Histórias extraordinárias sobre a manifestação de UFOs continuam sendo regularmente registradas na Ilha de Colares, um local onde o tema já é algo folclórico e que até hoje apresenta inúmeros mistérios não resolvidos. O momento mais estarrecedor de toda a rica casuística da região deu-se no ano de 1977, quando muitas pessoas disseram ter sido vítimas do fenômeno conhecido como chupa-chupa, pesquisado pela Aeronáutica na época. Para a grande maioria da população, o período foi marcado por terror e medo dos ataques e muita gente está traumatizada até hoje. Os casos mais graves parecem ter arrefecido, mas ainda assim episódios espantosos são registrados no local. Esse é o caso do avistamento relatado à Revista UFO pelo aposentado José Rodrigues, 67 anos, que por volta de 01h00 de 07 de julho de 2003 teve, juntamente com sua esposa Isa Gondim, uma experiência sensacional e jamais esquecida. Na ocasião, eles moravam na Praia do Humaitá, localizada a direita da região central de Colares, quando foram acordados por algo impressionante.
“Isa me chamou e pediu para que fosse até a janela ver uma coisa estranha que estava sobre o farol, à frente de nossa casa. Durante o dia vemos toda sua estrutura, mas à noite enxergamos somente o reflexo da luz projetada pelo mesmo. Foi exatamente nesse local que aconteceu algo estarrecedor. Vimos sob a torre um grande clarão de cor rosa, quase avermelhado. Ele estava na parte de cima e cobria uma área muito grande”, afirmou Rodrigues. Segundo as testemunhas, a princípio não foi observada nenhuma forma específica, apenas que parecia ser uma nave que emanava uma grande e inexplicável claridade numa vasta área, que parecia ter tamanho aproximado de 1.000 m². “Era o que podíamos ver. Aquilo estava a uma boa altura, mas a luz fazia com que toda a estrutura do farol aparecesse, como se estivéssemos em pleno dia”.
Evoluções no céu de Colares — O que mais os impressionou foi que, enquanto olhavam tal fenômeno, dois objetos verde-claros saíram da nave e girando feixes coloridos se posicionaram um ao lado do outro. Pela distância em que foram observados, dava a impressão de que cada um tinha entre 100 e 200 m de diâmetro. “Com a iluminação, pareciam ser ainda maiores”, destacou Rodrigues. Ele e sua esposa verificaram que a possível nave-mãe, que emanava raios rosados, tinha um orifício pelo qual saíram ainda outros dois artefatos, um da cor marrom e outro como a luz da Lua. Eles fizeram o mesmo trajeto dos objetos esverdeados, que ainda permaneciam visíveis no céu, e voltaram para dentro do UFO. “Quando acreditávamos que tudo havia terminado, eles começaram a fazer evoluções no ar, todos no mesmo sentido. Ficamos tão encantados com o fenômeno que pensamos que havia se passado apenas uns 2 ou 3 minutos, mas não, pois já estávamos ali há aproximadamente 20 minutos. Tudo terminou às 01h20”.
Após o avistamento, Rodrigues ficou preocupado, pois sua esposa estava muito emocionada. Por ser evangélica e assídua na igreja, Isa interpretou tal acontecimento como se fosse o retorno do Criador. “Disse com os olhos cheios de lágrimas que não estava preparada para a vinda de Cristo. Ela não conseguiu entender que aquilo que vimos se tratava de UFOs, pois enxergou algo totalmente diferente”, destaca Rodrigues, que acredita que tal momento foi uma aproximação concreta de extraterrestres. “Sei o que ocorreu naquela madrugada. Tenho quase certeza de que eram naves e estavam procurando alguma coisa na área”. Para ele, esses fenômenos não são mais tão freqüentes quanto antes devido principalmente ao fato da humanidade sentir muito medo do desconhecido.
Rodrigues, também é evangélico, embora não tão fervoroso quanto a esposa, e hoje se dedica a explicar fatos ufológicos à população de Colares, junto do superintendente da Rádio FM Rosário Hilberto Freitas, informante da Revista UFO na área. Ele é um dos radialistas da emissora. O ex-camioneiro é também poeta e grande entusiasta da Ufologia. “Essa é uma ciência que me fascina desde criança, e aqui em Colares temos como conviver em nosso dia-a-dia com objetos e seres de origem não terrestre”, diz. Rodrigues é apenas um das centenas de moradores da ilha que têm uma história para contar. Naquelas paragens, é muito difícil encontrar um morador que não tenha tido uma experiência pessoal – e muitas vezes com lembranças assustadoras.