
Os anos 50 do século XX foram abundantes para a Ufologia em termos de novas informações sobre os UFOs, seus tripulantes, suas intenções e origens. Talvez porque as pessoas estivessem mais abertas à novidade dos discos voadores e, portanto, houvesse uma energia mais amistosa em relação ao assunto, surgiram muitos relatos e livros sobre viagens a outros mundos a bordo de naves alienígenas.
É preciso lembrar que embora o primeiro caso moderno de abdução tenha ocorrido em 1957, aqui no Brasil, com o agricultor Antônio Villas Boas, ele só chegou ao conhecimento público em 1962, e assim mesmo por meio de uma publicação estrangeira. Oficialmente, na literatura ufológica, o primeiro caso de abdução teria ocorrido em 1961, nos Estados Unidos, com o casal Betty e Barney Hill, durante uma viagem noturna. Até isso acontecer, os alienígenas eram vistos como amigáveis e gentis.
Os discos voadores de Acart
Neste artigo vamos tratar de um episódio ocorrido em maio de 1958 na região rural da cidade de Sarandi, no Rio Grande do Sul, cuja testemunha desapareceu repentinamente e reapareceu após 11 dias, dizendo que havia sido levado por alienígenas até seu planeta de origem, Acart, onde teria conhecido muitos outros seres e sido informado sobre muitos aspectos da vida acartiana. Este é o Caso Artur Berlet.
Alguns anos depois, Berlet escreveu o livro Os Discos Voadores: Da Utopia à Realidade [Portinho Cavalcante Editora, 1967] contando em primeira pessoa tudo o que lhe aconteceu e tudo o que viu em sua insólita aventura — que só foi possível graças ao seu espírito de curiosidade. A primeira edição da obra, feita no Rio de Janeiro, teve uma tiragem de 1.000 exemplares, mas nas décadas seguintes ganhou tiragens maiores e traduções para o alemão, inglês e finlandês. Uma nova edição brasileira foi lançada em 1978, também com tiragem limitada.
Neste artigo analisaremos as informações sobre o sistema de propulsão do UFO em que Berlet teria feito sua viagem de ida e de volta, com base naquilo que a testemunha nos contou em seu livro. É importante considerar que o autor, naquela época, era funcionário da Prefeitura de Sarandi e também fotógrafo, sua segunda fonte de renda. Embora tivesse algum grau de alfabetização, não tinha formação superior em nenhum curso tecnológico e, ao que parece, era autodidata. Artur Berlet faleceu em 1995.
No livro, ao perguntar a seu acompanhante acartiano sobre o sistema de propulsão das naves, Berlet foi informado de que no espaço as naves são movidas, ou atraídas, pelas ondas magnéticas emitidas pelos próprios planetas e por nós. Diz Berlet: “Sobre esse sistema de locomoção usado por eles no espaço, eu teria uma infinidade de explicação a dar, mas é inteiramente impossível, não porque eu não tenha entendido as explicações, mas porque creio que até alguém aqui da Terra vir a ler este meu relato, talvez ainda esteja enterrado no mundo dos mistérios deste tipo de locomoção usado no espaço”.
Ele nos conta, porém, vários detalhes da nave. Disse, por exemplo, que Acorc lhe explicou como funcionava tudo aquilo. “Quando nós saímos, ele me mostrou uma chapa quadrada na cúpula da nave, com 1 m de comprimento e 80 cm de altura, parecida a uma torre”. Acorc, seu cicerone acartiano, lhe disse que embaixo daquela chapa havia outra que com os olhos nus Berlet não conseguiu ver. “Porque tem um brilho muito forte e este brilho cega uma pessoa instantaneamente”.
Sobre a função da chapa, Acorc informou que ela por si só não tem utilidade alguma, porém quando ligados os motores que há dentro da nave, eles produzem uma espécie de vibração e é essa vibração que produz as ondas magnéticas, iguais às emitidas pelos planetas. “Consequentemente, o bloco menor é atraído pelo maior — o caso a nave pelo planeta”.
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