Ver sinais nos céus no curso de batalhas e guerras parece ser algo que acompanha a humanidade há milênios, e ainda que muitas vezes os sinais vistos nada tivessem de sobrenatural, eles foram assim interpretados e motivaram à luta aqueles que os presenciaram. A história está cheia de exemplos de como luzes, objetos, vozes, nuvens estranhas, cruzes e mais um sem número de coisas surgiram nos céus logo antes e até durante grandes batalhas. Nem sempre, porém, os UFOs se contentaram em apenas observar os conflitos, há também numerosos relatos sobre como luzes e objetos misteriosos nos céus interferiram em benefício de um ou outro lado durante os enfrentamentos.
Também não podemos, claro, nos esquecer dos famosos foo fighters, as bolas de luz que seguiam e atravessavam as aeronaves aliadas e inimigas durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, as Guerras da Coreia e do Vietnã não foram exceção e registraram casos de avistamentos e até de interferência de UFOs nos enfrentamentos. Até há pouco tempo, entretanto, pouco sabíamos sobre o contexto ufológico que se desenrolou durante esses dois conflitos, e só agora, devido ao empenho de alguns pesquisadores, os casos vêm a público. Neste artigo conheceremos alguns deles.
Fatos históricos
Antes de entrarmos na análise de episódios propriamente dita, é importante falarmos, ainda que muito ligeiramente, sobre essas duas guerras que pontuaram a segunda metade do século XX e deixaram marcas profundas e situações até hoje não resolvidas. Para que o leitor saiba, a Guerra da Coreia tecnicamente ainda está em curso, já que um tratado de paz nunca foi assinado — o que existe, ainda hoje, é um armistício firmado entre as duas nações, uma das razões da tensão constante na região, já que o acordo pode ser quebrado a qualquer momento, embora estejamos presenciando exatamente o contrário neste momento, ou seja, uma aproximação das duas Coreias.
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra, o Japão retirou-se da Coreia e o país foi dividido de forma que o norte ficou sob a influência da União Soviética e, portanto, tornou-se comunista, e o sul ficou sob influência dos Estados Unidos, tornando-se um país capitalista. Em junho de 1950, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul e o conflito armado teve início. Um armistício foi assinado, em 1953, motivado pelas ameaças dos Estados Unidos de lançar bombas atômicas sobre o país. Na ocasião, China e União Soviética também se retiraram do cenário, mas, como sabemos, a tensão nunca diminuiu. A Guerra da Coreia foi um perigoso e sanguinário enfrentamento que quase levou o mundo a uma guerra nuclear e que, ao ser interrompida, em 1953, três anos após seu início, deixou um saldo de quatro milhões de mortos.
Dois anos depois, em 1955, começou a Guerra do Vietnã, outro violento e sanguinário conflito cuja longa duração — de 20 anos — deixou profundas marcas na sociedade e no governo norte-americano, além de milhões de mortos, a maioria deles civis. A guerra, que em última análise era mais uma vez entre os Estados Unidos, capitalista, e a extinta União Soviética, comunista, começou porque o Vietnã do Sul, então República do Vietnã, temia ser invadido e anexado pelo Vietnã do Norte, ou República Democrática do Vietnã. Os Estados Unidos, como todos sabemos, foram derrotados e se retiraram do conflito em 1973. Até hoje a Guerra do Vietnã representa um alerta de fracasso para os norte-americanos, que evitam a todo custo repetir tal desfecho.
Explicações oficiais
Em uma manhã de setembro de 1950, dois meses após o início da guerra, três caças-bombardeiros da Marinha dos Estados Unidos voavam próximos à costa coreana, a cerca de 3.000 m de altitude. Cada aeronave levava dois tripulantes: o piloto e o radiotelegrafista, que, além de responsável pelas comunicações de rádio, era também artilheiro. E foram os próprios radiotelegrafistas das três aeronaves que olhavam atentos procurando pelos comboios que deveriam bombardear que notaram, espantados, duas sombras gigantescas no solo que vasculhavam.
Olhando para cima para tentar entender o que estava produzindo aquelas duas sombras, viram dois objetos discoides com dimensões estimadas em 200 m cada voando acima deles a uma velocidade estimada de Mach 2, mais ou menos o dobro da velocidade de qualquer jato militar daquela época poderia alcançar. Os pilotos também puderam observar os objetos, sem entender o que eram. A hipótese de que se tratavam de aeronaves terrestres foi logo descartada por cauda da velocidade e dimensão dos artefatos, deixando as testemunhas totalmente atordoadas e preocupadas.
FONTE: TAKEN
Os foo fighters vistos dutante a Segunda Guerra Mundial perseguiam as aeronaves durante ações de combate
Um dos três radiotelegrafistas, temendo estar diante de uma ameaça, voltou-se para a metralhadora, mas naquele momento o radar acusou algum mau funcionamento, o que o obrigou a deixar a arma. Os UFOs estavam a aproximadamente 1.600 m de distância e em rápida aproximação. No entanto, de repente, ficaram parados no ar e em seguida aceleraram rapidamente em direção aos três caças, manobrando de forma que um deles ficou acima das aeronaves e outro abaixo delas. Depois disso, novamente, os dois UFOs pararam no ar, mudaram de direção e sumiram de vista em poucos segundos, alcançando uma fortíssima aceleração.
De 1945 a 1950, ou seja, entre o fim da Segunda Guerra e o começo da Guerra da Coreia, houve uma grande proliferação de radares em terra, em navios e em aeronaves — isso permitiu aos pilotos, nos casos de avistamentos em voo, obter uma confirmação também por estes equipamentos daquilo que estavam observando com os próprios olhos, e passou a gerar um grande volume de dados sobre objetos estranhos no céu e nos mares.
Negados e mau explicados
Ao mesmo tempo, a nova política das Forças Armadas dos Estados Unidos em relação ao tema dos discos voadores, que desde 1947 não saía das páginas dos jornais, previa fazer um descrédito público dos avistamentos — eles invariavelmente deviam ser etiquetados como inexplicáveis, frutos de alucinações e falsificações. Mas isso levou a um problema óbvio: com o aumento dos casos de UFOs no decorrer da Guerra da Coreia, especialmente por pilotos experientes e com centenas de horas de voo, chegou-se a um impasse, pois não era possível qualificar aqueles militares como vítimas de alucinações ou, ainda pior, como falsificadores. Para evitar isso, foi preciso dar explicações para cada avistamento, com afirmações muitas vezes sem sentido, como nos casos que vamos examinar.
Em 29 de janeiro de 1952, dois caças B-29 se encontravam em voo no entorno da cidade norte-coreana de Wonsan, quando um objeto discoide, de cor laranja intenso se aproximou lateralmente — ele voou paralelamente aos dois caças por mais de cinco minutos, permitindo aos tripulantes, ambos veteranos da Segunda Guerra Mundial, vê-lo com clareza e perceber que se tratava de algo completamente diferente de qualquer coisa observada até então. As investigações da Força Aérea Norte-Americana (USAF), que foram superficiais, concluíram que os objetos eram os “protótipos de um foguete sinalizador soviético”, contrariando a descrição fornecida pelos veteranos.
Ver sinais nos céus no curso de guerras parece ser algo que acompanha a humanidade há milênios, e ainda que muitas vezes os sinais vistos nada tivessem de sobrenatural, eles foram assim interpretados e motivaram à luta aqueles que os presenciaram
Em agosto do mesmo ano, a tripulação de outro B-29 viu novamente um objeto discoide de cor laranja aproximar-se perigosamente. A Aeronáutica declarou que se tratava de um míssil superfície-ar, ainda que os mís
seis deste tipo só viessem a ser de uso comum dois anos depois, em 1954. As primeiras versões da história, na verdade, eram muito comprometedoras, difíceis de mudar e vinham sendo adotadas principalmente para proteger as grandes cidades e os centros nevrálgicos da União Soviética e dos Estados Unidos, não resultando que tivessem sido usadas na Guerra da Coreia.
Em 16 de outubro de 1952, dois pilotos a bordo de um T-6 Texan, uma aeronave de treinamento, se encontravam nos céus da parte oriental da Coreia do Sul, quando viram uma espécie de grande bola prateada de cerca de 10 m de diâmetro, voando a mais de 300 km/h. Incrédulos, os dois pilotos se puseram a perseguir o misterioso artefato, que, no entanto, notando a manobra, acelerou por 1.300 km/h, distanciando-se em poucos segundos. Também nesse caso, a USAF encerrou o incidente alegando ser apenas o avistamento de um balão, deliberadamente negligenciando as características de velocidade e fornecendo uma explicação claramente ridícula.
Em 10 de fevereiro de 1953, pouco depois da meia-noite, perto da Ilha de Cho Do, na Coreia do Norte, dois marinheiros avistaram um enorme objeto de cor branca e em rápido movimento no horizonte — a estranha aeronave parou de repente para depois mudar a direção e novamente parar no ar, alterando a própria cor de branco para o vermelho. No mesmo instante, o veículo foi visto também por um oficial sul-coreano, que descreveu sua forma discoide. A USAF, mais uma vez, independentemente da especificação do testemunho, declarou que os três militares haviam se confundido com o planeta Vênus.
Ficou então evidente que a questão dos discos voadores foi considerada tabu e tentou-se fornecer explicações convencionais, sem temor de se cair no ridículo, como nos casos que se viu acima. Em março de 1952, Drew Pearson, célebre cronista do Washington Post, escrevia que o Pentágono estava ciente de mais de 20 casos de avistamentos de UFOs durante o conflito coreano, acontecimentos em que haviam também confirmações de radar, mas que, não obstante, não foram divulgados, e nem se admitiu oficialmente sua existência.
UFOs e porta-aviões
No outono de 1951, alguns navios da Marinha dos Estados Unidos estavam monitorando o espaço aéreo ao longo da costa coreana, à procura de potenciais ameaças de aeronaves inimigas, quando o radar de um deles mostrou um bip desconhecido. Tratava-se de um UFO a cerca de 1.500 m de altitude, descrevendo um movimento circular com relação à frota norte-americana.
Foram então acionados, em decolagem rápida, alguns aviões para interceptar a aeronave, como seus pilotos seguros de que se tratava de uma aeronave norte-coreana enviada para espionar a frota, temendo um ataque iminente. Uma vez em altitude, os aviões procuraram o contato visual com o objeto desconhecido, mas, apesar de os radares continuarem a revelar a presença de um objeto em contínuo movimento entre os 14 navios norte-americanos, nada conseguiram ver.
FONTE: THE WHITE HOUSE
O presidente Eisenhower foi quem determinou o começo da Guerra do Vietnã, assinando o documento de ordem
Alguns minutos depois foram lançados mais aviões e a situação tornou-se dramática. O UFO, ainda não visível a olho nu, começou a seguir de perto uma das aeronaves, grudando-se à sua cauda por mais de cinco minutos para depois abandonar definitivamente a área a uma velocidade de 1.500 km/h. Todos os radares dos navios e dos aviões puderam informar a presença do artefato, mas as tentativas de identificação foram inúteis.
Algo semelhante aconteceu em 02 de fevereiro de 1952. O porta-aviões USS Philippine Sea se encontrava ao longo da costa oriental da Coreia quando o operador de radar notou um sinal não identificado — um objeto se encontrava a 46 km de distância e a uma altitude de quase 20.000 m, algo impossível para os aviões da época, e se dirigia para o porta-aviões. Por meio de binóculos, três marinheiros se reuniram na ponte da embarcação para ver o que era. A forma discoide e a velocidade de cerca de 2.600 km/h deixaram claro que não poderia se tratar de uma aeronave amiga. De repente, para o assombro de todos, o misterioso aparelho mudou a direção, mostrando uma desaceleração e uma aceleração tão repentinas que matariam qualquer piloto. O disco desapareceu dos radares quando chegou a uma distância de 203 km do porta-aviões.
“Não o faremos”
Na primavera de 1951, o soldado Francis Wall e sua unidade se encontravam em um bunker sob uma montanha perto de Chorwon, na Coreia do Norte, para o controle de uma vila no vale. Do lado direito da montanha, a certa distância, Wall avistou uma espécie de “abóbora de fogo”, segundo a descreveu, semelhante àquelas que se usam no Halloween. Movia-se velozmente entre as árvores de modo errático, e quando apareceu para Wall e seus companheiros de farda, mudou de cor, tornando-se azul-esverdeada e pulsante.
O soldado pediu e recebeu rapidamente permissão para abrir fogo, disparando várias vezes sem conseguir nenhum efeito mesmo acertando o alvo, como provado pelo barulho metálico dos projéteis sobre a superfície do estranho objeto. O UFO começou a emanar uma luz intensa e lançou um raio na direção de Wall e de outros três membros da unidade. Isso assustou muito os soldados, e de nada serviram os tiros disparados — o artefato continuava a segui-los provocando uma retirada repentina de toda a unidade, que somente se recompôs uma hora depois, quando não havia mais traços do objeto. Três dias depois, exames de sangue nos militares revelaram que todos aqueles que haviam sido atingidos pelo raio do objeto tinham um nível muito elevado de glóbulos brancos. Os médicos não conseguiram explicar a razão daquilo.
Como se viu, o conflito coreano foi caracterizado por numerosos avistamentos de UFOs. A declaração de um porta-voz da Força Aérea Norte-Americana (USAF) no curso do conflito forneceu a chave para a correta compreensão de porque essa casuística jamais havia sido divulgada. Trata-se de uma declaração muito seca e concisa, que explica mais do que mil palavras. Disse ele: “Afirmar ou, ao contrário, negar que alguns pilotos da Aeronáutica viram UFOs nos céus coreanos colocaria os Estados Unidos na posição de precisar falar sobre UFOs. E simplesmente não o faremos”.
Avistamento em base militar
Em junho de 1966, uma empresa de construção civil estava ampliando algumas estradas, utilizando seis escavadeiras a aproximadamente um quilômetro a oeste da base militar de Nhá Trang, na então República do Vietnã, enquanto a maioria dos soldados norte-americanos ali estacionados assistia a um filme, em uma área ao ar livre usada como sala de cinema. Às 21h45, de repente, o céu acima da base tingiu-se de uma coloração extremamente brilhante. No primeiro instante, todos pensaram que se tratava de um foguete de sinalização lançado de uma colina do lado norte da base. Os combatentes estavam acostumados a vê-los muito frequentemente, e por isso inicialmente ninguém deu muita atenção ao fato. Com o passar do tempo, porém, como o presumido foguete não se apagou, ficou evidente de que se tratava de outra coisa.
Feita uma análise mais cuidadosa, os militares perceberam que havia um objeto brilhante no céu parado acima da base. Alguns pilotos de caça, ao vê-lo, estimaram a sua altitude em 8.000 m, mas ninguém conseguiu identificar o que era aquele artefato. Subitamente ele começou a descer com uma velocidade incrível, e quando todos pensaram que ele fosse cair sobre suas cabeças, o UFO parou novamente no ar, instantaneamente, 150 m acima da base, com uma desaceleração que mataria qualquer piloto, caso fosse uma tecnologia terrestre.
Naquele momento não só a base, mas todo o vale estavam iluminados como se fosse dia. Logo em seguida, o misterioso aparelho desapareceu rapidamente
de vista, em poucos segundos. Como aconteceu em numerosos outros casos, no momento em que o UFO se aproximou da base, os motores das escavadeiras e dos dois aviões que estavam estacionando na pista, além de um gerador de energia elétrica, apagaram-se sem que ninguém conseguisse fazê-los voltar a funcionar durante todo o momento do avistamento. De acordo com algumas testemunhas, no dia seguinte apareceram na base algumas pessoas, que supostamente pertenceriam a agências governamentais dos Estados Unidos, para investigar o que acontecera. No entanto, não houve relatos oficiais sobre os resultados das investigações.
Estranho salvamento
Há outro relato, também de 1966, envolvendo um helicóptero do Exército dos Estados Unidos que teria sido forçado a aterrissar em uma área perto da célebre Zona Desmilitarizada. Os vietcongues começaram a disparar contra o helicóptero assim que o viram em dificuldade, e uma vez aterrissado, começou um violento tiroteio. A presença de grama alta e seca fez com que surgissem alguns pontos de incêndio, que aos poucos iam aumentando e se aproximando do helicóptero, que não conseguia decolar por uma falha no motor.
Naquele momento, outro helicóptero aterrissou por perto para prestar ajuda. O oficial no comando da segunda aeronave ordenou a um soldado que pegasse o extintor e fosse tentar apagar o fogo. O rapaz seguiu a ordem e conseguiu diminuir a intensidade do incêndio, porém, quando se virou para a direção de seu helicóptero, percebeu que o mesmo já havia decolado, deixando-o em terra.
O USS Philippine Sea estava ao longo da costa oriental da Coreia quando o operador de radar notou um sinal não identificado — um objeto se encontrava a 46 km de distância e a uma altitude de quase 20.000 m, algo impossível para os aviões da época
Desorientado, ele tentou chegar à primeira aeronave, mas lhe foi impossível, pois o tiroteio estava cada vez mais intenso e a fumaça o desorientava. Para piorar a situação, o rapaz ouviu alguém falando em vietnamita e percebeu que o inimigo estava muito próximo. De repente, o jovem combatente ouviu um barulho estranho, como o de ossos quebrados, e pensou que tivesse sido atingido por uma bala. Mas, olhando à sua volta, percebeu que um vietcongue era quem tinha caído morto.
O que ele viu, olhando para cima, foi algo que não esqueceria pelo resto de sua vida: um ser alto, de quase dois metros e meio, com um tipo de capacete na cabeça, circundado por uma aura brilhante, começou a falar com ele e lhe disse para ficar tranquilo, que estava tudo bem e que ele poderia voltar para o helicóptero. O soldado correu assustado, chegou ao helicóptero em estado de choque e, depois da decolagem, olhou para baixo, mas o estranho que havia salvado sua vida não estava mais lá.
FONTE: US TODAY
O presidente Donald Trump ainda não está convencido de que haverá um fim nas hostilidades entre as duas Coreias
Esse certamente é um caso intrigante, embora não haja provas suficientes sobre o fato nem informações sobre a testemunha principal. Não podemos nos esquecer, entretanto, que o uso de drogas no conflito vietnamita era extremamente elevado, inclusive o de psicotrópicos experimentais ministrados pelo Exército norte-americano aos seus soldados. Assim, o episódio poderia tratar-se uma alucinação provocada pelo uso de drogas e pelo estado de choque, devido ao terrível tiroteio em que se encontrava o jovem soldado.
Aviões perseguidos
Outro evento de incontestável interesse ocorreu em uma noite de março de 1967, quando um pequeno grupo de marinheiros se encontrava em um vale nas proximidades da base de Da Nang procurando um bom lugar para uma emboscada. O local adequado foi escolhido, mas o inimigo não apareceu. No caminho de volta, os marinheiros viram, um pouco acima do nível das árvores, um grande veículo não identificado parado no céu.
Curiosos, procuraram uma clareira para observar melhor o misterioso artefato. Alguns vietcongues que se encontravam na área fizeram alguns disparos contra a aeronave, talvez pensando que se tratasse de uma tecnologia norte-americana, porém sem nenhum efeito. Depois de alguns minutos, o objeto subiu velozmente e desapareceu de vista. Voltando à base, os marinheiros contaram o que havia ocorrido, mas o comandante ordenou que não falassem sobre o incidente que acabara de acontecer.
No ano seguinte, perto da mesma base de Da Nang, houve outro avistamento, dessa feita envolvendo vários objetos. Tudo começou quando quatro marinheiros estavam próximos da pista observando dois aviões F-4 em processo de decolagem. As aeronaves levantaram voo e, de repente, duas luzes apareceram acima da base e começaram a seguir os caças. Depois de alguns segundos, surgiram outras seis luzes não identificadas.
Um dos radiotelegrafistas, temendo uma ameaça, voltou-se para a metralhadora, mas naquele momento o radar acusou mau funcionamento, o que o obrigou a deixar a arma. Os UFOs estavam a 1.600 m de distância e em rápida aproximação
Os marinheiros não entendiam o que estavam vendo e pediram à torre de controle que verificasse a leitura do radar, mas, segundo os controladores, não havia nenhum traço anômalo nos aparelhos, embora de onde estivessem pudessem ver a presença de oito UFOs seguindo os aviões — provavelmente, sabendo que estavam sendo seguidos, os pilotos dos F-4 tentaram manobras evasivas, mas não surtiram efeito e os artefatos continuavam atrás deles.
Com medo de que os objetos pudessem alvejá-los, voltaram à base, sendo seguidos quase até a pista de aterrissagem. Os quatros marinheiros puderam ver os UFOs com mais detalhes e os descreveram como sendo ovais e projetando raios de luz de cor âmbar. Depois de alguns minutos, quando os quatrs F-4 já haviam aterrissado, os objetos aceleraram, desaparecendo no horizonte em poucos segundos.
Ataque alien?
No ano seguinte, em 1968, uma equipe das Forças Especiais norte-americanas se encontrava além das tropas inimigas para uma operação que previa a morte de uma proeminente figura política norte-vietnamita. Terminada a operação, a equipe se dirigia para o ponto de evasão quando foi interceptada e perseguida por um pelotão de soldados norte-vietnamitas. Pensando que tivessem escapado, os membros das Forças Especiais começaram a ouvir sons de tiros provenientes de fuzis de assalto — por um instante julgaram terem sido descobertos, mas pouco tempo depois perceberam que não eram eles o alvo do fogo inimigo.
Ao olharem para o alto de uma colina, viram um estranho aparelho circular luminescente que mudava constantemente da cor azul para vermelho-escuro. Era contra aquela estranha aeronave que os norte-vietnamitas estavam atirando, pensando que fosse uma aeronave norte-americana. O UFO se moveu em direção aos disparos para depois ficar parado alguns segundos sobre aquela área. Em seguida, decolou e foi embora a uma velocidade elevadíssima. Justamente no momento em que se encontrava acima da área onde estavam os vietnamitas, os disparos pararam. Curiosos, os membros das Forças Especiais decidiram ir investigar e o que viram os deixou perplexos: não havia nenhum corpo, somente armas no chão e um odor nauseante. O acontecido ia além da imaginação e a equipe foi para o ponto de evasão, com medo de que o objeto pudesse voltar.
UFO sobre Hanói
Mesmo na então República Democrática do Vietnã, ou Vietnã do Norte, houve avistamentos impressionantes. Em 29 de setembro de 1972, por exemplo, a agência France Presse noticiou a manifestação de um UFO sobre a capital, Hanói. O objeto fora visto também pela defesa norte-vietnamita, que abrira fogo cerrado contra o artefato, sem efeito. Até o repórter da France Presse viu o aparelho e pôde fornecer uma descrição precis
a: tinha forma esférica, era brilhante e de coloração laranja. Foram lançados também três mísseis terra-ar no alvo, que, entretanto, não atingiram o objeto, que pairou por cerca de 8 minutos em elevada altitude, sendo visto por um grande número de pessoas. Em inúmeras ocorrências, aliás, era assim, ou seja, sempre havia grande número de pessoas presentes aos avistamentos.
FONTE: ARQUIVO DANIEL CARNEIRO
O porta-aviões USS Philippine Sea, que esteve envolvido em casos ufológicos durante as guerras no Sudoeste Asiático
Como vimos, houve uma ativa presença de UFOs também na Guerra do Vietnã. Apoiando os depoimentos que analisamos estão as palavras do general George S. Brown, comandante da Sétima Unidade da Força Aérea Norte-Americana (USAF) à época do conflito e, em seguida, chefe do Estado-Maior da USAF, que declarou: “Os UFOs nos causaram muitos embaraços no Vietnã. Não eram chamados UFOs, mas sim de ‘helicópteros inimigos’. Eram vistos somente à noite e apenas em certas áreas. O inimigo não tinha nada a ver com aqueles objetos, porém nós sempre reagimos a eles”.
A casuística nas Guerras da Coreia e do Vietnã, como se viu, é numerosa e denota também o acobertamento do que aconteceu. Presume-se que novas investigações poderão evidenciar outros avistamentos ocorridos no curso do conflito, sempre lembrando que casos fornecidos por depoimentos cruzados são mais confiáveis. Isso porque, como já dissemos, o pesado uso de substâncias psicotrópicas pelos soldados poderia levá-los a acreditar em certas experiências que, na realidade, não passaram de alucinações ou distorções dos fatos reais.