Há mais de seis décadas, líderes do Exército que comandavam os Estados Unidos tinham chegado a uma conclusão surpreendente sobre os veículos desconhecidos que estavam voando livremente sobre os céus do mundo. Com base nos seus estudos e observações, haviam determinado que alguns destes objetos eram de fato provenientes de outros planetas.
Estes arquivos ufológicos foram confirmados como autênticos pelo governo dos EUA. Décadas depois, no entanto, eles permanecem secretos e indisponíveis ao público. Os distintos líderes militares que têm sido implicados nestes projetos ocultos sobre UFOs incluem figuras históricas como os generais Douglas MacArthur, George C. Marshall e Charles A. Willoughby.
Cerca de trinta anos atrás, o falecido pesquisador Richard H. Hall, associado em grupos de pesquisa civis como Mutual UFO Network (MUFON) e National Investigations Committee On Aerial Phenomena (NICAP), teve conhecimento da existência de uma unidade militar que estava ativa nos anos 40 e 50. Através de suas pesquisas e fontes, havia confirmado que o nome desta foi Interplanetary Phenomenon Unit [Unidade de Fenômeno Interplanetário, IPU]. Finalmente, autoridades norte-americanas seriam forçadas a concordar que eles também possuiam “memória institucional” de tais estudos ufológicos que foram conduzidos por esta IPU.
Em 06 de setembro de 1980, Hall entrou com um pedido formal [Baixe o arquivo aqui] sob abrigo constitucional da Freedom of Information Act [Lei de Liberdade de Informação, FOIA] para o Exército. Foi dele a primeira iniciativa solicitando informações sobre a unidade IPU, recebendo uma resposta do gabinete do Chefe de Estado Maior para Inteligência. Os próximos dois pedidos significativos pela FOIA vieram nos anos seguintes. William S. Steinman recebeu mais respostas detalhadas sobre a unidade em 16 de maio de 1984 [Baixe o documento aqui]. Mais tarde, em 12 de março de 1987, a Força Armada respondeu a solicitação do autor e pesquisador Timothy Good [Entrevistado da edição UFO 155] para obter informações adicionais sobre a mesma [Acesse o documento aqui].
O Exército fez algumas admissões oficiais surpreendentes sobre a IPU, a partir destes três documentos:
• Confirmou que, no seu Departamento de Contra-Inteligência, houve de fato uma Unidade de Fenômeno Interplanetário (IPU);
• A IPU foi “desativada” no final dos anos 50;
• Os registros da IPU foram cedidos ao Escritório de Investigações Especiais da Força Aérea [Air Force Office of Special Investigations, AFOSI] em conjunto com o Projeto Livro Azul [Blue Book] – que confirmou que a IPU tratava com o Fenômeno UFO;
• O sistema era um “projeto caseiro”, como item de interesse a um “anônimo” Assistente Chefe do Setor de Inteligência;
• Que a unidade faltou à função/missão, ou à autoridade;
• Que somente através de “memória institucional” o Exército sabe da existência da IPU.
A Arma ofereceu essas admissões tácitas sobre a unidade, mas através de respostas esparsas e internamente inconsistentes, após repetidos pedidos durante muitos anos. Concordaram que houve uma IPU, no entanto minimizaram a sua importância e afirmaram que, essencialmente, não sabiam nada mais sobre ela. Contradisseram-se sobre esta, revelando que os arquivos que dizem respeito a UFOs indicaram que eles foram liberados para o Projeto Blue Book, Mas não disseram sob qual auspício isso foi feito, nem como eles sabiam que foi assim.
Respostas enlatadas e contradições
Declararam quando a unidade foi “desmantelada”, porém não indicaram como eles sabiam que isso é verdade. De alguma forma sabiam quando a unidade acabou, mas não ofereceram nada sobre quando ela foi criada. Disseram que através da “memória institucional” tinham ciência dela. A utilização da expressão memória institucional é mais do que curiosa, pois está definida como “fatos, conceitos e experiências que sejam detidas por um grupo de pessoas ao longo do tempo”. Transcende qualquer indivíduo e também requer a transmissão contínua de informações dentro do grupo.
O Exército, essencialmente, admitiu que há pessoas dentro de sua Arma que se lembravam ou tiveram conhecimento da IPU. Então quem é quem dentro das Forças Armadas que sabe sobre a Unidade de Fenômeno Interplanetário? O que foi dito sobre ela e quem disse? E há outras inconsistências graves encontradas em suas respostas, embora eles afirmem que os arquivos da IPU foram dadas ao Blue Book, estranhamente, não há menção alguma dela nos arquivos deste!
Os pesquisadores da entidade Computer UFO Network (CUFON) começaram um esforço para localizar registos da unidade em 1992. Cinco anos mais tarde (em 1997), relataram que haviam apresentado 20 pedidos FOIA e cartas de acompanhamento para o Exército e organizações relacionadas. Determinaram que não importava o que as novas informações ou novas fontes forneciam sobre ela – e não importava o que se enviava através dos pedidos FOIA -, os pesquisadores estavam recebendo de volta as respostas “enlatadas”, identicamente formuladas.
Concluiram que as buscas e
registro válido não estavam sendo feitos e que isso era uma violação da Lei FOIA. De alguma forma, essas agências governamentais teriam colaborado juntas para desenvolver as respostas aos pedidos. O governo agora estava aparentemente irritado e já nem sequer tentou oferecer respostas diretas às perguntas específicas sobre a IPU.
Incrivelmente, após anos, outros que tentaram chegar até uma admissão do que havia nos registros receberam uma resposta da AFOSI alegando que o material havia sido “destruído” em algum momento no passado. No entanto, a Força Aérea não pode dizer que destruiu os arquivos porque não ofereceu qualquer indício às autoridades ou fontes para CUFON ao fazer tal afirmação.
Isso contradiz as conclusões de um outro pesquisador, que constatou que os registros não foram marcados como “destruídos” e, naturalmente, refutou as primeiras respostas FOIA sobre a tal unidade que existiu coberta sobre eventuais registros. É claro que é inconcebível que tais documentos manuseados e lacrados por homens de alto escalão militar não seriam simplesmente destruídos sem a devida autorização e sem ordens diretas.
O Defense Central Index of Investigations [Índice de Investigações da Defesa Central, DCII] é um braço muito pouco conhecido do Departamento de Defesa dos EUA. É um “índice de controle automatizado”, que identifica e informa sobre as investigações que vêm sendo realizadas por todas as agências do Departamento de Defesa e Investigação. Este centro militar de dados de inteligência é um dos mais complexos e abrangentes que existe.
Até o início de 1980, o falecido pesquisador John Frick tinha tido conhecimento de um impresso de computador gerado pela DCII que relacionava alguns avistamentos de UFOs e investigações históricas, incluindo aqueles feitos sob o comando do general Douglas MacArthur. A lista de avistamentos curiosamente terminou no ano em que MacArthur havia deixado a área de comando do Sudoeste do Pacífico. Na primeira linha da impressão curta lê-se: “01. Interplanar militares da Unidade de Fenômeno” e mostra que a coluna “destruído” foi deixada em branco.
Onde estariam os arquivos da unidade?
Frick publicou sobre isso em um artigo que apareceu em 07 agosto de 1982 na edição da World News, o jornal antecessor para o New York Tribune. Suas pesquisas mostraram também que em 1945 o general MacArthur iniciara um projeto incomum. Ele e outros tinham começado a compilar e analisar relatórios de objetos não identificados em áreas sob o seu comando que voavam nos céus do Japão e nas Filipinas. As investigações de MacArthur sobre UFOs podem ter continuado até 1951 ou depois. MacArthur também indicara que ele mesmo tivera um avistamento em Clark Field, nas Filipinas, do qual tinha certeza que era um veículo alienígena, havia inclusive determinado que alguns desses objetos voadores eram anômalos e de origem interplanetária.
O projeto da IPU e as conclusões de MacArthur e seus colegas, infelizmente, haviam sido censurados e eles provavelmente nunca fizeram chegar algo próximo de Truman, por exemplo. Frick indicara que uma de suas fontes, o ex-agente do AFOSI Rudolph M. Schellhammer (já falecido), revelou-lhe que os arquivos de MacArthur foram transferidos em 1962 para AFOSI. Este autor confirmou que Rudolph Schellhammer era de fato uma profunda cobertura de agente AFOSI, em consulta com a Associação de ex-agentes especiais [Office of Special Investigations, OSI]. A organização é uma sociedade altamente seletiva de ex-agentes Top Secret, com o número de apenas 114 membros. Schellhammer foi introduzido em seu Hall of Fame [Sala da Fama].
Surpreendentemente, o general MacArthur é citado em 1955 no The New York Times, falando para um público universitário: “As nações do mundo terão de se unir para a próxima guerra, será uma guerra interplanetária. As nações da Terra devem fazer uma frente comum contra o ataque de povos de outros planetas algum dia”. Expressou um sentimento muito semelhante nas observações que ele havia entregue ao falar na Academia Militar de West Point em 1962.
O uso da palavra “interplanetária” é muito significativo, tendo em conta o fato de que é o próprio nome de seu suposto projeto, a Unidade de Fenômeno Interplanetário. Ele continuava com essa idéia, na utilização de sua extraordinária expressão “pessoas de outros planetas”. Estaria insinuando a história sobre o seu envolvimento na supressão da IPU?
Estes estudos sobre o Fenômeno UFO e a presença alienígena na Terra podem ter sido (como sugere o próprio Exército de hoje) um assunto privado entre militares de alto escalão e líderes de inteligência. Talvez essa denominação revelando a Unidade de Fenômeno Interplanetário foi utilizada apenas de forma muito seletiva, já mencionadas. É possível que este era o prazo interno para o projeto e que se referisse a um conjunto de estudos e arquivos que tiveram codinomes menos sugestivos – mas que, no entanto, tinha determinado que a natureza do fenômeno era interplanetário. Seja qual for o caso, o trabalho da unidade permanece oculta.
Até hoje o Exército e a Força Aérea dos EUA estão suprimindo a liberação desses estudos iniciais. É vital que sejam tornados públicos, eles não foram destruídos, como é agora reivindicado. Devemos saber de que forma os nossos militares precoces e líderes de inteligência concluiram que os veículos desconhecidos atravessando os céus eram pilotados pelo sobrenatural.
Um método mais direto está sendo tomado por esse autor para apurar a verdade sobre os estudos secretos e que não vai usar novos pedidos FOIA. Espera-se que esta abordagem para desvendar o mistério da IPU vá revelar o porquê desses eminentes homens terem determinado que alguns UFOs haviam chegado de um outro mundo.