Em meados de 1973, recebemos uma carta registrada, contendo uma declaração com firma reconhecida, de um senhor que antes de mais nada gozava de excelente reputação na alta sociedade baiana e em sua profissão, além de uma cópia do seu curriculum vitae. Hoje, passados vinte e quatro anos, não mais sabemos de seu paradeiro. “Escrevo este depoimento em pleno gozo das minhas faculdades mentais e físicas. Jamais me impressionei com nada, nem tive miragens. Não gosto de leituras fantásticas, não tenho tonturas, não sou descontrolado dos nervos, jamais desmaiei, e a única doença que tive até hoje foi sarampo. Na minha família também não há antecedentes de pessoas que tenham sofrido de qualquer tipo de loucura ou debilidade mental. Sou forte, sadio, tenho uma vida regrada: não bebo, nem fumo”, diz um trecho da carta.
Após prestar os devidos esclarecimentos sobre seu estado de saúde para que ninguém duvidasse da veracidade de sua história, este senhor contou-nos em poucas linhas e palavras que, em 16 de maio de 1973, estava ele e seu irmão na propriedade rural que adquiriram em uma localidade chamada Parafuso, distrito de Camaçari, a 41 km de Salvador, onde iriam criar aves. Na parte alta do terreno de 10.000 m² — quase na metade dele — havia um pequeno casebre que um senhor que tomava conta da área tinha construído e no qual pretendiam passar a noite. Entre outras coisas, nosso protagonista tinha levado uma espingarda de caça, já que naquela região, às vezes, era possível encontrar veados.
No dia seguinte, após o almoço e uma boa cochilada, ele decidiu dar uma volta pelos arredores à procura de caça. Caminhou bastante. Contudo, não achou nada. A testemunha já se dispunha a regressar, quando algo inusitado aconteceu. “Começou por um zumbido suave e intermitente para o qual não dei a menor atenção e, de repente, como que saído do nada, o sujeito apareceu. Vestia um macacão cinza ajustado ao corpo, calçava botas da mesma cor, parecendo couro, porém eram aparentemente metálicas”, detalhou.
Em seu depoimento, o contatado descreveu ainda que o ET tinha uma fivela enorme de cor azul brilhante e um botão branco no meio do cinturão. Suas mãos eram brancas com dedos compridos; o rosto branco e pálido, olhos enormes, de um azul claríssimo e sem cílios. A cabeça grande, desproporcional à sua estatura (mais ou menos 1,60 m), orelhas finas, pontudas na parte superior e bastante pequenas; nariz e lábios iguais aos nossos. “De início nem pensei estar frente a um extraterrestre, principalmente por não ter visto nenhum veículo estranho por perto e muito menos um disco voador. Quando o ser falava, sua voz era pausada, como se escolhesse as palavras, o timbre era quase feminino e soava de forma metálica: \’Não se assuste. Não quero lhe fazer nenhum mal, acredite\’, disse-me”.
A testemunha não reparou se seu interlocutor portava algum tipo de arma. Além disso, um disparo com uma espingarda, à distância em que se encontravam, destroçaria qualquer ser humano. “Eu sou uma pessoa como você, com a diferença de que não sou deste mundo”, esclareceu o ser. Nesse momento — talvez inconscientemente —, o contatado fez um gesto com a mão que segurava a arma, e logo houve reação por parte do desconhecido ser; “Pedi que acreditasse que não quero fazer-lhe mal. Por favor, coloque sua arma pendurada nas costas. Usá-la contra mim só iria ocasionar-lhe problemas sérios. Portanto, nem pense nisso…”, advertiu.
SERES INVISÍVEIS — Mentalmente, a testemunha perguntou se aquele ser era de Marte. Então ele sorriu e respondeu: “Não. Venho de um planeta que vocês denominam de satélite”. Em seguida, o contatado perguntou ao humanóide de que maneira havia chegado até ali. O ET apontou o dedo para o alto, acima de sua cabeça, e disse que a nave que o transportava estava a apenas alguns metros deles. “Olhei e nada vi. Surpreso, perguntei onde, pois não estava vendo nada! Ele me disse então que por medida de segurança não deveriam chamar a atenção. Estavam usando algo que não entendi. Algo fora de espectro, que os tornava invisíveis para nós. Disse-me ainda que ele também estava assim e que somente decidiu mostrar-se quando teve certeza de que eu estava sozinho”.
A criatura deu alguns passos e apertou o botão da fivela de seu cinturão. Quase que imediatamente, de algum ponto acima de sua cabeça, surgiu um foco de luz, como de um projetor muito potente que o iluminou, numa fonte de luz compacta que, a seguir, foi-se recolhendo e levando o ser para o alto. A testemunha viu o humanóide desaparecer a apenas alguns metros acima de sua cabeça. Após mais um barulho agudo, tudo voltou ao normal. “Meu irmão confirmou ter ouvido o zumbido. Entretanto, combinamos não contar a ninguém o que tinha acontecido. Agora me pareceu correto mudar de opinião e contar essa experiência, porém nada posso provar. Apenas a minha honestidade”, reforçou o contatado baiano, que prefere se manter no anonimato.
Por volta de 1982 ou 1983, o advogado W. B. trabalhava numa empresa no Bairro da Graça, em Salvador. Naquela tarde, chovera bastante e ainda havia algumas nuvens baixas no céu, a cerca de 300 m, e bastante escuras. Como de costume, ao encerrar o expediente, W. B. pegou seu veículo no estacionamento próximo da firma e desceu a ladeira que leva ao Hospital Português, para pegar uma rotatória e seguir ao bairro onde morava. Antes de passar por baixo de um viaduto, a vítima abaixou-se e estendeu seu braço direito até o porta-luvas, diminuindo consideravelmente a velocidade para 20 km/h.
UFOS À BEIRA DO CAMINHO — Enquanto estava agachado, procurando também manter os olhos atentos ao trânsito, o advogado pôde vislumbrar três objetos iguais em tamanho, forma, aspecto e velocidade – calculada em aproximadamente 30 km/h. Os UFOs mediam cerca de 20 m de comprimento. “Não dava para ver qualquer tipo de estrutura metálica, pois pareciam ter luz própria, numa cor leitosa muito semelhante à das nuvens na sua parte mais clara, isto é, num branco intenso, tendendo para um levíssimo azul”, descreveu a testemunha, ao se deslocarem, os três objetos, com o formato de dois pratos sobrepostos, deixavam um rastro largo, que ia diminuindo de espessura, composto de algo semelhante a “estrelinhas brilhantes que se desfaziam em pleno ar”. O contatado não viu parte alguma metálica, janelas ou luzes, ou qualquer alteração de cor. W. B. preferiu calar-se, pois achava que seria tachado de louco ou ridicularizado.
Parece que esse não foi o primeiro contato alienígena que o advogado W. B. teve em sua vida. Em 1969 ou 1970, quando ele ainda residia à Avenida Amarelina, numa determinada noite, fez um desdobramento (projeção astral). Assim que saiu do corpo, um grande vulto com cerca de 2 m, que parecia possuir uma luz própria branca azulada, agarrou-lhe pela mão e disse: “Sempre quiseste ver uma nave por dentro. Hoje vai vê-la”. Nesse instante, os dois começaram a subir muito rapidamente. O advogado não conseguia identificar onde estava, pois, ao contrário de suas outras experiências de desdobramento, em que sempre vi
a estrelas, desta vez, não havia nada, somente a escuridão total. Passado algum tempo, W. B. avistou uma nave semelhante a dois pratos sobrepostos, onde quis tão logo adentrar. Entretanto, o ser que o guiava disse-lhe para esperar ordens superiores, e advertiu-o sobre os efeitos da radiação em seu corpo — mesmo o astral. Ao penetrar no interior do UFO, sem que nenhuma porta estivesse sido aberta, o contatado foi levado a uma sala em que as paredes pareciam iluminar-se sozinhas.
Na parede à sua direita, havia uma entrada para a qual o ser o conduziu. A porta levava a uma sala onde havia uma mesa a cerca de 80 cm do chão, retangular, medindo cerca de 1,70 por 0,80 m. Em volta dela estavam postados cinco ou seis seres, que W. B. afirma nunca ter visto antes, medindo aproximadamente 1,20 m, aspecto físico humanóide, mas com a cabeça grande, desproporcional ao corpo magro. Muito parecidos aos ETs do tipo grays. Do outro lado, havia um ser muito parecido fisicamente, porém ligeiramente mais alto (cerca de 1,40 m), que dava instruções aos demais, telepaticamente. “O comandante virou-se para mim e perguntou a meu condutor o que eu estava fazendo lá, ao que ele respondeu que estava sob sua responsabilidade. Parecia que meu condutor era em hierarquia superior a ele”, relembra a testemunha.
De dentro da mesa emanava uma luz bem suave. Ao aproximar-se, o contatado notou que havia uma maqueta tridimensional de um mapa, com os mínimos detalhes, contendo uma cadeia de montanhas e vales. Os seres começaram a conversar emitindo murmúrios agudos, sem moverem os lábios, dando a impressão de que se limitavam apenas a abrir a boca para sair o som, como se fosse gutural. Fizeram poucos gestos e quando moviam algum membro era bem lentamente. Nesse momento, W. B. foi levado para fora da sala, onde se aproximou dele um ser bem diferente dos demais: compleição física humanóide, cerca de 2 m de altura, pele muito clara, que não pôde distinguir ao certo, mas que assemelhava-se a branca ou cinza, vestindo um macacão inteiriço, grudado ao corpo e todo brilhante. Este humanóide pegou o contatado pela mão esquerda e se comunicou telepaticamente com ele. Nesse instante, W, B, começou a sentir tranqüilidade e segurança indescritíveis. A partir desse momento, a vítima não se recorda de mais nada, somente de que o ser disse-lhe que iria conhecer o funcionamento da nave, mas quando acordasse, poderia se recordar apenas de que esteve em seu interior, apagando os detalhes de sua memória.
Quando saiu do transe, o contatado não possuía controle sobre seus membros, e só conseguiu movimentá-los cerca de meia hora depois. Infelizmente, ele se recusa a fazer regressão hipnótica para tentar se lembrar do que viu e ouviu. Acredita que deve respeitar a vontade dos extraterrestres e não recordar os fatos daquela noite, em prol da segurança terrestre e extraplanetária.