Tal qual o Fenômeno UFO como um todo, analisar o comportamento dos humanóides é algo bastante complicado, dado à estranheza e aparente ilógica da casuística. Se estamos realmente sendo visitados por uma ou mais civilizações extraterrestres, por que não há um contato oficial? Sejam quais foram as razões, a falta desse contato resulta, num primeiro momento, numa característica desconcertante do fenômeno. Por que as inteligências por trás dos UFOs optam pela clandestinidade? Não sabemos quem são, de onde vêm e, principalmente, quais são seus motivos. Sem que existam respostas básicas para essas questões, nos deparamos com inúmeros contatos espalhados pelos quatro cantos do planeta, nos quais não temos condições de observar qualquer ordenamento lógico. A princípio, podemos tentar avaliar o comportamento dos supostos humanóides dentro do que conseguimos catalogar na pesquisa civil (jque a militar é indisponível), e buscar associações que nos possam apresentar indicadores importantes. Com relação ao comportamento dos humanóides alienígenas em contatos com humanos, podemos distinguir basicamente cinco categorias distintas. A primeira delas, que trata do comportamento hostil desses seres para conosco, já abordamos na edição anterior. Vamos partir desse ponto, apresentando a seguir a segunda classificação:
Comportamento Amigável — Esta é a situação em que os humanóides se aproximam das testemunhas e interagem com as mesmas mantendo uma situação amistosa e de respeito. Um exemplo disso é o caso do agrimensor José C. Higgins, ocorrido em 23 de julho de 1947, na Colônia Goio-Bang, em Pitanga, Paraná. Higgins realizava trabalhos no campo, quando um enorme objeto discóide aterrissou a uns 50 m de distância. Os operários que o acompanhavam fugiram, porém ele resolveu ficar para ver o que acontecia. Aproximou-se para examinar melhor o objeto, quando dele saíram três indivíduos que se postaram à sua volta. Vestiam macacões transparentes que cobriam todo corpo, inclusive a cabeça. Nas costas, levavam uma mochila de metal. No entanto, era perceptível que os seres tinham grandes olhos redondos e bastante estranhos. Suas cabeças eram grandes, redondas e calvas. As pernas eram mais compridas do que as proporções que conhecemos e teriam uns 2,1 m de altura. Dentro do UFO havia um quarto humanóide observando. Todos pareciam gêmeos.
Os seres falavam entre si numa língua bonita e sonora. Moviam-se com incrível agilidade e leveza. Um deles, que trazia um pequeno tubo de metal apontado para Higgins, fez gestos indicando que queria que ele entrasse no aparelho. Por meio de palavras e gestos, Higgins perguntou para onde o levariam. Um deles fez sete círculos concêntricos no chão, mostrou primeiro o Sol no centro, depois apontou para o sétimo círculo e, depois, para o aparelho. Espantado, o homem pensou em sair dali. Nisso, tirou sua carteira do bolso e mostrou o retrato de sua esposa aos humanóides, dizendo-lhes por gestos e palavras que queria buscá-la. Eles permitiram e Higgins, afastando-se, escondeu-se num mato próximo para observar. Os seres brincavam como crianças, dando saltos e atirando pedras de enorme tamanho uns para os outros. Cerca de meia hora depois, olharam detidamente os arredores e, por fim, entraram no UFO, que alçou vôo verticalmente.
Comportamento Benevolente — Neste tipo de comportamento há uma clara interação entre os humanóides e as testemunhas, resultando em algum tipo de benefício para a segunda. Um relatório de acuidade visual, datado de 30 de agosto de 1976, não deixava dúvidas: a jovem Dirce [Pseudônimo], então com nove anos de idade, era portadora de reumatismo infeccioso. Assustados, os pais da menina a levaram para várias clínicas. Sua conclusão foi que a visão de ambos os olhos era apenas 6% do normal. O exame de fundo de olho na jovem, registrado em slides, indicava uma aparente degeneração da mácula, que poderia ser do tipo cística, considerada inicial, ou distrofia viteliforme da mácula, a chamada doença de Best. Um dos médicos que a atendeu também falou em neurite trobulbar. O fato é que Dirce tinha sua capacidade visual altamente comprometida.
Numa determinada noite, às 19h00, de uma data que se estima ser novembro de 1976, Dirce foi levar comida para o cachorro no quintal quando, subitamente, entrou correndo em casa, muito pálida. Segundo a menina, quando começou a tratar do animal, olhou para o fundo do quintal, que era muito escuro, e viu um ser de cerca de dois metros de altura, usando uma espécie de capacete e um macacão muito justo. Ele tinha olhos extremamente escuros, com dois buracos. Outro buraco ocupava o lugar da boca. Carregava uma arma apontada para ela e andava lentamente. Quando chegou a cerca de um metro de distância de Dirce, o alien acionou o botão que tinha no peito e, nesse instante, a visão da jovem obscureceu. Quando se recuperou, o ser estava de costas e caminhando novamente para o fundo do quintal, de onde viera. O inusitado é que a visão de Dirce foi restabelecida inexplicavelmente após esse encontro, conforme atesta o laudo do oftalmologista doutor Tadeu Cvintal: “Angiofluoresceinografia retiniana. Tempos principais AO (ambos os olhos), em 05 de agosto de 1982. Resultado: angiograma normal”. Os olhos da menina estavam curados.
Comportamento Indiferente — Essa é a situação em que a presença de testemunhas parece não ter qualquer importância para os humanóides e suas atividades. Um exemplo claro é o caso acontecido à senhora Luzia Nascimento de Moraes, às margens de um afluente do Rio Negro, na Amazônia. Luíza avistou um ser estranho no quintal e dentro de sua casa. A própria testemunha relata o evento: “Era cerca de 23h00. Eu estava na cozinha quando vi uma forte luz no mato, que se aproximava rapidamente. Tive muito medo! Em seguida surgiu inexplicavelmente um homem, que logo foi entrando em minha casa”. Vale ressaltar que o famoso fenômeno Chupa-Chupa é bastante comum naquela região. O humanóide descrito por Luzia era baixo, magro, forte e aparentava uns 30 anos. O ser passou por ela rapidamente, aparentando não dar importância à sua presença.
Tudo o que se relaciona ao Fenômeno UFO transcende nossa capacidade de entendimento. Mas há uma associação entre o comportamento dos ETs e sua forma anatômica
Após passar pela senhora, a estranha criatura subiu pelo telhado de sua casa, de onde foi possível ouvir um barulho semelhante ao de uma máquina de costura. Nesse momento, Luzia
e seu marido saíram da casa para observar o que estava acontecendo. E viram que o humanóide entrou num UFO branco e brilhante que estava acima de seu telhado. Aparentemente, havia outro homem dentro do objeto, pois o casal conseguiu observá-lo pelo que parecia ser uma janela. Logo em seguida, o objeto desapareceu inexplicavelmente. O caso foi investigado in loco pelo editor de Ufo, A. J. Gevaerd.
Comportamento Arredio — Neste caso, tal comportamento é verificado quando a presença de testemunhas parece perturbar os humanóides, a ponto de os mesmos empreenderem uma atitude de aparente fuga. Num certo dia do ano de 1983, por volta das 20h30, em Minas Gerais, o lavrador Joaquim Antonio Luiz retornava à sua casa de bicicleta, que fica em uma fazenda fora da cidade. Em uma curva, avistou o que pensou ser uma moça toda vestida de branco, usando uma saia curta e blusa. Seus cabelos eram cheios e loiros, e tinha pele clara. Joaquim se sentiu atraído pela mulher, que tinha um corpo muito bonito, com pernas grossas, e resolveu parar a bicicleta para abordá-la. “E daí?”, foi o que Joaquim pronunciou ao parar em frente da estranha moça. Esta é uma interpelação que, para o povo mineiro, expressa um convite à garota para uma aproximação mais íntima.
A jovem permaneceu em silêncio, virou-se de costas, inclinando o corpo para frente e levantando os braços para acima da cabeça. Em seguida, deu um salto, desprendendo-se do chão, e voou livremente. Sua saia ondulava como se estivesse sendo tocada pelo vento. Em poucos segundos, a enigmática garota tinha voado uma distância de mais de 500 m, passando a ser somente um ponto branco na noite escura. Joaquim ficou tão apavorado que quando chegou à fazenda mal pôde dormir.
Ao que tudo indica, a contingência que determina o comportamento dos humanóides está ligada, basicamente, à atividade que ele esteja desempenhando no momento específico de cada contato individualmente – atividade essa que ainda é um mistério. O fenômeno se manifesta com inúmeras nuances de difícil assimilação e aparentemente ilógicas aos nossos padrões. Sem dúvida, tudo o que se relaciona à manifestação do Fenômeno UFO transcende nossa capacidade de entendimento. No entanto, há um padrão na associação entre o comportamento dos ETs e sua forma anatômica, que já foi detectado há bastante tempo na Ufologia. Por exemplo, os seres tipo alfa, na maioria das vezes, são relatados como sendo as principais criaturas envolvidas nas abduções. Mas também há registros de seres do tipo beta nesses casos, como também a presença de várias entidades de anatomias diferenciadas envolvidas numa mesma abdução. De qualquer forma, a enorme quantidade de casos de seres alfa nos seqüestros alienígenas faz com que eles sejam reconhecidos como os principais protagonistas dessa atividade.
Outra característica do fenômeno que é digno de nota é a paralisação das testemunhas. É muito comum relatos em que as testemunhas ficaram absolutamente paralisadas diante de seres extraterrestres, próximos ou não de UFOs. Mas é importante salientar que tal comportamento não representa necessariamente algo de cunho hostil ou agressivo. Na verdade, levando-se em conta que todos os variados tipos de ufonautas evitam um contato mais efetivo conosco, a paralisação das testemunhas pode ser apenas uma medida de segurança para evitar qualquer ação que coloque em risco sua integridade física ou mesmo – por que não? – a das próprias testemunhas. Assim como pode ser um instrumento de coerção dos humanóides, como no caso das abduções. Paralisada, a testemunha fica completamente passiva e sem condições de apresentar resistência aos seus raptores. O fato é que sabemos muito pouco ou quase nada sobre os humanóides que assim agem. Outras abordagens podem trazer novos importantes indicadores. O Center for UFO Studies (CUFOS), órgão norte-americano que já foi presidido pelo professor J. Allen Hynek, criou um sistema denominado Humanoid Study Group, pelo qual se pode classificar os humanóides em cinco categorias distintas, conforme sua associação com os veículos que os transportam:
Associação Explícita — Neste caso, a entidade humanóide é observada ainda no interior de um UFO, através de janelas, portas ou outras aberturas. Na Serra da Beleza (RJ), num dia de maio dos anos 60, o senhor Alípio Lauriano avistou da porta de sua casa um objeto em forma de disco, pouco menor que um veículo tipo Fusca, evoluindo a cerca de 400 m de onde se encontrava, bem acima de uma plantação de milho. Segundo a testemunha, o objeto emitia um ruído semelhante ao produzido por uma moto, só que mais acelerado e baixo, por cerca de cinco minutos. Alípio conseguiu divisar o que pareciam ser janelas, por onde pode reconhecer a presença de uma ou mais criaturas no interior do UFO. O objeto acabou desaparecendo em direção à localidade de São José do Turvo, próxima dali, deixando um aparente rastro de fumaça, que logo se dissipou.
Associação Direta — É a observação de entidades humanóides que entram ou saem de um UFO. Durante a Operação Prato, em 1977, o coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) Uyrangê Hollanda obteve o relato de uma experiência bastante inusitada. Luis, um rapaz que trabalhava apanhando barro para uma olaria de propriedade de Paulo Keuffer, montou acampamento em cima de uma árvore, a beira do Rio Jarí, limítrofe entre o Pará e o Amapá, onde nasce na Serra de Tumucumaque. O homem tinha o intuito de caçar uma paca. Num dado momento, um UFO parou sobre ele e abriu uma espécie de porta. Dessa abertura desceu um foco de luz intenso e, dela, surgiu um ser que parecia descer flutuando com os braços abertos. Chocado, Luis pulou da árvore e se escondeu no meio da vegetação. A criatura tinha um dispositivo na mão que emitia uma luz vermelha que, aparentemente, usava para examinar o acampamento que o caçador tinha feito na árvore. Logo em seguida, o ser apontou a luz vermelha diretamente para Luis, deixando claro que sabia onde estava escondido. Ele ficou mais assustado ainda e saiu correndo pela margem do rio, tropeçando em troncos e raízes. O alien acabou voltando para dentro da nave e esta, por sua vez, voltou a se movimentar e foi embora.
Associação Deduzida — Esta é a situação em que há a observação de entidade humanóide fora de uma nave. Um bom exemplo é o caso ocorrido ao lavrador João Alves Sobrinho. Em uma noite enluarada, entre junho e julho de 1972, Sobrinho, residente na localidade de Quebra-Perna, município de Jequitibá, à 10 km de Baldim (MG), observou um aparelho pouco maior que uma Kombi, da altura desta e com as bordas “despontadas”, conforme descreveu. Era branca, tinha um farol – então apagado – na fren
te e, visto de perfil, parecia um barco com dois pequenos vãos retangulares. Estes lembravam janelinhas, próximas à sua base, que parecia tocar no solo. À medida que se aproximava do objeto, o homem percebeu dois seres humanóides de pequena estatura agachados, de costas para ele e mexendo no solo. Sobrinho passou por eles a uma distância de 5 m e não chegou a ver suas faces. Eles vestiam uma espécie de capa larga, clara, sobre a qual sobressaía uma cabeleira escura que atingia a cintura. O rapaz apressou o passo e chegou em sua casa. Logo depois, voltou para o local e não viu mais os seres nem o objeto. No entanto, avistou o UFO voando à baixa altitude, horizontalmente, distanciando-se rumo a oeste.
Associação Suposta — É a observação de entidades humanóides que não estão diretamente relacionadas com a observação de um disco voador, mas que se manifestam em local de reconhecida atividade ufológica. Noutras palavras, é quando são vistos ETs sem uma nave por perto. Na noite do dia 21 de abril de 1996, no Restaurante Paiquerê, instalado no Jardim Zoológico de Varginha (MG), estava acontecendo uma festa de aniversário de um secretário municipal da cidade. Nesta festa estava presente a senhora Terezinha Clepf, que saiu para a varanda do estabelecimento para fumar, por alguns instantes, e teve um encontro insólito. Era por volta das 21h00 e Terezinha avistou uma criatura no parapeito, o que só possibilitou observá-la do pescoço para cima. O ser era marrom escuro, brilhante, tinha a pele oleosa e o rosto redondo. Não tinha bochechas, barba, bigode ou nariz, e no lugar dos lábios havia apenas o que parecia ser um pequeno corte. Apesar da escuridão, a testemunha pôde observar tais detalhes porque os enormes olhos vermelhos da criatura emitiam luminescência “…como se fossem faróis traseiros de carro”, declarou. O sul de Minas Gerais é considerado uma zona de grande atividade ufológica e tal fato aconteceu quatro meses antes após a captura de dois seres extraterrestres no município, caso conhecido mundialmente, ocorrido em 20 de janeiro de 1996 e pesquisado por Ubirajara Franco Rodrigues.
Não Associados — Estes casos se referem à observação de entidades humanóides sem que exista qualquer atividade ou manifestação de UFO aparente. Um exemplo do gênero, que é considerado raro, deu-se na década de 50, em Santanésia, interior do Rio de Janeiro. A jovem Lucy Galluci teve um encontro estranho com uma criatura humanóide. Lucy costumava sair após o almoço sempre carregando seus livros. Ela dedicava suas tardes à leitura em uma das margens de um lago criado pela barragem de uma usina hidrelétrica da região. E numa dessas tardes, a jovem acabou se deparando com um homem misterioso. Ele trajava vestimenta branca, bem ajustada ao corpo e emendada nos sapatos. Sua testa era muito ampla, mas não por calvície. O cabelo era liso, ralo e tendendo para o branco. As orelhas eram um pouco pontudas e sem lóbulos. O nariz era muito afilado e os olhos impressionavam pela cor indefinível – entre o amarelo e o castanho. “Pareciam refletir o verde da vegetação”, definiu Lucy. Não tinha sobrancelhas e nem pestanas, e sua voz era grossa.
A criatura humanóide deu várias informações para a jovem, entre as quais a de que a vida na Terra surgiu através da colonização do planeta por seres de outros mundos. Depois disso, o humanóide se afastou e desapareceu. Lucy não avistou qualquer UFO, assim como demorou bastante tempo para concluir que se tratava de uma experiência de cunho ufológico. Como é perceptível neste ponto de nossa análise, a pesquisa do Humanoid Study Group formula uma maneira não convencional de tentar estudar e classificar os ufonautas. Diante de um fenômeno que parece transcender tudo o que conhecemos, mais pesquisadores deveriam se dedicar a examinar essa questão, com novas e originais formas de classificação e associação. Esse seria um esforço legítimo de se tentar avançar nosso conhecimento em tão polêmico assunto. Afinal, os humanóides, ocupantes de UFOs, ainda são uma incógnita total. Quem são eles? De onde vêm? O que desejam? Talvez um dia nossos próprios visitantes misteriosos resolvam se revelar e, assim, teremos respostas para estas importantes perguntas.