120 km à esquerda do objeto, próximo da cidade de Tartu e, desse ponto, se podia observar o corpo compacto de onde surgia o cone de luz que desceu sobre a nuvem e seguiu em direção à terra. Neste instante, as coordenadas de direção do objeto finalmente puderam ser apuradas, assim como suas dimensões: o UFO não era inferior em tamanho ao menor dos dois lagos, o Pskov, com 30 km de diâmetro.
Após o pouso do avião em seu destino, os controladores do radar local comunicaram à tripulação que em suas telas dc radar o Tupolev nunca esteve só: apesar de no céu não haver outro avião, na tela moviam-se outras duas manchas inexplicadas. Convidado para comentar o incidente, o presidente da comissão estatal para o estudo dos UFOs c membro da Academia de Ciências da URSS, Nikolj Zheltuchin, disse: “A comissão está conduzindo um estudo minucioso sobre os casos de avistamentos de UFOs seguindo aviões sobre o território da URSS. O avistamento da equipe de radar da torre de controle da cidade de Tallin foi exaustivamente estudado pela seção estoniana de nossa comissão. E um caso muito interessante, se bem que existam outros semelhantes. Porém, o fato do objeto ter mudado bruscamente de direção e de ter emitido, a enorme altura, um raio que rastreou a superfície, é realmente admirável. Tratava-se de um objeto verdadeiramente enorme”.