
Em 16 de dezembro de 2017, o The New York Times publicou uma matéria de primeira página revelando a existência de um programa autorizado pelo Congresso para estudar objetos voadores não identificados. O artigo foi acompanhado por dois vídeos do Departamento de Defesa (DoD) recentemente desclassificados, registrados por pilotos de caça F-18. Em ambas as ocasiões, os UFOs foram avistados em plena luz do dia por diversos membros da Marinha.
Os relatos foram corroborados por sofisticados sistemas de sensores militares e as aeronaves não identificadas demonstraram capacidades aeronáuticas revolucionárias — por exemplo, algumas foram observadas descendo direto de altitudes acima dos 24.000 m para então pairarem a apenas 15 m acima do oceano, antes de voltar a acelerar a velocidades hipersônicas a partir de um ponto estático.
À medida em que mais informações surgiam, incluindo o lançamento de outro vídeo oficial do Departamento de Defesa, alguns senadores e membros dos comitês de supervisão de segurança nacional buscavam informações. A essa altura, a Marinha e o DoD não podiam mais esconder a verdade. Joseph Gradisher, porta-voz do diretor adjunto de operações navais, admitiu que os veículos nos vídeos desclassificados da Marinha não eram uma farsa nem aeronaves de teste secretas dos Estados Unidos.
Explicações ilógicas
A Marinha designa os artefatos que aparecem nos vídeos como fenômenos aéreos não identificados, ou UAPs, uma variação de objeto voador não identificado. Em outras palavras, eles podem ser espaçonaves russas, chinesas ou até alienígenas. O que quer que sejam, são reais, não são dos Estados Unidos e continuam a violar nosso espaço aéreo com impunidade. Com essa breve declaração, a Marinha reverteu as conclusões de todos os estudos anteriores do governo sobre o Fenômeno UFO, desde o Projeto Sign [Sinal], de 1948, até o Projeto Blue Book [Livro Azul], encerrado em 1969.
Produzidos no auge da Guerra Fria, os relatórios desses dois projetos foram redigidos para refutar os avistamentos de UFOs e desacreditar ufólogos civis, a fim de tranquilizar — em vez de informar — o público. Não surpreende, portanto, que apesar de centenas de casos sem explicação, a Força Aérea Norte-Americana (USAF) tenha concluído que “não havia evidências de desenvolvimentos ou princípios além do âmbito do conhecimento científico moderno” e que nenhum caso “relatado, investigado e avaliado pela Força Aérea deu qualquer indicação de ameaça à nossa segurança nacional”.
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