Real para alguns, fictícia para outros, por mais de 60 anos a figura de Ashtar Sheran é uma presença regular, ativa e de enorme influência dentro da chamada Ufologia Mística. Suas origens nos levam aos Estados Unidos, algo que não é de se estranhar considerando-se o contexto do pós-guerra, quando teve inicio a febre dos discos voadores. Naquela época, uma verdadeira epidemia de “mensageiros espaciais” tomou o país de assalto, com os supostos “representantes galácticos” alertando sobre os efeitos devastadores da energia nuclear. No entanto, esta entidade de estilo andrógeno e feições quase angelicais chamou a atenção e ganhou para si uma legião de seguidores que, inexplicavelmente, continuam crescendo em número.
A razão de tamanho fascínio é trabalho para psicólogos e em alguns casos, até para psiquiatras, que poderiam no ajudar a compreender as motivações que impulsionam até as mentes mais racionais a acreditarem em uma entidade tão controversa. Ainda que o tema de Ashtar Sheran merecesse certo tipo de atenção entre alguns estudiosos, a maioria passou a vinculá-lo a um dos pilares fundamentais do movimento nova era, ou new age, assim como a desmistificar seu verdadeiro papel, mas sem buscar revelar o mistério que a sua presença provoca.
Neste artigo vamos traçar as origens de Ashtar Sheran através de três de seus emissários e tentar compreender a complexidade que se esconde por trás da poderosa figura do “comandante supremo das estrelas”, como muitas vezes é citado, com a variação de “comandante supremo da frota estelar”. Também conheceremos melhor os homens através de quem Ashtar Sheran ganhou fama. Interessante notar que os encontros sempre se davam em montanhas, repetindo um sugestivo padrão judaico-cristão bem conhecido de todos nós. O primeiro a alegar ter se encontrado com o suposto extraterrestre foi o contatado norte-americano George Van Tassel, um mecânico de aviação a quem Ashtar Sheran teria aparecido logo depois de uma sessão de meditação realizada em Giant Rock, no Deserto da Mojave, no estado norte-americano da Califórnia, lugar considerado sagrado pelos antigos índios da região. Tassel dizia que no primeiro momento da experiência foi transportado de forma astral a uma enorme nave extraterrestre que orbitava a Terra, onde conheceu o chamado Conselho dos Sete Sábios, isso em 1951. Um ano mais tarde, Tassel afirmou que foi visitado em sua casa por seres de carne e ossos procedentes de algum lugar do planeta Vênus, e que eles o teriam incentivado a construir uma estrutura cujo fim seria estender a vida humana e ajudar as pessoas a obterem vantagens do processo de envelhecimento.
Mestres do espaço
Essa estrutura seria o Integratron, uma máquina que virou sua obsessão nos últimos 25 anos de sua vida. Como fruto desses encontros, Tassel realizou gigantescas convenções com numerosas audiências para, segundo ele, contatar os mestres do espaço. Ele ainda publicou seis livros, um dos quais se transformaria em material de culto, I Rode a Flying Saucer [Eu Viajei em um Disco Voador, New Age Publishing, 1952]. Muitos dos tópicos descritos na história de Van Tassel acabaram se tornando um modelo que foi seguido por outros contatados, nos quais elementos similares voltam a se repetir nas interações com a suposta entidade venusiana.
Vejamos uma das típicas mensagens canalizadas pelo norte-americano, a maioria das quais era feita por escrita automática, ou psicografia, um recurso do qual também abusariam seus seguidores para colocarem-se em contato com os “irmãos do espaço”, como os identificavam: “Saudações a vocês, seres de Shan. Eu lhes saúdo com amor e paz. Minha identidade é Ashtar Sheran, comandante do setor Quadra, estação de patrulha Schare, de todas as projeções, todas as ondas. Saudações através do Conselho das Sete Luzes. Vocês foram trazidos aqui com a luz interna para ajudar ao próximo. São mortais e os mortais podem somente entender aquilo que seu próximo pode entender. O propósito desta organização é salvar a humanidade de si mesma. Estamos preocupados, no entanto, com suas tentativas de explodir o átomo do hidrogênio”. Shan, para Ashtar Sheran, seria o nome da Terra em seu idioma.
A mensagem segue dizendo que iremos destruir o planeta e exorta as pessoas a pressionarem seus governos exigindo o término do programa de exploração e desenvolvimento nuclear. Por fim, diz: “Nossa missão é pacífica, mas esta condição ocorreu antes neste Sistema Solar e o planeta foi destruído. Estamos determinados a impedir que isso ocorra de novo. Os governos do planeta Shan já reconheceram que somos uma inteligência mais alta. Assim sendo, não temos que entrar em seus edifícios para saber o que está acontecendo. Para seu governo e sua população, e através deles para todos os governos e todas as pessoas do planeta Shan, aceitem a advertência como uma benção para a humanidade sobreviver. Deveremos permanecer em contato aqui, neste cone de receptividade”.
Um segundo caso nos leva à Europa, mais precisamente à Itália do ano de 1962, onde a pegada de Ashtar Sheran voltou novamente a ser visível. O protagonista dessa vez se chamava Eugenio Siragusa, que naquela época vivia na região de Catânia e, segundo seu relato, encontrou-se com o extraterrestre no Monte Manfre. Ali, o comandante venusiano — agora em conjunto com um companheiro de seu planeta, que se identificou como Ithacar — teria entregue a Siragusa uma mensagem destinada aos líderes da Terra, alertando para a utilização de armas atômicas.
Conforme narra Siragusa, “teria chegado à metade da ladeira escarpada quando vi no alto da colina se destacar uma silhueta de dois indivíduos, cujo traje espacial prateado brilhava sob os raios da Lua cheia. Eram altos e de porte atlético, com cabelos loiros caindo sobre os ombros. Usavam um cinturão luminoso e umas placas estranhas no peito. Vendo-os, meu sangue gelou nas veias e me senti inundado por um suor frio. Fazia dez anos que esperava ardentemente por aquele momento, mas o lugar isolado, a escuridão noturna e o encontro repentino não estimulavam minha coragem”.
Tranquilo e incrivelmente sereno
Ainda de acordo com o contatado italiano — que anos depois influenciaria uma geração de outros contatados, a exemplo de Giorgio Bongiovanni —, um dos extraterrestres dirigiu a ele um raio de luz verde, projetado a partir de um objeto que tinha na mão, e instantaneamente Siragusa teria se sentido tranquilo e incrivelmente sereno. Segue o relato, com o italiano narrando: “Meu coração, que no início parecia querer explodir no peito, voltou a bater regular e pausadamente. Fiquei olhando para ambos, um
pouco atordoado. Com a iluminação da Lua, pude distinguir suas feições delicadas e seu olhar penetrante e acolhedor”.
Em seguida, um dos seres falou com o contatado em italiano, dizendo-lhe: “Que a paz esteja contigo, filho. Estávamos lhe esperando. Grave em sua mente quando lhe dissermos”. A voz não tinha timbre humano, mas parecia metálica, como se saísse de um gravador. Entregaram-lhe, então, a mensagem e ele tentou guardá-la na memória para escrevê-la quando chegasse em casa. Em seguida levantaram suas mãos como que em um gesto de benção e lhe disseram novamente: “Que a paz esteja contigo”. Em seguida, foram em direção ao disco voador, que se encontrava ao lado de uma das crateras.
Uma informação que o italiano Eugenio Siragusa traz sobre a natureza de Ashtar Sheran revela que este se considera ‘o chefe santo que tem sob sua responsabilidade o comando da frota estelar em missão em nosso planeta’. Não é pouca coisa
O que vemos na mensagem que teria sido deixada com Eugenio Siracusa é novamente uma advertência quanto à questão nuclear e pesadas premonições sobre o fim de nossa civilização e a morte de toda a vida: “Com pesar devemos, uma vez mais, lhes advertir que, no caso de continuarem com os objetivos enlouquecidos em que se fixaram sobre experimentos nucleares, nada se poderá fazer para evitar que vosso mundo sofra um forte golpe de natureza desastrosa e mortal. Se querem que seu planeta não se veja imerso novamente em um banho de dor de um tempo remoto, vocês devem, do modo mais eficaz e decisivo possível, desmontar para sempre seus experimentos atômicos injustificados, loucos e imorais”.
A mensagem continuas dizendo o que ganharíamos caso tivéssemos juízo e decidíssemos destruir nossas instalações nucleares: “Nós estamos autorizados, pelas relações que nos unem a vocês desde as origens do Sistema Solar, a nos aproximarmos sem nenhuma reserva para lhes proporcionar os conhecimentos e uma melhor ciência que propiciara a toda a humanidade de sua Terra uma vida serena, rica em felicidade, em verdadeira liberdade e em infinita prosperidade”. A narrativa de como seria paradisíaca nossa vida e nosso mundo caso nos livrássemos de nossas quinquilharias atômicas, segue em outro trecho: “Vocês poderiam ser verdadeiramente livres e, como nós, donos do universo e de sua eterna beleza. Poderiam ser livres amando sem sofrer e sem padecer. Poderiam, enfim, voltar seus olhos cheios de esperança e de amor. Por que renunciar a tanta paz e felicidade? Por que querem a todo custo autodestruir-se de forma tão terrível?”
“Irremediável desastre”
E se mesmo com tal oferta nós nos recusássemos a ouvi-los e continuássemos a desenvolver e a utilizar armamentos nucleares, eles avisaram que “não nos restará outra missão que não a de salvar do irremediável desastre somente aqueles que nos reconheceram e compreenderam e que tenham amado a seu próximo como nós os amamos”. A mensagem termina pedindo que fiquemos atentos: “Não façam inútil o perdão celestial que lhes trouxe Jesus Cristo, pela graça do Pai Criador”. Ou seja, surge aqui a ideia, extremamente disseminada depois, de um “arrebatamento cósmico”, a que somente os seres humanos escolhidos — aqueles que reconhecessem Ashtar Sheran e seu povo — teriam direito.
Uma informação que Eugenio Siragusa traz sobre a natureza de Ashtar Sheran revela que este se considera “o chefe santo que tem sob sua responsabilidade o comando da frota estelar em missão em nosso planeta”. Diferente de seu par norte-americano, o italiano introduz um vínculo religioso — que a partir de então elevaria o venusiano à posição de santo comandante espacial. O resultado de seus encontros com os supostos extraterrestres se evidenciaria nos discursos sobre o funcionamento e energia utilizada pelos UFOs, viagens ao lado negro da Lua, onde afirmou ter visto bases alienígenas, assim como o surgimento de grupos com o título de Fraternidade Cósmica, que se espalharam pelo mundo e foram parte de um legado que o contatado italiano cultivou até sua morte.
Grupo Rama
Nosso terceiro elemento de estudo será o Grupo Rama, originado no Peru e com quem Ashtar Sheran alegadamente teve contato em meados dos anos 70. Sixto Paz Wells, seu fundador, afirmou na época estar se comunicando com seres provenientes das luas de Júpiter Morlen e Ganimedes, fugindo dos clássicos encontros venusianos e inovando na área. No entanto, o santo comandante estelar também integrou a saga do Rama, ainda que com uma diferença em relação à pronúncia, já que ficou conhecido como Antar Sherar. O caso que vamos relatar aconteceu no Monte Gorbea, situado em Bilbao, na Espanha e foi narrado pelo escritor J. J. Benítez em seu livro 100.000 Quilômetros Atrás dos Objetos Voadores Não Identificados [Nova Era, 1996], publicado pela primeira vez em 1978, na Espanha. Diz Benítez:
“Era pouco mais de sete da tarde. Vi as tendas de campanha e os primeiros membros do Rama formando um círculo naquela espécie de pequena esplanada perto de umas pedras brancas nas montanhas chamadas de Gorbea. Quase ao mesmo tempo, uma sensação de paz me inundou. Senti uma corrente de ar quente e, quando prestei atenção, aquela nave grande e de luz branca estava pousada em terra, a poucos metros do grupo. Mas os membros de Rama seguiam em silêncio, em suas meditações — pareciam não dar atenção ao pouso daquela esplêndida nave. Vi, então, diante da nave, dois guias. Um era Antar Sherar, o comandante da frota espacial, mas ao outro eu não reconheci. Era um pouco mais baixo que Antar Sherar e se vestia de forma idêntica. Suas roupas eram de um branco luminoso, não tinham costuras. Tinham botas até o joelho também brilhantes, e nos peitos se distinguia uma faixa horizontal e uma formando um V”.
Uma tecnologia que desafia as leis conhecidas e rompe os paradigmas estabelecidos não é fácil de ser colocada em nossa ciência atual — algumas dessas revelações alienígenas resultam em fracassos quando se tenta reproduzi-las
Quanto à aparência física dos dois alienígenas, nos conta o famoso autor que seu cabelo era comprido e tão branco quanto suas roupas. “Fiquei assombrado por sua altura, pois todos tinham mais de 2 m, sendo que Antar Sherar talvez alcançasse os 2,5 m. Seus olhos eram rasgados e sua pele era branca como a
dos povos nórdicos, e me deram medo”. De maneira inacreditável, os integrantes do Grupo Rama não pareciam se dar conta do que acontecia ao seu redor de Benítez. Narra o autor que ninguém parecia perceber o que estava acontecendo, mas eles estavam ali. “De repente vi algo estranho em torno do grupo. Era como um círculo de energia e muito próximo de seus membros. Frente a frente com aqueles guias, observei outros dois extraterrestres, tão altos como o que acompanhava o comandante da frota de naves. Também se vestiam de forma igual e tinham aquela bonita luz branca, como se brilhassem”.
J. J. Benítez disse que durante meia hora o comandante, o segundo guia e os demais seres falaram com os membros do Rama. Mas ninguém parecia perceber o que acontecia — nem sequer os haviam visto. Eram 19h30 quando os guias voltaram à sua nave e desapareceram, mas nenhum dos membros do grupo percebeu a presença das entidades. Antar Sherar e seu grupo não trataram da questão atômica, como em épocas anteriores, mas da preparação da humanidade para um futuro contato entre outras espécies cósmicas, assim como alertas sobre crises futuras que teriam a Terra como protagonista. Isso parece revelador e mostra aspectos essenciais do comportamento dos supostos ETs em relação ao seu vínculo com os humanos — também mostra que é através da velha escola de ocultismo que encontraremos as chaves necessárias para ir decifrando este mistério.
Vênus, sempre misterioso
O ocultismo nos mostra que cada planeta era considerado pelos antigos mestres da sabedoria como uma escola em que se aprendiam coisas concretas. Urano era conhecido como a Escola da Magia de Décima Ordem. Netuno era reconhecido como A Escola das Pedras de Fogo — os humanos sob a influência desse planeta teriam uma especial relação com o mundo mineral. Júpiter seria a Escola dos Magos Beneficentes — onde treinariam os que praticam a magia construtiva. Marte seria a Escola dos Guerreiros, Vênus seria a Escola dos Cinco Graus Escritos e Mercúrio a Escola para os Filhos da Aspiração. Todos esses termos não têm sentido algum para o homem comum, mas dentro deste rol de curiosidades ocultistas, a Terra seria conhecida como a Escola da Resposta Magnética pelos tais mestres.
Também se diz que o planeta Vênus e os chamados Senhores da Chama figuram com muita frequência nas doutrinas místicas, porque o vizinho planetário seria um orbe sagrado e seus habitantes teriam chegado a um estado de evolução muito mais avançado do que o de seus irmãos de nosso planeta. Por isso, Vênus é visto pelos ocultistas como o álter-ego da Terra, com uma relação análoga a de uma alma com um corpo. Diz também a antiga doutrina que, “há várias eras, os Senhores da Chama realizaram em Vênus uma batalha contra os Senhores do Rosto Escuro”. Isso não quer dizer que o planeta foi percorrido por grupos de pessoas que se atacavam mutuamente com bombas atômicas e armas de raios laser — é apenas uma forma de expressar que o espírito triunfou sobre a matéria. E graças a seu triunfo, Vênus está na dianteira da Terra em todas as fases de seu desenvolvimento. Por isso, estaria em condições de ajudar a seus habitantes, segundo os adeptos do ocultismo.
Os Senhores da Chama não são venusianos do espaço, mas sim uma das grandes hierarquias espirituais que teriam guiado o Sistema Solar. Diz-se que os mistérios sagrados começaram a controlar a evolução da humanidade da Terra há aproximadamente 200 milhões de anos, nos tempos da extinta Lemúria ou a Terceira Raça Raiz. Na obra telepática Tratado Sobre o Fogo Cósmico [1925], hoje pertencente à Fundação Lucis e distribuído pela editora Kier, de Buenos Aires, a escritora e pesquisadora Alice Bailey afirma que a individualização humana se produziu em meio à Terceira Raça Raiz pela destruição em grande escala do que chama de o homem animal. Este é um ponto raramente mencionado nas doutrinas. O advento dos Senhores da Chama, a tempestade elétrica que introduziu o período do homem, se caracterizou pelo desastre, o caos e a destruição de muitos no terceiro reino da natureza.
A elevação tecnológica
A fagulha da inteligência teria sido implantada naquela ocasião e a força da vibração e o efeito imediato de sua presença levaram à morte da forma animal do ser humano, produzindo assim a impossibilidade imediata de que os corpos recentemente vitalizados (com alma) vibrassem com o propósito de adquirir novos veículos físicos. Isso quer dizer que a implantação das sementes da mente no homem animal fez estrago em seus corpos físicos, que não puderam resistir à alta tensão. O mesmo acontece a qualquer homem que entre em contato com potências superiores antes de estar preparado a recebê-las. Pelo menos, tudo isso é o que retiramos do ocultismo para nos referirmos à mítica figura de Ashtar Sheran.
Tanto Van Tassel quanto Siragusa receberam certos dados de interesse que apontavam para funcionamento de determinadas máquinas, como o caso do Integratron, idealizado por Tassel para o rejuvenescimento celular, ainda que atualmente impossibilitado de funcionar. Siragusa, por exemplo, deixou inúmeros escritos sobre a energia utilizada pelos UFOs que supostamente tornariam possível sua ativação, mas que também não receberam muita atenção dos estudiosos. Devemos entender, por outro lado, que uma tecnologia que desafia as leis conhecidas e rompe os paradigmas estabelecidos não é fácil de ser colocada em nossa ciência atual — algumas dessas revelações alienígenas resultam em fracassos quando se tenta reproduzi-las.
Voltando aos textos ocultistas, muitos dizem que o homem ainda está longe de ter acesso a certos poderes esquecidos, que envolvem dados desconhecidos sobre a natureza devido, sobretudo, a seu escasso desenvolvimento espiritual. No Tratado Sobre o Fogo Cósmico [1933], lemos: “Quando estas qualidades ocuparem o primeiro plano e o homem tiver demonstrado autenticidade em sua vontade, será quando receberá a chave para que descubra o método para controlar e utilizar a energia elétrica, que se manifestará na forma de luz, de calor e movimento. Então, e somente então, se converterá em um colaborador inteligente e, escapando ao controle da lei dos três mundos, será aquele que ditará as leis para esferas inferiores”.
O famoso contatado George Adamski, por exemplo, postulava que os UFOs eram controlados pelo que ele denominava de movimento ideomotor. Essa hipótese nos remete aos enigmá
ticos vimanas hindus, que, ao que parece, vinculavam o aspecto psíquico de seus pilotos com as propriedades de locomoção da matéria. Tendo em conta tais recomendações, não parece razoável que as entidades alienígenas, para chamá-las de alguma maneira, tenham em mente entregar ao homem qualquer tecnologia avançada, já que as limitações para sua utilização aqui na Terra são imensas. Mas, como vemos, eles gostam de agradar seus interlocutores humanos. Ou, melhor dito, gostam de criar-lhes problemas apresentando projetos pouco realizáveis, por estarem muito adiantados em seu tempo.
Uma outra realidade
Esta análise sobre a figura de Ashtar Sheran, que escolhemos por sua ascendência em inúmeros grupos de contato, pode se aplicar a qualquer entidade que esteja contatando indivíduos e grupos, já que geralmente se comportam de forma similar. Talvez muitos dos leitores se neguem a dissociar o carismático comandante de sua origem extraterrestre, já que, como vimos, sua procedência sugere outra realidade, muito mais próxima e que somente o ocultismo aplicado na realização deste trabalho pode revelar aquilo que se oculta atrás da fachada desses contatos.
Como sabemos, o homem tem um longo caminho a percorrer no plano espiritual e ainda desconhece leis que, talvez, no futuro, dependendo de seu avanço, consiga descobrir. A aproximação com entidades que dizem querer nos ajudar representa um perigo para o receptor, já que estamos em franca desvantagem e pouco preparados para a ação de energias tão poderosas. É necessário primeiro que o homem avance e só então tente comunicação com essa outra realidade, chamada assim na falta de um termo melhor. Antes não seria frutífero, uma vez que estamos longe de compreendê-la.