Os casos de aparições de objetos luminosos na região da Zona da Mata mineira são constantes, porém é impossível catalogá-los na íntegra. No entanto, alguns são diferenciados devido às características que classificamos como dignas de registro. Depois de uma rica apresentação sobre os casos ocorridos na cidade de Santos Dumont (MG), o modelo que temos da atualidade, chamados por nós de casos recentes, podem ser encontrados na mais distante das datas, ou seja, o ano de 2001. A cidade de Barbacena (MG) basicamente não indica outra diferença senão a sua altitude, que é pouco mais elevada, mas ufologicamente apresenta os mesmos e intensificados casos ufológicos.
Um importante colaborador iniciou intercâmbio com o Grumpu a partir de 1997. Esse fato auxiliou muito o grupo que concentra suas pesquisas em Santos Dumont. Trata-se do pesquisador José Ricardo Dutra, presidente do Grupo de Estudos Ufológicos de Barbacena (GEUB). A cidade vizinha, distante apenas 40 km de Santos Dumont, também apresenta muitos casos de UFOs. Constatações do GEUB indicam tratar-se geralmente de sondas. A parceria entre esses grupos permitiu grande interatividade entre seus membros e importantes adesões para os grupos. Esse exemplo de modelo de intercâmbio deveria ser adotado por todos os grupos de pesquisa.
A confirmação ou não da veracidade de alguns casos pesquisados por esses grupos, as atividades e pesquisas em conjunto, funcionam como uma rede de informações, quando esses pesquisadores mineiros acionam ou são acionados, a fim de transmitir o mais rápido possível ocorrências verificadas ou notícias relacionadas aos seus objetos de estudos. Seguindo a regra, José Ricardo alerta outro pesquisador de plantão, desta vez João Marcelo Marques Rios, de São João Del Rey e membro do Grumpu.
Já em Passa Tempo, não muito distante dali, temos importantes representantes, como Antônio Faleiro e Estevão Morais da Associação de Pesquisas Extraterrestres (ASPET), que trocam permanentes informações entre Passa Tempo e Belo Horizonte. Esse é mais um exemplo de que a parceria é o melhor caminho. Somente assim, as informações chegarão com facilidade a todos os pesquisadores. Com o advento da internet e do telefone celular não existem mais limitações que impeçam um grupo de interessados em partilhar seus estudos. Dessa parceria nascem trabalhos como este realizado entre o GEUB e o Grumpu, cujos membros estiveram em algumas localidades protagonistas de aparições de objetos ainda não classificados.
As primeiras notícias foram divulgadas pela imprensa da cidade mineira de Barbacena e a população local, evidentemente, ficou atônita diante da realidade dos fatos. Com intenção investigativa o pesquisador residente na cidade José Ricardo Dutra, junto com integrantes do Grumpu, contatou testemunhas que relataram ter visto UFOs nas madrugadas de junho e julho daquele ano. Um caso interessante ocorreu em 12 de junho de 2001, às 05h50, quando Manoel Franklin de Oliveira observou um objeto luminoso em uma estrada rural. A claridade refletida por esse objeto era tão intensa que foi comparada a do Sol durante a alvorada. “Aquilo não era Sol, estou de idade e conheço… Deve ser sinal de Deus, o que vocês acham?”, disse a testemunha indagando os pesquisadores.
O objeto permaneceu no céu, pouco acima das montanhas, por cerca de quatro minutos. Esse avistamento ocorreu antes do pôr-do-Sol e o objeto apresentava coloração branco avermelhada e tinha formato atípico, dentro dos padrões ufológicos, uma vez que, de acordo com a descrição dada pela testemunha, possuía uma espécie de telhado. Esse avistamento ganhou consistência devido a depoimentos semelhantes dados por outras testemunhas, entre elas Oswaldo do Carmo, residente no vizinho distrito de Antônio Carlos (MG), que curiosamente viu objetos luminosos por três dias consecutivos antes do avistamento registrado em 12 de junho.
Estranho objeto risca o céu
Numa quente e limpa madrugada de sexta para sábado, às 04h00, na pequena cidade de Antônio Carlos, Oswaldo, casado, 40 anos, vigia noturno de um haras, corre em desespero. Ele acabara de presenciar um estranho objeto riscar o céu todo estrelado. O ano era 2001. Às 10h00 do sábado Oswaldo ainda sem conseguir dormir narra toda a história para os companheiros de trabalho no haras, que incrédulos começam a zombar dele, dizendo que era tudo invenção da sua cabeça ou que tivera um sonho. A testemunha ao perceber que seria alvo de brincadeiras resolve não falar mais sobre o assunto e fica preocupado, pois tinha medo de perder o emprego.
Na madrugada seguinte, sábado para domingo, às 03h30, lá estava Oswaldo novamente fazendo sua costumeira ronda no haras. De repente, um pequeno risco avermelhado traça o céu limpo e estrelado. O homem começa a se beliscar para saber se está ou não sonhando. Ao perceber que é tudo real a testemunha começa a prestar mais atenção, quando percebe um objeto em forma de bola na extremidade do risco. Ele se assusta novamente ao perceber que o objeto pára de repente. Nesse instante, aproveita e corre em direção à casa principal do haras e chama seu amigo Pedro, que estava dormindo. “Pedro, Pedro! Venha aqui fora ver a bola de fogo”.
Assustado, Pedro sai da casa, ainda se vestindo e vai em direção a Oswaldo. Ao avistá-lo percebe que ele está apontando para cima. “Pedro, veja a bola de fogo”, diz o rapáz. Ele olha para onde foi apontado e toma um enorme susto. “Oswaldo, o que é isto?”, pergunta. “E agora Pedro, acredita em mim ou você também está sonhando?”. Pedro fica estático e nada responde.
Após alguns minutos, o objeto começa a se deslocar e acelera rapidamente fazendo novamente aquele bonito risco avermelhado e brilhante e desaparece atrás de algumas montanhas, sem fazer qualquer barulho. Pedro e Oswaldo percebem que os cavalos do haras ficaram agitados e vão ao socorro deles, a fim de acalmá-los. Na manhã de domingo os dois comentam com os outros funcionários do haras; alguns acreditam mas outros ainda continuam a zombar deles. Na madrugada seguinte, de domingo para segunda, entre 03h30 e 04h00, muitos
dos empregados do haras se reuniram para ver se o tal objeto apareceria novamente.
Os minutos iam passando e nada, até chegar 04h00, quando alguns funcionários começam a se retirar, fazendo as tradicionais piadinhas, quando os cavalos do haras se agitam misteriosamente. A testemunha grita: “Vejam a bola de fogo”, e aponta para a mesma, para que todos possam observá-la. A bola vermelha começa a riscar o céu limpo e estrelado, deixando uma linda cauda brilhante. Todos os funcionários viram o estranho objeto. Às 04h10, após a assustadora passagem do objeto que, novamente, desapareceu atrás das montanhas, todos voltaram para seus alojamentos, com exceção de Oswaldo, pois precisava continuar a ronda no haras. Na manhã seguinte, todos os habitantes da cidade próxima ao haras comentavam sobre a tal bola de fogo. Virou notícia rapidamente, chegando aos ouvidos dos pesquisadores que pegaram seus carros e foram para o haras, onde encontraram Oswaldo conversando com várias pessoas. Os pesquisadores, após se certificar de toda a história, decidem, com autorização da testemunha, fazer uma vigília no local durante a madrugada seguinte. Passaram a noite inteira acordados ao lado do rapáz, mas nada apareceu naquela madrugada. Resolveram fazer uma pesquisa de campo na região onde conseguiram muitos relatos de testemunhas, além de um desenho feito por Oswaldo. Todas as testemunhas confirmaram o desenho.
Durante uma semana os pesquisadores fizeram vigílias no local e nas proximidades, mas nada foi observado. Após uma semana de cansativos trabalhos e sem dormir direito, eles retornaram para suas casas para fazer seus relatórios, porém com a sensação do dever cumprido e esperança de que da próxima vez que Oswaldo observar algo estranho no céu, receberão o seu chamado. Em outra coleta de depoimentos, a mesma testemunha chegou a responder a um pesquisador, não em modo gravado, comentários como: “Aquilo deve ser esse tal de disco voador que o pessoal fala, né? Porque movia e voava rápido”. A testemunha comentou, muito amigável, com os pesquisadores e notadamente estava envolvida com os episódios presenciados naquelas noites.
Todos os depoimentos estão gravados e desenhos foram feitos pelas testemunhas. Algumas conclusões dos grupos, a respeito das testemunhas, classificaram-nas como pessoas idôneas e que apresentam boa cultura, a ponto de saberem discernir o fato e não o confundir com algo que poderiam conhecer. Seus depoimentos não apresentaram contradições nas duas entrevistas e não havia vínculos que proporcionasse a eles qualquer benefício com as histórias dos relatos. Aliás, poderia acarretar constrangimentos para uma delas. Os fenômenos são semelhantes a muitas ocorrências de procedências naturais, que ali também se manifestam, principalmente em sua coloração, porém as evoluções dos objetos indicam grande complexidade, além do que, um dos objetos apresentava formato que sugere ser confeccionado com algo metálico e fusiforme. A incidência de avistamentos na região, por ano, está em torno de quatro.
Vídeo de UFO em Barbacena
Relatos de aparições de UFOs, foram novamente registrados pelo Grupo de Estudos Ufológicos de Barbacena (GEUB) desde o início do mês de agosto de 2002. Uma ocorrência que mereceu nota: aconteceu no dia 5 do referido mês, quando testemunhas deram depoimentos ao pesquisador José Ricardo Dutra, coordenador do GEUB, dando início a uma nova onda de casos, como acredita o pesquisador. As atenções redobraram à medida que novos avistamentos foram informados ao grupo. O fenômeno voltou a se repetir na noite de 22 de agosto, sendo que por volta das 19h30, o pesquisador José Ricardo conseguiu registrar em vídeo a passagem de um UFO luminoso por cerca de sete a oito minutos. Segundo as descrições feitas pelo pesquisador, o objeto luminoso apresentava a coloração branca e forte luminosidade. Em suas evoluções, quando se aproximava do ponto onde foi filmado, modificou sua coloração para o laranja e à medida que ganhava altitude apresentava detalhes, como luzes menores. Ao final do registro, o objeto aparentava ter três bolas luminosas, em disposição triangular. Após cerca de oito minutos, o UFO ficou cada vez mais distante e alto, até sumir ou não ser mais percebido entre as nuvens e o céu escuro. Esse tipo de incidência, quando devidamente relatado, pode contribuir para captação do objeto através de fotos, vídeos ou outros mecanismos, o que enriqueceria e daria maior credibilidade aos casos verificados.