Um dos estados brasileiros mais ricos em folclore é também um dos mais ricos em observações de UFOs. Porém, há mais que coincidência nessa estatística: um fenômeno origina o outro e alimenta culturas inteiras sem que se esclareçam suas origens. O professor Antonio Faleiro, diretor do Observatório Particular de Passa Tempo¹ e fundador do grupo Cosmonig, é um incansável pesquisador da região e tem estudado intensamente a ligação do folclore regional com as aparições de UFOs, que são constantes.
Um fato que intriga o pesquisador se refere à presença constante de alienígenas nos mesmos lugares por anos a fio. “Os UFOs têm predileção por locais determinados e, de tempos em tempos, ali são vistos”, declara o estudioso. “Deve existir alguma coisa que lhes interessa na região, senão não viriam em ondas anuais”, conclui. Os moradores rurais de Minas Gerais chegam a indicar trajetos e locais de pouso da suposta Mãe d\’Ouro, que quase sempre são serras altas e locais de difícil acesso. Essas engenhocas são vistas também voando à baixa altura e causam estranheza na população fazendo com que muitos desses locais sejam batizados de mal-assombrados.
“É muito fácil encontrar-se um UFO na zona rural”, diz Faleiro. “Basta que se pergunte aos moradores da região a ser pesquisada onde estão os locais mal-assombrados e ali manter vigília durante algum tempo”. Comumente, o que os observadores vêem é uma luz semelhante a um farol amarelado voando junto ao solo ou, então, 2 ou mais luzes, sendo uma maior que as outras, que são sondas. Quase sempre a nave pousa num local mais alto e dirige as sondas para as grotas e campos, que em alguns avistamentos tomam cor vermelha. Há também casos de sondas isoladas vistas em cascalheiras, pedreiras, esbarrancados ou até mesmo saindo de leitos de rios, quando são conhecidas corno Mãe d\’Água.
Quanto a essas sondas, há uma hipótese que explica sua aparição: seriam aparelhos programados para unia determinada pesquisa, ficando escondidos durante o dia mas, pela noite, saindo paia prosseguir uma seqüência de trabalho, sendo capazes de fugir no caso de aproximação de testemunhas. Em 1984, por exemplo, um garoto chegou a um metro de distância de uma sonda, que tinha o tamanho de uma bola de futebol e brilhava com uma luz amarelada. De repente, ela começou a emitir estalidos e voou deixando uma esteira de fogo no seu curso. Já houve registro de um contato onde uma observadora pegou uma sonda numa peneira, enquanto estava catando café. A sonda se inflamou imediatamente, autodestruindo-se.
Um fato interessante aconteceu em agosto de 1987, numa fazenda da região de Passa Tempo, onde um empregado teria visto o que achou ser o demônio. Contou aos pesquisadores que, por volta das 18h00, quando foi ao pasto, reparou que os animais estavam quietos e, de repente, surgiu à sua frente um ser de cerca de 1,10 m de altura, pele negra, olhos vermelhos, boca fina, nariz achatado e orelhas pontudas. Vestia uma roupa preta colante ao corpo, fechada no pescoço, punhos e tornozelos. A testemunha ficou imobilizada a cerca de 2 m do ser. que gesticulava com a mão direita pronunciando palavras incompreensíveis ao observador.
Estranha Criatura — O homem não soube dizer quanto tempo ficou ali, frente a frente com aquela estranha criatura, mas quando o demônio desapareceu, misteriosamente, ainda ficou cerca de 5 minutos paralisado. Só então conseguiu correr de volta à sua casa, sem fala de tão assustado. Faleiro conta que, em 1984, uma garotinha da zona rural de Passa Tempo também viu um ser vestido com uma capa preta. Segundo a menina, ainda jovem paia distinguir as coisas direito, o ser teria algo na cabeça que parecia com um chapéu com uma pena na ponta Ele lhe acenou com ambas as mãos c ela fechou a porta assustada, chamando os familiares. Quando todos vieram ver o que acontecia, nada mais encontraram.
Fatos como esses existem aos milhares, espalhados por todo o mundo, em especial no interior do Brasil. Em Minas Gerais, segundo estudos de vários pesquisadores, tem-se muitos locais de elevada incidência ufológica, mas as pessoas, em geral, não se interessam pelo assunto, daí tudo cair no campo do sobrenatural. “O contato direto com outros seres do universo está muito distante porque nós mesmos adiamos esse encontro”, diz o estudioso Faleiro, grande conhecedor da casuística mineira.