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Astrônomo Geoff Marcy inicia busca por civilizações extraterrestres

Pesquisa em duas frentes procura por sinais de engenharia estelar promovida por avançadas civilizações cósmicas

Equipe UFO

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Gigantescas estruturas construídas por civilizações extraterrestres estão sendo procuradas pelos astrônomos
Créditos: Arminschieb.com

Já falamos diversas vezes de Geoff Marcy, astrônomo da Universidade da Califórnia em Berkeley, que descobriu 70 dos primeiros 100 exoplanetas e pesquisava esse campo quando este era considerado o fim da carreira de um cientista. A partir de 1995, entretanto, a busca por mundos alienígenas tornou-se um dos ramos mais importantes da astronomia, tendo Marcy como grande incentivador. Agora, ele quer mais e utilizando-se de novos métodos iniciou sua própria busca por nossos vizinhos cósmicos.

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Há poucos meses a Templeton Foundation, organização filantrópica dedicada à investigação de grandes questões, concedeu a Geoff Marcy uma verba de 200.000 dólares para que ele faça uma busca por sinais de civilizações extraterrestres, utilizando-se dos dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler e para uma pesquisa no Observatório Keck, no Havaí. De acordo com Marcy: “O universo é simplesmente grande demais para não existir outras civilizações inteligentes lá fora. De fato, a questão na verdade é: o quão distante está nosso vizinho inteligente mais próximo? Eles poderiam estar a 10 anos-luz, ou a 100, ou a um milhão de anos-luz, ou mais longe. Não fazemos ideia”.

Marcy irá utilizar as informações recolhidas pelo telescópio Kepler, lançado em 2009 em uma missão extraordinariamente bem-sucedida de caça a exoplanetas, tendo localizado até agora 132 mundos alienígenas com mais 3.220 ainda por confirmar. O telescópio obteve uma colossal quantidade de dados que apenas começou a ser analisada pelos cientistas, mas as descobertas até o momento permitiram estimar o número de exoplanetas na Via Láctea em pelo menos 100 bilhões, com boa parte deles habitável. Infelizmente, os problemas técnicos que afligiram o Kepler deverão alterar completamente o padrão de sua missão, se for possível ainda utilizar o telescópio. Marcy reconhece que isso é um golpe duro, mas não se deixa abalar.

O astrônomo comenta: “Se conseguimos detectar o momento em que uma estrela pisca, pela passagem de um corpo diante dela, e depois ela pista de novo, e então sua luz novamente diminui por um período maior, daí torna a aumentar, isso significa que há algo estranho acontecendo. Obviamente não significa “a priori” a descoberta de uma civilização avançada, mas nos indica que devemos prosseguir com as observações, o que pode ser muito vantajoso”. Marcy explica que um padrão irregular de trânsitos como esse poderia significar a passagem diante do sol distante de uma imensa nave alienígena, ou então de estruturas em órbita daquela estrela que formam um Enxame de Dyson.

crédito: Wired.com

Geoff Marcy, pioneiro na busca de exoplanetas, agora procura civilizações extraterrestres

Geoff Marcy, pioneiro na busca de exoplanetas, agora procura civilizações extraterrestres

O físico Freeman Dyson propôs em 1960 que civilizações avançadas dificilmente conseguiriam produzir na superfície de seus mundos natais as vastas quantidades de energia de que necessitam. Como a maior fonte energética em qualquer sistema solar é a própria estrela central, ele sugeriu a construção de uma Esfera de Dyson, colossal estrutura que envolveria o astro recolhendo a energia produzida. Como haveria problemas técnicos em construir uma estrutura sólida com milhões de quilômetros de extensão, a ideia evoluiu para um Enxame de Dyson, com milhares ou milhões de imensas estruturas coletoras de energia solar em órbita da estrela distante.

A ideia de Marcy é procurar por sinais desse tipo de engenharia estelar e está começando também uma outra busca, por parte da equipe liderada pelo professor de astrofísica Jason Wright, da Penn State University, a fim de tentar detectar emissões infravermelhas incomuns ao redor de estrelas distantes. Pela Lei da Termodinâmica, os componentes do Enxame de Dyson emitiriam grande quantidade de radiação infravermelha para o exterior e essa busca está acontecendo graças aos dados do telescópio WISE, da NASA. A Templeton Foundation igualmente está financiando essa pesquisa.

Geoff Marcy utilizará parte da verba para desenvolver um programa de computador a fim de poder rastrear, nas informações obtidas pelo Kepler, estruturas alienígenas. Reconhece que a tarefa não é fácil: “Não existe uma norma na ciência da computação a respeito de como procurar extraterrestres”. A outra busca que ele pretende fazer é, utilizando-se do telescópio Keck, vasculhar os céus a procura de sinais de laser de civilizações alienígenas. Marcy argumenta que, graças às comunicações via cabo e por sinais de celular menos potentes, devido à mudança de comunicações analógicas para digitais, nossa própria civilização já deixou de emitir sinais aleatórios de rádio para o espaço. Logo, argumenta, seria improvável que civilizações mais avançadas fizessem o mesmo.

Marcy afirma que civilizações alienígenas mais adiantadas que nós utilizariam meios muito mais eficientes de comunicações pelo espaço, utilizando raios laser. Com o telescópio Keck ele pretende vasculhar os céus em busca desses sinais a laser, que seriam imediatamente reconhecíveis como tendo origem inteligente. Com isso Geoff Marcy desafia o paradigma colocado por outro cientista, o físico Enrico Fermi, quando este perguntou: “Onde estão todos os outros?”. Mesmo que as chances de sucesso em sua inovadora busca sejam remotas, a possibilidade de sucesso em conseguir responder uma das mais fundamentais questões da humanidade mais que justifica essa pesquisa. E para os que temem que ele possa descobrir algo ameaçador, similar à Estrela da Morte vista na série cinematogrtáfica Star Wars, Geoff Marcy brinca: “A primeira coisa que devemos transmitir a eles é uma mensagem dizendo que nosso sabor é muito ruim”.

Episódio da série O Universo: Planetas Alienígenas, com participação de Geoff Marcy

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