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Explicados misteriosos objetos nos mares de Titã

Nave Cassini observou os fenômenos durante suas várias passagens pela maior lua de Saturno

Equipe UFO

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MOntagem de Titã com fotografias tomadas pela nave Cassini
Créditos: NASA

Em 2014, conforme publicado no site da Revista UFO (confira nos links abaixo), foi descoberto um estranho objeto em um dos mares da lua Titã de Saturno, um dos maiores satélites do Sistema Solar. Na região chamada Ligeia Mare a Cassini descobriu um objeto similar a uma ilha, cujo tamanho aparentemente aumentou de 78 para 155 quilômetros quadrados. Como as demais linhas costeiras não mostraram qualquer variação, o fenômeno não podia ser decorrente de variações no nível do mar. Um objeto de tal tamanho nunca poderia flutuar e várias teorias foram apresentadas, como inundações devido a ondas no mar, algum fenômeno geológico produzindo bolhas, sólidos flutuantes bem menores e outros.

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Titã é, além da Terra, o único outro mundo do Sistema Solar onde se sabe existirem rios, lagos e mares. Contudo, na lua saturnina estes são compostos de etano e metano líquidos, devido às baixíssimas temperaturas em sua superfície. O primeiro desses objetos, chamados de “ilhas mágicas”, foi observado em uma passagem da Cassini em 2013 sem ser notado nos encontros anteriores. E em outras visitas da nave, que está em órbita de Saturno, à lua, o mesmo objeto havia desaparecido. Outras “ilhas mágicas” foram igualmente observadas pela Cassini, em outros locais de Titã. Agora, o mistério parece ter sido resolvido graças a um estudo realizado por uma equipe liderada por Michael Malaska, cientista planetário do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA na Califórnia.

Os lagos e mares de Titã, conforme Malaska e seus colegas estudaram, antes eram considerados como sendo de etano puro. Entretanto, descobriu-se que na verdade eles possuem também altos índices de metano e os dois materiais não se misturam e, sim, se dividem em camadas distintas. Sabe-se ainda que chuvas de metano acontecem em Titã, criando canais temporários que acabam por fluir para os lagos e mares. Quando chegam às superfícies líquidas maiores, esses fluxos agitam e misturam o metano e o etano, liberando então o nitrogênio contido nas duas moléculas. Esse gás então sobe à superfície e borbulha, podendo inclusive formar largas porções de espuma. Seriam essas formações os objetos encontrados pela nave Cassin e o estudo aponta que a maioria das “ilhas mágicas” surgiram nas proximidades de fluxos de líquido decorrentes de chuvas. É sugerido ainda que as próprias chuvas podem agitar e misturar os líquidos, criando o mesmo efeito.

crédito: NASA

Evolução de uma das chamadas

Evolução de uma das chamadas “ilhas mágicas” em Ligeia Mare, um dos maiores mares de Titã

NAVEGANDO NOS MARES DE TITÃ

Até mesmo a mudança das estações e a consequente variação de temperatura poderia produzir o mesmo fenômeno. A duração das chamadas “ilhas mágicas” dependeria fundamentalmente da composição do lago ou mar. Maiores quantidades de metano fariam o nitrogênio formar bolhas de curta duração e não a espuma vista desde o espaço. Para pesquisas o surpreendente ambiente de Titã a NASA tem revisto o projeto da sonda Explorador do Mar de Titã (Time), que pousaria e flutuaria nas superfícies líquidas da lua. O projeto de um submarino também está sendo analisado, mas estão sendo estudadas maneiras de impedir que uma sonda como essa produza bolhas no líquido, além da melhor arquitetura em termos de sistemas de energia, propulsão e instrumentos. Como a Cassini está em órbita de Saturno suas passagens por Titã foram breves e ainda será necessário maiores estudos a fim de incrementar o planejamento de uma futura missão de pouso.

crédito: NASA

Concepção artística da sonda Titan Mare Explorer (TiME)

Concepção artística da sonda Titan Mare Explorer (TiME)

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crédito: Revista UFO

Buscando Vida Fora da Terra

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