Seth Shostak tem sido há muitos anos cientista sênior do SETI, o projeto científico de busca por inteligência extraterrestre. Autor de quatro livros, dezenas de artigos e participante frequente de documentários, ele publicou recentemente no periódico Huffington Post um texto ironizando os que defendem a liberdade de informações ufológicas do governo. Shostak se concentrou nas falas de Hillary Clinton no Jimmy Kimmel Live, talk show da rede ABC. O cientista apresentou um breve histórico a respeito da ligação dos Clintons com a questão ufológica, como seu contato com o bilionário e filantropo Laurence Rochefeller, bem como a campanha do agora comandante da campanha de Hillary, John Podesta, pela liberação de arquivos secretos.
O cientista sênior do SETI tenta desmontar a tese de que o governo norte-americano tenha arquivos classificados quanto às visitas extraterrestres e aponta o exemplo do encerramento do Projeto Blue Book, aliás atribuindo uma data errada, 1970, quando na verdade o fechamento se deu em 1969. Fazendo pouco da pequena porcentagem de casos inexplicados, Shostak ainda lembra o recente fechamento do Projeto UFO do Ministério da Defesa Britânico (MoD). Alega que uma afirmação de que a Área 51 só contenha aeronaves militares não seria de nenhuma forma aceita pela comunidade ufológica, e que a própria Hillary Clinton afirmou que somente razões de segurança nacional impediriam uma liberação. Assim ele diz que a candidata tocou no assunto somente para angariar votos.
O pesquisador Billy Cox respondeu ao texto de Seth Shostak em seu blog no Herald Tribune. Primeiro lembrou uma pesquisa do Bureau Nacional de Pesquisa Econômica, que analisou a influência que cientistas de elite exercem em seus campos. A pesquisa descobriu que a produção científica de colaboradores desses cientistas, após seu falecimento, cai vertiginosamente, ao passo que a de colegas do mesmo campo cresce muito mais, apresentando visões inovadoras que fazem avançar o conhecimento. A conclusão foi que frequentemente figuras de grande prestígio atrapalham o avanço em suas respectivas áreas, e Cox ironiza em seguida o texto de Shostak, traçando um paralelo com a pesquisa. Critica o cientista por convenientemente e sem qualquer esforço de pesquisa deixar de lado casos importantes, tais como aqueles envolvendo pilotos de aeronaves e detecção por radar, e lembra do Projeto Condign, que buscava analisar a possibilidade de avistamentos de UFOs com efeitos físicos, tais como eletromagnéticos, poderiam ser pesquisados para uso militar. Cox encerra afirmando que quando Shostak aposentar-se uma era de menos doutrinação e mais busca pelo conhecimento terá início.
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Livro: MIB: Os Verdadeiros Homens de Preto
Há um mistério que acompanha a Ufologia desde o início da Era Moderna dos Discos Voadores, em 1947, e que ainda resta ser decifrado. São os chamados homens de preto, também conhecidos como MIBs, do inglês men in black. Eles vêm há décadas surgindo em cenários de ocorrências ufológicas, muitas vezes apenas observando e noutras abordando com energia tanto testemunhas quanto pesquisadores destes fatos. MIB: Os Verdadeiros Homens de Preto disseca o assunto como nenhuma obra antes, e o faz sob o comando de um dos maiores especialistas no tema em todo o mundo, o ufólogo inglês naturalizado norte-americano Nick Redfern.