No final de outubro, os pesquisadores Marco Leal e Paulo Aníbal G. Mesquita [Consultor da Revista UFO] estiveram em Itamonte (MG) para investigar uma suposta ocorrência ufológica. A cidade, que hoje vive do turismo ecológico, guarda em toda a sua volta uma grande variedade de montanhas, paisagem bela e tranqüila.
Em meados do século XVI, o donatário Martim Afonso de Sousa, da Capitania de São Vicente, ordenou que seus homens explorassem o interior do país. Em 1531, depois de percorrer 115 léguas, atravessando florestas virgens e transpondo a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, a primeira expedição chegou a São José do Itamonte.
O grupo tomou a garganta da Lapa, vertente leste da Mantiqueira – hoje localizada entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo -, passou pelo Alto do Registro, acompanhou o curso do rio Capivarí até a confluência com o rio Verde. Deparou-se, no caminho, com um monte, um pico, o Picú, que desde então é ponto de orientação para quem chega à região. O povoado passou a ser chamado de São José do Picú, até a sua emancipação na década de 1930, quando começou a ser Itamonte, que significa “pedra do monte” ou “montanha de pedra”.
A campo
No dia 12 de outubro, o ufólogo Paulo Anibal recebeu ligação de uma moradora chamada Karina, citando claramente que estavam havendo muitos avistamentos de UFOs e até um suposto contato de um residente, e que este possivelmente manteria contato com seres extraterrestres. Então, Aníbal e Leal resolveram conferir os supostos acontecimentos na cidade.
Logo que chegaram, foram direto à casa de Karina, que lhes passou maiores detalhes, afirmando que ali ocorreram alguns avistamentos interessantes de UFOs e os levou para conhecerem alguns dos locais. Constataram que a cidade de Itamonte apresenta uma casuística que merece ser investigada mais a fundo.
Segundo um residente, que por enquanto não quer ter sua identidade revelada, afirma ter contatos com seres extraterrestres. O primeiro teria ocorrido há 15 anos, quando estava voltando para casa acompanhado de um primo e um outro parente.
“Era por volta de 01h00 da manhã”, no bairro chamado Fazenda e “uma nave parou em cima das nossas cabeças, os dois saíram correndo e eu fiquei. Era uma luz muito forte que você podia achar uma moeda em qualquer lugar, depois a nave foi embora e, no outro dia, eu voltei para verificar e só vi as marcas no chão”, narrou o morador.
Segundo ele, mantém até hoje o contato com esse fenômeno e, inclusive, com seus tripulantes. Os ufólogos estiverm no bairro, constataram que o local esconde um grande “pico de montanha”, no qual em seu interior há minério de ferro e bauxita. Infelizmente, só houve o relato e nada de evidência do citado habitante.
Na noite de sábado (30) realizaram uma vigília na região, munidos de binóculos e magnetômetro, no entanto nada de anormal foi presenciado durante o evento observacional, além das condições do céu estarem desfavoráveis para realização da mesma, pois o ambiente celeste permanecia intensamente encoberto por nuvens de baixa altitude, fato que colaborou para que o procedimento de vigília não durasse mais tempo.
Constataram também vários outros depoimentos de moradores que dizem terem tido muitos avistamentos no decorrer dos últimos 30 anos. Outra testemunha ocular é a senhora Maura, que reside na cidade há 30 anos, ela contou que, há cerca de oito anos, viu um objeto com formato de antena parabólica por volta das 18h00. O UFO estava em cima da caixa d\’água da empresa Copasa.
Um rapaz chamado Raí, presente durante o depoimento de Maura, também teria avistado o mesmo objeto discóide em meados do ano de 2002.