Saudamos a todos os participantes deste Fórum Mundial, ao público presente, aos organizadores deste evento, aos ufólogos nacionais e internacionais representando seus países e organizações. Fazemos uma menção especial à grande pioneira da pesquisa nacional dona Irene Granchi e ao saudoso general Moacyr Uchôa, in memorian, pesquisador renomado de Brasília. Diante de tão egrégio colégio de ufólogos, estamos nós aqui, da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF), trazendo nossa colaboração para este amplo debate.
No ano de 1997 comemoramos os 50 anos da Ufologia ou Era Moderna dos Discos Voadores – essas fantásticas máquinas voadoras e seus enigmáticos ocupantes e construtores permanentemente a desafiar a ciência, a cultura, a religião e todos os postulados estabelecidos. Nesta oportunidade, louvamos a iniciativa da realização deste Fórum Mundial, que foi um evento muito significativo e definitivo para os destinos e reconhecimento oficial de tão polêmico tema. Tema este que todos os governos e instituições oficiais sabem, porém negam sistematicamente, numa atitude política de tentar ignorar a óbvia e ululante verdade.
O fato de que existe a presença e a interferência dos UFOs e seus ocupantes subjetiva ou objetivamente em nosso cotidiano, permeando toda a vida planetária e humana, em escala cada vez mais crescente e permanente, é indiscutível. Muitas perguntas devem ser naturalmente colocadas por todos. Quais as motivações de tão intensas atividades em nosso meio? Isso é o que pesquisadores, estudiosos e cientistas, de tanto valor e tradição, estão respondendo e debatendo. É um problema de mil facetas, assemelhando-se a uma esfinge esculpida de mistérios, “ou deciframos este enigma ou seremos devorados\’\’. Então, ao menos tentemos!
Desde 24 de junho de 1947, no Monte Rainier, e 2 de julho do mesmo ano, em Roswell, Novo México, a Era Moderna dos UFOs foi deflagrada. Estamos buscando respostas para entender todo o processo de dimensões planetárias, cósmicas e extra-humanas. A partir daí, tudo tomou novo rumo, embora já desde meados da II Guerra Mundial essas incríveis máquinas já fazerem-se presentes nos céus do planeta. A possibilidade mais concreta de manifestações de inteligências extraterrenas no nosso cotidiano tem sido a exploração constante nesses 50 anos de nosso meio.
MIRÍADES DE ESTRELAS – Afinal, as miríades de estrelas, planetas, galáxias e dimensões cósmicas não são só matéria para inspirar poetas, seresteiros e menestréis em versos e canções. Nem para os ficcionistas darem asas à imaginação. Tudo tem uma razão no Universo. A vida manifesta-se permanentemente, as possibilidades são infinitas. O Fenômeno UFO trouxe para o dia a dia do cidadão terrestre a face concreta da pluralidade dos mundos habitados, para aqui, bem nos nossos céus. E então, se não estamos sós, procuremos entender o sentido dessas manifestações cósmicas porque algo acontece… E isto muito nos interessa.
Neste contexto plural desponta o Brasil na vanguarda – um país afortunado e comprometido com este novo momento da história humana. No limiar do 3º milênio, em Brasília, no Planalto Central – coração do mundo – pátria do Evangelho, país do futuro… Se o destino reservou-nos um papel especial no cenário ufológico mundial, e nesta esperada nova Era, então façamos e tentemos exercer digna e competentemente este papel. Se no futuro próximo, formos admitidos como membros de uma sociedade cósmica e planetária, livre das guerras, do egoísmo, da falta de amor e de tantos outros males, tentemos achar o caminho. A Bahia, terra-mãe da nacionalidade, também na Ufologia tem se revelado rica, já que ocupa posição estratégica, entre o sul e o norte-nordeste.
Possui uma relevante e variada casuística tanto em avistamentos de diversos graus, casos de contatos e inúmeros aspectos consagrados na casuística nacional e internacional (o Estado possui extenso território continental, vasto litoral, 415 municípios e diferentes regiões geográficas – ilhas, recôncavo, semi-árido, caatinga, Chapada Diamantina). Uma região e lugar muito especial, dotada de algo incomum, nos últimos anos a Chapada tem sido palco de importantes manifestações do Fenômeno UFO, sinalizando para um caminho onde novos horizontes poderão se revelar, talvez uma Meca ufológica.
Apesar dos lugares longínquos, difíceis de chegar, quando fatos e acontecimentos importantes lá ocorram, vamos nós, integrantes da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF), do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G- PAZ) e do Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS). Mesmo enfrentando dificuldades com as estradas, as distâncias, condições climáticas e comunicação, além de instalações precárias, lá vamos nós, pesquisadores de campo, rastrear as pegadas, marcas, os sinais no céu, na terra, no mar, onde estiver, buscando entender e desvendar o enigma número 1 do Século XX.
Nos últimos anos a Bahia tem realizado congressos e eventos na área da Ufologia; tanto locais, nacionais e latino-americanos, organizados pelo CEEAS, tão competentemente dirigido pela pedagoga Ana Santos. Em 1997 também tivemos o lançamento de uma edição especial de UFO [Especial 18], considerada um importante marco para o trabalho conjunto dos ufólogos baianos, na qual destacamos duas figuras ímpares: Alberto Romero, o mestre e amigo, e Alonso Valdi Régis, ufólogo de visão holística e avançada, todos presentes e atuantes no Estado. Nesta oportunidade mostraremos algumas das principais ocorrências envolvendo discos voadores e seus tripulantes na Bahia. Muitos casos importantes ocorridos no passado estão perdidos. Mas o que selecionamos é significativo e importante no nosso panorama ufológico local e nacional.
CASO PIATÃ – Começaremos pelos anos 50, com um acontecimento que não nos cansamos de mostrar ao público. E um fato mundialmente conhecido como “Caso Piatã”. Este caso é importante porque aconteceu na época da Guerra Fria, quando a ameaça de uma guerra nuclear pairava sobre a Humanidade. O caso envolve avistamento, fotografias, interferência magnética e uma comunicação telepática. Ele foi apresentado na época ao país pela revista O Cruzeiro, numa matéria do jornalista João Martins, tornando-se um clássico na literatura ufológica.
Hélio Vieira de Aguiar foi o protagonista deste estranho caso. Em 24 de abril de 1959, recebeu a mensagem telepática “Escreva!”, logo após ter avistado um objeto voador no céu e depois de ter tirado três fotos do mesmo. Hélio não se lembra de mais nada. Ao despertar, já não via mais o UFO, entretanto, havia em suas mãos uma mensagem escrita por ele próprio, que dizia: “Que cessem as experiências atômicas para fins bélico
s; o equilíbrio do Universo está ameaçado. Estaremos atentos, prontos para intervir”. Provavelmente a pessoa que ditou tal mensagem deveria ser tripulante da nave que Hélio tinha observado minutos antes.
Após a divulgação do caso na Imprensa, Hélio não teve mais sossego. Todo mundo queria saber em detalhes como tinha sido sua experiência ufológica. Meses mais tarde, o material fotográfico foi roubado de sua gaveta particular no Banco Econômico da Bahia. Tudo leva a crer que tenham levado o material para alguma agência governamental, ou algo parecido. Pois, algumas semanas antes do roubo, Hélio teria recebido uma carta do major Quintanilha, em Washington (EUA), solicitando cópias das fotos e da mensagem.
ET SOLITÁRIO – O Caso do ET solitário, ou ET de São Roque, ocorreu em 16 de agosto de 1995, em Boa Vista do Tupim, e envolveu dois adultos e nove crianças. Todos observaram uma criatura alienígena por uma hora. Era um dia ensolarado e calmo, porém, por volta de 10:00 h, algo inusitado surgiu em meio à vegetação da Fazenda Bom Jardim, no distrito de Mata do Óleo. Como era dia de Ave São Roque, os locais, por questões culturais e religiosas, interpretaram a experiência como a manifestação de São Roque.
As crianças desciam uma encosta íngreme, munidas de atiradeira para caçar passarinhos, quando viram um “bicho” à sua frente, próximo a uma gruta. O pai dos meninos, a princípio, pensou tratar-se de uma criança. Entretanto, ao se aproximar da criatura, percebeu que era um ser com compleição humanóide, vestindo um macacão de cor verde. Mais tarde, Edilson avisou às crianças que iria até sua casa pegar um facão, mas não teve tempo, pois o ser começou a girar em torno de si próprio e subiu com os braços juntos ao corpo e as pernas eretas, como que aspirado por alguma coisa.
Essa cena durou cerca de vinte minutos e foi presenciada pela esposa de Edilson. O caso foi investigado inicialmente pelo ufólogo residente em Morro do Chapéu (BA), Alonso Valdi Régis. Já o Caso Baixa da Tapera ocorreu em novembro 1982 e teve como principal testemunha Maria Margarida Pinto Rocha, na época, grávida de 8 meses. Num final de tarde, dona Maria pediu à sua empregada para buscar água de uma fonte dista uns 20 m dali. Do quintal, a moça viu algo no céu e gritou desesperadamente. Pensando tratar-se de ataque de cobra, dona Maria correu para socorrer a jovem. No céu, vi u uma “bacia de alumínio”, com luzes lilás e verde, que alteravam sua intensidade conforme evoluía no ar. Ao sinalizar com uma lanterna, Maria recebeu uma resposta da nave.
A senhora prontamente pegou uma máquina fotográfica, mas teve que guardá-la, atendendo ao pedido telepático dos tripulantes da nave. Quando as criaturas chegaram mais perto da testemunha, a emoção foi tão forte que os seres recuaram, pois estavam preocupados com o estado em que se encontrava a senhora. As criaturas julgaram perigosa para o bebê sua aproximação. Então desapareceram numa velocidade incrível, sem emitir qualquer ruído do UFO. Dona Maria manteve uma conversação telepática por cerca de 20 ou 30 minutos, à vista de mais 10 moradores locais.
CASO 8 DE AGOSTO – Mas a noite de 8 de agosto de 1997 ficará marcada na memória dos baianos. Algo extraordinário manifestou-se nos céus, formando uma seqüência de fenômenos desde a Bahia até Minas Gerais, num espaço de tempo calculado em uns 70 minutos. Logo de início, estabeleceu-se uma grande discussão entre ufólogos e astrônomos que defendiam seus pontos-de-vista. Os astrônomos apoiavam a hipótese de ser um grande bólido – visto que estava prevista uma grande chuva de meteoritos chamada Lágrimas de São Lourenço entre os dias 11 e 12 daquele mês.
Já os ufólogos afirmavam que os fatos apontavam para uma manifestação de UFOs. Este é o mais recente caso ocorrido no Estado, e envolve testemunhas em 35 cidades baianas, como tripulações de aeronaves civis e militares. Porém, antes mesmo do dia 8, uma grande luz azul foi vista por uma jornalista movendo-se entre Stella Maris e Pituba, na orla de Salvador. No dia seguinte, no Bairro São Caetano, 50 a 80 UFOs foram observados voando para a Baía de Todos os Santos e Itaparica. Esses objetos eram seguidos por mais três maiores.
Foram mais de 100 ligações para o Disk-UFO em quatro dias. Quase todas narravam o avistamento de 8 de agosto – uma situação emergencial em que os fatos atropelaram tudo. Alguns falavam de uma luz que se desprendeu de um corpo maior e caiu perto do Areal, enquanto que o restante continuou soltando faíscas pela traseira, rumando para Lauro de Freitas e Salvador. Ao ligarmos para o Cindacta, quem nos atendeu confirmou as ocorrências, sem se identificar, e disse que seis aeronaves civis tinham visto o “meteorito”. E quando solicitamos mais detalhes, após um silêncio prolongado, o atendente declarou que não poderia falar mais nada a respeito e sugeriu que procurássemos as autoridades, pois o assunto era de segurança nacional.
Há ainda um caso que ocorreu em maio de 1994 e que teve como testemunha o mecânico Pedro Santos. Durante uma certa madrugada daquele mês, no Kartódromo Ayrton Senna, em Lauro de Freitas, o mecânico pôde observar um fenômeno perturbador: o teto dos boxes foi arrancado por algo fora do com um. Outro caso estranho aconteceu em julho de 1969, tendo como protagonista o senhor Vivaldo dos Santos Paranhos, que testemunhou o sobrevôo de um UFO nas pistas do Aeroporto Internacional 2 de julho.
CHAPADA DIAMANTINA – A Chapada tem sido um celeiro de aparições ufológicas há 100 anos. Encontramos centenas de testemunhas na região, que é composta de 50 municípios, com serras, rios, cachoeiras, canyons e uma natureza deslumbrante. A área possui uma aura de mistérios e encantos especiais e tem sido a campeã de alguns anos para cá em manifestações do Fenômeno UFO. Como é o caso de um senhor que conta, ainda emocionado, como em certa noite seu pai chegou em casa em estado de choque.
Ele afirmava que teria observado uma luz de brilho intenso voando à baixa altitude sobre o local em que se encontrava. Armado de um facão, a testemunha se escondeu sob uma moita enquanto via o objeto se afastar em silêncio. Pensando tratar-se de uma assombração, esse senhor sofreu um abalo emocional tão grande que teve que ser hospitalizado às pressas. Dias mais tarde, acabou falecendo. Até hoje a família está traumatizada e é avessa a qualquer comentário ou manifestação nos céus, sobretudo ufológicos.
O baiano Emanuel Paranhos Correia, 47, reside no município de Lauro de Freitas (BA) e iniciou seus estudos ufológicos no ano de 1968. Depois, em 1970, fundou o Cosmus Vimana Grupo de Pesquisas. Foi integrante ativo do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ) durante dez anos, do qual foi chefe de pesquisa de campo, e em 1991 fundou a Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF), da qual é presidente até hoje. Paranhos desenvolve um sistema de ate
ndimento ao público único no Brasil – o Disk UFO, para o qual testemunhas ligam 4 horas por dia para relatarem seus avistamentos. Consultor das revistas UFO e UFO Especial e integrante da Mutual UFO Network (MUFON), em sua palestra apresentada no I Fórum Mundial de Ufologia, Paranhos abordou a rica casuística do Estado da Bahia.