Na quinta-feira, 13 de setembro, um asteróide recém-descoberto passou pela Terra, fazendo ressurgir a discussão acerca do perigo que tais corpos representam para nosso planeta. O objeto, batizado como 2012 QG42, tem dimensões estimadas entre 190 a 430 metros de extensão, e em sua maior aproximação esteve a 2,85 milhões de quilômetros de nosso planeta.
A primeira vez em que o corpo celeste foi avistado pelos astrônomos foi em agosto, pelo Catalina Sky Survey, o que levantou o alerta quanto a futura descoberta de uma rocha espacial rumando para um impacto com nosso planeta. O próprio 2012 QG42 pode representar um perigo no futuro, estando listado como “asteróide potencialmente perigoso” no Minor Planet Center em Cambridge, Massachussets.
O asteróide foi observado por observatórios online, sendo um deles o Virtual Telescope Project comandado pelo astrônomo Gianluca Masi. Outro projeto envolvido foi o Slooh Space Camera, que possui uma rede de telescópios nas Ilhas Canárias, e ambos disponibilizam vídeos e fotos do 2012 QG42 em seus sites.
Este evento acontece logo após outro, quando em 14 de junho o asteróide 2012 LZ1 passou pela Terra após ser descoberto somente três dias antes pelo astrônomo Rob McNaught. Com cerca de 500 m de extensão, esse objeto passou a uma distância cerca 7,5 vezes maior que a da Lua, que orbita a pouco menos de 400.000 km de nosso planeta. O 2012 LZ1 também está listado como um asteróide potencialmente perigoso, devido a seu tamanho e proximidade com a órbita da Terra.+
Bob Berman, membro do Slooh e colunista da revista Astronomy Magazine, alerta: “Objetos próximos da Terra têm passado por nós com frequência, as vezes sendo observados somente poucos dias antes de sua maior aproximação. Isso ilustra a necessidade de um monitoramento contínuo e cada vez mais aperfeiçoado para nossa segurança no futuro. Não é uma questão de se, mas quando um desses asteróides irá nos atingir, e o quão grande e rápido ele virá em nossa direção”.
Livro: Dossiê Cometa