Há uma imagem plantada em nosso inconsciente no que se refere a outros mundos e povos especiais. Há séculos a ficção literária vem mostrando espécies invasoras com alta tecnologia e nenhum respeito pela raça humana, que querem nos destruir, escravizar ou nos transformar em alimento. A literatura fantástica, com seu papel de estimular a imaginação além do cotidiano, também foi — e ainda é — usada para denunciar os desmandos de governos e correntes de pensamento em todas as épocas, transferindo para os “terríveis” extraterrestres que queriam nos dominar os defeitos e vícios de caráter de nossa própria espécie, como forma de nos fazer, ainda que disfarçadamente, encarar o espelho.
Com o advento do cinema e a popularização de livros e revistas, a ideia de invasores sem sentimentos que nos julgam e exterminam se difundiu de forma generalizada e de tal maneira que quando, em meados do século passado, os primeiros relatos de avistamentos de UFOs começaram a ganhar as manchetes, as pessoas se sentiram aterrorizadas. Esse medo inconsciente de que seríamos invadidos ficou ainda pior quando os primeiros relatos dos abduzidos começaram a chegar. As notícias de pessoas sendo levadas e examinadas contra sua vontade, exatamente como nós fazemos com os animais que estudamos, reforçaram o medo que já existia — os extraterrestres vieram para nos conquistar e subjugar.
Milhares de livros, palestras, filmes e artigos foram escritos sobre os “terríveis” alienígenas sem coração que por algum motivo que desconhecemos escolheram a Terra como alvo de suas maldades. É claro que nosso imenso e desconhecido universo pode abrigar todo tipo de vida e cultura, mas aceitar que seres viajem para cá apenas para nos dizimar não faz sentido algum. Nosso planeta é apenas mais um entre bilhões e se há um ponto em que ufólogos e cientistas concordam é que o cosmos está cheio de vida e, portanto, por que viriam nos destruir?
Ameaça ou salvação?
Por outro lado, o oposto também é verdadeiro, ou seja, por que viriam nos ajudar? A questão é que há argumentos a favor e contra as duas questões — e tomar qualquer uma delas como sendo verdadeira é, para falar o mínimo, arriscado. De qualquer forma, se queremos formar uma opinião sobre o assunto ou apenas ficarmos mais bem informados sobre ele, é importante que conheçamos e estudemos, sem preconceitos ou prejulgamentos, aquilo que dizem os que defendem a tese de que os ETs querem nos destruir ou escravizar e aquilo que defendem os que dizem que eles querem apenas nos ajudar.
Nossa entrevistada desta edição trabalha há muitos anos promovendo a ideia de que há outras inteligências cósmicas que nos acompanham e ajudam a evoluir. Segundo Miriam Delicado, o que elas pedem é que salvemos a humanidade e toda a vida do planeta. Ainda temos tempo, afirmam os seres que a contatam. “Eles pedem que acordemos e que nos lembremos de quem somos e porque viemos para a Terra”, diz Miriam. Ainda segundo ela, “honrar e respeitar todas as formas de existência e conectar-se com a Fonte Sagrada da Vida é a mensagem mais importante dos extraterrestres”. Não é algo fácil de fazer e à primeira vista parece impossível de ser realizado, mas, como explica nossa convidada, pode ser alcançado.
Miriam Delicado foi uma das palestrantes do II Fórum Mundial de Contatados, que a Revista UFO promoveu com enorme sucesso em Curitiba, no mês de maio de 2014, e gentilmente aceitou nos conceder uma extensa entrevista na qual explica sua experiência com extraterrestres do tipo nórdico — seres que a ajudam e ensinam desde a infância. Canadense e cidadã do mundo, como se afirma, Miriam arrancou uma ovação em pé de vários minutos no Fórum e cativou a todos com seu jeito simples e direto de encarar a Ufologia [O III Fórum Mundial de Contatados será neste ano em Porto Alegre, de 12 a 14 de junho. Veja em www.contatados.com.br].
Você passou por uma experiência única, envolvendo ETs do tipo nórdico, também conhecidos como tall blondes [Loiros altos]. Poderia nos contar o que lhe aconteceu?
Bem, minha história começa em 1988, quando eu tinha 22 anos de idade. Na época eu morava em Vancouver, no Canadá, e levava uma vida absolutamente normal. Em determinado momento, após perder meu emprego e deixar meu namorado, eu decidi tirar férias e ir visitar minha cidade natal com alguns amigos. Foi na volta daquela viagem que tudo aconteceu e minha vida mudou para sempre.
Quem estava com você na ocasião?
Três outros adultos e uma criança estavam no carro comigo aquela noite enquanto nos dirigíamos para o sul. Conforme avançava a noite, eu adormeci no banco de trás do carro e caí em sono profundo. Enquanto estava sonhando, um homem e uma mulher apareceram para mim e me disseram para não ter medo, pois estavam vindo para me encontrar — a próxima coisa que sei é que estava acordada no carro. Logo após meu sonho, nós trocamos de motorista. Eu passei para o banco da frente e minha amiga pegou o volante. Pouco tempo depois de começarmos a andar, vimos algumas enormes luzes que vinham atrás de nós na estrada. Elas chegavam muito rápido.
Vocês se assustaram com a luz?
Nós achamos que elas iriam nos ultrapassar, mas nunca o fizeram. Cada vez que entrávamos em uma cidade, passávamos por uma casa iluminada ou por um carro vindo em direção contrária, as luzes recuavam e desapareciam. E sempre que apareciam, uma estranha estação de rádio surgia no rádio do carro. Aquilo era muito estranho. Há 25 anos era difícil até mesmo sintonizar uma estação de rádio naquelas regiões então remotas do Canadá. Conforme tudo aquilo acontecia, nós fomos ficando cada vez mais nervosos. Finalmente entramos em uma pequena cidade e eu disse à motorista que continuasse a dirigir o mais rápido que ela pudesse e que ultrapassasse o sinal vermelho que encontramos.
Experiência incomum
E então, o que aconteceu a vocês?
A última coisa de que me lembro foi de me virar para ver se as luzes ainda estavam lá. Por causa da distância entre um ponto e outro, não existia nenhuma possibilidade de um carro nos alcançar. E eu disse isso à minha amiga. E no momento seguinte, tudo mudou — pareceu que em um piscar de olhos as luzes que estavam atrás de nós passaram para a nossa frente. Nós não vimos de onde elas vieram. Só sei que elas piscavam e eu gritava para meus companheiros saltarem do carro. Minha amiga estava aterrorizada e gritava que não queria descer do veículo, quando eu gritei para ela: “Não é você que eles querem, sou eu!”
Realmente assustador. O que você fez em seguida?
Naquele momento vi minha amiga inclinar a cabeça para o lado e lentamente parar o carro. Em seguida, reparei que havia luzes por toda a parte e todos os meus companheiros pareciam estar dormindo. Em minha mente eu mal compreendia o que estava acontecendo. As duas luzes que estavam nos seguindo por horas estavam agora atrás do carro, paradas. Havia faíscas vindo de todos os lados e, quando eu olhei para a frente do automóvel, vi um pequeno UFO parado na estrada. Havia uma espécie de névoa em volta do objeto e de dentro dele saíram pequenos seres que caminharam em minha direção. Eles pareciam ter aproximadamente 1,2 m de altura, pele macia e grandes olhos redondos e negros. Eu sei que esta não é exatamente a descrição que muitos fazem dos grays [Cinzas] em experiências muito negativas, mas não eram os mesmos. Em minha mente eu ouvia aqueles seres falando comigo e me dizendo para sair do carro e não ter medo, pois não iam me fazer mal. Desci e fiquei parada com muito temor. Enquanto isso, meus amigos pareciam estar adormecidos.
Os seres vieram até você?
Sim. Eles me tomaram pela mão e me levaram estrada abaixo, passando pelo objeto de onde tinham surgido. Ali, do lado esquerdo da rodovia, tinha um enorme UFO aterrissado. Nós começamos a subir uma elevação e, quando olhei para cima, vi mais dois extraterrestres, agora loiros, altos e de olhos azuis, ambos em pé na porta da nave. Enquanto eu andava para o aparelho, os seres que estavam na estrada, e que estavam segurando minha mão, me liberaram e eu entrei — aquele foi o momento em que minha vida mudou para sempre.
Os seres extraterrestres pedem que acordemos e que nos lembremos de quem somos e porque viemos para a Terra. Honrar e respeitar todas as formas de existência e conectar-se com a Fonte Sagrada da Vida é a mensagem mais importante que eles têm.
O que aconteceu quando você entrou na nave alienígena?
Eles me colocaram sentada em uma cadeira que parecia ser feita de luz. À minha frente havia uma tela do tipo holográfica que mostrava imagens. Através daquelas imagens eles me explicaram, com termos bem simples, o passado, o presente e o futuro da humanidade na Terra. Explicaram-me alguns dos “possíveis futuros” que poderíamos ter neste planeta e porque é tão importante para nós acordarmos e começarmos a nos lembrar de quem somos e porque viemos para a Terra. Muitas das coisas que eles me mostraram provocaram um grande impacto em minha vida naquela época e ainda provocam hoje em dia. Em determinado momento me disseram que se nós não mudássemos nossa maneira de interagir com a natureza, destruiríamos a possibilidade de vida para as futuras gerações neste planeta. Emocionalmente, foi muito difícil lidar com aquilo que diziam e mostravam. Não era como olhar para a televisão e ver uma imagem que está fora de você mesmo. Tudo o que me mostraram, tudo o que me falaram, tudo o que dividiram comigo foi uma experiência que me foi dada, que foi vivida.
Você poderia explicar melhor?
Uma maneira de descrever o que senti, para que as pessoas compreendam, é usando o exemplo da escalada. Veja, você lê mil livros sobre montanhismo, sobre como escalar e tudo o que existe para se aprender sobre o assunto, mas nunca terá o verdadeiro conhecimento até que experimente escalar uma montanha você mesma. O que os extraterrestres fizeram a bordo da nave aquela noite de 1988 foi dar-me a experiência de muitos futuros potenciais para nosso planeta. Eles também me deram a experiência de viajar através do cosmos, através de dimensões, experimentando e compreendendo como o universo e a própria existência interagem. Não é possível explicar isso de nenhuma maneira, porque somente quando você escalar o rochedo você saberá como é. Eu saí daquele UFO uma pessoa mudada — na verdade, eu nem parecia a mesma após aquela experiência.
Mudada como?
Como qualquer coisa na vida, uma nova experiência tem o potencial de mudar nossas visões e percepções. Feche os olhos por um momento e imagine que você foi levada a uma viagem pelo universo e trazida de volta, lhe foi mostrada a verdadeira história de nosso mundo e humanidade e a beleza potencial de nosso futuro, assim como nossa potencial destruição. Tudo isto dado a você como uma dádiva, em três horas. Somente as pessoas que tiveram esse contato face a face compreendem, verdadeiramente, quão devastadoras e ao mesmo tempo maravilhosas são estas experiências. Não se trata de luz e amor. Não se trata de uma mensagem divina das Plêiades. Não se trata de grays tentando tomar a Terra. Não se trata do que um grupo de extraterrestres está fazendo em nosso planeta. Trata-se de nossa humanidade e de quem somos nós. Lembre-se de que para cada pergunta que você tiver respondido sobre UFOs e extraterrestres, surgirão outras mil que ainda permanecem sem resposta.
Você teve algum tipo de experiência anterior que poderia estar relacionada à de 1988?
Sempre me achei diferente quando era criança. É muito interessante. Quando estava no UFO, em 1988, os extraterrestres me mostraram visões de meu passado. Era como se eles tivessem colocado memórias em mim ou removido barreiras para que eu me lembrasse de algumas coisas. Uma das memórias que recuperei muito claramente foi a de estar em meu berço e ver os seres a minha volta. Meu pai, alguns anos após o encontro de 1988, fez uma declaração que confirmou que isso era verdade. Eu estava com 25 anos quando pela primeira vez contei a ele que havia sido levada a bordo de um UFO. E uma das primeiras coisas que ele disse foi: “Por que você não me contou isso antes? Também fui levado há 25 anos e eles estavam sempre à volta, nunca me deixavam sozinho”. Enquanto ele me contava aquilo, eu entrei em choque, porque para mim era a confirmação de minhas memórias enquanto bebê.
Você pode nos contar sobre as lembranças recuperadas?
Uma das que retornou foi a de um momento em que eu estava com minha irmã mais velha e vimos um UFO. Eu tinha quatro ou cinco anos quando aconteceu. Lembro-me de que nós duas caminhamos para fora e entramos no campo da fazenda que ficava em frente de onde vivíamos. Uma bola de luz azul saiu piscando do objeto e veio direto em nossa direção. Parecia me analisar e depois a minha irmã. Esta esfera iluminada soltou um raio azul na cabeça de minha irmã e naquele momento ela virou-se e voltou para casa. Mas recordo que em seguida eu já estava a bordo da nave. Lá fui colocada em uma cadeira feita de luz, mas daquela vez eles fizeram alguns procedimentos comigo.
Procedimento doloroso
Quais foram estes procedimentos?
Eles me disseram que estavam trocando meu sangue e que aquilo me protegeria de doenças que existiriam no futuro — foi extremamente doloroso e eu me lembro que senti como se estivesse sendo inflada como um balão, apesar de não me ver fisicamente maior. Também me recordo de que os seres me deram algo. Era pequeno o suficiente para caber em minha mão e me lembrava um dominó. Tinha marcas em um dos lados e me foi dito para levar para casa e enterrá-lo, o que eu fiz. Eu voltei 40 anos depois ao local e tentei encontrar o objeto, mas não tive sucesso. Eu sei que está lá e talvez um dia tenha a sorte de encontrá-lo. O que era, porque eles me deram e qual era o propósito dele são perguntas que, até que ele seja encontrado, permanecerão sem resposta.
Mais alguém testemunhou os acontecimentos daquela noite?
Sim, tudo foi confirmado por mais de uma pessoa. Minha irmã também tem uma estranha memória daquela noite. Quando lhe perguntei pela primeira vez se ela se lembrava de alguma coisa estranha que tivesse acontecido quando éramos crianças, ela respondeu que sim, que se recordava de uma luz que estava pairando sobre o celeiro. Seis meses depois, refiz a pergunta e ela disse que não, que não sabia do que eu estava falando. Esperei e após algum tempo perguntei novamente e ela se lembrava de algo estranho. Sua memória parecia ir e vir ao longo dos anos. Ela só conseguiu se lembrar daquela noite aproximadamente 14 anos mais tarde, quando encontrou um trabalho de escola onde narrava a experiência. Achei graça quando ela compartilhou o fato comigo e disse que daquela vez não esqueceria…
Quem mais confirmou sua experiência e pode corroborá-la?
Os pais de uma amiga de infância. Quando eu contei a eles sobre o incidente de 1988, começaram a me dar informações chocantes. Minha amiga me contou que um homem que vivia na mesma rua que nós, e que era alcoólatra, disse ter visto um UFO pairando sobre o celeiro, o mesmo local onde eu vi o UFO junto com minha irmã. Ela falou que o homem tentou dizer a todos que viu o objeto, mas o ignoraram porque estava muito alcoolizado. Ele alegava que o UFO tinha pairado no mesmo lugar por muitas horas e ninguém estava acordado. Isso também é um indicativo interessante de que, estando a pessoa alcoolizada, a tecnologia usada pelos extraterrestres para adormecer testemunhas talvez não funcione.
Estranhos sintomas
Há mais algum caso ufológico ocorrido em sua vida que queira nos contar? Algum fato estranho?
Sim. Houve outro incidente quando eu estava com 16 anos, em uma estrada na cidade onde vivia. Eu, meu namorado e um amigo dele saímos uma noite para dar uma volta e paramos à beira da estrada. Lembro-me claramente como se fosse ontem. Nós estávamos quietos fora do carro e vimos o que pareciam ser três estrelas cadentes — tinham uma luz vermelha como se talvez estivessem queimando ao entrarem na atmosfera, foi o que pensei. Antes de as luzes alcançarem a terra, mudaram de direção e começaram a viajar paralelas à superfície, em grande altitude. Essa é a última coisa de que me lembro. Aquela noite foi muito estranha. Recordo que quando entramos no carro estava muito frio, porque já era tarde. Os dois rapazes que estavam comigo se perguntavam há quanto tempo estávamos lá fora e se sentiam muito nervosos. E logo depois eu adoeci.
Como assim? O que lhe ocorreu?
Do nada fiquei tão doente que mal conseguia ficar de pé. Nós fomos ao médico e ele pediu para fazer alguns exames de sangue, mas não conseguiram tirar sangue de mim. Então, tão rápido e estranho como a doença apareceu, ela também desapareceu. Eu não tenho nenhuma resposta para aquela noite e muitas pessoas me perguntam se penso em usar hipnose para me lembrar. Minha resposta sempre foi e continuará sendo que por enquanto não pretendo usar hipnose para este fim.
Você acredita que sua doença esteja relacionada com extraterrestres?
Veja, se alguém que nunca viu uma pessoa branca é retirado do meio de uma floresta e levado para uma cirurgia para reparar seu coração, por exemplo, ele pensaria que está sendo torturado. Então, quando as pessoas têm experiências com extraterrestres, sugiro precaução antes de saltar para uma conclusão. Não posso dizer que tudo o que fazem é bom para nós, assim como não posso dizer que tudo o que fazem é ruim. Precisamos fazer considerações mais racionais e cuidadosas de todos os fatos. Conclusões que sejam imparciais a todos os pontos de vista. Essa é única maneira de encontrarmos a verdade e as respostas para estas importantes perguntas.
Feche os olhos por um momento e imagine que você foi levada a uma viagem pelo universo e trazida de volta, lhe foi mostrada a verdadeira história de nosso mundo e humanidade e a beleza potencial de nosso futuro, assim como nossa potencial destruição.
Voltando à sua experiência de 1988, como os tripulantes do UFO se comunicavam com você?
A comunicação com eles é muito interessante. Embora eu não tenha visto suas bocas se moverem, podia ouvi-los em minha mente com extrema clareza. O som de suas vozes era absolutamente claro. É difícil de explicar, mas me lembro de que eles falaram em inglês comigo. Algumas vezes, quando diziam para eu não ter medo, era como se eu não somente ouvisse, mas também sentisse dentro de minha cabeça e no resto do corpo. Foi uma experiência extraordinária.
Você se lembra naturalmente de todos estes fatos?
Sim, eu não fiz hipnose para me lembrar. Para mim estava claro que as sessões de hipnose e a acuidade das informações dependem do nível de profissionalismo da pessoa que me colocaria em transe. Caso a sessão não fosse bem feita, poderia modificar ou trocar tudo o que era verdade ou não em minha própria mente. Foi por essa razão que escolhi não fazer hipnose. Esse também é o motivo porque previno as pessoas que têm experiências com UFOs e extraterrestres para serem cuidadosas com quem escolhem para fazer uma sessão hipnótica. Está provado que por meio da hipnose uma pessoa pode ser levada a uma conclusão particular, que possivelmente não é fato ou verdade. Eu sou muito afortunada por ter aspectos deste encontro lembrados imediatamente após sair do UFO, bem como memórias que continuam a voltar à tona conforme o tempo passa.
Você poderia nos contar o que se lembra sobre os acontecimentos dentro da nave?
Nos primeiros minutos minha mente estava lutando para compreender o que estava experimentando e meu estado emocional estava alterado, a ponto de eu pensar que iria desmaiar. A sala onde entrei era extremamente brilhante. Assim mesmo, as luzes não feriam meus olhos. As paredes da nave pareciam brilhar com estas luzes, quase como se estivessem vivas. É estranho e muito difícil explicar o que estava vendo. Depois que a porta do UFO se fechou, a impressão que tive foi a de estar em uma sala à prova de som. Nada se movia. Eu me lembro de ter pensado: como pode tudo ser tão quieto? Alguns dos seres extraterrestres que vi dentro desta nave eram loiros altos, de olhos azuis. Apesar de não se falarem um com o outro, pareciam estar se comunicando, mas por meio de telepatia, para que eu aceitasse chegar à porta — conversavam comigo e continuavam a dizer que eu não seria machucada e para permanecer calma. Era claro que eles estavam todos se comunicando da mesma forma telepática. E tive a sorte de visitar partes da nave.
Seres do tipo nórdico
Por favor, conte-nos o que viu no interior do disco voador.
O mais fascinante foi a sala de controle — tudo o que acontecia com o UFO era controlado ali. Eu vi seres do tipo nórdico trabalhando em conjunto com outros, pequenos como crianças, para pilotarem a nave. No centro da sala havia uma fonte de energia, como se fosse “energia elétrica líquida”. Eles me explicaram que aquele líquido estava vivo e de alguma maneira era por meio dele que podiam pilotar e manobrar a espaçonave. Eles também se comunicavam com aquela energia, mas não sei como o faziam. Lembro-me de que me foi dito que era necessário no mínimo três tripulantes focados no mesmo pedido ou tarefa para que a energia reagisse e executasse o que era pedido. É difícil descrever como era o interior do UFO porque para mim parecia que as paredes continham uma parte daquela substância líquida.
Por quanto tempo você ficou dentro daquela nave? O que mais fez lá?
Eu calculo que aproximadamente três horas. Logo após o incidente me dei conta de que nós tivemos uma lacuna de tempo. Nós conhecíamos o trajeto e já o havíamos feito diversas vezes. Portanto, eu sabia bem quanto tempo demorava a percorrê-lo, por isso avalio que minha experiência tenha durado três horas. Também me lembro de que quando estava a bordo da nave os dois seres loiros estavam comigo o tempo todo. Havia outros, mas não me recordo de ter falado ou ter tido qualquer interação com nenhum deles enquanto faziam seu trabalho. Os pequenos seres, de aproximadamente 1,2 m de altura, pareciam ser os que pilotavam o UFO. Eles eram os que se comunicavam com o material elétrico líquido que movia a nave.
Sempre imaginamos que alienígenas tenham uma aparência diferente da nossa. Como era o aspecto dos loiros altos que encontrou?
Havia alguma coisa muito bonita neles e por alguma razão isso me ajudou a manter a calma. E, ao mesmo tempo, eram muito diferentes dos seres humanos, o que me deixava aterrorizada. É paradoxal, eu sei. Eles tinham a pele quase translúcida, com uma leve tonalidade rosada. Apresentavam pescoços extremamente longos e finos. Mediam aproximadamente 2 m e tinham olhos incríveis, quase hipnóticos, ligeiramente puxados. Não me lembro se tinham pupilas. Eram olhos enormes quando comparados aos humanos e o brilho do azul era algo como olhar o Mar Mediterrâneo. Em suas cabeças parecia haver algo como uma luz azul brilhante e por trás do brilho tinha uma espécie de triângulo de cabeça para baixo — não parecia ser algo que viesse de algum tipo de tecnologia, mas que fazia parte do corpo daqueles seres. Seus narizes eram achatados e menores do que os dos seres humanos. Suas bocas tinham lábios finos e, comparadas as dos seres humanos, eram muito diferentes. Usavam túnicas longas e não sei dizer se estavam realmente caminhando ou se flutuavam, por causa das vestes. Suas bocas nunca se abriam, mas em diferentes momentos eu quase parecia ver um leve sorriso.
Você foi submetida a algum procedimento médico dentro da nave?
Eu não me lembro, mas reconheço que alguma coisa aconteceu, porque encontrei uma pequena marca em meu corpo, do lado direito da área do estômago. Parecia ser uma marca de agulha e havia uma vermelhidão ao redor dela. Gostaria de falar um pouco sobre isso, se você me permitir.
Por favor…
Existem muitas pessoas que afirmam que os extraterrestres estão fazendo experiências com humanos e esse é um assunto extremamente complicado e assustador. O maior medo que temos é o do desconhecido e os procedimentos feitos pelos ETs têm o potencial de ser a mais incompreendida, mal interpretada e distorcida ação em relação ao contato com alienígenas. Veja, eu acredito que existam seres que estão usando os humanos de maneira negativa e assustadora. Mas também acredito que alguns dos procedimentos médicos que as pessoas dizem que sofreram sejam parte não de uma ação negativa, mas sim mal compreendida devido à falta de explicações. Esse assunto requer uma grande reflexão racional e lógica antes de se chegar a conclusões baseadas unicamente em opiniões pessoais.
A questão da procedência
Eles lhe disseram seus nomes ou de onde vinham?
Durante minha permanência com eles, quando a tela estava elevada na minha frente e a história da humanidade me estava sendo mostrada, eles disseram que estavam conectados a nós enquanto seres humanos e que alguns deles existem em outros planetas, mas não me lembro de terem citado nomes. Eles também disseram que alguns viviam regularmente em locais do planeta, como sob a terra ou sob os oceanos. Sou frequentemente indagada sobre qual sistema estelar eles seriam originários, porque muitas pessoas que interagiram com grupos de extraterrestres afirmam que são de um lugar determinado. Mas eu não me lembro de ter sido compartilhado comigo o nome de algum sistema estelar específico. Na verdade, uma das coisas que me incomodam na Ufologia é justamente a tendência dos pesquisadores e curiosos de fazerem afirmações nessa área.
Como assim?
Por exemplo, se uma pessoa tem uma experiência com seres que dizem vir das Plêiades e que recebe deles informações ou mensagens para compartilhar com a humanidade, então a próxima que afirmar que teve contato com tais seres é colocada junto na mesma mensagem. Essa é uma maneira perigosa de abordar o assunto dos UFOs e dos extraterrestres. Não existe espaço para assumir porque um contatado ou abduzido faz uma afirmação e compartilha uma história. A próxima pessoa receberá a mesma experiência ou informação. É por causa desse tipo de comportamento e afirmações que temos a tendência de seguir que existe muita confusão e danos à verdade por trás da verdade em relação aos extraterrestres.
A comunicação com seres extraterrestres é muito interessante. Embora eu não tenha visto suas bocas se moverem, podia ouvi-los em minha mente com extrema clareza. O som de suas vozes era absolutamente claro. Eles falavam em inglês comigo.
Compreendo. Em seu contato, eles lhe contaram qual tecnologia usam para viajar? Seu deslocamento é através do espaço, do tempo?
Eles me mostravam algumas imagens na tela e tentavam me explicar como podem chegar até aqui. Aqueles seres, em particular, não vêm frequentemente à Terra na forma física. Eles me informaram que têm uma habilidade que os possibilita viajar através do tempo e do espaço, podendo entrar ou sair de outros mundos dimensionais — foi extraordinariamente difícil para eu compreender e ainda hoje é para explicar isso. Entretanto, disseram-me que viagens temporais eram de fato possíveis por meio das ondas de luz que existem dentro da própria existência. A física, como a conhecemos, tem a tendência a olhar para a construção do universo com o entendimento científico de prótons e fótons, por exemplo. Embora esse possa ser um ponto de vista preciso, é também extremamente limitado e, aos olhos daqueles extraterrestres, é como a compreensão de uma criança.
Você pode explicar melhor?
Claro. Da mesma maneira que o UFO tinha uma estrutura líquida que aparentava estar viva e cheia de luz, o universo é feito de uma estrutura similar. Dentro de um raio de luz que vem do Sol, por exemplo, acreditamos que há apenas fótons. Há, porém, partículas que a comunidade científica ignora completamente, pois se movem tão rápido e são tão diminutas que nosso avanço científico não é o bastante para sermos capazes de percebê-las. E é dentro delas que está o segredo da viagem temporal e interdimensional. É uma fonte de luz que tem a capacidade de penetrar em quase toda matéria e antimatéria que existe no universo — é, portanto, um assunto muito complexo e que requer milhares de anos de estudos antes de sermos capazes de utilizá-lo. Essa é também uma fonte de energia que os extraterrestres usam para criar as naves com as quais viajam através do tempo, espaço e dimensões.
Você sabe dizer por que tudo isso lhe aconteceu? Por que você foi a escolhida?
Nos primeiros anos após minha experiência as pessoas diziam que gente como eu e outros que tiveram contato eram escolhidos. Se tomarmos o termo de forma literal, então sim, fomos escolhidos. A questão sempre foi a razão de nos escolherem. Necessitamos, em nossa comunidade, começar a encontrar clareza na linguagem que usamos para nos expressar. Muita ênfase negativa já foi posta nessa declaração. Não é o caso de se ver qualquer superioridade nas pessoas que passaram pela experiência, mas de se admitir o fato em si, ou seja, que alienígenas escolhem algumas pessoas para ter contato. Muitas questões sobre porque qualquer um de nós foi escolhido poderão nunca ser respondidas. Esse tema é extremamente complexo. A explicação do motivo pelo qual pessoas específicas têm contatos físicos nos traz uma gama ainda maior de questões filosóficas, científicas e espirituais.
“Outros falharam no passado”
Entendo, mas qual é sua opinião sobre ser uma das escolhidas?
Bem, irei compartilhar minha visão pessoal do porque fui escolhida pelos extraterrestres, mas é apenas a minha visão, quero deixar isso bem claro. Tenho uma memória de estar perante um tipo de “conselho”, com dois seres de cada lado. Lembro-me de alguém olhar para mim e dizer: “Mandamos outros no passado e eles falharam”. Minha resposta para eles foi de que eu seria forte o suficiente para cumprir a tarefa. Tanto o conselho quanto os seres ao meu lado apareciam como uma linda luz branca — a tarefa que estava aceitando era a de vir para a Terra em um novo corpo e continuar o trabalho de ajudar e proteger a vida no planeta.
Você mencionou o fato de que a experiência pela qual passou mudou sua vida e sua maneira de ver o mundo. Você consegue imaginar sua vida sem os conhecimentos que os extraterrestres lhe deram?
Depois de minha experiência, tentei me encaixar na sociedade por muito tempo. Trabalhando em empregos normais, tendo amizades e relacionamentos como qualquer pessoa. Dentro de mim, entretanto, meu pensamento, as minhas percepções e tudo que sabia diferia das pessoas normais que me rodeavam. Com o conhecimento de que a vida não era o que aparentava, havia tantos outros aspectos dela que, às vezes, era um desafio me relacionar com outras pessoas. Quando encontrava alguém que achava que poderia se tornar um bom amigo, por exemplo, pensava como a pessoa iria reagir quando contasse a ela que fui abduzida por extraterrestres.
E seus relacionamentos sociais e amorosos, como ocorreram?
Ah, foi um desafio ainda maior ter qualquer tipo de relacionamento. Até com grupos que se consideram espirituais ou metafísicos foi um desafio me relacionar. Portanto, frequentemente me senti separada por ter o conhecimento de que a vida não é o que aparenta ser. Imagine acreditar em Deus e, de repente, Deus aparecer na sua frente. Como isso mudaria sua vida? Por favor, não me entenda mal, não estou dizendo que os extraterrestres são Deus. Estou simplesmente tentando demonstrar a profundidade da mudança que aconteceu dentro de mim depois do encontro de 1988. Hoje não posso imaginar minha vida e o que teria sido dela se não tivesse tido essa experiência. A cada ano que passa me dou conta do quão abençoada sou e sinto muita gratidão pelo que me aconteceu.
Como é sua vida hoje?
Agora, quase tudo que faço é guiado por caminhos espirituais que me vêm em diferentes modos. Em sonhos poderosos, visões enquanto estou acordada, sincronicidades, coisas que vejo ou escuto — sou guiada e se minha mente sente que algo será uma experiência positiva, aquele será o caminho que tomo. Dar-se conta de que há mais em nossa existência do que ser apenas um corpo é o que leva o espírito e a alma a reconhecerem a beleza da vida em nosso planeta. Cada momento é uma experiência e cada experiência uma benção. Disso tenho certeza e essa foi a benção do conhecimento que recebi dos seres extraterrestres com que tive estes encontros.
Você disse que eles lhe haviam mostrado e explicado em termos muito simples o passado, o presente e o futuro da humanidade. Pode nos contar o que lhe contaram sobre a nossa história?
Qual é a verdadeira história da humanidade nesta Terra? Minha réplica para o mundo seria: vocês querem saber a resposta? Querem saber quem são? Estão prontos para ouvirem a verdade? Os alienígenas me disseram que estamos vivendo, neste momento, o que eles chamam de “quarto mundo”. No primeiro, aqui na Terra, a vida teve tempo para evoluir por conta própria. Após um longo período sem muitas mudanças, houve uma decisão de se criar formas de vida básicas e lhes dar tempo para evoluir. Do que me lembro das informações que partilharam comigo, o segundo mundo não evoluiu o bastante para ter consciência. Então veio uma catástrofe que varreu a vida do planeta. No terceiro mundo foi criada a forma física dos seres humanos e naquele tempo o funcionamento dos nossos corpos era muito diferente.
Outras realidades
Diferente de que forma?
Uma das coisas que éramos capazes de fazer era interagir com dimensões e realidades diferentes, que até hoje existem lado a lado com nosso próprio mundo. Infelizmente, este terceiro mundo transformou-se em caos e, antes que os humanos pudessem destruir completamente o planeta, outra vez ele foi aniquilado. Então, o quarto mundo foi criado. É nele que vivemos neste momento. O que os ETs que eu encontrei fizeram foi criar uma forma humana que tivesse a capacidade de evoluir lentamente em direção às habilidades que tinham no terceiro mundo. Ao permitir esse processo ao longo de muito tempo, houve a possibilidade de evoluirmos também o conceito de responsabilidade. Essa é a razão pela qual os extraterrestres estão interessados em nossa evolução espiritual e nos ajudando a crescer e a lembrar de quem somos.
Eles lhe pediram diretamente para fazer algo para a humanidade?
Houve uma mensagem muito clara passada a mim a bordo da nave — ela tinha a intenção de despertar a humanidade e fazê-la lembrar-se de quem é, de ser responsável, respeitar e honrar a vida, viver em harmonia entre si e com a natureza e proteger o planeta. Essa foi uma pequena parte do que me pediram para compartilhar com o mundo. A tarefa que me solicitaram me fez trabalhar com o que faço atualmente. Eles me disseram: “Ache outros como você e os reúna novamente”. O que eles queriam dizer é que todas as pessoas despertas no planeta têm as mesmas tarefas e atribuições que estamos seguindo hoje em dia e muitos leitores desta entrevista são parte disso. É uma visão clara de como necessitamos nos unir para criarmos uma mudança que fará possível vivermos um futuro sustentável e positivo. Estive muito quieta e pouco falei sobre esses contatos por muitos anos. Só em novembro de 2007 que finalmente compartilhei, pela primeira vez, minha história sobre eles.
Havia seres altos e loiros a bordo do UFO. Mas os seres pequenos, de aproximadamente 1,2 m de altura, pareciam ser os que pilotavam o veículo. Eram eles que se comunicavam com o material elétrico líquido que movia a nave em sua viagem cósmica.
O que pode nos contar sobre o trabalho que você faz atualmente?
O trabalho de minha vida agora é dedicado a trazer educação e a compreensão de que não estamos sozinhos. Também dediquei minha vida a serviço da humanidade de qualquer modo que o próprio Criador me designe. Trabalho com populações indígenas advogando por suas causas e sua proteção. Parte da mensagem daqueles alienígenas fala sobre o valor e a importância das comunidades nativas em nosso mundo. Elas guardam segredos e chaves para nosso passado, nosso futuro e o conhecimento de quem realmente somos. Também têm conhecimento e entendimento de como devemos viver neste planeta em harmonia com o mundo natural. Aqueles seres me pediram para trabalhar com os indígenas, para ajudá-los de todas as maneiras que levassem ao despertar espiritual do planeta, assim como proteger os recursos e os elementos para as futuras gerações. E para também compartilhar com o mundo o valor de proteger nossas florestas, águas, vida selvagem e todo e cada aspecto de vida que temos aqui, agora.
Miriam, você poderia explicar alguns dos possíveis futuros para o planeta e a razão de ser importante que nós despertemos e comecemos a lembrar quem fomos e por que viemos à Terra?
Em cada momento que um ser humano está vivo, ele tem decisões a fazer. Cada escolha que você faz provoca mudanças no futuro de tudo e todos que existem — como os seres humanos têm livre arbítrio, isso significa que existem muitos futuros possíveis e que eles estão sempre mudando. Um dos futuros possíveis, segundo os ETs, envolve grandes dificuldades devido a guerras, fome, falta de água e recursos. Esse também é o foco de muitas pessoas que tiveram contatos com eles para educá-las a despertar e compreender a responsabilidade que temos em proteger esses recursos no futuro. E há muito mais…
Dimensões exclusivas
Por exemplo?
Cada ser humano no planeta tem uma alma e essa alma tomou a decisão de vir para a Terra. As almas vieram de outra dimensão antes de encarnarem aqui. Fizemos a escolha de vir para cá porque este planeta é lindo e as experiências que temos aqui são únicas. Do mesmo modo como as experiências que temos em outra dimensão são únicas e exclusivas daquela dimensão. Viemos pela experiência que potencialmente teríamos aqui. O grande atrativo de ser um humano com forma é que temos a habilidade de sentir de uma maneira muito concentrada tudo que acontece conosco. Se tivermos uma conversa com um amigo, por exemplo, podemos focar naquele indivíduo específico com que estamos conversando. Podemos tornar a conversa muito intensa e compartilhamos a experiência com a pessoa em questão. Em outros mundos e dimensões isso é completamente diferente, por estarmos mais conectados com o todo da existência. Portanto, falta-nos a habilidade de sentir uma experiência ou uma parte da vida completamente. Assim dizendo, uma das bênçãos desta vida é não ter a habilidade de ver e saber de tudo. E, mesmo trilhando o caminho para a iluminação, o saber e o ver que temos é muito diferente de saber e ver tudo o que irá acontecer em nossas vidas. Isso é algo para se contemplar.
Você está dizendo que todos somos extraterrestres?
Antes de vir para cá, muitos de nós fomos um daqueles louros altos ou quiçá outra raça de extraterrestres — talvez até tenhamos tido uma forma de pura energia e nunca tivéssemos encarnado ou entrado em qualquer forma de ser. Cada indivíduo é único e cada indivíduo é parte do todo. Portanto, estamos todos conectados e separados de outros. Isso também inclui os alienígenas que me disseram que são os guardiães desta Terra. Eles ajudaram a criar os corpos humanos físicos nos quais vivemos hoje. Também disseram que parte do que fazem com o clima, com o planeta e com os humanos que aqui vivem vêm das direções de Deus ou do mundo espiritual. Nós somos tudo isto.
Você acha que os extraterrestres já viveram aqui na Terra em algum momento de nosso passado?
Eu faço algumas observações e tiro possíveis conclusões, baseada no que eles me disseram. Os nórdicos que conheci têm uma energia que é completamente diferente de qualquer outra que eu já tenha encontrado na Terra. Disseram que alguns dos ETs que moram entre nós andam no meio de cidades e que nunca saberemos quem são. Para isso, esses seres em particular são geneticamente alterados e, portanto, diferem daquilo que eu chamo de nórdicos originais. Isso porque não há possibilidade de andarem entre nós com sua aparência original. Eles me disseram que têm lares subaquáticos, nos oceanos. E que estas bases em que moram armazenam aquela energia diferente que possuem. Quanto à questão de se já viveram antes neste mundo, não tenho respostas. O que entendo é que os nórdicos tiveram contato com seres humanos em nosso passado distante, mas não interagem mais conosco como antes. A razão de isso ter mudado pode estar ligada à transição que houve entre o terceiro e o quarto mundos. Desde então, pelo que informaram, eles vêm à Terra em períodos específicos de transição, tanto dos seres humanos quanto do planeta.
Por que os ETs não escolhem um cientista para fazer contato ou transmitir seu conhecimento?
Há muitas mentes brilhantes no planeta que poderiam compreender mais profundamente os processos por trás da tecnologia desses seres se tivessem contato com eles diretamente. Poderiam até compreender melhor a física das realidades interdimensionais extraterrestres. Porém, é necessário mais do que uma mente brilhante formada por uma universidade de nosso planeta para ser capaz de compreender os processos e as situações interconectadas e das quais somos parte. É minha opinião que, se um físico proeminente fosse contatado por esses ETs, seu maior desafio seria o de entender que a física usada pelos alienígenas está ligada a um sistema de crenças espirituais.
Você acredita que ainda não temos condições de ter contato com tamanho conhecimento?
Imagine o poder que teria uma pessoa se ela desvendasse os segredos de fontes de energia ilimitadas e viagens temporais, apenas para citar alguns casos. Quem seria digno de confiança para receber esse tipo de informação? Quem teria respeito espiritual suficiente pela vida em todas as dimensões para usar esse conhecimento sabiamente? Por outro lado, vemos que lentamente informações acerca das tecnologias alienígenas estão sendo introduzidas por indivíduos como eu, que tive contatos físicos e também astrais.
Você usa a expressão “cérebro divino” em suas conferências. O que é isso e como pode nos ajudar a nos lembrar de nossa verdadeira realidade?
A maior parte das pessoas não se dá conta de como nosso cérebro age e se relaciona com nosso corpo, pensamentos, intenções e ambiente — o cérebro humano tem potencial para fazer a conexão entre este e outros mundos. Por exemplo, quando meditamos, somos capazes de nos elevar a um estado de tranquilidade que nos conecta ao todo que existe. Dentro de nossos cérebros há uma fonte de energia que a ciência ainda não foi capaz de detectar. Ela é como uma luz no centro do cérebro. É, na realidade, o que nos possibilita permanecer em nossos corpos e regular toda a informação que flui por eles. Essa fonte de energia também tem tanto a capacidade de criar novos caminhos no cérebro quanto fechá-los. Há inúmeros meios de se conectar a essa energia. Um dos mais poderosos é através da meditação e da prece. Outro meio que se apresenta é através de cânticos, repetição de mantras ou repetindo em voz alta a mensagem que você está tentando levar ao seu cérebro. Isso permitirá a ele abrir um caminho para a informação que procura. Isso é o “cérebro divino”!
Então, você acredita que a concentração é importante para abrir novos caminhos em nosso cérebro?
Houve vezes, nos últimos 25 anos, em que os seres vieram a mim não só por meio de telepatia, mas também em sonhos, para expressar a importância da concentração para abrir esses novos caminhos no cérebro. Quando tive um acidente de carro que danificou parte de meu sistema nervoso, por exemplo, eles vieram a mim e me mostraram como eu poderia reparar o estrago em meu cérebro, como eu poderia parar o fluxo de informação de caminhos específicos até o ponto da dor. Isso foi parte do processo que foi usado para tornar-me, como eu digo hoje, um “milagre andante”. Na época, os médicos disseram que eu nunca me recuperaria e que não seria mais capaz de andar. Eu sou perfeita e ainda sinto grandes dores, mas consigo funcionar e tenho tudo sob controle por meio do redirecionamento dos caminhos no meu cérebro. De fato, disse aos doutores e fisioterapeutas que usaria esse método para
me curar, que foi o que fiz de fato.
Tutores espirituais
Você está falando em uma espécie de autocura?
Sim, mas é muito mais complexo que isso. O cérebro tem tudo a ver com nossas percepções do mundo externo e é por isso que é extremamente importante não deixar impulsos negativos serem fixados nele. É isso que todos estes tutores espirituais tentam expressar, a importância do cérebro divino e sua relação com o mundo exterior. No último século, o cérebro dos seres humanos mudou e isso é um fato científico — o modo como processamos informação e a fixamos dentro de nosso sistema mudou radicalmente hoje. Isso nos proporciona a capacidade de entender conceitos que, há 100 anos, não poderíamos. Portanto, o cérebro divino continua evoluindo rumo a ser uma fonte de energia e o intermediário entre o corpo, a alma, o espírito e a mente. Os quatro aspectos do ser.
Qual é a diferença entre corpos físicos e corpos espirituais?
Quando as pessoas pensam em sua relação para com a Terra, pensam em seus corpos físicos ou, talvez, seus corpos espirituais. Há, porém, quatro aspectos do ser, que são mente, espírito, alma e corpo, que inclui a fonte de energia que regula o cérebro. A mente e o cérebro físico recebem informações de todos os mundos e as traduzem em um entendimento básico que é devolvido ao corpo físico. Essa informação também é compartilhada com o espírito de um indivíduo. O espírito é o aspecto dele que pode ser descrito como personalidade. A alma carrega tudo, é o acumulado de cada experiência que cada um já teve durante a história. Ela é, também, o aspecto que traduz toda aquela informação em uma visão maior de tudo que existe. É, portanto, por meio do cérebro divino que, neste momento, os seres humanos têm a habilidade de se conectar a todos os aspectos do ser.
Os alienígenas me disseram que estamos vivendo, neste momento, o que eles chamam de “quarto mundo”. No primeiro, aqui na Terra, a vida teve tempo para evoluir por conta própria. Depois, no segundo e terceiro, tivemos caos. Este é um recomeço.
Como você dissemina seu conhecimento sobre esse assunto e quais são seus planos para o futuro?
Desde 2007, quando primeiro vim a público, comecei a compartilhar o que sabia através de meu site A Profecia da Estrela Azul [Endereço: www.bluestarprophecy.com]. Nos últimos anos, tenho dado muitas entrevistas para rádios da internet e também fui incluída no programa de televisão UFO Hunters, do History Channel. Tenho muitos vídeos no YouTube, todos localizados por meio de meu site. Sempre surpreende as pessoas o fato de eu não ter participado de muitas conferências. De fato, me apresentei em cinco delas desde 2007, sendo uma no Brasil, em maio de 2014. Às vezes, algumas das informações e conhecimentos que eram compartilhados comigo pelos extraterrestres estavam sendo completamente mal interpretados ou mal compreendidos pelo público em geral. Hoje é importante reconhecer que alguma luz está vindo à tona com relação ao fenômeno — essa é a razão pela qual decidi permanecer quieta e ao mesmo tempo lentamente comecei a falar em congressos. Espero poder compartilhar mais informação e esclarecimentos em relação a esse fenômeno com as pessoas no futuro, em seminários, artigos, entrevistas e conferências no YouTube.
Honrar e respeitar a vida
Qual é a mais importante mensagem que os extraterrestres pediram a você que compartilhasse conosco? O devemos fazer?
A mais importante mensagem é honrar e respeitar a vida. Tudo o mais que experimentarmos e vivermos estará conectado a essa mensagem. Também nos permite encontrar a verdade em qualquer área onde exista vida.
Miriam, como última pergunta, você gostaria de vir ao Brasil novamente apresentar seu trabalho?
Minha experiência no Brasil, no II Fórum Mundial de Contatados, foi ótima. Eu e alguns outros conferencistas estrangeiros presentes comentamos como os brasileiros são um povo bonito, respeitoso e gentil. Entre todos os lugares para onde já viajei, achei o povo brasileiro muito gentil e respeitoso, o que é uma rara qualidade no mundo hoje em dia. Seria uma honra retornar e compartilhar mais da experiência que vivi com todas as pessoas de seu país. Existem muito poucos artigos ou vídeos meus no YouTube traduzidos para o português, mas no futuro será possível pensar em trabalhar com tradutores e compartilhar uma maior e mais detalhada quantidade de minhas experiências.
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