Ocorrências ufológicas são bastante frequentes em todo o Nordeste brasileiro. Acredita-se que a atividade alienígena na região tenha se intensificado a partir de 1968, quando uma onda de misteriosas manifestações surpreendeu os estados nordestinos, em especial a Bahia, onde até carros foram perseguidos por UFOs. A partir daí, vários ufólogos tiveram suas atenções voltadas para a casuística local, que conta com um misto de belezas naturais e histórias surpreendentes — uma delas é a abdução da senhora Ana Becker, em 1994, publicada no livro de Alberto Romero, Verdades que Incomodam [Biblioteca UFO].
Ana, em certa noite, ao se deitar para dormir, teve uma forte sensação de tempo perdido [Missing time], como se o intervalo da noite para o amanhecer tivesse sido reduzido a poucos minutos. Nos dias que se seguiram, sonhou diversas vezes com alguém desconhecido que lhe mostrava imensas naves percorrendo o céu e outra pousada em um terreno abandonado. Algumas semanas mais tarde, inesperadamente, expeliu uma espécie de ovo, bastante mole, com cerca de 9 cm de comprimento e 4 cm de largura. Tinha também uma mancha escura no centro, da qual saíam alguns filamentos. Antes desse provável aborto, seu corpo havia mudado muito — os seios tinham crescido significativamente e apresentavam expressiva quantidade de leite.
Regressão hipnótica
O ventre de Ana Becker também começou a aumentar, caracterizando uma gravidez. Mas ela já havia ligado as trompas há algum tempo. Em 1997, procurou o Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ) em busca de ajuda para seu caso, quando foi submetida a uma regressão hipnótica para se lembrar do que acontecera naquele intervalo de tempo que se apagou em sua memória. A terapia resultou por descobrir uma abdução. “Estou deitada em minha cama e meus irmãos, nesse momento, estão dormindo. De repente apareceram dois seres altos, mas não sei como entraram. Eles usam roupas azuis bastante justas ao corpo. Aproximam-se de mim e inserem em meus ouvidos um instrumento metálico. Parece um choque elétrico”, disse.
A abduzida se recordou, ainda, que os seres tinham olhos grandes e puxados, boca fina e dedos deformados. Ana afirma ter sofrido uma espécie de exame ginecológico, durante o qual introduziram um aparelho prateado para examiná-la. Após isso, foi levada por um corredor vermelho até sua cama. “Voltei para o meu quarto. Sentia-me toda gelada e o dia já está clareando”, concluiu. Nos dias que se seguiram, a senhora conseguiu recordar naturalmente de outros detalhes da abdução, acrescentando por último que tinha visto, a bordo da nave, sua mãe e irmão.
Exatamente como o de Ana Becker, na Bahia também existem outros surpreendentes relatos de abdução, como ocorrido em 1997 com a esposa de um vaqueiro da cidade de Riachão do Jacuípe. Dois anos após ter feito laqueadura, a senhora descobriu que estava grávida e, já no quarto mês de gestação, sofrera um aborto. O médico que a atendeu na ocasião afirmou que o feto tinha uma cabeça muito grande e membros demasiadamente finos — apesar de ter notado a incompatibilidade de proporções, não pesquisou a anomalia. Em toda casuística baiana há também incríveis casos de mutilações de animais, como cães, ovelhas, bovinos e aves, encontrados com graves ferimentos em regiões específicas de seus corpos.
A Chapada Diamantina é um dos principais palcos de misteriosas aparições, especialmente nas imediações de Mucugê, onde luzes perseguem pessoas e deixam marcas de prováveis pousos. Um caso que deve ser citado é o de Jacob Müller, engenheiro alemão radicado na região desde 1986. O fato ocorreu em 02 de outubro de 1994, em sua Fazenda Triângulo. Entre 14h40 e 15h00 surgiu uma intensa luz amarelo-dourada de 2 m de diâmetro. Ao observar o fenômeno, Müller fechou os olhos evitando seu intenso brilho, mas ainda sentiu uma forte vibração no ar — quando olhou novamente o objeto, já havia desaparecido.
Pousos e uma cidade mítica
O tratorista de uma fazenda próxima, José Ferreira Lima, chegando à propriedade do alemão, confirmou também ter observado outras luzes não identificadas, uma delas parecia um pneu de caminhão. Ao verificar a vegetação, ambos constataram que a área em que o objeto pousara, de 25 x 08 m, apresentava estranhas marcas de queimadas. Elas eram de formato oval e estavam circundadas por capim seco, pois há vários dias não chovia na região. Em suas extremidades havia dois buracos, cada um com 40 cm de comprimento, 20 cm de largura e 30 cm de profundidade. Alguns troncos de árvores foram encontrados quebrados e com fortes sinais causados por calor. Na época foram realizadas análises do solo com um magnetômetro, mas nada foi acusado.
Amostras da terra e vegetação foram encaminhadas para laboratórios em Salvador, mas nem assim se conseguiu obter um resultado. Os antigos moradores da região contam que, nos anos de 1953 e 1954, observações de discos voadores e sondas em sobrevoo próximas à Fazenda Triângulo eram muito frequentes. Existem também várias lendas bastante conhecidas pelos moradores de Mucugê sobre o assunto — uma delas é a da Cidade Perdida, segundo a qual existiria uma civilização que desapareceu há muitos anos lá, deixando vestígios em locais próximos ao município. Diante das várias aparições misteriosas, há quem acredite que realmente exista a tal cidade..