No dia 2 de abril de 1994, por volta das 9h00, o senhor Trajano Martins e esposa, Francisca Martins, presenciaram um fenômeno extraordinário. O casal mora há mais de 40 anos no Sítio Nossa Senhora Aparecida, no município de Divinolândia, interior de São Paulo. As testemunhas estavam dentro de sua residência quando ouviram um forte som parecido com aquele produzido por um helicóptero, logo seguido de uma explosão. Saindo no quintal para averiguar o que se passava, ambos depararam-se com uma cena assustadora: “… a laje de pedra que fica em um morro próximo estava totalmente encoberta por uma espessa fumaça branca. Logo, nossos vizinhos também vieram ver o que tinha ocorrido”, disse o senhor Trajano à equipe de investigadores do Grupo Ufológico de Guarujá (GUG).
Momentos antes da suposta colisão de algo com o morro, o engenheiro José Geraldo de Paoli, que se encontrava fazendo levantamento topográfico no bairro Água Limpa, a cerca de 10 km do local, observou um objeto de cor branca refletindo a luz do Sol, em trajetória retilínea vertical descendente e rumando em direção ao Sítio Nossa Senhora Aparecida, onde mora o casal Martins (esta propriedade pertence ao senhor José Maria da Cruz). Estes fatos, de grande repercussão no pequeno município, levaram muitas pessoas a acreditarem que um meteorito tivesse atingindo a propriedade. Logo, a notícia foi dada pela televisão e ganhou as páginas dos jornais da região, atraindo ainda mais curiosos.
Imediatamente após a divulgação dos fatos, pesquisadores e ufólogos de várias cidades visitaram o local em busca de uma explicação para o caso. O físico Jorge Honel, da Coordenadoria de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (USP), baseada em São Carlos, esteve no local juntamente com uma equipe, na tentativa de recolher amostras do que pensava tratar-se de um meteorito que tivesse caído na região. Após minuciosa procura, absolutamente nada foi encontrado – nem o menor vestígio de fragmentos de aludido corpo celeste. Segundo Honel, “se o fenômeno ocorrido foi devido a um meteorito, este deve estar soterrado dentro dos escombros rochosos”.
Mesmo assim, a busca ainda continuaria. Logo depois dos pesquisadores da USP, o professor Francisco Donizetti Varanda, do Grupo de Pesquisas de Ufologia Científica da Encosta Ocidental da Serra da Mantiqueira Paulista, também esteve no local em busca de uma explicação para o ocorrido.
Impressionante — Varanda efetuou pesquisas in loco e conclui tratar-se de um acontecimento raro. “A forma como uma grande rocha de 5 m cúbicos foi atingida é impressionante, pois fragmentou-se em vários pedaços que se espalharam por cerca de 20 m quadrados ao seu redor”, disse. O professor, no entanto, não acredita que tenha sido um meteorito que causou a devastação e considerou o fato como um fenômeno aeroespacial não identificado – talvez uma onda de choque de natureza desconhecida. Comentou, ainda, um caso parecido que aconteceu há 15 anos em Águas da Prata, também no interior de São Paulo, quando um objeto estranho caiu em uma fazenda, atingindo o cafezal e deixando um enorme buraco com mais de 16 m de profundidade. Até hoje não se conseguiu comprovar com certeza a natureza do fenômeno. No dia 25 de junho passado, os integrantes do GUG foram ao local para realizarem novos estudos, juntamente com pesquisadores do Grupo de Estudos de Objetos Não Identificados (GEONI), dirigido por Marcos Antônio Silva.
Nessa oportunidade, colheram vários depoimentos em vídeo, além de amostras de rochas, solo e vegetais para análises posteriores. Além da devastação no local, pôde-se ainda constatar, através das testemunhas abordadas, que o local é tido como palco de avistamentos de estranhos fenômenos luminosos, conhecidos popularmente na região como “Mãe-do-ouro” [Editor: o leitor é convidado a conhecer em profundidade esse fenômeno lendo a obra Discos Voadores e Extraterrestres no Folclore Brasileiro, de Antonio Faleiro, publicado da Coleção Biblioteca UFO, edição n° 4 – disponível através do encarte dessa revista sob código CB-04].
Segundo o senhor Trajano, estes fenômenos são geralmente bolas multicoloridas e visitam a região regularmente. Parece que as bolas luminosas vêm da localidade de Grama e, noutras vezes, da cidade de Divinolândia. Ainda segundo algumas testemunhas, a Mãe-do-ouro já foi vista várias vezes no local exato da explosão. Na Serra do Cigano, um local próximo dali, por exemplo, este fenômeno também é costumeiro. Alguns casos são bem interessantes. Na década de 80, o senhor Walter Roberto Lopes voltava de São José do Rio Pardo para Divinolândia, acompanhado de 8 estudantes, um professor e um motorista, quando por volta da meia-noite, passando pela localidade denominada Barreiro, observou uma luz muito forte próxima ao veículo em que se encontrava a turma. Quando o UFO desapareceu de vista, todos prosseguiram viagem até a cidade estupefatos. Lá chegando, contaram o ocorrido aos seus conhecidos, que confirmaram a existência ainda de vários outros acontecimentos semelhantes. E casos como esse são comuns em toda a região circunvizinha à Divinolândia e próxima do ponto onde houve a explosão.
No entanto, as conclusões até o momento não são muitas. O fenômeno acontecido em Divinolândia é de origem desconhecida até o momento. Mesmo assim, munidos das informações e do material coletado na fonte, já podemos formular várias hipóteses para tentar explicar os fatos. De antemão, descartamos a possibilidade de tratar-se da queda de meteorito, satélite artificial, explosão de artefato bélico etc, pois esses eventos são pouco prováveis e com certeza deixariam resíduos ou marcas características que poderiam ser facilmente identificados. Segundo o professor Salvatore de Salvo, autor do livro Sinfonia da Energética, tal fenômeno poderia ter sido causado pela explosão e conseqüentemente volatilização de um objeto sólido não convencional. Isto explicaria a total ausência de vestígios no local.
Já os pesquisadores do GUG acreditam que o fenômeno em questão é de origem desconhecida, pelas características incomuns constatadas no local. Talvez possa ter ocorrido uma onda de choque de ordem eletromagnética, sonora ou qualquer outra – o que também não deixaria vestígios materiais. De qualquer forma, a hipótese extraterrestre é a mais aceita até agora, já que é baseada nos muitos depoimentos, de várias épocas, de moradores da região que afirmam avistar regularmente UFOs nas pr
oximidades. No local do impacto, ficaram somente sinais de que algo muito estranho aconteceu – e talvez nunca saibamos o que tenha sido aquilo.
Discos Voadores Pousam e Contatam Populares em Várias Cidades da Bahia
Alguns estados do Nordeste brasileiro estão enfrentando, neste exato momento, uma das maiores ondas ufológicas já registradas em toda a história moderna dos discos voadores. UFOs têm sido observados com fantástica regularidade, em plena luz do dia, e às vezes pousam e mantêm contato com os habitantes de cidades no interior do Ceará e da Bahia. Nossa última edição (UFO 34, nov/dez 94) apresentou completo relatório sobre os casos cearenses. Agora é a vez da Bahia: nossa edição UFO Especial 05 (nas bancas a partir de 2 de fevereiro) traz em detalhes todos os principais acontecimentos registrados no interior deste Estado e fartamente divulgados em várias edições do programa Fantástico, da Globo. Os principais ufólogos baianos participam desta edição de UFO. Por isso, você não pode perdê-la em hipótese alguma! Vá ainda hoje ao seu jornaleiro e encomende seu exemplar (ele não faz parte da assinatura e a tiragem será limitada).