Muito barulho se fez nos círculos ufológicos em torno do recente comunicado publicado no site do Gabinete de Ciência e Tecnologia da Casa Branca (OSTP). O texto foi uma resposta a duas petições a respeito da comunicação entre humanos e extraterrestres [Veja Petição na Casa Branca exige desacobertamento da presença alienígena na Terra e PRG discorre sobre resposta da Casa Branca ao pedido de desacobertamento]. Phil Larson, encarregado da resposta, foi acusado de tudo – mentir, encobrir o assunto e ser extremamente incompetente. O verdadeiro problema, entretanto, está nas falhas e inadequações dos próprios requerimentos e não com a resposta do governo dos EUA. Enquanto insultavam e açoitavam Larson, os críticos parecem ter ignorado o que as petições realmente diziam e o que não diziam.
Uma delas pedia para que a administração de Obama “revele imediatamente o conhecimento do governo sobre comunicações com seres extraterrestres”. A outra pretendia que a Casa Branca “formalmente reconheça a presença extraterrestre envolvida com a raça humana”. A primeira solicita audiências no Congresso sobre este “assunto” (comunicações com ETs), enquanto a segunda requer a liberação de documentos sobre este “fenômeno” (presença extraterrestre). Milhares de pessoas assinaram os pedidos acreditando que seres alienígenas se comunicassem em segredo com o governo dos EUA e, de alguma forma, estivessem envolvidos com toda a raça humana. Tente encarar tais declarações estranhas e obscuras com a visão de um funcionário oficial de orientação científica. Como ele iria encontrar sentido nestas solicitações absurdas?
Nenhuma das petições tinha algo especificamente a ver com UFOs. Nem sequer incluíam um pedido para liberação de dados sobre os UFOs. Ainda por cima, é provável que Larson saiba pouco ou mesmo nada sobre provas ufológicas. Assim como a maioria dos cientistas oficiais, ele provavelmente descartou o assunto há muito tempo considerando-o sem fundamento e, portanto, irrelevante à política espacial, e jamais tratou da questão. Por isso, é perfeitamente lógico que Larson não tenha feito a associação entre a comunicação com extraterrestres e a materialidade dos objetos voadores não identificados. Será que os peticionários não imaginavam que suas reivindicações seriam tomadas ao pé da letra?
Foco errado
Quando não se pede o reconhecimento das evidências sobre UFOs, não se pode culpar Larson por não apresentá-las! Ele respondeu aos requerentes informando qual o estágio atual da pesquisa científica sobre vida extraterrestre: “O governo dos EUA não tem provas de que qualquer vida exista fora do nosso planeta ou de que há alguma presença extraterrestre mantenha contato com qualquer membro da raça humana. Além disso, não há informações idôneas para sugerir que quaisquer provas sejam mantidas ocultas aos olhos do público”. A única “prova” lembrada nos textos seria justamente a de uma interação entre ETs e humanos e não sobre UFOs.
À luz da lógica e da ciência, as declarações de Larson são verdadeiras. O enunciado ruim das petições fez uma solicitação errada, pediu que a Casa Branca revelasse algo obviamente impossível. Infelizmente, para nós, os ataques subseqüentes às respostas, quando um grande pesquisador chamou-o de “máscara contra o público”, não vão motivar outros oficiais a ajudarem nossa causa.
É importante notar que estas duas solicitações receberam atenção apenas porque conseguiram reunir as necessárias 5.000 assinaturas – agora o número mínimo é de 25 mil. A resposta de Larson não representa qualquer tipo de declaração formal do governo sobre a questão dos UFOs. Longe disso. Larson simplesmente deu a resposta científica obrigatória a cidadãos que buscavam o anúncio de um contato com extraterrestres. A representatividade desta declaração não deve ser superestimada ou vendida como algo que não é.
Gostaria de partilhar alguns comentários de membros do governo a quem pedi que lessem a petição sobre “presença extraterrestre”, já que esta foi a mais assinada entre as duas. Ed Rothschild, diretor do Grupo Podesta, organização líder nas relações públicas do governo em Washington, é “um experiente veterano em comunicações estratégicas” com “experiência dinâmica no Congresso e na comunidade de interesse público”, segundo o site do Grupo. Ele já prestou assistência ao meu grupo, a Coalisão para Liberdade de Informação [Coalition for Freedom of Information, CFi], e é um especialista sobre apresentar o assunto UFO em Washington. Abaixo está sua resposta à petição:
“Os que alegam que extraterrestres estão entre nós estão simplesmente espalhando bobagens, uma crença não científica e sem credibilidade. Isso é contraproducente e mina os esforços para atrair uma séria atenção do governo para a questão da existência de vida além do nosso Sistema Solar. Não posso imaginar um outro destino para tal declaração tola a não ser a lixeira dos gabinetes oficiais.
O único meio de abordar o assunto dos fenônemos aéreos inexplicados em Washington e esperar algum resultado é apresentar os fatos e tentar uma pesquisa legítima sobre a pequena porcentagem de casos bem documentados que mereçam uma investigação séria. A abordagem apresentada nesta petição já provou muitas vezes antes ser um fracasso. Além disso, os que divulgam tais bob
agens preferem fazer alegações insultantes para chamar a atenção da imprensa em vez de se concentrar no trabalho árduo que a ciência exige.”
Nick Pope [Consultor da Revista UFO], que por 21 anos trabalhou para o Ministério de Defesa (MoD) da Inglaterra e foi encarregado oficial do UFO Project britânico nos anos 1990, também tem sérias preocupações:
“Qualquer declaração sugerindo que o governo esteja mentindo será contraproducente. Quando alguém é acusado de ser parte do acobertamento, esta pessoa não tem como se envolver com os acusadores. Vivi esta situação várias vezes no Ministério de Defesa e qualquer tipo de diálogo produtivo com tais pessoas tornava-se impossível. Eu simplesmente os descartava de forma educada e entendo perfeitamente a razão desta necessidade dentro de um governo. Para conseguir resultados, um pedido deve enfatizar as razões que tornam o fenômeno algo digno de uma investigação oficial.”
O que dizem as autoridades
E os membros do Congresso? O melhor que pude fazer foi falar com um membro do alto escalão sobre o assunto, que pediu para não ter o nome revelado. Ele trabalha para uma importante comissão. “Como se costuma dizer, \’política é a arte do possível\’. Declarações exageradas e alegações fantásticas servem apenas para envenenar o ambiente dos interessados em apresentar novas sugestões de pesquisa ou reavaliar políticas. Entusiasmo e convicção não substituem razão e provas concretas”.
Cientistas constituem um grupo difícil de ser convencido. Mesmo assim, o físico teórico Michio Kaku reconheceu em rede nacional que os casos ufológicos mais consistentes não podem ser explicados e parecem desafiar as leis da física. Entretanto, quando perguntado se isso confirmaria a existência de vida extraterrestre, Kaku disse: “Não. Não temos esta prova cabal. Ainda não”. O astrônomo Derrick Pitts foi confrontado pelas mesmas evidências e acabou aceitando-as, pois segundo ele não envolvem “alegações fantasiosas sobre visitas alienígenas”.
Claramente, se quisermos conquistar os cientistas, não podemos fazer a ligação entre a existência de objetos aéreos desconhecidos, dos quais temos muitas provas, e suposições de comunicação extraterrestre, o que não pode ser provado. Neal Lane, professor de física e astronomia da Universidade de Rice, foi diretor do OSTP no governo Clinton. “Explicações implausíveis sobre UFOs, como estas feitas por entusiastas das teorias de conspiração, não são um modo eficaz de se abordar o governo”, disse ele após ler a petição. “Já foi estabelecido um forte argumento para um novo papel cooperativo dos EUA nas investigações sobre o Fenômeno UFO. Um papel que envolva os EUA e outros países na investigação de relatos idôneos tornando os resultados públicos”. Este forte argumento é justamente o que proponho como ponto de partida, porque ele vem rapidamente ganhando o apoio de importantes personagens que sabem como um governo funciona.
Apesar de nossas crenças pessoais em espaçonaves alienígenas, extraterrestres e acobertamento oficial, temos que adotar uma estratégia que funcione. Nossas suposições e conclusões são completamente irrelevantes – podendo ser até prejudiciais – neste processo. É essencial perceber que a grande maioria dos governantes dos EUA não têm informação ou interesse em UFOs. Caso falem abertamente, terão muito medo de cair no ridículo, o que limitará suas ações. Temos que informá-los apresenando dados oficiais refinados, concisos e bem documentados sobre o fenômeno. Também é importante saber qual o momento certo. Infelizmente, um ano eleitoral não é a hora para tentarmos isso.
UFOs X extraterrestres
Uma estratégia eficaz começa ao esclarecermos que um UFO [Sigla de Unidentified Flying Object, ou Objeto Voador Não Identificado, OVNI], por definição, nada mais é do que algo não identificado (a sigla UFO não diz “espaçonave extraterrestre”!). Seria útil usar a sigla UAP [De Unidentified Aerial Phenomena, ou Fenômeno Aéreo Não Identificado, FANI] sempre que possível. A postura agnóstica, aquela baseada na ciência, reconhece o montante acumulado de provas sobre um fenômeno físico extraordinário, mas reconhece também que ainda não sabemos do que se trata.
Depois, precisamos apresentar uma razão pela qual o governo deve tratar dos UAPs. Por exemplo, poderíamos falar da possível vulnerabilidade a exóticos aviões de espionagem ou drones caso ignoremos tais relatos. Devemos dizer que estes objetos apresentam significativas questões quanto à segurança aérea e que estamos desperdiçando dados científicos potencialmente preciosos sobre a natureza deste fenômeno recorrente. Por fim, temos que convidar o governo a se engajar em uma investigação, pois precisamos de peritos. Devemos falar de modo a convencê-los de que sua participação é benéfica e necessária em vez de discorrermos com tom acusatório.
Mais especificamente, precisamos de um pequeno gabinete oficial que concentre as investigações dos EUA sobre casos cuidadosamente selecionados. Estas pesquisas ocorreriam em colaboração com a comunidade internacional. Um funcionário teria acesso imediato a todos os dados e testemunhas pertinentes ao investigar um incidente ufológico, trabalhando conjuntamente com a supervisão qualificada de um grupo civil. Esta proposta recebeu apoio de generais, cientistas, militares da ativa e da reserva, al&eac
ute;m de muitos outros VIPs no mundo todo.
John Podesta, chefe de gabinete do governo Clinton que também trabalhou na equipe de transição de Obama, tem sido um dos maiores proponentes públicos do que chama de “um novo caminho”. Auto-intitulado um “cético curioso”, em 2010 escreveu dizendo que “definitivamente, é hora de o governo, cientistas e peritos em aviação trabalharem juntos para desvendar as questões acerca dos UFOs, que até hoje permanecem na escuridão”. Ele diz que o plano de estabelecer um pequena agência no governo dos EUA “é uma idéia que vale a pena considerar”.
Um novo rumo é imprescindível
O ex-governador do Arizona, Fife Symington, testemunhou um espetacular evento ufológico enquanto estava no cargo, mas achou melhor manter segredo por 10 anos. Ele sabe por experiência própria que uma mudança na política oficial é mais do que necessária. Por isso, clamou publicamente pela abertura de um gabinete para o assunto, assim como uma vez fizeram os hoje encarregados de agências oficiais que investigam UAPs em outros países.
Conforme demonstrei acima, pude reunir uma poderosa coligação de peritos do alto escalão do governo, militares e cientistas que apoiam uma abordagem racional e científica para o problema dos UFOs. Tivemos a sorte de ouvir os conselhos de respeitáveis figuras sobre como tratar desta delicada questão e trabalhar de modo eficiente dentro do governo dos EUA.
Não seria uma boa seguirmos os conselhos deles? Convido todos os que vêem o Fenômeno UFO com seriedade a se juntarem a este método de abordagem comprovadamente produtivo. Quando conseguirmos uma mudança mínima na posição oficial – tal como o reconhecimento de que os UAPs merecem uma investigação – a porta estará aberta. Depois disso, tudo será possível.
Leia também:
Um convite de Leslie Kean em apoio a uma investigação científica imparcial sobre o mistério dos UFOs
Interesse do príncipe Philip em Ufologia inspirou nova biografia
PRG discorre sobre resposta da Casa Branca ao pedido de desacobertamento
México também quer liberação oficial de documentos ufológicos
Algumas das mais fortes evidências ufológicas sob atenção mundial
Leslie Kean – O movimento global de abertura para a realidade ufológica precisa de ações firmes
Jornalistas que desviam da Ufologia Falham com seus leitores
Céticos estariam revelando fatos sobre a existência dos extraterrestres
UFOs causam preocupação imediata à aviação civil e militar de todo o mundo
Políticos, pilotos e militares dizem o que sabem sobre UFOs em livro
A abertura ufológica é um fato, mas nunca se saberá toda a verdade sobre os UFOs
Os governos têm muita informação sobre os UFOs, mas não revelam à sociedade
A verdade é mantida longe do conhecimento da humanidade por interesses e conveniências
A manipulação de informações ufológicas é feita por uma elite econômica mundial
Michio Kaku fala sobre provável origem extraterrestre de alguns UFOs
Todas as palestras e depoimentos do National Press Club já estão disponíveis
Dossiê Cometa: França revela seus segredos
Melhores casos estudados pelo Cometa
As impressionantes luzes de Phoenix e a transformação da espécie humana
Misteriosas luzes de Phoenix
Conheça a obra de Leslie Kean, clique sobre o título:
UFOs: OVNIs – Militares, Pilotos e o Governo Abrem o Jogo
Conheça os novos lançamentos da Videoteca UFO, clique sobre os títulos, acesse as descrições e detalhes:
Vai muito além do básico e apresenta revelações inéditas sobre o avistamento múltiplo de naves alienígenas sobre a Base de Lançamento de Mísseis de Malmstrom, em Montana, onde danificaram as ogivas nucleares ali instaladas. Além de fantásticas ocorrências de objetos submarinos não identificados (OSNIs) na costa americana e casos que mudaram a história da humanidade
No Rastro dos Deuses – Coleção Descobrindo o Peru (II)
É o segundo episódio da referida e premiada coleção, um documentário fascinante que mostra a aventura de pesquisadores italianos que mergulharam na complexa história do Império Inca para confirmar se sua sabedoria realmente tem origem alienígena, e chegam a espantosas conclusões.
Reúne testemunhas ufológicas de inquestionável credibilidade, como o coronel Charles Halt, que viu um UFO aterrissado na Base Aérea de Bentwaters; o governador do Arizona Fife Symington; o piloto de caça Oscar Santa Maria, que perseguiu um disco voador no Peru; o general da Força Aérea Francesa Denis Letty; e o porta-voz da Casa Branca nos governos Clinton e Obama John Podesta. Além de pesquisadores, astronautas, pilotos e celebridades.
Veja o pacote promocional com grande desconto