O Fim da Infância
Arthur C. Clarke
Aleph, 2010
Quando nos debruçamos sobre muitas das ideias que embasam a pesquisa ufológica, uma das descobertas que nos chamam atenção é o conceito subjacente que possuem os adeptos da Ufologia Mística e muitos pesquisadores da Ufologia Científica de que os extraterrestres nos visitam para nos salvar, ensinar, melhorar ou preservar. Cada vertente da Ufologia lida de forma própria com este conceito, mas ele sempre surge quando o assunto é a razão de os alienígenas nos visitarem. Essa noção de que somos um povo atrasado e brutal e que os extraterrestres tentam, de alguma forma, nos salvar de nós mesmos não é nova e nem começou na Era Moderna dos Discos Voadores. Ela é, na verdade, milenar, apenas os nomes foram trocados. Hoje falamos em extraterrestres e antigamente se falava em deuses — e é justamente este conceito que o brilhante Arthur C. Clarke discute e trabalha em O Fim da Infância.
Autor que dispensa apresentações. Clarke é mais conhecido pelo livro 2001, Uma Odisseia no Espaço [Record, 1975], obra que acabou imortalizada pelo cinema no talento de Stanley Kubrick, cujo filme, feito em 1968, é considerado por muitos como a melhor produção de ficção cientifica já rodada. Em O Fim da Infância, escrito em 1953, em plena corrida espacial, Clarke nos brinda com uma história atemporal e profundamente inquietante.
Enquanto Estados Unidos e União Soviética viviam seus dias de competição pelo espaço, imensas naves extraterrestres chegavam ao nosso planeta, paralisando, em pleno ar e sem ferir as pessoas ou danificar as máquinas, todos os aviões. As aeronaves terrestres são pousadas e as grandes naves continuam pairando sobre os céus do mundo. Os extraterrestres, que são chamados pelos humanos de Senhores Supremos chegam com uma proposta: nós abrimos mão da conquista especial e de grande parte das pesquisas científicas e em troca eles não darão o fim da fome, da guerra, das doenças e da miséria humana.
Durante 200 anos a Terra vive em paz e se transforma em um paraíso limpo, sem sofrimento, doença ou violência. A facilidade de se viver em um mundo assim acaba por criar gerações de pessoas autoindulgentes e leva ao fim da produção artística de vários gêneros. Sem mostrar sua aparência durante as primeiras cinco décadas, os alienígenas só nos mostram quem e como são quando nós já estávamos suficientemente pacificados.
A Guerra dos Deuses e dos Homens
Zecharia Sitchin
Madras, 2015
Nós somos uma espécie guerreira ou a guerra nos foi ensinada pelos deuses? Nesta obra em que reúne não apenas textos da Suméria, mas também utiliza o Antigo Testamento e mitos dos ensinamentos canaanitas, hititas e hindus, Zecharia Sitchin nos conta a história de como e com que vigor os alienígenas, que segundo os sumérios nos fizeram e depois nos colonizaram, lutaram pela posse de nosso planeta.
Em uma trama de traições, vinganças e muito sangue, o autor vai desvelando as antigas histórias do Oriente e dando a elas um sentido linear e temporal, mostrando-nos o mapa de uma guerra que não era dos humanos, mas da qual estes foram convidados a participar. Lado a lado, deuses e homens mataram e morreram para que o planeta prevalecesse e nossa espécie pudesse continuar a existir.
A descrição dos foguetes, das armas e das espaçonaves utilizados pelos guerreiros são impressionantes e muitas vezes esquecemos que estamos lendo histórias escritas há milênios, quando a humanidade, supostamente, sequer sonhava em voar. Mais uma obra imperdível.