O mistério dos megalitos de Calçoene, nas proximidades do Rio Rego Grande, no Amapá, teve início somente a partir dos anos 90, quando os megalitos foram descobertos por Lailson Camelo da Silva, que derrubava a mata quando era capataz em uma fazenda de gado. O sítio arqueológico ficou mais conhecido com o trabalho da arqueóloga Mariana Cabral, da Universidade Federal de Minas Gerais, que estudou o impressionante achado ao lado do marido e também arqueólogo João Saldanha ao longo da última década.
A descoberta do sítio de Rego Grande, combinada a outros achados como restos de grandes assentamentos, escavações de grandes proporções e até complexas redes de estradas, está modificando as opiniões acadêmicas anteriores. Antes a maioria dos pesquisadores afirmava que a Amazônia era por demais inóspita para culturas mais adiantadas, exceto por pequenas tribos nômades. Agora boa parte da comunidade acadêmica aceita que a região foi amplamente povoada, com uma população que pode ter chegado a 10 milhões de pessoas, formando culturas avançadas e com adiantados conhecimentos astronômicos.
No caso do sítio em Rego Grande, testes de radiocarbono e medições por parte de pesquisadores da arqueoastronomia ajudaram a determinar que os megalitos foram assentados no local há cerca de 1.000 anos, formando um observatório astronômico. Essa mudança de postura tem ocorrido desde o final do século XIX, quando o zoólogo suíço Emilio Goeldi descobriu outros megalitos na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. O descobridor do chamado Stonehenge Brasileiro, Lailson da Silva, afirma ter observado o local pela primeira vez nos anos 60, durante uma caçada, mas passou a evitar a área diante de certas superstições locais. Hoje ele é zelador do local.
PESQUISA APONTA SOCIEDADES SOFISTICADAS NA AMAZÔNIA HÁ SÉCULOS
Liderados por Cabral e Saldanha, o sítio de Rego Grande foi cercado e escavado. Entre as descobertas, um trecho de rio distante cerca de 3 km do local, onde os construtores podem ter obtido os blocos de granito para a construção. Urnas fúnebres de cerâmica foram encontradas nas proximidades, apontando a finalidade ritualística de parte do local, mas a descoberta mais importante foi a de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Científica e Tecnológica do Amapá, que determinaram que uma das pedras altas está alinhada com o trajeto do Sol durante o solstício de inverno, daí o nome Parque Arqueológico do Solstício.
Outras pedras do lugar também parecem alinhadas com o movimento solar, o que deu base à teoria de que Rego Grande foi construído para funções ritualísticas e astronômicas, ligadas tanto ao ciclo da agricultura quanto da caça. Os megalitos, ao lado de outros sítios menores encontrados no Amapá, podem também ter funcionado como marcadores, auxiliando caçadores e outros viajantes em seus deslocamentos ao longo da região, um milênio atrás. O desafio de pesquisar os mistérios dos impressionantes megalitos de Calçoene, a 390 km ao norte de Macapá, irá render ainda muitos anos de pesquisa para os cientistas brasileiros, em busca de desvendar esse importante pedaço de nossa história.
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