Por Pedro de Campos
A quantidade de tipos alienígenas fazendo contato com seres humanos é grande, passa de meia centena de raças. Na casuística ufológica, quatro tipos já foram bem caracterizados: os Nórdicos, os Cinzas, os Reptilianos (dos quais faria parte o ET de Varginha) e os Insectóides. Os relatos sobre eles são fartos, colhidos inclusive por meio de regressão hipnótica. Além desses tipos, uma série de outros semelhantes e supostamente aparentados é também testemunhada. Acredita-se que parte deles seja de animais, entidades servidoras de outra espécie mais evoluída que estaria nos testando. E ainda há outros tipos diferentes, seres exóticos, como o observado no Caso Pascagoula, Mississipi, 1973, por Charles Hickson e Calvin Parker, estudado por Allen Hynek, e no Caso Zanfretta, ocorrido na Itália, em 1978.
As testemunhas dão conta de que muitos desses aliens se apresentam sólidos e tangíveis, mas, curiosamente, de repente falam por telepatia, movimentam-se com incrível rapidez, por deslizamento ou levitação, e podem sair do nosso ambiente como se fossem retirados de súbito, desaparecendo num piscar de olhos. Para as testemunhas, tais ocorrências são difíceis de entender, parecem fazer parte de uma natureza estranha, como se o insólito fosse algo comum no mundo alienígena.
Em razão disso, alguns ufólogos consideram como hipótese legítima de trabalho a existência de várias dimensões, de onde tais seres poderiam ser originários. Ou seja, haveria em outras vibrações do espaço-tempo entidades constituídas de uma espécie de energia, mas capazes de converter seus corpos e engenhos sutis em coisas concretas e tangíveis, funcionais no espaço de três dimensões como o nosso. Tais entidades seriam constituídas de uma espécie de luz, possível de regular a intensidade até coagular em matéria densa e de, em seguida, reverter o processo. Parece apenas lógico que muitas delas seriam ultrafísicas.
São essas características insólitas do Fenômeno UFO e de seus ocupantes que motivam os leitores a nos fazer considerações e perguntas. Nestas, o nome de quem as formulou foi substituído:
Balbi – No contato pessoal de terceiro grau e no psíquico de quinto nível, seria possível de os alienígenas se apresentarem com aparência de um ser superior como, por exemplo, a de um Nórdico, e na verdade ser um Cinza?
Campos – Aqui temos de falar da casuística de terceiro grau (avistamento do UFO e criatura), do quarto grau (abdução) e também da prática psíquica, chamada quinto grau, realizada por alguns grupos sem o avistamento do UFO, casos em que a aparência do alien e sua eventual metamorfose tenham sido estudas. Nos contatos psíquicos, há relatos de que o UT Cinza (criatura sutil) pode colocar sua imagem física na mente do sensitivo; mas, segundo os mesmos relatos, a imagem mental não se manteve, mas se alterou, ficando disforme; nesse caso, as formas mostradas nada tinham de Nórdico, mas de Cinza ou de tipos variantes. Quanto ao contato de terceiro grau, obtido por materialização da entidade ultrafísica, é dito que o UT Cinza se plastifica aos poucos, agregando matéria em seu corpo sutil; neste caso, as testemunhas dizem que “ele” se apresenta “feio” do jeito que é, nada tendo de Nórdico. A seu turno, o ET Cinza (criatura sólida), supostamente oriundo de mundo tridimensional, parece entrar no cenário terrestre por inteiro, como se fosse teleportado já pronto (talvez pelos chamados Buracos de Vermes – Wormholes). Quanto aos seres do tipo Nórdico, “eles” costumam ser testemunhados como \”superiores\” aos outros em termos morais e científicos, mas não se descarta a possibilidade de existir tipos semelhantes e de evolução intermediária, pois alguns abduzidos relatam experiências não muito alentadoras com aliens de boa aparência.
Balbi – Diante dos relatos de abdução de seres humanos e dos vestígios de presença alienígena na Terra, as nossas autoridades e a nossa ciência estariam agindo de modo correto?
Campos – Sem dúvida, o ato de abduzir revela certa insuficiência de quem o pratica, pois caso o alienígena fosse muito evoluído não precisaria sequestrar (já teria técnicas aperfeiçoadas e menos agressivas para conseguir seu intento), então, por lógica, toda abdução procederia de seres não muito evoluídos; embora melhores que nós na ciência, ainda assim seriam fracos na moral. Por suposição, uma civilização mais desenvolvida poderia impor sua melhor condição evolutiva àquela que lhe fosse inferior; assim, estaríamos em sérias dificuldades se não houvesse entidades superiores aos abdutores para colocar ordem na casa e nos livrar das ameaças. De fato, quando observamos a casuística, vemos que estamos no ponto mais baixo e desfavorável, sem sabermos o que fazer. Além das abduções, vemos metamorfoses dos UFOs, os quais passam de luzentes a metálicos numa fração de segundos, temos relatos de criaturas materializadas, sugerindo-nos algum tipo de teleportação, relatos da existência de raças alienígenas chegando à Terra, fazendo-nos pensar em várias esferas de origem, testemunhos de que os aliens falam pelo pensamento, razão pela qual a prática psíquica está presente na Ufologia – tudo isso, enfim, para nós é um mistério e nos coloca numa posição inferior. Mas o fato é que já devemos estar convivendo com isso há milhares de anos e ainda estamos aqui, evoluindo cada vez mais. Sendo assim, todos os fenômenos vinculados aos UFOs precisam ser pesquisados com outros olhos e novas técnicas de estudo. Excetuando-se as fraudes e os fenômenos naturais mal estudados, rejeitar os demais testemunhos como frutos da imaginação ou coisas do gênero cético não é o mais inteligente, não resolve os enigmas. O melhor seria dar atenção acadêmica, estudar os fatos com tecnologia moderna, buscar a decifração cientificamente satisfatória e tentar o contato oficial.
Balbi – Considerando as abduções e a farta casuística negativa, se estivéssemos aqui sozinhos, sem proteção nenhuma, estaríamos perdidos!
Campos – Segundo os relatos de contatos efetuados com aliens tidos como de moral elevada e grande capacidade científica, haveria no cosmos uma ordem estabelecida, em que todas as esferas estariam sujeitas para evoluir. No aspecto individual, o livre-arbítrio estaria situado dentro de certos limites, não podendo ser ultrapassados por ninguém. Em meio a tantos relatos negativos, isso parece justificar com lógica o nosso contínuo progresso desde o início dos tempos, caso contrário a humanidade já teria sucumbido.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella – A outra face de Adão; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos da Ufologia na Interpretação Espírita. Todos lançados pela Lúmen Editorial. Clique aqui para conhecê-los.