Chegamos ao esperado século XXI. O conhecimento da realidade social continua sendo extremamente importante para o progresso humano, assim como a identificação das correntes de opinião existentes em um meio social. Porém, identificar que opiniões expressam melhor a realidade é uma habilidade que interessa a todos nós – especialmente se fundamentada em fatos ou em teorias engenhosas – e, ainda assim, permitir que estas hipóteses possam ser contrariadas por novos fatos e/ou teorias.
Para compreender a situação do mundo hoje é necessário entender que todos os problemas que atualmente assolam a Humanidade são, na verdade, várias facetas de uma grande crise de percepção. Um bom ponto de partida para se aventurar neste assunto e assim iniciar uma caminhada produtiva para entender esse fenômeno sociológico e científico são os livros O Ponto de Mutação, do físico Fritjof Capra, e Os Semeadores de Vida, de Carlos Paz Wells. A velha e defasada visão mecanicista de mundo – no qual o comportamento das partes é determinante para a compreensão do todo – tem dado lugar às novas concepções ecológicas de entendimento. É no estudo do todo que se compreende o comportamento das partes. Esta é a visão sistêmica que, como qualquer estudo, possui níveis de percepção e compreensão. E, principalmente, possui inúmeras vantagens, como a flexibilidade, a interdisciplinaridade e a capacidade de ir além da lógica!
Essa visão sistêmica nos permitirá alcançar um estado de equilíbrio dinâmico que provavelmente é a teoria unificada que rege o Universo. Ao fazermos isto, estaremos nos integrando definitivamente à natureza e nos tornando cidadãos cósmicos, representantes de uma forma de vida inteligente e consciente. Outra possibilidade gerada pela visão sistêmica é a criação de uma verdade temporária ou coletiva, algo que ainda não existe aqui na Terra. Este tipo de verdade é o fruto de uma sociedade mais avançada, pois implica que todos os seus participantes partilhem das mesmas informações e conhecimentos, mesmo que o conhecimento, a compreensão ou a informação não sejam igualmente abrangentes a todos. As noções básicas são comuns, sendo a percepção da verdade e realidade compartilhada, dividida e complementada por todos os integrantes. Dessa forma, possibilita-se uma visão mais ampla, mesmo estando conscientes de que esta visão ainda é incompleta, devido ao momento evolutivo e histórico que este tipo de sociedade está vivenciando.
Nos estudos sobre UFOs e a interação com seus tripulantes este tipo de visão seria a ideal, pois permitiria a uma sociedade o progresso, na medida em que todos seriam partícipes e interdependentes dos conhecimentos adquiridos, nunca presos a dogmas ou princípios rígidos, flexibilizando suas mudanças e dinamizando seu desenvolvimento. O lado individual, isto é, a condição de ser um indivíduo dentro do conjunto, serviria como complemento e nunca como obstáculo, pois não existiriam interesses apenas individuais, mas coletivos. Para esta visão, o desenvolvimento coletivo seria o objetivo, gerando uma sociedade satisfeita, além da tão almejada interação com outras sociedades cósmicas que podem estar “jogando” conosco e, como coloca Carlos Alberto Machado em seu texto, servindo como uma sutil condução para uma mudança de paradigma.
Todos concordamosque sua teoria é maluca. O problema que nos divide é o seguinte: será que ela é suficientemente maluca para ser correta?
– Niels Bohr
Uma Verdade que Liberta — Se continuarmos analisando as evidências referentes ao Fenômeno UFO em pedacinhos, como fatos isolados que não se inter-relacionam, repetiremos os mesmos problemas que ocorrem em outras áreas do conhecimento humano e que geraram nossa atual sociedade, dividida em feudos individuais com verdades particulares e unilaterais, cuja realidade existencial obedece a um único desejo de sobreviver a qualquer custo. Esta espécie de sociedade foi condenada à destruição, pois todos os seus partícipes são competidores e inimigos, assim como os alienígenas. Em resumo, poderíamos dizer que a visão sistêmica, não somente sobre o Fenômeno UFO, é a que nos dará a capacidade de compreender, crescer e aprender o que nos levará justamente a caminho da nossa liberdade. Sim, pois quando uma civilização ou forma de vida começa a se projetar à consciência, a uma percepção holística da vida, está a caminho da sua liberdade e, como já disse uma certa entidade, “a verdade vos libertará”. É um fato!
E onde entra a nanotecnologia neste assunto? Ora, ela nos possibilita entender como funcionam as partes, o todo e o gerenciamento em mão dupla destes mecanismos. Imagine construir um nanorobô que simule perfeitamente o comportamento de uma das formas de vida mais simples, mas ao mesmo tempo complexa e fascinante: o vírus. Seria possível conceber sua visão sistêmica de objetivos, estratégias e motivos? Veríamos ao vivo e em cores como um átomo passa a adquirir um objetivo de vida? Como uma molécula utiliza sua percepção de realidade para programar suas ações e reações? A conceituada publicação norte-americana Scientific American, de setembro de 2001, abordou a nanotecnologia como matéria de capa, tratando do assunto como uma nova revolução industrial.
As possibilidades desta nova ciência exata, humana e biológica são tão amplas que ninguém sabe ao certo aonde irá chegar e, bem como a Física Quântica, abre as portas para a grande magia que é imaginar e tornar a união de mente e cérebro uma grande ferramenta do conhecimento. Quem perceber e viver, verá!