Pesquisadores norte-americanos pediram esclarecimentos, com base na Lei de Liberdade de Informações (FOIA) a respeito do programa de investigação ufológica oficial do Pentágono revelado em dezembro passado. O Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) tem diversos pontos muito incertos e duvidosos, e a intenção dos pesquisadores é esclarecer as dúvidas. Uma das maiores desconfianças é quanto ao papel da Bigelow Aerospace, empresa de propriedade do bilionário Robert Bigelow e que recebeu a maior parte do orçamento do programa, estimado em 22 milhões de dólares entre 2007 e 2012.
Em comunicado datado de 10 de janeiro de 2018 e assinado por Alesia Y. Williams, chefe do Escritório de Serviços e Desclassificação FOIA, pode ser lido: “Somos incapazes de responder a sua demanda dentro dos 20 dias regulamentares previstos em lei devido a circunstâncias incomuns. Essas podem se dever: (a) A necessidade de procurar e obter registros em local distante de nosso escritório; (b) O volume potencial de registros associados a sua demanda; e (c) A necessidade de consulta a uma ou mais agências que têm interesse substancial no assunto desses registros”. A requisição de informação envolve cópias de todos os contratos envolvendo a participação da Bigelow Aerospace no AATIP, incluindo a parte do financiamento.
O requerimento FOIA foi apresentado em 23 de dezembro de 2017, pedindo cópias de todos os contratos relacionados ao AATIP, incluindo aqueles relacionados à Bigelow Aerospace e o financiamento que essa empresa recebeu. Também foram pedidas listagens das pessoas envolvidas no programa, quais delas têm acesso a informações privilegiadas, lista dos contratantes que receberam os financiamentos do governo, a lista dos contratantes e subcontratantes e todos os arquivos e informações relacionados. Um segundo requerimento pede cópias de todos os contratos, inclusive de financiamento, ligados ao Instituto Nacional para Descoberta Científica, datados entre 1995 e 2004. Mais e mais o AATIP vem sendo questionado, e entre os motivos estão o financiamento de 22 milhões de dólares, quantia ínfima diante do total de orçamento da Defesa, e as relações privilegiadas de Roberto Bigelow com a principal figura política ligada ao programa, o senador Harry Reid, de quem Bigelow é amigo. Finalmente, as reais motivações do ex-chefe do programa, Luis Elizondo, aparentemente teve acesso aos vídeos liberados mediante estratagemas pouco éticos, o que também vem sendo questionado.
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Saiba mais:
Livro: Roswell: Novas Revelações
O caso ufológico que dá origem a este livro é o mesmo que serviu de pretexto, quase sete décadas atrás, para a implantação da política governamental de acobertamento da presença alienígena na Terra. Foi imediatamente após a queda de um disco voador na cidade de Roswell, no meio do Deserto do Nevada, que as autoridades norte-americanas tomaram conhecimento de sua procedência extraterrestre e de sua elevada tecnologia. Roswell: Novas Revelações vai a fundo nesta questão e expõe todas as suas características com clareza, após décadas de pesquisas do autor e centenas de depoimentos de testemunhas civis e militares. Donald Schmitt é um dos maiores especialistas no Caso Roswell em todo o mundo. Foi diretor de investigações do Center for UFO Studies (CUFOS), fundado décadas atrás pelo pioneiro J. Allen Hynek.